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Dentística ou odontologia estética é o ramo da odontologia que atua na área da cosmética e restauração dental. Entre outros serviços, os profissionais desta especialidade tratam de clareamentos dos dentes, uso de resinas diretas, facetas, lentes de contato dental, e restaurações estéticas.[1]
O seu principal foco é a estética, ainda que a restauração de dentes também seja uma medida importante para a saúde individual, já que a permanência de cáries pode causar problemas a vários níveis, além de criar problemas na mastigação dos alimentos.
Pesquisa os vários tipos de preparações dentárias, a relação dos materiais restauradores com a estrutura dentária e o resto do organismo, técnicas restauradoras, etc. Tornando possível ao cirurgião-dentista restaurar de forma direta ou indireta a estética e a função dos dentes comprometidos.
Preparo cavitário[editar | editar código-fonte]
Nomenclatura
A cavidade preparada em um dente pode ser denominada de acordo com:
Número de faces
O número de faces em que ocorre:
- Simples - uma só face;
- Composta - duas faces;
- Complexa - três ou mais faces.
Faces envolvidas
As faces do dente envolvidas, recebendo o nome das respectivas faces.
Exemplos:
- Cavidade preparada na face oclusal: Cavidade oclusal;
- Cavidade que se estende da face oclusal à face mesial: cavidade mesiooclusal;
- Cavidade que se estende às faces mesial, oclusal e distal; cavidade mesiooclusodistal; excluindo os dentes anteriores
- Quando a preparação envolve as faces mesial, oclusal e lingual: cavidade mesiooclusolingual.
- Observação: a denominação das faces dos dentes costumam ser abreviadas com as letras de cada uma. Exemplo:
- O = Oclusal
- MO = Mesio oclusal
- MOD = Mesio ocluso distal
A forma e a extensão das cavidades
Intra coronárias (Inlay) são todas cavidades confinadas no interior da estrutura dentária, como uma caixa pura. Exemplos: Classe I oclusal, Classe V, Classe II compostas, e complexas sem o comprometimento de cúspides;
Extra coronárias parciais (onlay) são cavidades que apresentam cobertura de cúspides e/ou de outras faces dos dentes. Exemplos: restaurações MOD com proteção de cúspides, 3/4 e 4/5;
Extra coronárias totais (overlay)são preparações em que todas as faces axial e oclusal ou incisal do dente são recobertas pelo material restaurador. Exemplo: coroas totais.
Planos dentários
Para se determinar o sentido da inclinação e conseguir a denominação das paredes que formam uma cavidade, supõe-se que os dentes são atravessados por planos.
Considerando-se que o maior eixo é o eixo longitudinal e que essa linha passa pelo centro do dente, desde a face oclusal (ou incisal) até o ápice radicular, nela pode-se estudar três planos principais.
Plano horizontal
É perpendicular ao eixo longitudinal do dente e corta-o em qualquer ponto de sua longitude, recebendo o nome da superfície por onde passa.
Plano vestibulolingual
Chamado também de axiobucolingual, é o plano paralelo ao eixo longitudinal. Divide o dente em duas posições: uma vestibular e outra lingual e recebe o nome dessas faces quando passa tangente a elas. Nos dentes anteriores recebe a denominação de plano labiolingual ou palatino.
Plano mesiodistal
É vertical e paralelo ao eixo longitudinal. Divide o dente em duas partes, uma mesial e outra distal. Recebe o nome dessas faces quando passa tangente a elas. Também é denominado de plano axiomesiodistal.
Nomenclatura das partes constituintes das cavidades[editar | editar código-fonte]
As partes constituintes das cavidades são:
Parede
Paredes são os limites internos das cavidades e podem ser:
- Circundantes: paredes laterais da cavidade que recebem o nome da face do dente a qual correspondem ou da qual estão mais próximas;
- De fundo: correspondem ao assoalho da cavidade e podem ser chamadas de axial, quando se apresenta, paralela ao eixo longitudinal do dente e pulpar quando está perpendicular ao eixo longitudinal do dente.
Ângulos diedros
São formados pela união de duas paredes de uma cavidade e denominados segundo a combinação de seus respectivos nomes. Os ângulos diedros, segundo Black, podem ser do primeiro grupo, formados pela junção das paredes circundantes. Do segundo grupo, formados pela união de uma parede circundante com a parede de fundo da cavidade.Terceiro grupo,os quais são formados pela união das paredes de fundo de uma cavidade.
