King Crimson | |
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King Crimson em turnê pelo Japão, 2018 | |
Informação geral | |
Origem | Dorset, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Gênero(s) | Predefinição:Hlist |
Período em atividade | 1968 - 1974, 1981 - 1984, 1994 - 2003, 2008 - 2011, 2014 - presente |
Gravadora(s) | Discipline Global Mobile (DGM) |
Integrantes | Robert Fripp Tony Levin Pat Mastelotto Mel Collins Gavin Harrison (em inglês) Michael “Jakko” Jakszyk (em inglês) Jeremy Stacey (em inglês) |
Ex-integrantes | Greg Lake, Peter Giles, Gordon Haskell, Boz Burrell, John Wetton, Trey Gunn, Michael Giles, Andy McCulloch, Ian Wallace, Jamie Muir, Bill Bruford, Peter Sinfield, Richard Palmer-James, Ian McDonald, David Cross, Adrian Belew, Bill Rieflin |
Página oficial | www.dgmlive.com |
King Crimson é uma banda britânica de rock progressivo, fundada em 1969. Apesar de ser classificado como puramente progressivo,[1] o grupo absorveu influência de diferentes gêneros musicais ao longo de sua existência, incluindo: jazz, folk, música clássica, música experimental, rock psicodélico, hard rock, heavy metal, new wave, gamelão, música eletrônica e drum and bass.[2] Por outro lado, o King Crimson influenciou muitos artistas contemporâneos, criando uma espécie de culto em torno de seu nome.
Embora nascido na Inglaterra, o grupo contou, desde sua fundação, com vários integrantes norte-americanos e atualmente é composto majoritariamente por músicos dos Estados Unidos. Durante os mais de cinquenta anos de atividade do grupo, vinte e três músicos passaram pelo King Crimson. A única presença constante foi a do guitarrista Robert Fripp, membro fundador e indiscutível pedra angular de toda a história do grupo.
A primeira formação do grupo, que remonta a 1969, foi decisiva em sua história, apesar da curta duração dessa formação inicial. Já em 1970, a formação do King Crimson se tornou bastante instável, o que dificultou a divulgação os dois álbuns gravados naquele ano. As obras desta primeira formação já se caracterizam pela profunda exploração e fusão de géneros. A partir de 1972, na sequência de uma nova mudança radical na formação, o grupo estabilizou-se por dois anos e, a partir de então, começou a prevalecer a marca musical do improviso, característica do jazz.
Após sete anos de inatividade, entre 1974 e 1981, o grupo voltou a se reunir com uma nova formação, que duraria 3 anos. Este período foi caracterizado por uma forte influência do gênero New Wave, que despontava à época. Nas reuniões subsequentes, o King Crimson continuou absorvendo influências, sobretudo de gêneros mais populares do Rock da época. Este espírito de renovação sonora e de membros nunca se extinguiu e é ainda hoje uma das principais características do grupo.[3]
História
1969 - O Início
Robert Fripp e Michael Giles começaram a discutir a formação da banda em Novembro de 1968, pouco antes da separação de Giles, Giles and Fripp uma banda que teve uma duração efêmera e sem sucesso. Os primeiros músicos que se lhes juntaram foram: o vocalista e guitarrista Greg Lake, para tocar baixo, o poeta e letrista Peter Sinfield e o compositor multi-instrumentista Ian McDonald, sendo esta a primeira fase do King Crimson.
Em Janeiro de 1969 o grupo ensaiou pela primeira vez. Em Julho daquele ano, a banda se apresentou no famoso show gratuito no Hyde Park em Londres organizado pelos Rolling Stones. No decorrer desse ano foi editado o primeiro álbum, In The Court of the Crimson King. A sonoridade do disco de estréia trazia vários elementos pouco ortodoxos para o rock naquele tempo, incluindo a influência de música erudita e jazz. As novidades tornaram-no um marco no sub-gênero do rock que na época ainda estava em estágio embrionário: o rock progressivo.
