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Estação Leopoldina

Predefinição:Info/Estação A Estação Barão de Mauá (também chamada Estação Leopoldina) é uma estação ferroviária, inaugurada em 6 de dezembro de 1926 pela Estrada de Ferro Leopoldina, no Rio de Janeiro. Este terminal ferroviário, que leva o nome de Barão de Mauá, foi fechado para passageiros em janeiro de 2002, com o remanejamento destes para o terminal D. Pedro II (Estação Central do Brasil), quando tinha seu direito de uso cedido à SuperVia.

História

A linha que unia o Centro do Rio de Janeiro a Petrópolis e Três Rios, foi construída por empresas diferentes em tempos diferentes. Uma pequena parte dela é a mais antiga do Brasil, construída pelo Barão de Mauá em 1854 e que unia o porto de Mauá (Guia de Pacobaíba) à estação de Raiz da Serra (Vila Inhomirim). O trecho entre esta última e a estação de Piabetá foi incorporada pela E. F. Príncipe do Grão-Pará, que construiu o prolongamento até Petrópolis e Areal entre os anos de 1883 e 1886. Finalmente a estação de Areal foi unida à de Três Rios em 1900, já pela Leopoldina.

O trecho entre a estação de São Francisco Xavier, na Central do Brasil, e Piabetá foi entregue entre 1886 e 1888 pela chamada E. F. Norte, que neste último ano foi comprada pela R. J. Northern Railway. Finalmente, em 1890, a linha toda passou para o controle da Leopoldina. Em 1926, a linha foi estendida finalmente até a estação de Barão de Mauá, aberta naquele ano, eliminando-se a baldeação em São Francisco Xavier. O trecho entre Vila Inhomirim e Três Rios foi suprimido em 5 de novembro de 1964. Segue operando para trens metropolitanos todo o trecho entre o centro do Rio de Janeiro e Vila Inhomirim.

Construção

Patio interno da estação na época de sua inauguração, 1926 .

A estação de Barão de Mauá[1], cujo nome homenageou o pioneiro da ferrovia no Brasil, foi inaugurada em 1926, dezessete anos depois do início das discussões e pedidos de autorização para a sua construção. Desenhada pelo arquiteto escocês Robert Prentice, que projetou também o Palácio da Cidade, sede da prefeitura, em Botafogo. O engenheiro Hélio Suevo, autor do livro “A formação das estradas de ferro no Rio de Janeiro”, diz que a estação é um exemplar da arquitetura eduardiana no Brasil, inspirada em construções palacianas inglesas. De estilo eclético, o prédio, no entanto, é assimétrico, já que não foram seguidos à risca os traços do escocês. Sua parte central só tem continuidade para o lado direito. Ficou faltando o lado esquerdo, previsto no projeto original.

A linha da Leopoldina começava na estação de São Francisco Xavier, da Central, o que forçava os passageiros à baldeação, devido à diferença de bitolas. A história das idas e vindas para a construção da estação é bastante complicada, mas acabou por gerar uma discussão acerca de se a estação deveria ter sido construída comportando espaço para a linha Auxiliar da Central do Brasil e da Rio D'Ouro, as duas também de bitola métrica. Em 1934, a discussão acabou com a vitória da Leopoldina: a estação só serviria mesmo a ela, visto que o Governo, dono da Central e da Rio d'Ouro, não havia cumprido a promessa de também pagar sua parte na sua construção.

Entre 1909 e 1926, a Leopoldina utilizou uma estação provisória para o embarque em suas linhas, que haviam sido prolongadas por volta de 1910 até a Praia Formosa. Entre o final dos anos 70 e nos anos 80, a estacao servia como terminal auxiliar para trens de longo percurso, quando haviam problemas na estacao Central do Brasil.

Nos anos 80 e 90, abrigava trens turísticos à vapor da RFFSA (originais da EFCB e da EFL) que ligavam a estação, no Rio de Janeiro à estação Visconde de Itaboraí, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, passando pelas cidades de Magé e Guapimirim e margeando pelo fundo a Baía de Guanabara. Os trens turísticos à vapor seriam desativados posteriormente.

Em 1994, a estação passou a receber e ser oficialmente a terminal dos antigos trens de aço Santa Cruz, agora reformados e batizados com o nome de Trem de Prata, que ligavam o Rio de Janeiro à São Paulo, cujo trajeto finalizava-se na antiga estação Barra Funda. O Trem de Prata esteve em atividade até novembro de 1998, quando foi desativado.

A estação deixou de ser utilizada definitivamente para embarque de passageiros desde o início do século XXI com todos os passageiros sendo transferidos para a estação Dom Pedro II (atual Central do Brasil), da antiga Central. Desde então está fechada e abandonada, existindo hoje projetos para a sua transformação em museu ou centro comercial.

Fechamento

Uma das portas de entrada da estação, atualmente desativada

A estação de Barão de Mauá foi fechada para passageiros em janeiro de 2002, com o remanejamento destes para o terminal D. Pedro II (Estação Central do Brasil), quando tinha seu direito de uso cedido à SuperVia. Atualmente, o terminal está com seu pavimento térreo, plataformas e todo o terreno ao redor, pertencendo ao governo do estado do Rio de Janeiro, é utilizado em parte como depósito de trens antigos sucateados. Ela em si, fica a maior parte do tempo vazia e fechada.

Na sala 106 no andar térreo da estação está localizada a AFERJ - Associaçao de Ferreomodelismo do Rio de Janeiro por cessão da AEEFL, Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Leopoldina (ver: Ferromodelismo). A AFERJ funciona todas as 3as. e 5as. feiras das 14 as 18 horas e aos sábados das 9 as 18 horas. No sábado os associados levam seus trens em miniatura e os operam na maquete da Associação que possui 5 linhas independentes com cerca de 300 metros de trilhos e totalmente decorada. O acesso é gratuito e existe estacionamento grátis para os visitantes. No prédio também há salas destinadas à Polícia Ferroviária Federal, SESEF (Serviço Social das Estradas de Ferro), e, Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística. Existe também uma rica biblioteca com inúmeras plantas baixas ferroviárias, e ainda no terreno da estação um stand de tiro pertencente a PFF. Muitos ainda sonham com a reabertura da estação de Leopoldina para que volte a ser uma estação de trem com os ramais da SuperVia.

Em dezembro de 2015, o secretário municipal de transportes do Rio de Janeiro confirmou que venderia o antigo prédio da secretaria de transportes da cidade, na época localizado em um endereço nobre no bairro de Copacabana para se instalar com seu gabinete no prédio antigo. E teve suas instalações transferidas e permaneceu até a troca do Secretário.[2][3]

A estação do trem bala brasileiro

Quando cogitou-se a construção da linha TAV trem-bala Rio de Janeiro-São Paulo, estava definida a construção das plataformas de embarque e desembarque do TAV na Estação Leopoldina. O projeto TAV-Brasil foi cancelado.

Linha Terminais Estações Principais destinos Duração das viagens (min) Intervalo entre trens (min) Previsão
TAV
TAV Brasil
Rio de JaneiroSão PauloCampinas 3 São Paulo, Rio de Janeiro 2025

Referências

Referências externas

Predefinição:Transporte intermunicipal no Rio de Janeiro

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