Dermatomiosite | |
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Pápulas vermelhas sobre as articulações dos dedos de pessoa com dermatomitose juvenil, denominadas pápulas de Gottron | |
Especialidade | Reumatologia |
Sintomas | Lesões na pele, fraqueza muscular, perda de peso, febre[1] |
Complicações | Calcinose, inflamação dos pulmões, doença coronária[1][2] |
Início habitual | 40 a 60 anos de idade[3] |
Duração | Crónica[1] |
Causas | Desconhecidas[1] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas, análises ao sangue, eletromiografia, biópsia dos músculos[3] |
Condições semelhantes | Polimiosite, miosite por corpúsculos de inclusão, escleroderma[3] |
Tratamento | Medicação, fisioterapia, exercício físico, termoterapia, ortóteses, aparelhos de apoio, descanso[1] |
Medicação | Corticosteroides, metotrexato, azatioprina[1] |
Frequência | ~ 1 em 100 000 pessoas por ano[3] |
Classificação e recursos externos | |
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Dermatomiosite é uma doença inflamatória crónica que afeta os músculos.[1] Os sintomas mais evidentes são fraqueza muscular que se vai agravando com o tempo e lesões na pele, como manchas violeta nas pálpebras e formações escamosas nos dedos, cotovelos e joelhos, denominadas pápulas de Gottron.[1] Os sintomas podem aparecer subitamente ou irem-se desenvolvendo ao longo de vários meses.[1] Entre outros possíveis sintomas estão perda de peso, febre, inflamação dos pulmões ou sensibilidade das lesões à luz do sol.[1] Entre as possíveis complicações está a formação de depósitos de cálcio nos músculos ou na pele.[1]
Desconhecem-se as causas exatas da doença.[1] Entre as hipóteses discutidas está a possibilidade de ser uma doença autoimune ou o resultado de uma infeção viral.[1] A dermatomiosite é um tipo de miopatia inflamatória.[1] O diagnóstico geralmente baseia-se nos sintomas, análises ao sangue, eletromiografia e biópsia aos músculos.[3]
Embora não exista cura para a doença, o tratamento geralmente alivia os sintomas.[1] O tratamento consiste em medicação, fisioterapia, exercício físico, aplicação de calor, ortóteses e outros aparelhos de apoio, e descanso.[1] A medicação geralmente consiste na administração de corticosteroides, que podem ser combinados com outros fármacos como metotrexato e azatioprina quando a pessoa não apresenta melhorias.[1] A administração de imunoglobulina intravenosa pode também melhorar o prognóstico.[1] Com tratamento, a maior parte das pessoas melhora e em alguns casos a doença fica completamente resolvida.[1]
A cada ano são diagnosticados novos casos em 1 em cada 100 000 pessoas.[3] A doença tem geralmente início entre os 40 e os 60 anos de idade e afeta mulheres com mais frequência do que homens.[3] No entanto, pode ter início em qualquer idade.[3] A dermatomiosite foi descrita pela primeira vez no século XIX.[4]
Referências
- ↑ 1,00 1,01 1,02 1,03 1,04 1,05 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14 1,15 1,16 1,17 1,18 «Dermatomyositis». GARD (em English). 2017. Consultado em 13 de julho de 2017. Cópia arquivada em 5 de julho de 2017
- ↑ Callen, Jeffrey P.; Wortmann, Robert L. (1 de setembro de 2006). «Dermatomyositis». Clinics in Dermatology. 24 (5): 363–373. ISSN 0738-081X. PMID 16966018. doi:10.1016/j.clindermatol.2006.07.001
- ↑ 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 3,7 «Dermatomyositis». NORD (National Organization for Rare Disorders). 2015. Consultado em 13 de julho de 2017. Cópia arquivada em 19 de fevereiro de 2017
- ↑ Dourmishev, Lyubomir A.; Dourmishev, Assen Lyubenov (2009). Dermatomyositis: Advances in Recognition, Understanding and Management (em English). [S.l.]: Springer Science & Business Media. p. 5. ISBN 9783540793137. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2017