Ângulos triedos
São formados pelo encontro de três paredes e denominados de acordo com as suas respectivas combinações.
- Observação: uma exceção às regras de nomenclatura os ângulos diedros e triedos são cavidades de Classe III, nas quais a junção das paredes constituintes forma ângulos diedros e triedos incisais , não recebendo portanto, a denominação das paredes que os formam.
Ângulo cavo superficial
Ângulo formado pela parede circundante com a parede da superfície do dente.
Classificação
As cavidades podem ser classificadas, de acordo com a finalidade, em terapêuticas e protéticas. Terapêuticas, são aquelas realizadas em casos nos quais a lesão cariosa, abrasão, erosão, fratura ou outras lesões dos tecidos duros dos dentes tenham comprometido a estrutura coronária parcial ou totalmente, cujo preparo é condicionado a uma restauração individual do dente, visando à reconstrução morfológica, funcional e estética. Protéticas são as preparações para servir como retentores ou apoio para próteses fixas e removíveis, podendo ser realizadas tanto em dentes afetados quanto em dentes hígidos. Quando realizadas em dentes com coroas clínicas parcial ou totalmente destruídas não deixam de ser também terapêuticas, pois reconstroem o dente e funcionam com retentores ou apoio das próteses.
A profundidade das cavidades está relacionada com a espessura da dentina remanescente entre o seu assoalho e a polpa, na dependência do grau de penetração das lesões dentárias, que condiciona preparos cavitários em várias profundidades.
Black propôs dois tipos de classificação: uma baseada nas áreas dos dentes suscetíveis à cárie, ou seja, regiões de difícil higienização, dividida conforme a localização anatômica; cavidades de cicatrículas e fissuras; cavidades de superfícies lisas; e outra, artificial, na qual reuniu cavidades em classes que requerem a mesma técnica de instrumentação e restauração.
Classe I
Cavidades preparadas em regiões de má coalescência de esmalte, cicatrículas e fissuras, na face oclusal de pré-molares e molares, na face palatina dos incisivos superiores, e pode, ocasionalmente, envolver os 2/3 oclusais da face vestibular de primeiros molares inferiores e nos 2/3 oclusais da face palatina dos molares superiores.
Classe II
Cavidades preparadas nas faces proximais dos pré-molares e molares.
Classe III
Cavidades preparadas nas faces proximais dos incisivos e caninos, sem remoção do ângulo incisal.
Classe IV
Cavidades preparadas nas faces proximais dos incisivos e caninos, com remoção e restauração do ângulo incisal.
Classe V
Cavidades preparadas no terço gengival, não de cicatrículas, das faces vestibular e lingual de todos os dentes.
- Observação: as Classes II, III, IV e V ocorrem em superfícies lisas.
Classificação complementar à classificação artificial de Black[editar | editar código-fonte]
Alguns autores, como Howard e Simon, acrescentaram cavidades de Classe VI à classificação de Black. Nessa classe estariam incluídas as cavidades preparadas nas bordas incisais e nas pontas de cúspides. Sockwell considera ainda como cavidades de Classe I aquelas preparadas em cicatrículas e fissuras incipiente (de ponto), na face vestibular dos dentes anteriores.
Para alguns autores, como Fortunato, não parece adequada a conduta de remoção da estrutura dentária sadia, para a prevenção de futuras cáries, substituindo-a por materiais restauradores, sejam eles quas forem. Além disso, a terapêutica restauradora da cárie dental é apenas um passo que precisa ser completado por outras medidas preventivas importantes para a manutenção da saúde oral do paciente como adotar hábitos alimentares saudáveis, evitando a ingestão de açúcares, e ter hábitos higiênicos corretos, entre eles a correta técnica de escovação, o uso de fio dental e a utilização de flúor nas formas de bochecho e aplicação tópica. O cirurgião-dentista também deve mostrar ao paciente a importância do selamento de fóssulas e fissuras.
Segundo Conceição e Leite, essa nova classificação das cavidades permite que o profissional localize rapidamente a região do dente, já que a mesma numeração para as classes e sua localização do dente, proposta por Black, são usadas. Entretanto, a diferença que julgam essencial e marcante é que para os tipos I e II sugerem subdivisões que vão de encontro às diferentes alternativas de materiais restauradores e de tipos de preparo cavitário que existem atualmente, de acordo com a evolução do conhecimento da etiologia da doença cárie e dos materiais restauradores adesivos. No tipo V, incluem toda a superfície vestibular ou lingual e não apenas o terço gengival como anteriormente proposto. Isso permite, segundo eles, que o profissional se adapte de modo adequado à realidade clínica atual.
