Informações pessoais | ||
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Nome completo | Dorval Rodrigues | |
Data de nasc. | 26 de fevereiro de 1935[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] | |
Local de nasc. | Porto Alegre, RS, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Falecido em | 26 de dezembro de 2021 (86 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] | |
Informações profissionais | ||
Posição | ponta-direita | |
Clubes de juventude | ||
1950–1955 | Grêmio | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1955–1956 1956–1957 1957 1957–1960 1960–1961 1961–1964 1964 1964 1965–1967 1967 1968–1971 1971 1972 |
Força e Luz Santos Predefinição:Seta fut Juventus-SP Predefinição:Emp fut Santos Bangu Santos Atlético Paranaense Predefinição:Seta fut Racing Predefinição:Emp fut Santos Palmeiras Atlético Paranaense Carabobo Saad |
12 (6) 25 (4) 612 (198) 20 (0) |
Seleção nacional | ||
1959–1963 1959–1965 |
Brasil Seleção Paulista |
7 (0) |
Dorval Rodrigues[1], mais conhecido como Dorval (Porto Alegre, 26 de fevereiro de 1935 – Santos, 26 de dezembro de 2021)[2], foi um futebolista brasileiro que atuava como ponta-direita.
É considerado por muitos como o melhor ponta-direita da história do Santos.[2][3][4]
O apelido que o ponta tinha entre os jogadores de "Pé de Valsa" tinha a ver com sua personalidade boêmia, que gostava de festas e de dançar.[4][5]
Carreira
Início
Nascido no bairro do Partenon, em Porto Alegre, começou a jogar no infantil do Internacional, time para o qual torcia[5], mas depois passou para o juvenil do Grêmio.[6] Posteriormente, se transferiu para o Força e Luz[5][6], onde permaneceu dos 17 aos 19 anos.[4]
Arnaldo Figueiredo foi quem o tirou do Rio Grande do Sul. Tentou coloca-lo no Corinthians, mas Oswaldo Brandão disse que já tinha o Bataglia; no Flamengo o técnico Yustrich disse que tinha o Joel.[6]
Santos FC
Foi contratado pelo Santos no segundo semestre de 1956.[6] Estreou no dia 7 de setembro de 1956 contra o Corinthians de Santo André, na mesma partida em que Pelé, também estreante, marcou seu primeiro gol com a camisa santista. Como Dorval e Pelé chegaram à mesma época em Santos, acabaram dividindo o quatro na concentração do estádio da Vila Belmiro e depois na pensão da Dona Georgina, onde viviam mais uma dezena de jogadores santistas.[5][6] Nas viagens, Dorval dividia o quarto de hotel com o goleiro Gylmar.[5][6]
No início de 1957, Dorval foi emprestado ao Juventus, onde se destacou na preparação do campeonato paulista daquele ano. Retornou ao Santos como titular.[4]
Em 1959, marcou dois gols contra o Barcelona, no Camp Nou, em partida que o Santos venceu por 5 a 1.[6]
Nos anos 1960 tornou-se ídolo do Santos, formando com Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe o chamado "Ataque dos Sonhos", o mais vitorioso da história do time e um dos maiores do futebol mundial.[2][7][8][9] Dorval era o mais veloz do quinteto.[5] Além da rapidez, ele se destacava pela inteligência tática e resistência física.
