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Dead Kennedys

Dead Kennedys
Dead Kennedys em 2019
Informação geral
Origem São Francisco, Califórnia
País Estados Unidos
Gênero(s) Punk rock, hardcore punk
Período em atividade 1978 - 1986
2001 - presente
Gravadora(s) Cherry Red, Faulty Products, Alternative Tentacles, Manifesto/Decay
Afiliação(ões) Skrapyard, The Jungle Studs, Jello Biafra and the Guantanamo School of Medicine, Lard, False Alarm, Melvins, D.O.A., Against All Will
Integrantes East Bay Ray
Klaus Flouride
D. H. Pelligro
Ron "Skip" Greer
Ex-integrantes Jello Biafra
Brandon Cruz
Jeff Penalty
6025
Ted
Jeff Penalty
Dave Scheff
Greg Reeves
Página oficial Predefinição:Url
Arquivo:Dead kennedys.png
Dead kennedys 1981 - East Bay Ray, Jello Biafra, D. H. Peligro and Klaus Flouride

Dead Kennedys é uma banda de punk rock estadunidense, formada em 1978 em São Francisco, Califórnia. Foi uma das mais influentes bandas de punk durante seus primeiros oito anos de carreira.[1]

As letras dos Dead Kennedys geralmente eram políticas em sua natureza, satirizando figuras políticas e autoridades em geral, assim como a cultura popular e até mesmo o próprio movimento punk. Durante sua formação inicial entre 1978 e 1986 atraíram considerável controvérsia, devido suas letras e artes provocativas. Muitas lojas se recusavam a vender suas gravações, fomentando o debate sobre a censura na indústria do rock; em meados de 1980, o vocalista e principal compositor, Jello Biafra, se tornou um ativista contra o Parents Music Resource Center. Culminando em um julgamento de obscenidade entre 1985 e 1986, que acabou resultando em um impasse.

O grupo lançou um total de quatro álbuns de estúdio e um EP antes de se dispersar em 1986. Seguindo a dissolução da banda, Biafra continuou a colaborar e gravar com outros artistas incluindo D.O.A., NoMeansNo e em suas próprias bandas Lard e Guantanamo School of Medicine, também tendo lançado várias obras de recitação.

Em 2000 (com recurso de apelação em 2003), Biafra perdeu um amargurado caso legal iniciado pelos seus ex-parceiros da banda Dead Kennedys em cima de créditos de composições e royalties não pagos. Em 2001, a banda voltou à ativa sem Biafra; muitos cantores desde então têm sido convidados para participar dos vocais. Apesar de os Dead Kennedys terem continuado a performar ao vivo durante anos, não lançaram nenhum material inédito desde seu álbum de estúdio mais recente, Bedtime for Democracy em 1986.

História

O começo

A história do Dead Kennedys começa quando Eric Boucher respondeu a um anúncio que procurava por vocalistas para uma nova banda de rock. O autor do anúncio era o guitarrista East Bay Ray. Logo após, Eric assumia a alcunha de Jello Biafra, baseado na fracassada guerra civil nigeriana, na qual a região sudeste da Nigéria tentou se tornar independente proclamando a República do Biafra. Os dois se juntariam ainda ao baixista Klaus Flouride, a um segundo guitarrista conhecido apenas pela alcunha de "6025"( seu nome verdadeiro é Carlos Cadona) e ao baterista Bruce Slesinger. O ano era 1978, a política americana agonizava nas mãos conservadoras e a repressão e a insatisfação social tornava o período excepcionalmente propício para o surgimento de uma nova tendência musical: o hardcore - uma evolução americana e agressiva do punk inglês.

Seguindo a linha de pensamento anárquica de Biafra, a banda desde cedo se focou nas letras e na ideologia nelas contidas, abusando de sátiras irônicas e ácidas para criticar diversos temas sociopolíticos americanos, como o consumismo, o "American Way of Life", as guerras, os políticos liberais conservadores, a igreja, a polícia entre outras.

Em 1979, o então misterioso guitarrista "6025", deixa de integrar a banda oficialmente (mas continua se apresentando com a banda e ajudando com composições).

Sucesso

Ainda em 1979 surge o primeiro single da banda: "California Über Alles", uma crítica direta ao então governador da Califórnia, Jerry Brown. Após o sucesso, o grupo lança mais um compacto com a badalada "Police Truck", criticando a violência policial e a famosa "Holiday In Cambodia", um hino antibelicista repleto de ironia e humor negro.

Nesse mesmo ano, Jello Biafra, militante político e agitador cultural de uma nova vanguarda musical, candidata-se ao cargo de prefeito de São Francisco. Entre suas propostas, previa que os políticos fossem obrigados a circular com um nariz de palhaço e que os policiais fossem escolhidos em votação direta com a população. Com slogans como "Apocalipse agora! Jello para prefeito", alcançou o quarto lugar com mais de 6 mil votos.

Em 1980 é lançado o clássico Fresh Fruit For Rotting Vegetables em parceria com a gravadora independente I.R.S. que rendeu um disco de ouro à banda na Inglaterra.

Devido as imposições contratuais regidas pela então gravadora, Biafra decide montar seu próprio selo, a Alternative Tentacles (que mais tarde lançaria bandas consagradas como Black Flag, Brujeria, 7 Seconds, The Melvins e Bad Brains).