O grupo fez uma turnê pela Inglaterra e mais tarde pelos Estados Unidos tocando ao lado de muitos grupos contemporâneos entre os quais: Iron Butterfly, Janis Joplin, Rolling Stones e Fleetwood Mac. A banda começava a fazer um sucesso moderado, mas tensões e divergências musicais chegaram a um limite, a ponto de McDonald e Giles sairem do grupo em Dezembro de 1969; McDonald posteriormente formou o Foreigner e Giles seguiu carreira solo. Antes disso trabalharam juntos em 1970 gravando um disco introspectivo chamado McDonald & Giles.
1970 - 1972
O trio restante, Fripp, Sinfield e Lake continuaram mais uns tempos, editando o single Cat Food/Groon em Março de 1970. Paralelamente criavam material para aquele que seria o segundo álbum do grupo, In the Wake of Poseidon, mantendo a mesma linha do disco de estréia, mas com impacto comercial bem inferior. Mel Collins (instrumentos de sopro) e Peter Giles (baixo) tocam em várias faixas do álbum. Fripp pretendia reformular a banda, mas Greg Lake já vinha demonstrado interesse em deixar o grupo há algum tempo, e enfim o fez em abril, formando o Emerson Lake & Palmer.
O King Crimson ficou sem vocalista até à chegada de Gordon Haskell, que também assumiu o cargo de baixista; Andy McCullouch tomou conta da bateria para a gravação do terceiro álbum intitulado Lizard, onde Jon Anderson (do Yes) canta na faixa Prince Rupert Awakes. O som deste disco mostrou-se mais elaborado e pomposo, e mais uma vez o sucesso foi baixo. Imediatamente a seguir ao lançamento do álbum, Haskell e McCulloch abandonam o grupo, deixando Fripp numa posição inviável, visto não ter vocalista, baixista ou baterista.
Após a realização de audições, Fripp escolheu o baterista Ian Wallace e o vocalista Boz Burrell, e após ter ouvido dezenas de baixistas, decidiu que era mais fácil ensinar Burrell a tocar baixo. Entretanto, em meio à turnê que tinha começado, foi editado o álbum Islands em 1971, que não obteve muito sucesso entre crítica e público na época, mas hoje em dia obteve reconhecimento.
À medida que as letras de Peter Sinfield tornam-se mais complexas, discussões entre ele e Fripp tornam-se freqüentes, o que leva a saída do letrista. Os membros restantes saem em uma turnê com o intuito de desfazer a banda depois disso. Gravações dessas apresentações foram mais tarde editadas por Fripp no álbum Earthbound.
1972 - 1974
Após a digressão, Fripp volta a procurar novos músicos. O primeiro é o percussionista Jamie Muir, que já há bastante tempo Fripp considerava como um possível reforço. Em seguida junta-se com vocalista e baixista John Wetton, que Fripp já conhecia desde a universidade, tendo chegado mesmo a ser hipótese (não concretizada) para a primeira formação da banda, e agora que o Crimson estava a começar do princípio outra vez, a oportunidade era excelente. Bill Bruford do Yes foi o próximo a entrar, uma opção considerada pobre por muita gente, já que Bruford deixava uma banda com enorme potencial comercial para entrar em um grupo com um enorme histórico de instabilidade. Mas Bruford estava mais interessado na busca artística que o Crimson lhe podia proporcionar. Finalmente entrou David Cross (violino, viola e mellotron), que foi escolhido para dar um novo som à banda. Os ensaios começaram nos fins de 1972 e Lark’s Tongues in Aspic foi editado no princípio do ano seguinte, e o grupo passou o resto do ano de 1973 em turnê pelo Reino Unido, Europa e Estados Unidos.
Esta fase do King Crimson mostrou algo em comum com o nascimento do heavy metal. A guitarra de Fripp tocava mais alto e mais agressivamente, juntamente com uma bateria mais propulsiva de Bruford e uma baixo mais poderoso de Wetton. Também era marcante a presença de diversos experimentos, e uma grande quantidade de improvisações em apresentações ao vivo.