Princípios gerais
Black foi o primeiro a idealizar uma sequência lógica para a realização de preparos cavitários. Alguns de seus conceitos são relevantes; porém, em função da evolução técnico-científica torna-se necessária adequá-las às condições atuais. A ordem geral de procedimentos no preparo de uma cavidade, de acordo com Black é a seguinte:
Forma de contorno
É a fase operatória que visa a remoção do esmalte sem apoio dentinario, com a finalidade de expor a lesão de carie, facilitando sua visualização e , desta forma, permitir a instrumentação das fases subsequentes do preparo cavitário. A forma de contorno define a área de superfície do dente a ser incluída no preparo cavitário. Depende do material restaurador, se este é adesivo (resina, ionomero de vidro) ou não adesivo (amálgama)
Forma de resistência
É a etapa que visa dar à cavidade características para que as estruturas remanescentes e o material restaurador sejam capazes de resistir aos esforços mastigatórios
Forma de retenção
A forma de retenção é feita mecanicamente, pela confecção interna da cavidade, tais como: inclinação das paredes e retenções adicionais: sulcos, orifícios, canaletas, pinos metálicos e cauda de andorinha. O objetivo da retenção em um preparo é de evitar o deslocamento do material restaurador.
Forma de conveniência
Forma em que o profissional se adapte melhor aquele procedimento. Ex.: restaurações de classe I(oclusal),convém a ele usar uma broca 245 ao invés da 556 e 56, pois ela é auto retentiva, ângulos arredondados, etc.
Remoção da dentina cariada remanescente
procedimento para remover toda a dentina cariada que permaneça após as fases prévias do preparo.
Acabamento das paredes de esmalte
Consiste na remoção dos prismas de esmalte sem suporte, pelo alisamento das paredes de esmalte da cavidade, ou no preparo adequado do ângulo cavossuperficial.
Limpeza da cavidade
Remoção de partículas remanescentes (Smear Layer) que é formada por restos de esmalte e dentina associados a saliva, sangue, colágeno, óleo do preparo cavitário, possibilitando a colocação do material restaurador em uma cavidade completamente limpa.
Isolamento
O isolamento do campo operatório pode ser absoluto ou relativo. Como forma auxiliar é possível usar medicamentos que diminuem o fluxo salivar, contribuindo para a eficiência do isolamento.
- Isolamento absoluto
- Isolamento relativo
Bibliografia
- Dentística - Procedimentos Pré-clínicos; Mondelli, Jose; 2° Edição; 2003.
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Categoria:
- Dentística
O número de faces em que ocorre:
- Simples - uma só face;
- Composta - duas faces;
- Complexa - três ou mais faces.
Faces envolvidas
As faces do dente envolvidas, recebendo o nome das respectivas faces.
Exemplos:
- Cavidade preparada na face oclusal: Cavidade oclusal;
- Cavidade que se estende da face oclusal à face mesial: cavidade mesiooclusal;
- Cavidade que se estende às faces mesial, oclusal e distal; cavidade mesiooclusodistal; excluindo os dentes anteriores
- Quando a preparação envolve as faces mesial, oclusal e lingual: cavidade mesiooclusolingual.
- Observação: a denominação das faces dos dentes costumam ser abreviadas com as letras de cada uma. Exemplo:
- O = Oclusal
- MO = Mesio oclusal
- MOD = Mesio ocluso distal
A forma e a extensão das cavidades
Intracoronárias (Inlay) são todas cavidades confinadas no interior da estrutura dentária, como uma caixa pura. Exemplos: Classe I oclusal, Classe V, Classe II compostas, e complexas sem o comprometimento de cúspides;
Extracoronárias parciais (onlay) são cavidades que apresentam cobertura de cúspides e/ou de outras faces dos dentes. Exemplos: restaurações MOD com proteção de cúspides, 3/4 e 4/5;
Extracoronárias totais (overlay)são preparações em que todas as faces axial e oclusal ou incisal do dente são recobertas pelo material restaurador. Exemplo: coroas totais.
Planos dentários
Para se determinar o sentido da inclinação e conseguir a denominação das paredes que formam uma cavidade, supõe-se que os dentes são atravessados por planos.
