Dona Xepa | |
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Dona Xepa.jpg | |
Informação geral | |
Formato | Telenovela |
Gênero | |
Criador(es) | Gilberto Braga |
Baseado em | Dona Xepa, de Pedro Bloch |
País de origem | Brasil |
Idioma original | português |
Produção | |
Diretor(es) | Herval Rossano |
Elenco | Predefinição:Collapsible list |
Tema de abertura | "A Xepa", Ruy Maurity |
Composto por | Ruy Maurity José Jorge |
Exibição | |
Emissora original | TV Globo |
Formato de exibição | 480i (SDTV) |
Transmissão original | 24 de maio – 24 de outubro de 1977 |
Episódios | 132 |
Cronologia | |
Programas relacionados | Dona Xepa (2013) Lua Cheia de Amor |
Dona Xepa é uma telenovela brasileira exibida pela TV Globo de 24 de maio a 24 de outubro de 1977 em 132 capítulos. Substituiu À Sombra dos Laranjais e foi substituída por Sinhazinha Flô na faixa das 18 horas, sendo a 12.ª "novela das seis" produzida pela emissora.[1]
A trama foi baseada na peça teatral homônima escrita em 1952 por Pedro Bloch, sendo adaptada por Gilberto Braga com direção de Herval Rossano.
Contou com Yara Cortes, Reinaldo Gonzaga, Nívea Maria, Edwin Luisi, Rubens de Falco, Cláudio Cavalcanti e Ana Lúcia Torre nos papéis principais.
Sinopse
O folhetim, inspirado na peça teatral homônima de Pedro Bloch, narra o cotidiano da feirante Dona Xepa (Yara Cortes), que cria sozinha os filhos Rosália (Nívea Maria) e Edson (Reynaldo Gonzaga). Apesar das dificuldades financeiras, Xepa faz de tudo para educar os filhos da melhor maneira possível. Os dois ascendem socialmente e passam a ter vergonha da mãe. Rosália tem como objetivo de vida se casar com um homem rico e bem-sucedido e rejeita a paixão que sente por seu vizinho Daniel (Edwin Luisi). Já Edson, que valorizou os sacrifícios de sua mãe, quer ser escritor, mas encontra dificuldades para entrar no mercado de trabalho. Ela se casa com Heitor (Rubens de Falco), cuja madrasta, a socialite falida Glorita (Ana Lúcia Torre), humilha Xepa sempre que pode.
Outros personagens de destaque na história são Corina (Zeny Pereira), grande amiga de Xepa, e Otávio (Cláudio Cavalcanti), filho do proprietário de uma importante cadeia de revistas do país.
Produção
Os momentos no final das feiras, em que os produtos já são escassos e os de má qualidade ficam sobrando, ficando mais baratos por conta disso, são chamados de xepa; por sempre distribuir os produtos mais baratos que sobraram para quem precisa em vez de desperdiçá-los jogando fora, Carlota tinha o apelido de "Dona Xepa".
As cenas externas de Dona Xepa foram gravadas no antigo Mercado de São Cristóvão, na Estrada Velha da Tijuca e no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Os planos gerais de movimentação da feira foram feitos na Praça General Osório, em Ipanema, Rio de Janeiro. Para dar maior realismo aos personagens e suas histórias, a Globo realizou uma pesquisa minuciosa sobre o dia a dia dos feirantes e as tradições que cercam as feiras livres. [2]
Dona Xepa quebrou um paradigma de novelas de época e foi a primeira novela contemporânea baseada numa peça teatral a ser exibida no horário das 18:00, desde a criação da faixa em 1975[3].
Dona Xepa obteve excelentes avaliações no Rio de Janeiro e em São Paulo, alcançando a melhor média das novelas exibidas na época até então. O sucesso da trama fez com que o autor Gilberto Braga – que já havia assinado Escrava Isaura (1976), outro grande sucesso às 18h – fosse convidado para escrever uma novela às 20h. No ano seguinte, Dancin' Days estreou. Em 1990, os autores Ana Maria Moretzsohn, Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa se inspiraram na peça "Dona Xepa'' e no próprio enredo de Gilberto Braga para escrever o romance Lua Cheia de Amor. Gilberto Braga chegou a participar da elaboração do roteiro da nova versão, em que a feirante Xepa foi substituída pela camelô Genu, interpretado por Marília Pêra.
Dona Xepa foi vendida para cerca de dez países, incluindo Chile, Canadá e Suíça. A novela obteve grande audiência em Portugal e, em janeiro de 1980, recebeu o Grande Prêmio Teleguia de Ouro, concedido pela crítica mexicana. Desde o final dos anos 70, a Globo já exibia reprises no horário da tarde, mas sem um nome específico. Em 5 de maio de 1980, com a estreia da reprise de Dona Xepa - que foi até 14 de novembro de 1980 sendo substituída por A Sucessora -, o horário ganha o título de "Vale a Pena Ver de Novo". [2][4]
Foi a primeira telenovela do horário a ter uma trilha sonora em LP. Nas novelas anteriores eram lançados pequenos compactos, com poucas músicas[3].