Tendo dificuldades em se habituar com a rotina de turnês, Jamie Muir sai em princípios de 1973 e durante a longa digressão que se seguiu os restantes membros começaram a juntar material para o álbum seguinte, Starless and Bible Black. Este álbum saiu no princípio de 1974 e era composto principalmente por composições (algumas improvisadas) executadas ao vivo na última turnê, com apenas duas faixas (The Great Deceiver e Lament) e parte de uma outra (The Night Watch) a serem gravadas em estúdio, facto que enfatiza a apetência do Crimson pelo palco. Fripp nunca achou que gravações de qualquer espécie fossem adequadas para capturar a atmosfera e energia de um espectáculo ao vivo. Outro álbum ao vivo saiu pouco depois, USA.
De acordo com os integrantes, na medida em que o som da banda começava a se tornar mais pesado e potente o violino de David Cross começava a perder espaço. Cross decidiu sair após contibuir em algumas sessões para o próximo disco, Red, que também contava com a presença de Ian McDonald como músico contratado.
Red contava com menos improvisos em relação ao anterior, dando maior destaque para composições mais trabalhadas. O disco obteve grande sucesso de critica, e até é um dos grandes clássicos da banda. Fez também algum sucesso comercial, mas mais uma vez problemas internos fizeram a banda se desmanchar. Fripp inclusive declarou que o King Crimson "deixara de existir". Aparentemente não restaram mágoas, visto que os músicos dessa formação, inclusive David Cross, fizeram trabalhos em conjunto posteriormente.
1981 - 1984
Fripp passou uma temporada em um conservatório musical e posteriormente trabalhou com vários músicos, como David Bowie, Daryl Hall e Peter Gabriel. Em 1981, Fripp e Bruford começaram a considerar formar um novo grupo, que se chamaria Discipline. Os dois passaram algum tempo à procura de um baixista, mas sentiram alguma dificuldade em encontrar um bom, até que surgiu Tony Levin. Levin era bastante conhecido como músico de estúdio de John Lennon, Yoko Ono e Peter Gabriel, entre outros. Como frontman, Fripp chamou o guitarrista e vocalista Adrian Belew, que andava em digressão com o Talking Heads. Era a primeira vez que Fripp admitia outro guitarrista na mesma banda, sendo por isso clara a intenção de Fripp criar um som completamente diferente do King Crimson. Belew sentiu-se lisonjeado e juntou-se ao grupo assim que terminou a excursão com o Talking Heads.
Durante os ensaios e início das gravações, Fripp começou a suspeitar que esta nova banda era na verdade o King Crimson, apesar da sua decisão de chamá-lo Discipline. Os outros integrantes concordaram e o King Crimson renasceu. O grupo editou uma trilogia de álbuns; Discipline, Beat e Three of a Perfect Pair. Belew foi o responsável pela vocalização, bem como pela quase totalidade das letras dos três álbuns, que terminou com o conceito de que os instrumentais eram sempre em maior número que as músicas com letra.
Esta versão do Crimson criou alguma semelhança com a new wave, talvez devido ao envolvimento de Belew com o Talking Heads, considerado por muitos como os pais do gênero.
Depois do lançamento de Three of a Perfect Pair, a banda separou-se amistosamente durante alguns anos. Fripp entrou em conflitos legais com o seu empresário, ocupando-lhe esta situação bastante do seu tempo, mas resultando na criação da Discipline Global Mobile, através da qual emergiram vários projetos paralelos.
1994 - 2000
Em 1994 o King Crimson retornou como um sexteto, juntando mais dois elementos à formação de 1981. Fripp e Belew continuaram nas guitarras e Levin tocou baixo e chapman stick. Trey Gunn juntou-se à banda e tocava um instrumento chamado Warrguitar, (que era similar ao Chapman stick); a Bill Bruford, juntou-se outro percussionista, Pat Mastelotto. Este “duplo trio” lançou inicialmente o EP VROOOM, em 1994, seguido pelos álbuns THRAK em 1995 e THRaKaTTaK em 1996, este último sendo uma coletânea de material ao vivo improvisado. Este novo som do Crimson era qualquer coisa como a mistura da era Discipline, aliado ao experimentalismo e as guitarras heavy da fase 1972 - 1974. A complexidade dessa nova sonoridade, aliada aos levados custos de manutenção de um sexteto, fizeram com que os Crimson se voltassem a separar.
