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A Sociedade do Anel

Nota: Se procura o filme baseado no livro de J. R. R. Tolkien, veja The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring
The Fellowship of the Ring
A Irmandade do Anel (PT)
A Sociedade do Anel (BR)
Asociedadedoanel.jpg
Capa do livro da segunda edição brasileira
Autor(es) J. R. R. Tolkien
Idioma Inglês
País  Reino Unido
Gênero Fantasia
Série O Senhor dos Anéis
Localização espacial Terra Média
Editora George Allen & Unwin
Lançamento 29 de Julho de 1954
Páginas 423 (primeira edição)
Edição portuguesa
Tradução Fernanda Pinto Rodrigues
Editora Europa-América
Lançamento 2003 (17ª Edição)
Páginas 468
ISBN 978-972-1-04102-8
Edição brasileira
Tradução Ronald Kyrmse
Editora HarperCollins
Lançamento 2019
Páginas 608
ISBN 978-85-95084-75-9
Cronologia
O Hobbit
As Duas Torres

The Fellowship of the Ring (A Sociedade do Anel, no Brasil, e A Irmandade do Anel, em Portugal) é o primeiro volume da trilogia O Senhor dos Anéis, escrita pelo professor e filólogo britânico J. R. R. Tolkien. É seguido de As Duas Torres e O Retorno do Rei. Foi publicado originalmente em 29 de julho de 1954 no Reino Unido.

O volume consiste de um prefácio, no qual o autor discute sua escrita de O Senhor dos Anéis, um prólogo intitulado "A Respeito dos Hobbits"[1], e a narrativa principal no Livro I e no Livro II, que se passa na Terra Média.

Título e publicação

Tolkien pensou O Senhor dos Anéis como uma obra de volume único dividido em seis seções que ele chamou de "livros", juntamente com extensos apêndices. A editora original, porém, decidiu dividir o trabalho em três volumes. Foi também decisão da editora nomear o terceiro volume "O Retorno do Rei". Tolkien indicou que teria preferido "A Guerra do Anel" como título, já que revelava menos da história[2].

Antes da decisão de publicar O Senhor dos Anéis em três volumes, Tolkien cogitava incluir em seu volume único também O Silmarillion. Ele também havia proposto títulos para as seis seções individuais. Dos dois livros que compõem o que se tornou A Sociedade do Anel, o primeiro deveria se chamar "The First Journey"Predefinição:Nota de rodapé ou "The Ring Sets Out"Predefinição:Nota de rodapé. O nome do segundo seria "The Journey of the Nine Companions"Predefinição:Nota de rodapé ou "The Ring Goes South"Predefinição:Nota de rodapé[2].

Conteúdo

O volume contém um prólogo, para aqueles que não leram O Hobbit, e informações básicas para preparar o cenário do romance. O corpo do volume consiste no Livro I e Livro II.

O prólogo explica que a obra "trata em grande parte de Hobbits", contando suas origens em uma migração do leste, seus hábitos como uso da "erva-de-fumo" e de como sua terra natal, o Condado, é organizada. Ele explica a história de O Hobbit, em que o hobbit Bilbo Bolseiro encontra o Um Anel, antes na posse de Gollum[1].

Livro I

A história começa com a festa do 111º aniversário de Bilbo, que mais tarde, ao partir do Condado, deixa seu Anel para que Gandalf o entregue a Frodo[3]. O mago explica a origem d'O Anel, e prova a Frodo que este é o Um Anel de Sauron jogando-o no fogo, que revela versos escritos em élfico[4]. No 128º aniversário de Bilbo, Frodo parte do Condado com seus amigos hobbits: Sam Gamgi, Merry Brandebuque e Pippin Tûk.

Após vários encontros com Cavaleiros Negros, e com Tom Bombadil[5], os hobbits chegam à Estalagem do Pônei Empinado[6], em Bri, onde encontram Passolargo, um guerreiro errante, que deseja guiá-los. Os hobbits, porém, se mostram duvidosos até que uma carta de Gandalf os une à caminho de Valfenda[7].

No caminho, Frodo é golpeado por um dos Nove Cavaleiros Negros[8], que os perseguem até o Vau do Rio Bruinen, onde uma inundação carrega os nove rio abaixo[9].

