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Eneva

ENEVA
Razão social ENEVA S.A.
Empresa de capital aberto
Cotação B3ENEV3
Atividade Energia
Gênero Sociedade anônima
Fundação outubro de 2007 (16 anos)
Sede Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Área(s) servida(s)  Brasil
Proprietário(s) Não há acionista controlador[1]
Presidente Pedro Zinner[2]
Acionistas BTG Pactual
Itaú Unibanco
Cambuhy Investimentos
Uniper
Website oficial www.eneva.com.br

Eneva S.A.[3] (B3ENEV3) é uma empresa brasileira integrada de energia[4] que atua nos setores de geração, exploração e produção de petróleo e gás natural e comercialização de energia elétrica.[5] Sob o nome de MPX Energia, entrou em operação em outubro de 2007 e sua oferta pública inicial foi realizada em 14 de dezembro de 2007.[6]

A Eneva é fruto da fusão da MPX Energia e OGX Maranhão, ambas sociedades que pertenciam ao Grupo EBX, do ex-bilionário Eike Batista. Em 2014, a MPX teve o controle vendido ao grupo alemão de energia E.ON e mudou de nome para Eneva. No mesmo ano, o Fundo de Investimento Cambuhy, ligado a família Moreira Salles,[7] sócia do Banco Itaú, assumiu o controle da OGX Maranhão, que mudou de nome para Parnaíba Gás Natural (PGN).

Em 2016, as duas empresas, Eneva e Parnaíba Gás Natural, fundiram-se, mantendo o nome Eneva. Pedro Zinner assumiu o comando da companhia no ano seguinte. A empresa resultante retira do solo o gás que é usado como combustível nas usinas termelétricas, fechando a cadeia. A solução ajuda a dar destino ao gás encontrado nos rincões do país, onde gasodutos são escassos, mas existe a rede de transmissão de energia elétrica. “É um modelo visionário pensado pelo Eike. O problema foi ter vendido um sonho sem um plano de execução”, afirma Zinner.[8]

As atividades da Eneva de exploração e produção de petróleo e gás natural estão concentradas em bacias sedimentares terrestres brasileiras, com concessões no Estado do Maranhão (Bacia do Parnaíba, Parque dos Gaviões) e no Estado do Amazonas (Bacia do Amazonas, Campo de Azulão).[5] De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP),[9] as operações da Eneva representam 38% da produção de gás natural disponível em terra do Brasil, o que a torna a maior operadora privada de gás natural.

Na geração de energia elétrica a gás natural, o Complexo Termelétrico Parnaíba, localizado no município maranhense de Santo Antônio dos Lopes, possui 1,9 GW[10] de capacidade instalada, sendo 1,4 GW já operacionais. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),[11] as usinas da Eneva representam 11% da capacidade instalada a gás natural do Brasil, tornando-a a maior empresa privada em termos de potência termelétrica.[11]

No Leilão de Energia Nova "A-6", de 2018, a Eneva sagrou-se vencedora com o projeto de fechamento de ciclo térmico UTE Parnaíba 5A e 5B,[12] a ser localizado no Complexo, que representou a única contratação de projeto a gás natural do Brasil em Leilões de Energia Nova no ano de 2018.[13] O novo projeto deverá garantir aumento de eficiência energética do parque.

Em 31/05/2019, a Eneva sagrou-se vencedora no "Leilão para Suprimento a Boa Vista e Localidades Conectadas" com a Solução de Suprimento a gás natural Jaguatirica II, que deverá suprir o Estado de Roraima com energia elétrica a partir da substituição do diesel por hidrocarboneto extraído do Campo de Azulão, localizado na Bacia do Amazonas.[14] Trata-se do primeiro projeto a gás natural daquela Unidade Federativa.[15] O investimento previsto nos Estados do Amazonas e de Roraima é de R$ 1,8 bilhão,[14] montante equivalente a cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de Roraima.[16] A redução de custos de geração proporcionada pela Solução de Suprimento Jaguatirica II é na ordem de 35%.[17]