No final dos anos 90 a Discipline Global Mobile editou não só álbuns do King Crimson, mas também de muitos projetos paralelos ao Crimson. A banda se fractalizou (uma fraKctalisation, segundo Fripp) em mini-grupos, os ProjeKcts One, Two, Three e Four. Os ProjeKcts editaram vários álbuns demonstrando a capacidade de improvisação que seus membros eram capazes de produzir.
A DGM também editou música dos “Rosenborgs” e de outros artista relacionados com o King Crimson. Estes artista eram encorajados a manter diários online, agora comumente chamados de blogs. Em 1998 a DGM criou o King Crimson Collector’s Club (KCCC), uma subscrição que lançava uma gravação de um show ao vivo de várias eras da banda, periodicamente de dois em dois meses.
Depois de completada a tarefa de ProjeKts, Bruford saiu da banda para se dedicar a projetos particulares direcionados ao Jazz. Fripp estava com o intuito de desmanchar o formato duplo-trio, acreditando que o fato de dois músicos executarem a mesma tarefa facilitava o trabalho, acabando com a necessidade do músico dar tudo de si. Então, Levin passou a membro inativo da banda, até quando avisasse o contrário; assim, a próxima formação da banda seria: Belew, Fripp, Gunn, e Mastelotto.
2000 - 2008
A primeira gravação em estúdio foi The ConstruKction of Light (2000), acompanhada por outro álbum, Heaven and Earth, que foi lançado com o nome ProjeKct X. Heaven and Earth foi editado ao mesmo tempo por Mastelotto, a partir de material gravado durante os ensaios e gravações dessa época.
A banda prosseguia com uma sonoridade similar à da época de THRAK, incorporando alguns elementos mais modernos.
Tendo perdido muito dinheiro em 2000 e 2001, a DGM pôs de parte os blogs, e voltou-se principalmente para o King Crimson. A uma longa digressão de The ConstruKction of Light seguiu-se uma outra em que faziam a primeira parte dos concertos do Tool (banda de metal progressivo que dizia sofrer grande influência do Crimson) e a digressão Level Five que serviu para escrever e ensaiar músicas para o novo álbum, The Power to Believe, que foi editado em 2003 e sobre o qual realizara mais uma digressão.
Em novembro de 2003, Trey Gunn anunciou o seu abandono da banda; Fripp e Levin revelaram que Levin asseguraria o lugar de baixista, outra vez e entraram em estúdio para realizar mais um álbum em abril de 2004. A formação atual do grupo consiste de: Adrian Belew, Robert Fripp, Tony Levin e Pat Mastelotto.
Em uma entrevista em 2005, Belew revelou que a banda estava em um hiato, com planos de retornar ao estúdio em Setembro de 2007, mas Fripp e Belew haviam se encontrado no StudioBelew em Fevereiro de 2006 e compuseram material. Fripp se referiu a essa colaboração como ProjeKct Six, com a intenção de fazer algumas turnês na América no final do ano. No diário online de Fripp, foi mencionado que o ProjeKct Five iria fazer um show de estréia no Mercy Lounge em Nashville em 26 de Julho. Aparentemente, isto foi um engano, visto que o ProjeKct Six estava planejado para esta data. A apresentação do como ProjeKct Six, no entanto, foi cancelada devido ao falecimento de Ken Latchney, engenheiro de som de Adrian Belew. No outono de 2006, o como ProjeKct Six fez uma turnê abrindo para o Porcupine Tree.
Duas perdas de ex-membros da banda em 2006 e 2007. Boz Burrell faleceu em 21 de Setembro de 2006, após um ataque cardíaco. Cinco meses e um dia depois, outro ex-membro viria a falecer: Ian Wallace, de câncer esofágico, em 22 de Fevereiro de 2007.