Considerando-se que o maior eixo é o eixo longitudinal e que essa linha passa pelo centro do dente, desde a face oclusal (ou incisal) até o ápice radicular, nela pode-se estudar três planos principais.
Plano horizontal
É perpendicular ao eixo longitudinal do dente e corta-o em qualquer ponto de sua longitude, recebendo o nome da superfície por onde passa.
Plano vestibulolingual
Chamado também de axiobucolingual, é o plano paralelo ao eixo longitudinal. Divide o dente em duas posições: uma vestibular e outra lingual e recebe o nome dessas faces quando passa tangente a elas. Nos dentes anteriores recebe a denominação de plano labiolingual ou palatino.
Plano mesiodistal
É vertical e paralelo ao eixo longitudinal. Divide o dente em duas partes, uma mesial e outra distal. Recebe o nome dessas faces quando passa tangente a elas. Também é denominado de plano axiomesiodistal.
Nomenclatura das partes constituintes das cavidades
As partes constituintes das cavidades são:
Parede
Paredes são os limites internos das cavidades e podem ser:
- Circundantes: paredes laterais da cavidade que recebem o nome da face do dente a qual correspondem ou da qual estão mais próximas;
- De fundo: correspondem ao assoalho da cavidade e podem ser chamadas de axial, quando se apresenta, paralela ao eixo longitudinal do dente e pulpar quando está perpendicular ao eixo longitudinal do dente.
Ângulos diedros
São formados pela união de duas paredes de uma cavidade e denominados segundo a combinação de seus respectivos nomes. Os ângulos diedros, segundo Black, podem ser do primeiro grupo, formados pela junção das paredes circundantes. Do segundo grupo, formados pela união de uma parede circundante com a parede de fundo da cavidade.Terceiro grupo,os quais são formados pela união das paredes de fundo de uma cavidade.
Ângulos triedos
São formados pelo encontro de três paredes e denominados de acordo com as suas respectivas combinações.
- Observação: uma exceção às regras de nomenclatura os ângulos diedros e triedos são cavidades de Classe III, nas quais a junção das paredes constituintes forma ângulos diedros e triedos incisais , não recebendo portanto, a denominação das paredes que os formam.
Ângulo cavo superficial
Ângulo formado pela parede circundante com a parede da superfície do dente.
Classificação
As cavidades podem ser classificadas, de acordo com a finalidade, em terapêuticas e protéticas. Terapêuticas, são aquelas realizadas em casos nos quais a lesão cariosa, abrasão, erosão, fratura ou outras lesões dos tecidos duros dos dentes tenham comprometido a estrutura coronária parcial ou totalmente, cujo preparo é condicionado a uma restauração individual do dente, visando à reconstrução morfológica, funcional e estética. Protéticas são as preparações para servir como retentores ou apoio para próteses fixas e removíveis, podendo ser realizadas tanto em dentes afetados quanto em dentes hígidos. Quando realizadas em dentes com coroas clínicas parcial ou totalmente destruídas não deixam de ser também terapêuticas, pois reconstroem o dente e funcionam com retentores ou apoio das próteses.
A profundidade das cavidades está relacionada com a espessura da dentina remanescente entre o seu assoalho e a polpa, na dependência do grau de penetração das lesões dentárias, que condiciona preparos cavitários em várias profundidades.
Black propôs dois tipos de classificação: uma baseada nas áreas dos dentes suscetíveis à cárie, ou seja, regiões de difícil higienização, dividida conforme a localização anatômica; cavidades de cicatrículas e fissuras; cavidades de superfícies lisas; e outra, artificial, na qual reuniu cavidades em classes que requerem a mesma técnica de instrumentação e restauração.
Classe I
Cavidades preparadas em regiões de má coalescência de esmalte, cicatrículas e fissuras, na face oclusal de pré-molares e molares, na face lingual dos incisivos superiores, e pode, ocasionalmente, envolver os 2/3 oclusais da face vestibular de primeiros molares inferiores e nos 2/3 oclusais da face palatina dos molares superiores.
Classe II
Cavidades preparadas nas faces proximais dos pré-molares e molares.
Classe III
Cavidades preparadas nas faces proximais dos incisivos e caninos, sem remoção do ângulo incisal.
Classe IV
Cavidades preparadas nas faces proximais dos incisivos e caninos, com remoção e restauração do ângulo incisal.
Classe V
Cavidades preparadas no terço gengival, não de cicatrículas, das faces vestibular e lingual de todos os dentes.