Entre idas e vindas, em 10 anos jogando pelo Santos, participou de 612 partidas com a camisa Peixeira[6] (o 5º que mais atuou) e assinalou 194 gols[6] (o 6º maior artilheiro).[7][8][5][10]
Multicampeão, conquistou duas Copas Libertadores da América, dois Mundiais de Clubes (1962 e 1963), cinco Brasileiros (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965) e seis Paulistas (1958, 1960, 1961, 1962, 1964 e 1965).[6][8][9][3]
Outros clubes
Dorval aceitou o convite do Racing da Argentina em 1964. Como o Racing não tinha dinheiro para pagar, o Santos o pediu de volta.[4][5][6]
Depois de mais dois anos na Vila Belmiro, Dorval foi para o Palmeiras em 1967, onde permaneceu nove meses, jogando 20 partidas.[4][5] Nesse ínterim teve uma passagem boa pelo Juventus, onde ficou apenas três meses.[6]
No ano seguinte foi para o Atlético Paranaense. Lá, ao lado de outros veteranos de prestígio, como os bicampeões mundiais Bellini e Djalma Santos, foi vice-campeão estadual.[6] Ficou seis meses na Venezuela defendendo o Valencia[4] e encerrou a carreira em 1972 no Saad.[5][10]
Seleção Brasileira
Sua história na Seleção Brasileira começou em 1956, quando foi convocado, mas, ainda inexperiente, acabou dispensado do combinado gaúcho que representou o Brasil no Pan-Americano do México e se sagrou bicampeão do torneio.[6]
A primeira partida de Dorval com a camisa da Seleção Brasileira só aconteceria em 10 de março de 1959, contra o Peru, na estreia da Seleção no Sul-Americano disputado em Buenos Aires. Foi a primeira exibição do Brasil depois de conquistar o título mundial na Suécia. O jogo, realizado no Estádio de Nuñes, terminou empatado em 2 a 2. Nesse Sul-Americano Dorval ainda jogou contra Chile, Uruguai e Paraguai.[6]
O único gol marcado por Dorval em 14 jogos que fez pela Seleção ocorreu em 17 de setembro de 1959, na goleada sobre o Chile por 7 a 0, no Maracanã, pela Taça Bernardo O’Higgins. Como Mengálvio, Dorval foi um dos titulares da mal sucedida excursão à Europa de 1963. Depois dela, nunca mais chegou a ser convocado.[6]
Aposentadoria
Ao pendurar as chuteiras foi contratado pelo Baneser para coordenar uma escolinha de futebol para garotos na região Sudeste de São Paulo. A escolinha se tornou o Centro Desportivo Municipal Ferradura, na Vila Santa Catarina.[6][4]
Além de trabalhar em escolinhas de futebol, Dorval foi vendedor de plásticos[7] e técnico do time amador da Indeplast, de Diadema.[6]
Morte
Morreu de insuficiência cardíaca em Santos, no dia 26 de dezembro de 2021, aos 86 anos de idade.[11][7][5] Teve um filho, Émerson Fernando Rodrigues.[5]
O velório do ex-jogador foi no Salão de Mármore, na Vila Belmiro.[8] O clube santista declarou luto por sete dias.[7][9][10][3][12] Foi enterrado no Cemitério Paquetá, em Santos.[2]
Títulos
- Santos
- Campeonato Paulista: (1958, 1960, 1961, 1962, 1964 e 1965)
- Torneio Rio-São Paulo: (1959, 1963, 1964 e 1966)
- Campeonato Brasileiro: (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
- Copa Libertadores da América: (1962 e 1963)
- Copa Intercontinental: (1962 e 1963)
- Troféu Teresa Herrera: 1959
- Atlético-PR
- Campeonato Paranaense: (1970)
- Brasil
- Taça Bernardo O'Higgins: 1959
- Copa Roca: 1963
Referências
- ↑ http://www.footballdatabase.eu/football.joueurs.rodrigues.dorval.92509.en.html
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 «Notícias». Museu do Futebol (em português). Consultado em 25 de julho de 2022
- ↑ 3,0 3,1 3,2 «Morre Dorval, um dos maiores ídolos da história dos Santos - ISTOÉ Independente» (em português). 26 de dezembro de 2021. Consultado em 25 de julho de 2022
- ↑ 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 4,5 4,6 4,7 «Dorval - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 25 de julho de 2022
- ↑ 5,00 5,01 5,02 5,03 5,04 5,05 5,06 5,07 5,08 5,09 5,10 5,11 «Craque, boêmio e calado: Dorval driblou racismo e empilhou taças no Santos». www.uol.com.br (em português). Consultado em 25 de julho de 2022
- ↑ 6,00 6,01 6,02 6,03 6,04 6,05 6,06 6,07 6,08 6,09 6,10 6,11 6,12 6,13 6,14 6,15 6,16 6,17 sfcadmin (26 de fevereiro de 2020). «Dorval, o ídolo humilde». Santos Futebol Clube (em português). Consultado em 25 de julho de 2022
- ↑ 7,0 7,1 7,2 7,3 7,4 «Dorval Rodrigues, ídolo do Santos, morre aos 86 anos». Nexo Jornal (em português). Consultado em 25 de julho de 2022
- ↑ 8,0 8,1 8,2 8,3 «Morre Dorval Rodrigues, aos 86, um dos maiores ídolos da história do Santos FC». CNN Brasil (em português). Consultado em 25 de julho de 2022
- ↑ 9,0 9,1 9,2 «Morre Dorval, que formou ataque histórico do Santos com Pelé». ESPN.com (em português). 26 de dezembro de 2021. Consultado em 25 de julho de 2022
- ↑ 10,0 10,1 10,2 «Morre Dorval, um dos maiores ídolos do Santos, aos 86 anos». www.uol.com.br (em português). Consultado em 25 de julho de 2022
- ↑ Morre Dorval, um dos maiores ídolos da história do Santos FC
- ↑ «Morre Dorval, ídolo do Santos, aos 86 anos». Placar - O futebol sem barreiras para você (em português). Consultado em 25 de julho de 2022
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