Fera Radical | |
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Fera Radical Globo.png | |
Informação geral | |
Formato | Telenovela |
Gênero | Drama |
Duração | 35-40 minutos |
Criador(es) | Walther Negrão |
País de origem | Brasil |
Idioma original | português |
Produção | |
Diretor(es) | Gonzaga Blota |
Elenco | Predefinição:ExpEsc |
Tema de abertura | "Fera Radical", Solange |
Tema de encerramento | "Fera Radical", Solange |
Composto por | Lincoln Olivetti, Maria Carmem Barbosa e Solange |
Exibição | |
Emissora original | Rede Globo |
Transmissão original | 28 de março – 18 de novembro de 1988 |
Episódios | 203 |
Cronologia | |
Programas relacionados | Cavalo de Aço |
Fera Radical é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo no horário das 6, entre 28 de março e 18 de novembro de 1988, em 203 capítulos, substituindo Bambolê[1] e sendo substituída por Vida Nova. É a 35ª "novela das seis" exibida pela emissora. Escrita por Walther Negrão, com colaboração de Ricardo Linhares, Luís Carlos Fusco e Rose Calza,[1] teve direção de Gonzaga Blota (geral), Denise Saraceni e Fernando R. de Souza.
Malu Mader interpreta "Cláudia", a protagonista de uma trama onde sua personagem vingará o massacre de sua família ocorrido na fictícia Rio Novo. Tal personagem foi considerada pelo jornal Folha de S. Paulo, a "fera radical no Dallas tupiniquim".[1] O mesmo texto de Fera Radical, tendo sido inspirado na peça A Visita da Velha Senhora (Der Besuch der alten Dame, no idioma original), do suíço Friedrich Dürrenmatt, já havia originado outra novela do mesmo autor e produzida pela mesma emissora, Cavalo de Aço, tendo Tarcísio Meira como o protagonista Rodrigo.[2][3]
Conta com Malu Mader, José Mayer, Paulo Goulart, Yara Amaral, Laura Cardoso, Elias Gleizer, Carla Camurati ,Thales Pan Chacon e Denise del Vecchio nos papéis principais.
Enredo
Chamas, fogo e a casa que queima em meio a gritos, correria e desespero. Imagens gravadas para sempre por uma menina. Mesmo hoje – 15 anos mais tarde – Cláudia (Gabriela Bicalho/Malu Mader) ainda se assusta com as cenas presenciadas, que voltam sempre em repetidos pesadelos. Mesmo longe – Rio Novo ficou esquecida no passado – no conforto de Ipanema, Rio de Janeiro, a agora jovem Cláudia não perdoa seus algozes. O massacre de sua família, pai (Julio Braga), mãe (Ilse Rodrigues) e irmãos (Cláudio Alves e Karine Moura), precisa ser vingado, para cumprir a promessa feita a si própria. Obstinada, prepara-se para voltar à pequena cidade de Rio Novo, empregada em uma das fazendas possível e provavelmente envolvidas no seu triste passado. No meio a tantas dúvidas, apenas uma certeza: quer descobrir os verdadeiros culpados e se vingar de cada um deles. Mas o grande mistério está em descobrir quem são esses culpados.
A pequena cidade de Rio Novo cresceu apenas o suficiente para manter o frigorífico, que pertence às fazendas Olho D'Água e Gaibu, de Altino Flores (Paulo Goulart) e Donato Orsini (Elias Gleizer), respectivamente os poderosos da região. Tem uma população flutuante de jovens, filhos de fazendeiros, que estudam na Escola de Agronomia da cidade e moram na pensão de Lourdes (Cleyde Blota) e Robério (Older Cazarré). Mas são os jovens das duas famílias – Flores e Orsini – quem conduzem a história. De um lado, os irmãos Fernando (José Mayer) e Heitor (Thales Pan Chacon). Do outro, Marília (Carla Camurati), filha de Donato, que fica noiva de Heitor, selando a amizade entre seus pais. Distante dali, no Rio, moram Olívia (Denise Del Vecchio), filha mais velha de Altino, seu marido Jorge Mendes (Rodrigo Santiago), um mau-caráter, e os filhos Rafael (George Otto) e Ana Paula (Cláudia Abreu). Além de Cláudia e Marta (Laura Cardoso), que a acolheu e criou depois do massacre dos seus pais, dando-lhe todo carinho e conforto possíveis.
Ao articular a destruição de todos que a fizeram sofrer, Cláudia se defronta com a amizade leal de Altino, que se vê preso a uma cadeira de rodas desde a noite da chacina, e o ódio de Joana (Yara Amaral), mulher de Altino. Tal ódio aumenta quando ela descobre quem é Cláudia e que ela vive com Marta, antigo amor de Altino, cujo romance no passado gerou Olívia, criada por ela. Mas os planos de Cláudia podem vir por terra quando ela se envolve com os filhos de Altino, Fernando e Heitor, e se sente arrebatada pelo amor de Fernando.
