Cetoacidose | |
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Carboxilação, descarboxilação e transaminação dos cetoácidos. | |
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Classificação e recursos externos | |
CID-10 | E10.1-E14.1 |
CID-9 | 250.1 |
DiseasesDB | 3709 |
eMedicine | med/548 |
MeSH | Predefinição:Mesh2 |
Leia o aviso médicoPredefinição:Pad |
A cetoacidose é um tipo de acidose metabólica causada por altas concentrações de cetoácidos, uma consequência do metabolismo de lipídeos. É mais comum em portadores de diabetes mellitus tipo 1, quando o fígado quebra a gordura em resposta a uma necessidade percebida pela dificuldade da quebra de glicose. Ela também pode ocorrer após um jejum prolongado.
Causas
A quantidade de cetoácidos aumenta quando o corpo é forçado a consumir ácidos graxos para se manter, devido à falta de glicose dentro da célula. Pode ser causada por desnutrição ou jejum prolongado, porém geralmente é uma decorrência de uma falta de insulina grave e de um estado de resistência a insulina, e tem como critérios clínicos:
- Glicemia maior que 250 mg/dl
- Cetonemia
- Acidose metabólica = pH < 7,3 e BIC < 15 mEq/l.
Os fatores desencadeantes mais comuns variam com a idade:
- Crianças
- Adolescentes e adultos
Quadro clínico
- Desidratação que pode ser em todos os níveis;
- Diurese normal ou aumentada;
- Náuseas e vômitos;
- Hálito cetônico;
- Dor abdominal;
- Respiração acidótica;
- Letargia.
Tratamento
Deve-se iniciar pelo tratamento do desequilíbrio hidroeletrolítico com soro fisiológico endovenoso para reposição contínua das perdas hídricas, correção dos déficits de eletrólitos e da hiperglicemia. Também pode ser necessário corrigir um desequilíbrio ácido-base, como uma acidose metabólica. O uso correto da insulina intravenosa pode eventualmente corrigir o problema. Diálise pode ser feita em casos de azotemia. Assistência respiratória pode ajudar a equilibrar o dióxido de carbono plasmático a níveis adequados. e Após esse tratamento é importante prescrever uma dieta adequada em proteínas e sais minerais para compensar a degradação de proteínas (catabolismo) e evitar futuros episódios.[1]
Complicações
Possíveis complicações incluem:
- Hipoglicemia;
- Hipocalemia (falta de potássio);
- Arritmias cardíacas;
- Edema cerebral, associado a altos índices de mortalidade, geralmente de 4 a 12 horas após o ínicio do tratamento. Tem como fatores de risco:
- Nível de consciência alterado;
- Mais de 48 horas de duração;
- Acidemia grave pH<7;
- glicemia > 1000;
- sódio corrigido > 155;
- hiperosmolaridade > 375mOsm/Kg ***( Osmolaridade sérica= 2 x ( sódio + potássio) + glicose /18 + ureia/6
- idade menor que 3 anos.
Bibliografia
- GRISI, Sandra; ESCOBAR, Ana Maria Ulhoa. Prática Pediátrica (2a. ed.). 2006.
- OLIVEIRA, Reynaldo Gomes de. Blackbook. 2000.
Referências
Predefinição:Desequilíbrio hidroeletrolítico e desequilíbrio ácido-básico