Elenco
Ator | Personagem |
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Yara Cortes | Carlota Soares da Costa (Dona Xepa) |
Nívea Maria | Rosália Soares da Costa |
Rubens de Falco | Heitor Pires Camargo |
Ana Lúcia Torre | Glória Pires Camargo (Glorita) |
Cláudio Cavalcanti | Otávio Becker |
Edwin Luisi | Daniel |
Fátima Freire | Heloísa Becker |
Ângela Leal | Regina |
Reynaldo Gonzaga | Edson Soares da Costa |
Zeny Pereira | Corina |
Joyce de Oliveira | Laís |
Antônio Patiño | Raul Camargo |
Ida Gomes | Isabel Becker |
Ênio Santos | Henrique Becker |
Francisco Dantas | Alamiro |
Ísis Koschdoski | Helena |
Patrícia Bueno | Gisa Pires Camargo |
João Paulo Adour | Ivan |
Agnes Fontoura | Arlete |
Renato Pedrosa | Raimundo |
Marina Miranda | Sarita |
Dionísio Azevedo | Agenor |
Clementino Kelé | Uóston |
Neuza Borges | Rosemary |
Fregolente | Seu Saraiva |
Castro Gonzaga | Osmar |
Elenco de apoio
- Beyla Genauer - Julinha[5]
- Márcio de Lucca[5]
- Marlene Figueiró - Joice[5]
- Nair Prestes - Camila[5]
- Nardel Ramos - Ronaldo[5]
- Vanda Costa - Creuza[5]
Reprises
Foi reprisada de 5 de maio a 14 de novembro de 1980 às 13h30 no Vale a Pena Ver de Novo, substituindo À Sombra dos Laranjais e sendo substituída por A Sucessora, em 140 capítulos, foi a primeira novela reprisada com o título do Vale a Pena Ver de Novo.[1].
Também foi reprisada num compacto de uma hora e meia em 28 de janeiro de 1980, como atração do Festival 15 Anos, apresentado por Yara Cortes[3].
Exibição internacional
Foi vendida para dez países, entre eles Portugal, Chile, Canadá e México.[1] Dona Xepa foi exibida em Portugal, na RTP1, entre 1978 e 1979, às 20h30, em horário nobre, tendo sido a terceira novela a ser exibida naquele país, da lista das brasileiras. O sucesso da novela entre o público luso foi tanto que Mário Soares, como primeiro-ministro de Portugal, teve de esperar pelo último episódio da telenovela para divulgar medidas financeiras para o país[6]. Depois foi substituída pela novela O Astro de 1977.
Versões
Em 1990, a história serviria como ponto de partida para a novela Lua Cheia de Amor, estrelada por Marília Pêra e Francisco Cuoco.[1]
Em 2013, a peça de Pedro Bloch ganhou uma nova adaptação para a TV, pela Record, escrita por Gustavo Reiz, com Ângela Leal na pele da feirante Xepa. A atriz já havia participado da versão da Globo, como a personagem Regina[7].
Trilha sonora
- "Pensando Nela" - Dom Beto
- "Opus Dois" - Antônio Carlos e Jocafi
- "Pra Que Vou Recordar o Que Chorei" - Carlos Dafé
- "Feira Livre" - Ataulfo Jr.
- "Dom de Iludir" - Maria Creuza
- "Tema da Vila" - Orquestra Som Livre
- "A xepa" - Ruy Maurity[1]
- "Pela Luz dos Olhos Teus" - Miúcha e Tom Jobim[1]
- "Tudo Menos Amor" - Martinho da Vila
- "Um Caso Meu" - Rosemary
- "Dona Xepa" - Elizeth Cardoso
- "Eu Gosto de Você" - Ricardo Coração de Leão
- "Tema do Assoviador" - Sá & Guarabyra
- "Chorei" - Márcia
- Temas internacionais
- "Try To Feel Good" - Paul Jones
- Quando - Ricardo Coração de Leão "Trilha Sonora em Portugal"
Prêmios
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 Memória Globo. «Dona Xepa». Consultado em 8 de janeiro de 2010
- ↑ 2,0 2,1 «Bastidores». memoriaglobo (em português). Consultado em 11 de abril de 2022
- ↑ 3,0 3,1 3,2 Nilson Xavier (24 de maio de 2017). «40 anos de Dona Xepa - 10 curiosidades sobre a novela». UOL. Consultado em 14 de novembro de 2021
- ↑ «Vale a Pena Ver de Novo». Wikipédia, a enciclopédia livre (em português). 28 de março de 2022. Consultado em 11 de abril de 2022
- ↑ 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 Erro de citação: Marca
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- ↑ Teledramaturgia. «Dona Xepa». Consultado em 20 de fevereiro de 2013
- ↑ Keila Jimenez (25 de setembro de 2012). «Record fará nova versão de 'Dona Xepa'». Folha Ilustrada. Consultado em 14 de novembro de 2021
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