Produção
Em 1988, o desejo da Globo era manter no horário das 6 as tramas de época. Alcides Nogueira foi convocado para escrever uma novela nesta faixa chamada Amor perfeito[4]. Com Maurício Sherman na direção, Amor Perfeito estava na seleção de elenco quando Boni, à época vice-presidente de operações da Rede Globo e Daniel Filho, diretor da Central Globo de Produções determinaram o seu engavetamento por conta das trocas de comando e também dos custos elevados (estavam previstas reconstituições da Guerra do Paraguai, em 1865). Sherman foi substituído por Paulo Ubiratan e Walther Negrão foi recrutado às pressas para assumir o horário[4].
Walther Negrão foi chamado às pressas para ocupar o horário após Bambolê. A sinopse da história foi desenvolvida a partir de um projeto engavetado chamado O centauro[4]. Já a protagonista teve inspiração na peça A Visita da Velha Senhora, do suíço Friedrich Dürrenmatt, que ele também usou para escrever Cavalo de Aço, novela exibida pela TV Globo em 1973[5].
A história teve títulos provisórios de A Intrusa e A vingança. O nome escolhido Fera Radical é uma expressão comum entre surfistas e que significava vencedor[4].
Ricardo Linhares mudou-se para São Paulo para trabalhar como colaborador de Walther Negrão em Fera Radical, em um período em que a máquina de escrever e o carbono eram os instrumentos de trabalho dos escritores. Nada de internet ou computador[4].
Fera Radical foi o último trabalho da atriz Yara Amaral, que morreu no naufrágio do Bateau Mouche, no Rio de Janeiro, no réveillon de 1988/89.
A novela foi gravada nos estúdios da Globo Tijuca. Já as cenas na fictícia cidade de Rio Novo, foram gravadas na cidade de Vassouras, no interior fluminense. Já a pensão dos personagens Lurdes e Robério, se localizava no Retiro dos Artistas, no bairro da Pechincha, no Rio de Janeiro, enquanto que as cenas no sítio da protagonista Cláudia foram gravadas na Rural Rio em Paciência, igualmente na Zona Oeste da capital fluminense[5].
Vários cantores fizeram participações especiais na novela: Cazuza e Leila Pinheiro apresentaram-se na Arqueria Sherwood, de Paxá e Vicky, e Nana Caymmi apresentou-se numa boate do Rio de Janeiro, enquanto Sérgio Reis gravou cenas no palanque da Rural Rio, de Paciência, onde ocorreu a festa-rodeio em que Fernando saiu como vencedor[4].
Elenco
Ator/Atriz | Personagem |
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Malu Mader | Cláudia da Silva / Cláudia Esteves Borges |
José Mayer | Fernando Flores |
Paulo Goulart | Altino Flores |
Yara Amaral | Joana Flores |
Laura Cardoso | Marta / Mirtes |
Thales Pan Chacon | Heitor Flores |
Carla Camurati | Marília Orsini |
Elias Gleizer | Donato Orsini |
Denise Del Vecchio | Olívia Flores Mendes |
Rodrigo Santiago | Jorge Mendes |
Cláudia Abreu | Ana Paula Flores Mendes |
Cláudia Magno | Victória Regina Fernandes (Vicky) |
Tato Gabus Mendes | Paxá |
Older Cazarré | Robério Fernandes |
Cleyde Blota | Lourdes Fernandes |
Alexandra Marzo | Elizabeth Cristina Fernandes (Beth) |
George Otto | Rafael Flores Mendes |
Luiz Maçãs | Luiz Eduardo Lins Albuquerque (Dudu) |
Milton Gonçalves | Damasceno Righi Salomão |
Reinaldo Gonzaga | Vítor Menezes |
Raul Gazolla | Marcelo |
Chica Xavier | Júlia |
Daúde | Jacy |
Carlos Kroeber | Dr. Nogueira |
Benjamin Cattan | Dr. Geraldo Lima |
Henri Pagnoncelli | Juca Boas Maneiras |
Márcia Rodrigues | Estela Lins Albuquerque |
José Prata | Etelvino[carece de fontes] |
Lícia Magna | Dulce |
Vera Paxie | Tânia |
Vera Brito | Vera |
Zezé Fassina | Crislaine |
Pedro Cassador | Evaldo |
Renato Neves | Renato |
Simone Brandão | Luísa |
Bia Gemal | Helô |
Evandro Mesquita | Alex |
Ruth de Souza | Cecília |
Participações Especiais
Ator | Personagem |
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Alexandra Plubins | Rosa |
Aloísio de Abreu | Programador |
Angelito Mello | Célio Cruz |
Adilson Barros | Jorjão |
Julio Braga | Chico da Silva |
