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Corujas

Para a ave, veja coruja. Para outros significados, veja Coruja (desambiguação).
Portugal Portugal Corujas 
  Freguesia  
Localização
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Localização de Corujas em Portugal
Coordenadas 41° 36' 07" N 6° 58' 09" O
Região Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Região
Município Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Concelho
Administração
Tipo Junta de freguesia
Presidente Eduardo João Martins Pereira (PPD/PSD)
Características geográficas
Área total 9,68 km²
População total (2011) 168 hab.
Densidade 17,4 hab./km²
Código postal 5340-110
Outras informações
Orago São Tiago Maior
Sítio http://corujas.jfreguesia.com

Corujas é uma freguesia portuguesa do município de Macedo de Cavaleiros, com 9,68 km² de área e 168 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 17,4 hab/km².

Talvez por nesta terra ter havido muitas destas aves – corujas – a origem do seu nome. Também se diz que o nome da localidade vem de um penedo (fraga) que nela existe, com a configuração duma coruja.

Os naturais de Corujas têm muito orgulho e vaidade no nome da sua terra, visto a coruja ser tida como símbolo de ciência, inteligência e perspicácia.

População

População da freguesia de Corujas [1]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
206 223 264 281 243 284 302 298 337 307 284 243 213 168

História

O povoamento inicial de Corujas costuma ser apontado como muito remoto. A prova dessa antiguidade é o monte de Caúnha, no cimo do qual existiram fortificações mouriscas.

O monte Caúnha que fica perto da freguesia de Ferreira. Nele havia em 1855 muitos vestígios, pois foi em principio uma fortaleza mourisca. Este monte trouxe grandes rivalidades entre Corujas e Ferreira, ficando sempre Corujas vencedora. Nos subterrâneos da fortaleza foram encontradas muitas moedas romanas e mouriscas.

Para além do monte Caúnha existe em Corujas diversos lugares com nomes ligados a factos históricos - as fragas do Viso, Alto da Bandeira e Alto da Peça e o lugar do Viturão.

Fraga do Viso - ponto de vigia donde avistavam grande extensão de território, no caso de ataque.

Alto da Bandeira - fraga alta onde içavam a bandeira no tempo das invasões francesas.

Fraga da Peça - fraga onde colocavam lima peça de artilharia, também no tempo das invasões francesas.

O Viturão - local, onde dizem ter havido uma estalagem onde se alojavam as tropas de Napoleão.

Corujas foi também uma "Estação de Muda" sendo que por esta freguesia passava a estrada nacional, na qual transitava a Mala-Posta (carro dos correios). Corujas era uma "Estação de Muda", mudança dos cavalos da Mala-Posta. A comprová-lo existe uma pia de cantaria antiga e grande onde bebiam os cavalos.

Corujas terra fértil como se comprova pelos lameiros ao fundo da povoação que são célebres pela verdura da erva que mantém durante todo o ano e os castanheiras que o rodeiam. Criou-se muito bicho-da-seda, desde há mais de 160 anos (isto em 1830) que esta terra era muito conhecida por tal indústria. Tinha muito gado, principalmente cabras e ovelhas. Até 1834 tinha juiz de vintena; dois homens de acórdão; dois jurados e dois quadrilheiros, todos nomeados pela povoação. Tinha esta terra, o grande privilégio de não pagar finta (multa) que lhe fosse lançada pela Câmara de Bragança ou Macedo, isto por ter sido pertença da real casa de Bragança que a fundou.

Acórdão - que dava sentença nos tribunais civis. Jurados - membros de tribunal ou júri. Juiz de vintena - a quem se pagava o tributo (imposto).

O cura de Corujas era apresentado pelo reitor de Lamas de Orelhão e tinha de rendimento anual doze mil réis, quantia pouco significativa que era rectificada, no entanto, por alguns géneros.

Segundo dados dos Censos da primeira metade do século XIX, a freguesia de Corujas pertencia, em 1801, ao concelho de Bragança e, em 1849, ao concelho de Cortiços, não se sabendo ao certo qual a data ou as circunstâncias para a sua anexação ao concelho de Macedo de Cavaleiros, ao qual pertence até aos nossos dias.

O topónimo Corujas provém do substantivo corujeira, que significa, segundo o Abade de Baçal, "pardieiro, povoação vil, sítio penhasco, local próprio para criar corujas.

Referências

  1. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes


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