Em agosto de 2008, o King Crimson voltou a se apresentar, abrindo a tournée em Nashville, com a participação do baterista Gavin Harrison em dupla com Pat Mastelotto. A tournée também marca a comemoração dos 40 anos da banda. Nesta época a banda entrou em um novo período de inatividade.
Retorno em 2014
Após um período em que o grupo parecia definitivamente dissolvido, Robert Fripp anunciou uma oitava formação do King Crimson que começaria a operar em 2014, composta por Fripp, Collins, Levin, Mastelotto e Harrison, além da adição de Jakko Jakszyk, na guitarra e voz, com vasta experiência na música do King Crimson como resultado de sua participação na banda 21st Century Schizoid Band (em inglês), e Bill Rieflin na bateria. Desta forma, o King Crimson contaria pela primeira vez com três baterias, além de ser a primeira formação com maioria britânica desde os anos 70.
Em 2016, Bill Rieflin decidiu fazer uma pausa na música e foi substituído pelo baterista Jeremy Stacey na turnê européia de 2016. No início de 2017 foi anunciado o retorno de Rieflin e a manutenção de Stacey, com o qual o grupo teria oito integrantes, sendo quatro deles percussionistas.
Geralmente a história do King Crimson está associada as constantes mudanças de membros que teve, mas na realidade isso aconteceu especialmente em seus primeiros anos; desde 1981, quando o grupo ressurgiu, teve uma maior estabilidade de membros, onde alguns saem, depois voltam e, atualmente, a flexibilidade dessas mudanças tornou-se sua marca registrada.
Entre outubro e novembro de 2017, Bill Rieflin não estava disponível para continuar a turnê e foi substituído por Chris Gibson, até seu retorno em dezembro.
Num curto espaço de tempo, entre o final de 2016 e o início de 2017, mais dois ex-músicos do KC, Greg Lake (The Gods, Emerson, Lake & Palmer, Emerson, Lake & Powell, Asia, Ringo Starr) e John Wetton (Mogul Thrash, Family, Roxy Music, Brian Ferry, Uriah Heep, UK, Asia), faleceram. Em março 2020 Bill Rieflin, (Ministry, R.E.M.) faleceu aos 59 anos.
Com mais de cinquenta anos de experiência o King Crimson é uma das bandas mais duradouras da história, importantes representantes do rock progressivo e da música. Seus componentes são músicos de alta qualidade técnica e interpretativa.
Discipline Global Mobile, King Crimson Collectors' Club e DGM Live
A partir de 1992, com a criação da gravadora Discipline Global Mobile (DGM), Robert Fripp e seus colaboradores dedicaram muito trabalho a masterização digital de inumeráveis gravações ao vivo do King Crimson desde o início em 1969. Já em 1992 apareceram no mercado caixas antológicas ou CDs simples que mais ou menos documentaram todo o período da carreira ao vivo do grupo até então. A DGM editava não só álbuns do King Crimson, como de outros artistas relacionados com o Crimson. Estes, eram encorajados a manter diários online.
Em 1998 nasceu o Collectors’ Club da DGM, mais tarde renomeado King Crimson Collectors' Club (KCCC), cujos membros recebiam CDs mensais de concertos limitados. Em função da grande demanda, esse material tornou-se tema de edições também disponíveis em lojas de discos e no site da DGM.
Finalmente, a partir de 22 de novembro de 2005, o site tornou-se "DGM Live" e ofereceu, além das edições anteriores do CD, a possibilidade de comprar digitalmente um grande número de concertos do KC.
A fonte das gravações em questão consiste, além do arquivo "oficial" do grupo, inúmeros bootlegs coletados por Fripp ao longo dos anos e, na medida do possível, melhorados com o auxílio da tecnologia digital. Estas iniciativas tornaram a carreira de concertos do King Crimson entre as mais bem documentadas de sempre no campo do rock, em termos de qualidade e quantidade de material. Em 2 de maio de 2012, David Singleton, da DGM, anunciou, no site do selo, que o Collectors’ Club encerraria após o lançamento do quinquagésimo título.
