Saraiva | |
---|---|
Razão social | Saraiva e Siciliano S.A. |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | B3: SLED3, SLED4 |
Atividade | |
Gênero | Sociedade Anônima |
Fundação | 13 de dezembro de 1914 (109 anos) |
Fundador(es) | Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva |
Sede | São Paulo, Brasil |
Área(s) servida(s) | Brasil |
Locais | 34[1] |
Proprietário(s) | Família Saraiva |
Pessoas-chave | Predefinição:Ubl |
Produtos | |
Website oficial | Predefinição:Url |
Saraiva é uma rede brasileira de livrarias, fundada em 13 de dezembro de 1914 por Joaquim Inácio da Fonseca Saraiva, imigrante português de Trás-os-Montes, no centro da cidade de São Paulo. Em 2008 a empresa adquiriu a Livraria Siciliano e passou a ter 20% do mercado livreiro do Brasil.
Em recuperação judicial desde novembro de 2018, no fim de 2020 a rede já havia fechado metade das lojas que possuía no início de 2020.[2]
História
A primeira sede localizava-se no Largo do Ouvidor, bem próximo à Faculdade de Direito de São Paulo, sob o nome comercial de Livraria Acadêmica. Expandiu suas lojas em mais de 18 Unidades da Federação do Brasil (nas 4 praças do SE; nas 3 praças do S; em 3 praças do CO - DF, GO, MS; em seis estados do NE - BA, CE, PB, PE, RN, SE e em apenas dois estados do N - AM, PA), sendo encontrada principalmente em shoppings.
Compra da Siciliano
No dia 6 de março de 2008, a empresa comprou a totalidade das ações da Livraria Siciliano por R$ 60,03 milhões, somando às suas 36 lojas mais 63 lojas em quatorze estados brasileiros, provenientes da rede da Siciliano.[3]
Caso Amazon
A Saraiva estaria dificultando a entrada da Amazon no Brasil. Segundo fontes da Istoé Dinheiro, a livraria estaria usando seu poder sobre editoras do país para dificultar a entrada da Amazon. Ainda segundo estas fontes, a Saraiva estaria fazendo ameaças de represálias comerciais à editoras que fizessem acordo com a empresa estadunidense. A Saraiva, através do seu CEO Marcílio Pousada nega as acusações: “Jamais falaríamos isso, Temos 97 anos de relacionamento com as editoras”.[4]
Saraiva Mega Store
Saraiva Mega Store é uma rede de lojas pertencente a Rede Saraiva, especializada em uma grande variedade de livros nacionais e importados, CDs e DVDs, eletrônicos, informática, games, softwares, revistas e produtos de papelaria.[5]
Recuperação judicial
Com o setor em crise, a Saraiva entrou com um pedido de recuperação judicial no dia 23 de novembro de 2018, com uma divida de R$ 674 milhões, fechou 19 lojas pelo Brasil no mês de outubro, restando 85 lojas físicas.[6][7] O pedido de recuperação foi aberto pela Saraiva e Siciliano S/A e a Saraiva Livreiros S/A perante a 2.ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível de São Paulo. O pedido foi concedido em 26 de novembro de 2018, e o Plano de Recuperação Judicial foi aprovado por maioria dos credores na Assembleia-Geral ocorrida em 29 de agosto de 2019,[8] no qual prevê a reorganização da estrutura da empresa, com adoção de processos gerenciais, bem como a reestruturação do passivo de acordo com cada classe.
2020
A Saraiva fechou 36 unidades entre março e novembro de 2020, e ainda teve uma queda de 75% na receita do grupo de 2020 em relação ao ano anterior, e dificuldades da empresa em cumprir as obrigações de curto prazo, ficando com 39 lojas físicas mais o ambiente virtual.[9] Ainda em 2020, a rede perdeu batalhas na Justiça contra editoras que pediam a devolução de livros em consignação nas lojas que estavam sendo fechadas.[9]
2022
A Saraiva aprovou junto a parte dos credores a conversão de R$ 163 milhões de dívida em ações, com o processo, a empresa passará a ter um capital pulverizado na Bolsa. Com a amortização, passa a ter dívida inferior a R$ 300 milhões.[1]
A empresa teria obtido o primeiro resultado financeiro positivo em anos, mostrando que uma recuperação é possível.[10][11][12] Atualmente conta com 34 lojas, número inferior as 113 unidades apresentadas no início de 2017, antes de entrar com processo de recuperação judicial.[1]
Ver também
Ligações externas
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 «Livraria Saraiva fecha acordo que pode encerrar recuperação judicial». CNN Brasil (em português). Consultado em 22 de agosto de 2022
- ↑ «Saraiva fecha metade das suas lojas de janeiro a novembro de 2020». IG. 8 de janeiro de 2021. Consultado em 19 de abril de 2016
- ↑ Folha Online (6 de março de 2008). «Livraria Saraiva compra a concorrente Siciliano por R$ 60 mi». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de janeiro de 2016
- ↑ "Os planos da Amazon para o Brasil" Arquivado em 18 de junho de 2012, no Wayback Machine., Istoé Dinheiro, 23 de Março, 2012.
- ↑ «Nossas Lojas». Saraiva. Consultado em 21 de janeiro de 2016
- ↑ «Maior rede de livrarias do país pede recuperação judicial». G1 (em português). Consultado em 1 de outubro de 2021
- ↑ Econômico, Brasil (23 de novembro de 2018). «Saraiva segue os passos da Cultura e entra com pedido de recuperação judicial». Portal iG (em português). Consultado em 1 de outubro de 2021
- ↑ «Plano de recuperação judicial da Saraiva é aprovado». Revista Exame. Grupo Abril. 29 de agosto de 2019. Consultado em 1 de setembro de 2019
- ↑ 9,0 9,1 «Saraiva fecha mais de 30 livrarias no Brasil durante a pandemia». d24am. 10 de janeiro de 2021. Consultado em 19 de abril de 2016
- ↑ «Saraiva (SLED4) reduz prejuízo em 12% no segundo trimestre de 2022, a R$ 21,8 milhões». InfoMoney. 12 de agosto de 2022. Consultado em 22 de agosto de 2022
- ↑ «Lucro e fim da recuperação judicial: o que esperar da retomada da Saraiva?». Money Times (em português). 17 de agosto de 2022. Consultado em 22 de agosto de 2022
- ↑ «Curtas | Saraiva». Valor Econômico (em português). Consultado em 22 de agosto de 2022