Livro II

Em Valfenda, Frodo reencontra Bilbo e Gandalf, e Elrond, Senhor de Valfenda convoca um conselho para decidir o destino do Anel. No Conselho estavam presentes Elrond; Erestor; Frodo Bolseiro; Bilbo Bolseiro; Gandalf, o Cinzento; Glóin; Gimli; Legolas; Glorfindel; Aragorn (Passolargo); Boromir e Galdor dos Portos[10]. Frodo se voluntaria a levar o Anel à Montanha da Perdição, para destruí-lo, e Elrond lhe designa oito companheiros, que formarão os nove da Sociedade do Anel, se opondo aos nove Cavaleiros Negros. Assim, Frodo, Sam, Merry, Pippin, Gandalf, Aragorn, Boromir, Legolas e Gimli, representando as pessoas livres do oeste — Elfos, Anãos, Homens e Hobbits, acompanhados de um mago — formam a Sociedade do Anel[11].

A Companhia segue para o Sul, em direção à Moria, a cidade dos Anãos dentro da montanha, onde entram[12] com intuito de ir a leste sem passar por Isengard, onde Saruman, o Branco, deseja controlar o Anel. Dentro de Moria, a Companhia é atacada por Orques e começam uma fuga[13]. Na ponte da saída ele são surpreendidos por um Balrog, que ao cair da ponte arrasta Gandalf consigo[13].

Os outros oito seguem para Lothlórien, reino élfico dentro da floresta[14]. Lá, eles são guarnecidos de roupas, comidas e barcos, e conhecem Galadriel, portadora do anel élfico Nenya[15], que dá um presente a cada membro da comitiva[16]. Eles seguem de barco pelo rio Anduin, até Amon Hen. Lá, Boromir tenta tirar o Anel de Frodo[17], que foge com Sam para Mordor, desfazendo, assim, a Sociedade[17].

Membros

A Sociedade do Anel, com nove membros, foi criada em oposição aos nove Cavaleiros Negros de Sauron, e com o objetivo de destruir o Um Anel. Ela se constituía de Frodo Bolseiro, portador do Anel, de Sam Gamgi, fiel companheiro de Frodo, do mago Gandalf, o Cinzento, do elfo Legolas, do anão Gimli, dos homens Aragorn e Boromir, e dos dois jovens hobbits Merry Brandebuque e Pippin Tûk. A Sociedade representa as pessoas livres do oeste — Elfos, Anãos, Homens e Hobbits, acompanhados de um mago[11].

Recepção Crítica

O poeta W. H. Auden escreveu uma crítica positiva no The New York Times, elogiando a empolgação e dizendo: "A invenção de Tolkien é incansável e, no nível primitivo de querer saber o que acontece a seguir, A Sociedade do Anel é pelo menos tão bom quanto Os Trinta e Nove Degraus."Predefinição:Nota de rodapé[18] No entanto, ele disse que o humor leve no início "não era o forte de Tolkien"Predefinição:Nota de rodapé[18]. O livro foi revisto favoravelmente pelo escritor da natureza Loren Eiseley. O crítico literário Edmund Wilson, no entanto, escreveu uma crítica nada lisonjeira intitulada "Oo, Those Awful Orcs!"Predefinição:Nota de rodapé[19]. O romancista H. A. Blair, escrevendo no Church Quarterly Review, afirmou que o trabalho dizia "verdades poéticas"Predefinição:Nota de rodapé, apelando para "arquétipos inconscientes"Predefinição:Nota de rodapé, e que era um livro pré-cristão, mas religioso, com "ecos e ênfase"Predefinição:Nota de rodapé cristãos[20]. O escritor de ficção científica L. Sprague de Camp, no Science Fiction Quarterly, chamou-o de um romance grande, vagaroso, colorido, poético, triste e aventureiro[21]. O crítico católico Christopher Derrick escreveu em The Tablet que o livro era abertamente mítico, sendo um romance heróico. Em sua opinião, Tolkien exibiu "incrível fertilidade na criação de seu mundo e quase consegue conceber uma dicção elevada"Predefinição:Nota de rodapé[22]. O amigo de Tolkien e companheiro Inkling C. S. Lewis escreveu em Time and Tide que o livro criou um novo mundo de romance e "mito sem apontamento alegórico"Predefinição:Nota de rodapé, com um poderoso senso de história[23]. A romancista Naomi Mitchison elogiou o trabalho em The New Statesman and Nation, afirmando que "acima de tudo, é uma história magnificamente contada, com todo tipo de cor, movimento e grandeza."Predefinição:Nota de rodapé[24]. O poeta escocês Edwin Muir escreveu no The Observer que "A Sociedade do Anel é um livro extraordinário"Predefinição:Nota de rodapé[25], mas que embora Tolkien "descreva um tremendo conflito entre o bem e o mal... suas pessoas boas são consistentemente boas, suas figuras más são sempre más"Predefinição:Nota de rodapé[25].