2019 - King Crimson no Brasil
Os brasileiros finalmente puderam conhecer de perto o King Crimson em 2019, ano em que a banda completou 50 anos e fez apresentações ao redor do mundo. Foram duas exibições. A primeira, dia 4 de outubro na cidade de São Paulo, no Espaço das Américas. A segunda, dia 6 de outubro na cidade do Rio de Janeiro, na oitava edição do Rock In Rio.
Integrantes
Formação atual
- Robert Fripp - guitarra, mellotron, piano (desde 1968)
- Mel Collins - saxofone, flauta (1970-71, 2013 - presente)
- Tony Levin - baixo, chapman stick, vocal de apoio (1981 - 1999, 2003 - presente)
- Pat Mastelotto - percussão (desde 1994)
- Gavin Harrison - percussão (desde 2008)
- Michael “Jakko” Jakszyk - voz, guitarra, flauta (2013 - presente)
- Jeremy Stacey (em inglês) - bateria, teclados, vocal de apoio - (2016 - presente)
Ex-membros
- Greg Lake - vocal (1968-70), baixo (1968-69)
- Peter Giles - baixo (1970)
- Gordon Haskell - baixo, vocal (1970)
- Boz Burrell - baixo, vocal (1971-72)
- John Wetton - baixo, vocal (1972-74)
- Trey Gunn - Warr guitar, Chapman stick (1994-2003)
- Adrian Belew - guitarra, vocal (1981-1984, 1994-2009)
- Michael Giles - percussão (1968-70)
- Andy McCulloch - percussão (1970)
- Ian Wallace - percussão (1971-72)
- Jamie Muir - percussão (1972-73)
- Bill Bruford - percussão (1972-1997)
- Peter Sinfield - letras, iluminação (1968-71)
- Richard Palmer-James - letras (1972-74)
- Ian McDonald - sopros, mellotron (1968-69, músico de apoio em 1974)
- David Cross - violino, viola, mellotron, teclado (1972-74)
- Bill Rieflin - teclados, sintetizador, mellotron, vocal de apoio (2014-2018)
Músicos de apoio/convidados
- Keith Tippett - piano (1970, 1974)
- Mark Charig - corneta (1970, 1974)
- Robin Miller - oboé (1970, 1974)
- Nick Evans - trombone (1970)
- Jon Anderson - vocal (1970)
Discografia
Videografia - VHS e DVD
Título | Ano de lançamento | Detalhes |
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The Noise: Frejus | 1984 | VHS gravado em 1982 |
Three of a Perfect Pair: Live in Japan | 1984 | VHS gravado em 1984 |
Live in Japan | 1996 | VHS gravado em 1995 |
déjà VROOOM | 1999 | DVD gravado em 1995 |
Eyes Wide Open | 2003 | DVD gravado em 2000 e 2003 |
Neal and Jack and Me | 2004 | DVD lançado em 2004; compilação reunindo as versões VHS de The Noise: Frejus, gravado em 1982 e Three of a Perfect Pair: Live in Japan, gravado em 1984 |
Bibliografia
- Robert Fripp: From King Crimson to Guitar Craft; Eric Tamm; Faber and Faber, 1990
- In the Court of King Crimson; Sid Smith; Helter Skelter Publishing, 2001
Referências
- ↑ ABC Gold & Tweed Coasts (abc.net.au) (ed.). «In the Court of the Crimson King»
- ↑ Buckley 2003, p. 477, The Rough Guide to Rock, isbn 1-85828-201-2 «Opening with the cataclysmic heavy-metal of "21st Century Schizoid Man", and closing with the cathedral-sized title track [...]»
- ↑ Burning Shed (burningshed.com) (ed.). «Burning»
Ligações externas
- King Crimson (em inglês) no AllMusic
- «Página oficial» (em English)
- «Elephant Talk (ET) Biografias, discografias, artigos, referências, e fóruns sobre o KC» (em English)
- «Novidades sobre o King Crimson e relacionadas, referências fóruns sobre o KC» (em français)
- «Capítulo sobre o King Crimson no Livro Rock Progressivo de Valdir Montanari» (em português)