Este artigo não cita fontes confiáveis. (Janeiro de 2013) |
O assim chamado Deserto do São João ou Deserto dos Pampas é uma área localizada no município de Alegrete, região sudoeste do estado do Rio Grande do Sul, calculada em aproximadamente 200 hectares de areia segundo levantamento realizado em 1999.
A área não pode ser chamada tecnicamente de deserto, devido ao fato de haver abundância de chuva na região. Alegrete tem média pluviométrica anual de cerca de 1,5 mil milímetros, enquanto que uma área realmente desértica é caracterizada pela grande escassez de chuvas. O termo areal e o processo de arenização são conceitos mais recomendados para tratar a área e como ela se desenvolveu.
Teoria sobre a origem
Um dos fatores importantes que deram origem ao processo de arenização da área foram as chuvas torrenciais que, associadas à fragilidade do solo originalmente arenoso e à degradação da sua vegetação natural, causaram sulcos e ravinas que, com a constância das chuvas, agravam a situação e se transformam em voçorocas. Os areais podem surgir independentemente do uso do solo, mas não se pode negar que a pecuária e principalmente a agricultura intensificam o processo de arenização, como nesta área.
Processo de reversão
A fim de combater a expansão do assim chamado (impropriamente) Deserto do São João, estão sendo pesquisadas algumas alternativas como:
- Plantio direto sem o emprego de arado;
- Instalação de barreiras (pedras, galhos e telas) direto nos sulcos;
- Uso controlado da pecuária;
- Isolamento total da área por longo período de tempo;
- Aproveitamento econômico da área através do cultivo de árvores, como eucaliptos (Eucalyptus spp.) ou uva-do-japão (Hovenia dulcis), ou de plantas de menor porte, como bambus, capim-elefante e outras gramíneas viáveis à região arenosa (um possível problema disto é que todas estas espécies cultivadas são exóticas e algumas têm potencial invasor, o que pode resolver o problema local mas criar dificuldades de outro tipo em áreas próximas).
Com a finalidade de pôr em prática essas e outras alternativas, o Conselho Regional de Desenvolvimento (COREDES) criou um projeto de política pública estadual para prevenção, controle e recuperação das áreas degradadas.