Dirceu Arcoverde | |
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Ao lado do Presidente Ernesto Geisel e de Wall Ferraz | |
Governador do Piauí | |
Período | 15 de março de 1975 até 14 de agosto de 1978 |
Antecessor(a) | Alberto Silva |
Sucessor(a) | Djalma Veloso |
Senador pelo Piauí | |
Período | 1979 (44 dias) |
Antecessor(a) | Fausto Gaioso |
Sucessor(a) | Alberto Silva |
Dados pessoais | |
Nascimento | 7 de setembro de 1925[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Amarante, PI |
Morte | 16 de março de 1979 (53 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Brasília, DF |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Cônjuge | Maria José Arcoverde |
Partido | ARENA |
Profissão | médico, professor |
Assinatura |
Dirceu Mendes Arcoverde (Amarante, 7 de setembro de 1925 — Brasília, 16 de março de 1979) foi um médico e político brasileiro que foi eleito governador do Piauí em 1974 após indicação do presidente Ernesto Geisel. Em 1978 elegeu-se senador tendo falecido pouco menos de dois meses após iniciar seu mandato.[1]
Dados biográficos
Filho de Miguel Arcoverde Vieira e Augusta Mendes Arcoverde. Estudou em Belém e depois foi residir na capital fluminense como pensionista da União Nacional dos Estudantes até formar-se em Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro sendo depois professor no Instituto de Educação Antonino Freire e na Universidade Federal do Piauí.
Carreira política
Secretário de Saúde durante o primeiro governo Alberto Silva, possuía vínculos com a UDN e foi apontado pelas lideranças da ARENA como alternativa às eleições de 1974 numa postura onde o grupo de Petrônio Portela visava recuperar o comando político do estado o qual perdera devido à escolha de Alberto Silva pelo presidente Emílio Garrastazu Médici há quatro anos graças aos apelos de políticos cearenses como Virgílio Távora e também com o fito de contemplar as várias correntes políticas abrigadas na ARENA de modo a impedir defecções.
Preterido em sua intenção de indicar o governador do estado em 1970, Petrônio Portela assumiu a presidência nacional da ARENA após a morte de Filinto Müller e foi encarregado pelo presidente Ernesto Geisel de coordenar a escolha dos governadores de estado a serem eleitos indiretamente em 1974. Em relação ao Piauí sua escolha fixou-se em um nome de sua confiança e que ao mesmo tempo conhecesse as estratégias políticas de Alberto Silva, o que resultou em Dirceu Arcoverde.[2] Eleito governador em 3 de outubro de 1974 e empossado à 15 de março do ano seguinte, Arcoverde ocupou o Palácio de Karnak até 14 de agosto de 1978 quando renunciou em prol do vice-governador Djalma Veloso.[3][4][5]
Candidato a senador numa sublegenda da ARENA em 1978, Dirceu Arcoverde derrotou Alberto Silva que concorreu na outra sublegenda do partido governista. Tão logo assumiu o mandato, foi escolhido 2º vice-presidente do Senado Federal na chapa de Luís Viana Filho.[6] Contudo sua estadia no parlamento foi abreviada no dia 16 de março de 1979 quando morreu vítima de um derrame cerebral que o acometera durante sua estreia na tribuna alguns dias antes.[7][8][9][10][11]Predefinição:Nota de rodapéPredefinição:Nota de rodapé
Como forma de minorar o impacto político havido com sua perda, o presidente João Figueiredo nomeou para o cargo de ministro da Saúde o médico Waldyr Arcoverde, irmão de Dirceu Arcoverde. Para ocupar sua cadeira como senador foi efetivado Alberto Silva.[12]Predefinição:Nota de rodapé
Memória
Após o seu falecimento batizaram em seu nome diferentes prédios e logradouros públicos em todo o Piauí, entretanto as homenagens mais conhecidas são a criação do município de Dirceu Arcoverde e a de um conjunto habitacional em Teresina. Em 1980 o jornalista e advogado José Lopes dos Santos lançou o livro Dirceu Arcoverde – Missão Cumprida.[13]
Pai de Júlio Arcoverde, eleito deputado estadual pelo Piauí em 2014 e 2018.
Referências
- ↑ «Senado Federal do Brasil: senador Dirceu Arcoverde». Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ Missão de Petrônio termina e prefere políticos (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 17/06/1974. Primeiro caderno, p. 07. Página visitada em 2 de junho de 2018.
- ↑ De Norte a Sul, espetáculo igual (online). O Estado de S. Paulo, São Paulo (SP), 04/10/1974. Geral, p. 05. Página visitada em 2 de junho de 2018.
- ↑ Tomam posse hoje os novos governadores (online). Folha de S. Paulo, 15/03/1975. Nacional, p. 04. Página visitada em 2 de junho de 2018.
- ↑ Cinco governadores deixam cargos para disputar eleições (online). Folha de S. Paulo, 14/08/1978. Página visitada em 2 de junho de 2018.
- ↑ "Biônicos" ocupam as vagas do MDB (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 02/02/1979. Primeiro caderno, p. 04. Página visitada em 2 de junho de 2018.
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Pacote de Abril». Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ «Banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí». Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ Senador tem derrame na tribuna (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 10/03/1979. Primeiro caderno, p. 05. Página visitada em 2 de junho de 2018.
- ↑ Adeus a Dirceu Arcoverde mobiliza 50 mil pessoas (online). O Globo, Rio de Janeiro (RJ), 17/03/1979. O país (ed. matutina), p. 06. Página visitada em 2 de junho de 2018.
- ↑ Dirceu Arcoverde morre em Brasília e deixa a vaga de senador para Alberto Silva (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 17/03/1979. Primeiro caderno, p. 02. Página visitada em 2 de junho de 2018.
- ↑ SANTOS, José Lopes dos. Novo Tempo Chegou. Brasília: Senado Federal, 1983.