Notas


Referências

  1. 1,0 1,1 TOLKIEN, J. R. R. «Prologue». The Fellowship of the Ring. [S.l.: s.n.] 
  2. 2,0 2,1 «Lord of the Rings is Actually 6 Books, Not 3 | Screen Rant» 
  3. TOLKIEN, J. R. R. «A Long-expected Party». The Fellowship of the Ring. [S.l.]: HarperCollins 
  4. TOLKIEN, J. R. R. «The Shadow of the Past». The Fellowship of the Ring. [S.l.]: HarperCollins 
  5. TOLKIEN, J. R. R. «In the House of Tom Bombadil». The Fellowship of the Ring [A Sociedade do Anel]. [S.l.: s.n.] 
  6. TOLKIEN. «At the Sign of the Prancing Pony». The Fellowship of the Ring. [S.l.: s.n.] 
  7. TOLKIEN, J. R. R. «Strider». The Fellowship of the Ring. [S.l.]: HaperCollins 
  8. TOLKIEN, J. R. R. «A Knife in the Dark». The Fellowship of the Ring. [S.l.: s.n.] 
  9. TOLKIEN. «Flight to the Ford» [Fuga para o Vau]. The Fellowship of the Ring [A Sociedade do Anel]. [S.l.]: HarperCollins 
  10. TOLKIEN, J. R. R. «The Council of Elrond». The Fellowship of the Ring. [S.l.: s.n.] 
  11. 11,0 11,1 TOLKIEN, J. R. R. «The Ring goes South». The Fellowship of the Ring. [S.l.: s.n.] 
  12. TOLKIEN, J. R. R. «A Journey in the Dark». The Fellowship of the Ring. [S.l.: s.n.] 
  13. 13,0 13,1 TOLKIEN, J. R. R. «The Bridge of Khazad-dûm». The Fellowship of the Ring. [S.l.: s.n.] 
  14. TOLKIEN, J. R. R. «Lothlórien». The Fellowship of the Ring. [S.l.: s.n.] 
  15. TOLKIEN, J. R. R. «The Mirror of Galadriel». The Fellowship of the Ring. [S.l.: s.n.] 
  16. TOLKIEN, J. R. R. «Farewell to Lórien». The Fellowship of the Ring. [S.l.: s.n.] 
  17. 17,0 17,1 TOLKIEN, J. R. R. «The Breaking of the Fellowship». The Fellowship of the Ring. [S.l.: s.n.] 
  18. 18,0 18,1 «The Hero Is a Hobbit» 
  19. Wilson, Edmund (14 April 1956). "Oo, Those Awful Orcs!". The Nation.
  20. Blair, H. A. "Myth or Legend". Church Quarterly Review (156 (January–March 1955)): 121–122.
  21. de Camp, L. Sprague. "Book Reviews". Science Fiction Quarterly (3 (Aug. 1955)): 36–40.
  22. Derrick, Christopher. "Talking of Dragons". The Tablet (204 (11 Sept. 1954)): 250.
  23. Lewis, C. S. "The Gods Return to Earth". Time and Tide (35 (14 August 1954): 1082–1083.
  24. Mitchison, Naomi. "One Ring to Bind Them". The New Statesman and Nation (48 (18 Sept. 1954)): 331.
  25. 25,0 25,1 Muir, Edwin (22 August 1954). "Review: The Fellowship of the Ring". The Observer.


Ver também

Predefinição:O Senhor dos Anéis

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