De la démocratie en Amérique | |
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Da Democracia na América | |
Folha de rosto da edição estadunidense de 1838. | |
Autor(es) | Alexis de Tocqueville |
Idioma | francês |
País | França |
Gênero | Filosofia |
Editora | Saunders and Otley (original) |
Lançamento | 1835 |
Da democracia na América (em francês, De la démocratie en Amérique) é um texto clássico de autoria de Alexis de Tocqueville lançado em 1835. Aborda os Estados Unidos dos anos 30 do século XIX, as suas virtudes e defeitos.
Alexis De Tocqueville e Gustave Beaumont, ambos aristocratas franceses, foram enviados pelo governo francês em 1831 para estudar o sistema prisional americano. Chegaram a Nova Iorque em Maio desse ano e passaram nove meses em viagem pelos Estados Unidos, tomando notas não só acerca das prisões, mas sobre todos os aspectos da sociedade norte-americana, incluindo a sua economia e o seu sistema político, único no mundo.
Após o retorno à França, em fevereiro de 1832, os dois autores enviaram seus relatórios penais ao governo; Beaumont escreveria ainda um romance sobre relações raciais nos Estados Unidos, mas foi a obra de Tocqueville, que foi impressa inúmeras vezes no século XIX, que se tornou um clássico. A política americana fascinou-o e ele cativou o sentido de dedicação das pessoas comuns ao processo político.
Ele chegou aos Estados Unidos quando Andrew Jackson era presidente e os partidos políticos estavam num processo de transformação profunda, deixando de ser pequenas organizações dominadas pelas elites locais e as suas comissões eleitorais para se tornarem corpos massivos, devotados a eleger funcionários para os níveis local, regional e nacional.
Como ele notou com assombro:
"Logo que colocamos os pés em solo americano, ficamos impressionados com uma espécie de tumulto… Até parece que o único prazer que o americano conhece é tomar parte do governo e discutir as suas medidas.
Para dar apenas um exemplo deste entusiasmo, ouvi uma vez um discurso de um senador River, em Auburn, Nova Iorque, dirigindo-se à audiência durante três horas e meia! Após uma curta pausa, o senador Legarè, da Carolina do Sul, fez o seu discurso durante mais duas horas e meia!"
A democracia na América é aclamada pela percepção do autor, mas também foi recentemente criticada por acadêmicos por suas lacunas. O aristocrata De Tocqueville haveria desprezado, ainda, alguns aspectos, incluindo a pobreza nas cidades e a escravatura. Mas o seu relatório da América Jacksoniana captura a energia da nova nação e, sobretudo, o quão intensamente as pessoas fizeram com que a democracia funcionasse.
Em sua visita pela América do Norte, Alexis de Tocqueville também visitou o Canadá. No verão de 1831, ele tomou nota de alguns dias de visita ao Baixo Canadá (Québec) e Alto Canadá (Ontário).
Em sua "Democracia na América", Tocqueville previu a importância, no futuro, que teriam os Estados Unidos e a Rússia como poderes mundiais. Nesse livro, ele registrou, em meados do século XIX:
"Existem duas grandes nações no mundo, as quais começando de pontos diferentes, parecem avançar para o mesmo objetivo: os russos e os anglo-americanos… Cada uma delas parece destinada por algum desígnio secreto do destino a um dia controlar em suas mãos os destinos de metade do mundo". [1]
Referências
- ↑ [Alexis de Tocqueville, Democracy in America, pp. 412–13, em inglês]