- Observação: as Classes II, III, IV e V ocorrem em superfícies lisas.
Classificação complementar à classificação artificial de Black
Alguns autores, como Howard e Simon, acrescentaram cavidades de Classe VI à classificação de Black. Nessa classe estariam incluídas as cavidades preparadas nas bordas incisais e nas pontas de cúspides. Sockwell considera ainda como cavidades de Classe I aquelas preparadas em cicatrículas e fissuras incipiente (de ponto), na face vestibular dos dentes anteriores.
Para alguns autores, como Fortunato, não parece adequada a conduta de remoção da estrutura dentária sadia, para a prevenção de futuras cáries, substituindo-a por materiais restauradores, sejam eles quas forem. Além disso, a terapêutica restauradora da cárie dental é apenas um passo que precisa ser completado por outras medidas preventivas importantes para a manutenção da saúde oral do paciente como adotar hábitos alimentares saudáveis, evitando a ingestão de açúcares, e ter hábitos higiênicos corretos, entre eles a correta técnica de escovação, o uso de fio dental e a utilização de flúor nas formas de bochecho e aplicação tópica. O cirurgião-dentista também deve mostrar ao paciente a importância do selamento de fóssulas e fissuras.
Segundo Conceição e Leite, essa nova classificação das cavidades permite que o profissional localize rapidamente a região do dente, já que a mesma numeração para as classes e sua localização do dente, proposta por Black, são usadas. Entretanto, a diferença que julgam essencial e marcante é que para os tipos I e II sugerem subdivisões que vão de encontro às diferentes alternativas de materiais restauradores e de tipos de preparo cavitário que existem atualmente, de acordo com a evolução do conhecimento da etiologia da doença cárie e dos materiais restauradores adesivos. No tipo V, incluem toda a superfície vestibular ou lingual e não apenas o terço gengival como anteriormente proposto. Isso permite, segundo eles, que o profissional se adapte de modo adequado à realidade clínica atual.
Princípios gerais
Black foi o primeiro a idealizar uma sequência lógica para a realização de preparos cavitários. Alguns de seus conceitos são relevantes; porém, em função da evolução técnico-científica torna-se necessária adequá-las às condições atuais. A ordem geral de procedimentos no preparo de uma cavidade, de acordo com Black é a seguinte:
Forma de contorno
É a fase operatória que visa a remoção do esmalte sem apoio dentinaro, com a finalidade de expor a lesão de carie, facilitando sua visualização e , desta forma, permitir a instrumentação das fases subsequentes do preparo cavitário. A forma de contorno define a área de superfície do dente a ser incluída no preparo cavitário. Depende do material restaurador, se este é adesivo (resina, ionomero de vidro) ou não adesivo (amálgama)
Forma de resistência
É a etapa que visa dar à cavidade características para que as estruturas remanescentes e o material restaurador sejam capazes de resistir aos esforços mastigatórios
Forma de retenção
A forma de retenção é feita mecanicamente, pela confecção interna da cavidade, tais como: inclinação das paredes e retenções adicionais: sulcos, orifícios, canaletas, pinos metálicos e cauda de andorinha. O objetivo da retenção em um preparo é de evitar o deslocamento do material restaurador.
Forma de conveniência
Mas perante qualquer forma em que o profissional se adapte melhor aquele procedimento. Ex.: restaurações de classe I(oclusal),convém a ele usar uma broca 245 ao invés da 556 e 56, pois ela é auto retentiva, ângulos arredondados, etc.
Remoção da dentina cariada remanescente
procedimento para remover toda a dentina cariada que permaneça após as fases prévias do preparo.
Acabamento das paredes de esmalte
Consiste na remoção dos prismas de esmalte sem suporte, pelo alisamento das paredes de esmalte da cavidade, ou no preparo adequado do ângulo cavossuperficial.
Limpeza da cavidade
Remoção de partículas remanescentes (Smear Layer) que é formada por restos de esmalte e dentina associados a saliva, sangue, colágeno, óleo do preparo cavitário, possibilitando a colocação do material restaurador em uma cavidade completamente limpa. Yasuo
Isolamento
O isolamento do campo operatório pode ser absoluto ou relativo. Como forma auxiliar é possível usar medicamentos que diminuem o fluxo salivar, contribuindo para a eficiência do isolamento.
Referências
- ↑ «Dentística». Encyclopædia Britannica Online (em English). Consultado em 26 de agosto de 2020