Antonio Carlos Iglesias Jr | Altino Flores Neto |
Augusto Olímpio | Cochicho Moraes |
Auricéia Araújo | Amiga de Lourdes |
Bel Garcia | Mônica |
Chico Expedito | Zeca |
Cláudio Alves | Irmão de Cláudia |
Dary Reis | João Peru |
Felipe Donavan | Luiz (Fisioterapeuta) |
Fernanda Marmorato | Nandinha |
Fernando Amaral | Padre |
Fernando José | Dr. Rui |
Francisco Dantas | Dr. Paulo |
Gabriela Bicalho | Cláudia da Silva (criança) |
Geraldo Carbutti | Inspetor |
Guaracy Valente | Ramires |
Guto Garrera | Chefe dos peões (chacina) |
Helena Di Castro | Neuza |
Hemílcio Fróes | Médico de Betty |
Ilse Rodrigues | Mãe de Cláudia |
Ivan Mesquita | Dr. Henrique |
Joana Rocha | Sebastiana de Jesus (Tiana) |
José Augusto Branco | Dr. Freitas |
Karine Moura | Irmã de Cláudia |
Kate Hansen | Marinês |
Lenita Mordach | Empregada da Gaibu |
Ludoval Campos | Promotor de Acusação |
Lutero Luiz | Juiz |
Marcelo Picchi | Dr. Mário |
Marino Jardim | Porteiro (Ed. de Heitor) |
Miguel Rosenberg | Caroneiro de Cláudia |
Odenir Fraga | Segurança de Jorge |
Paloma Riani | Sílvia |
Paulo Leite | Dr. Jair |
Paulo Nigri | Garçom |
Raul Toledo | César |
William Gavião | Pedro |
Exibição
Foi reexibida pelo Vale a Pena Ver de Novo de 16 de dezembro de 1991 a 8 de maio de 1992, substituindo Cambalacho e sendo substituída por Vale Tudo, em 105 capítulos[6].
Foi reexibida pelo Vídeo Show, no quadro Novelão, em duas oportunidades: de 28 de janeiro a 8 de fevereiro de 2013, e de 23 a 27 de fevereiro de 2015, esta última exibição com narração de Malu Mader[4].
Foi reexibida na íntegra pelo Canal Viva no período de 5 de junho de 2017 até 26 de janeiro de 2018, substituindo Torre de Babel, e sendo substituída por Sinhá Moça, às 14h30 e 01h15.[7]
Exibição internacional
Fera Radical foi exibida em mais de 30 países, como Alemanha, Angola, Argentina, Áustria, Canadá, Chile, Espanha, Grécia, Guatemala, Nicarágua, Rússia, Suíça, Estados Unidos, Porto Rico e Turquia[4].
Outras mídias
Em 17 de agosto de 2020 foi disponibilizada na íntegra no Globoplay, o serviço de streaming da Globo.[8]
Trilha Sonora
Nacional
Fera Radical Nacional | |
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Fera Radical - Trilha Sonora Nacional.jpg | |
Trilha sonora | |
Lançamento | 1988 |
Gênero(s) | Vários |
Duração | 47:26 |
Gravadora(s) | Som Livre |
Capa: Carla Camurati Predefinição:Lista de faixas
Internacional
Fera Radical Internacional | |
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Fera Radical - Trilha Sonora Internacional.jpg | |
Trilha sonora de Vários Artistas | |
Lançamento | 1988 |
Gênero(s) | Vários |
Duração | 51:21 |
Formato(s) | LP, K7 |
Gravadora(s) | Som Livre |
Capa: José Mayer Predefinição:Lista de faixas
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 «Malu Mader é a 'fera radical' no 'Dallas' tupiniquim (Página 4)». Folha de S. Paulo. 27 de março de 1988
- ↑ http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-224150,00.html
- ↑ «Destaques da TV - Fera Radical (Página 36)». Folha de S. Paulo. 28 de março de 1988
- ↑ 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 4,5 4,6 4,7 Duh Secco (28 de março de 2021). «Despedida de grande atriz, pressa e vingança: os segredos de novela que estreava em 1988». TV História. Consultado em 26 de outubro de 2021
- ↑ 5,0 5,1 Nilson Xavier (4 de junho de 2017). «10 curiosidades sobre "Fera Radical", que estreia nessa segunda no Viva». UOL. Consultado em 26 de outubro de 2021
- ↑ «Há 26 anos, Fera Radical estreava em Vale a Pena Ver de Novo; confira dados de audiência». TV História. 16 de dezembro de 2017. Consultado em 26 de outubro de 2021
- ↑ Nilson Xavier (22 de março de 2017). «Canal Viva vai reprisar a novela "Fera Radical", com Malu Mader». UOL. Consultado em 22 de março de 2017
- ↑ «'Fera Radical' chega ao Globoplay com história de tragédia e vingança». G1. 17 de agosto de 2020. Consultado em 21 de agosto de 2020
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