Em 1981 lança pelo novo selo o EP In God We Trust, Inc., uma prévia do segundo álbum onde se destaca toda a ironia e acidez da banda sobre a igreja. Logo em seguida é lançado o compacto "Too Drunk to Fuck" que apesar de proibida alcançou muito espaço nas rádios. Neste mesmo compacto foi gravada a polêmica música "Nazi Punks Fuck Off" escrita devido ao descontentamento de Jello em relação aos nazi-fascistas que começavam a surgir na cena punk, e também para atacar seus inimigos declarados: o The Exploited, uma banda punk formada em Edinburgo, Escócia em 1979, acusada de várias atitudes fascistas, como a declaração do vocalista de que odiava negros e latinos.

Em 1981 Slesinger, então baterista, deixa a banda e em seu lugar entra Darren H. Peligro.

Em 1982, com a nova formação, lançam o segundo álbum da banda, o Plastic Surgery Disasters apresentando a já habitual irreverência da banda unida a um som melhor trabalhado e mais maduro do que os álbuns anteriores.

Decadência

Em 1985 sai o polêmico Frankenchrist, trazendo um encarte do artista suíço H.R. Giger (Landscape No. 20: Where We Are Coming From) mostrando ilustrações de pênis e vaginas, gerando o maior processo criminal na carreira da banda, que se arrastaria por dois anos. Processados por distribuição de pornografia a menores, a banda teve as cópias do disco apreendidas e entrou em recesso. É criada então a No More Censorship Defense Fund, uma organização que lutava pelo direito de expressão artístico, tendo como um dos fundadores Jello Biaffra, e após a união com nomes importantes como Frank Zappa, Little Steven e Paul Kantner, conquistam a absolvição da banda por 7 votos contra 5, alegando que o encarte estava dentro de um contexto artístico do disco e que o grupo não obrigava ninguém a consumir seu produto. Com uma musicalidade diferenciada o álbum ainda gera controvérsias entre os fãs da banda.

Lançado ainda no meio da batalha legal da banda, em 1986 sai Bedtime for Democracy, último álbum de inéditas da banda, considerado um disco fraco, mas trazendo hits como "Anarchy for Sale". Depois desse trabalho os Kennedys resolvem se separar e dar continuidade aos projetos pessoais de cada um. Biafra seguiu carreira solo, participou de discos de outros artistas (como o Ministry e o Sepultura) e com a Alternative Tentacles, passou a produzir outras bandas.

Em 1987 foi lançado Give Me Convenience Or Give Me Death, uma compilação dos sucessos da banda. Jello é então processado pelos outros ex-integrantes da banda, que alegavam que os direitos autorais não foram pagos corretamente. Em 2000 Jello Biafra perde a batalha legal contra o baixista Klaus Floride, o guitarrista East Bay Ray e o baterista D.H. Peligro, perdendo o controle sobre o catálogo da banda, embora mantivesse os direitos autorais por ser autor da maior parte das músicas.

Atualmente

A banda ao vivo, com o vocalista Skip, em 2009
Dead Kennedys 2019.

Em 2001 saiu Mutiny on the Bay, único registro oficial ao vivo da banda, contendo os hinos "California Über Alles" e "Holiday in Cambodia", além de um dos inúmeros discursos de Jello Biafra contra as guerras.

Turnê de 40 anos

Em 2019 um poster controverso foi lançado em rede social pela conta oficial da banda anunciando a passagem da banda no Brasil pela turnê de 40 anos. Após criticas de grupos ligados a politicos a banda em nota negou o conhecimento do poster antes de sua publicação. A nota foi horas depois apagada.[2]

O artista, Cristiano Suarez, vem sofrendo ataques de apoiadores do governo desde então. [3]

Integrantes

  • Skip (Ron Greer) - vocal (2008)
  • East Bay Ray - guitarra (1978 - 1986, 2001 - presente)
  • Klaus Flouride - baixo (1978 - 1986, 2001 - presente)
  • D.H. Peligro - bateria (1981 - 1986, 2001 - presente)

Ex-integrantes

  • Jello Biafra - vocal (1978 - 1986)
  • Brandon Cruz - vocal (2001 - 2003)
  • Jeff Penalty - vocal (2003 - 2008)
  • Ted (Bruce Slesinger) - Bateria (1978 - 1981)
  • 6025 (Carlos Cadona) - segunda guitarra, bateria (1978 - 1979)
  • Dave Scheff - bateria (2008)
  • Greg Reeves - baixo (2010 - 2011)

Jogos

Discografia

Álbuns de estúdio
Álbuns ao vivo
Coletâneas
EP

Referências

  1. «Dead Kennedys Biography, Songs, & Albums». AllMusic (em English). Consultado em 9 de dezembro de 2021 
  2. «Dead Kennedys». rbsdirect.com.br. Consultado em 30 abril 2019 
  3. Instagram do artista

Bibliografia

  • Kester, Marian (1983). Dead Kennedys: The Unauthorized Version. [S.l.]: Last Gasp. ISBN 978-0-86719-312-1 
  • Ogg, Alex; Smith, Winston; Ray, Ruby (2014). Dead Kennedys: Fresh Fruit for Rotting Vegetables: The Early Years. [S.l.]: PM Press. ISBN 9781604864892 

Ligações externas

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