Atualmente, os maiores acionistas da empresa são BTG Pactual (23%) e Cambuhy Investimentos (23%).[18] Demais acionistas permanecem com posições pulverizadas no mercado em regime free float.[19]

Entre os principais empreendimentos do grupo estão o Complexo Termelétrico Parnaíba (gás natural), a Usina Termelétrica Porto do Itaqui (carvão mineral), a Usina Termelétrica do Pecém II (carvão mineral) e a Usina Tauá (energia solar).[19]

A companhia tem nove campos declarados comerciais: cinco deles em produção (Gavião Real, Gavião Vermelho, Gavião Branco, Gavião Caboclo e Gavião Azul) e quatro em desenvolvimento (Gavião Preto, Gavião Branco Norte, Gavião Tesoura e Gavião Carijó), localizados no Maranhão, e destinados ao Complexo Termelétrico Parnaíba.[20] Na Bacia do Amazonas, a Eneva detém a concessão do Campo de Azulão.[21]

Referências

  1. [1] Site ENEVA
  2. Governança Site ENEVA
  3. «Fato Relevante» (PDF). Eneva S.A. 11 de setembro de 2013. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  4. «Quem Somos – Eneva» (em português). Consultado em 26 de fevereiro de 2019 
  5. 5,0 5,1 «Formulário de Referência» (PDF). Eneva S.A. 4 de julho de 2019. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  6. «MPX Energia tem queda em sua estréia na Bovespa». Globo.com. Consultado em 19 de outubro de 2012 
  7. «O bilionário fundo do banqueiro». ISTOÉ DINHEIRO (em português). 30 de junho de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020 
  8. «A Eneva levou em frente um plano visionário de Eike. E se deu bem». Exame (em português). 10 de outubro de 2019. Consultado em 26 de julho de 2020 
  9. «Dados estatísticos - Produção nacional de gás natural (metros cúbicos) - 2017». ANP. 4 de julho de 2019. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  10. «BIG - Banco de Informações de Geração - Consulta UTEs Maranhão IV, Maranhão V, Maranhão III, MC2 Nova Venécia 2, Parnaíba IV e Parnaíba 5A e 5B.». ANEEL. 14 de agosto de 2019. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  11. 11,0 11,1 «BIG - Banco de Informações de Geração - Consulta UTE». ANEEL. 14 de agosto de 2019. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  12. «Fato Relevante». Eneva S.A. 31 de agosto de 2018. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  13. «Leilões». CCEE. 31 de agosto de 2018. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  14. 14,0 14,1 «Fato Relevante» (PDF). Eneva S.A. 31 de maio de 2019. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  15. «Obras da usina termelétrica a gás devem começar em agosto». Folha de Boa Vista. 14 de junho de 2019. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  16. «Com menor PIB do país, Roraima segue com alta concentração da economia na capital, aponta IBGE». G1. 17 de dezembro de 2018. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  17. «Leilão de energia para Roraima contrata nove projetos e totaliza R$ 1,6 bi de investimentos». Ministério de Minas e Energia. 31 de maio de 2019. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  18. «Estrutura Acionária - Apresentação Corporativa - Julho de 2019» (PDF). Eneva S.A. 19 de julho de 2019. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  19. 19,0 19,1 «Apresentação Corporativa - julho de 2019 - Estrutura Acionária» (PDF). ri.eneva.com.br (em português). 19 de julho de 2019. Consultado em 14 de agosto de 2019 
  20. «Exploração e Produção – Eneva». www.eneva.com.br (em português). Consultado em 26 de fevereiro de 2019 
  21. «Eneva adquire campo terrestre de Azulão» (PDF). Eneva. 27 de novembro de 2017. Consultado em 8 de abril de 2019 

Ligações externas

Predefinição:Empresas de energia do Brasil

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