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Caturama

Predefinição:Info/Município do Brasil/Caturama Caturama é um município brasileiro, localizado às margens do Rio Paramirim, do estado da Bahia. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 9 316[1] habitantes.

História

Os primeiros habitantes da região, que a habitavam há milhares de anos, eram indígenas, de etnia incerta. Uns dizem que eram os tapuias, outros dizem que eram tuxás, do tronco tupi-guarani.

O primeiro contato entre os indígenas da região e forasteiros ocorreu no século XVII, com a chegada dos jesuítas para a catequese dos indígenas e de alguns fazendeiros da Casa da Ponte, latifúndio cujo primeiro dono foi Antônio Guedes de Brito.

No início do século XVIII, a descoberta de ouro no início do Rio Paramirim traz para a região, inclusive para Caturama, desbravadores portugueses, paulistas e mineiros. Os desbravadores que foram chegando no atual território de Caturama foram criando suas fazendas.

Por volta de 1840, com a fixação das famílias pioneiras Cardoso, Martins, Oliveira e Lages (estas famílias pouco deixaram origens no atual município) e a edificação de uma capela em louvor a São Sebastião, surge o Arraial de São Sebastião de Macaúbas (hoje a sede de Caturama), pertencente à Vila de Macaúbas. O povoado cresce, pela agricultura familiar com a cultura de cana, algodão, mandioca e sisal, cultivada principalmente nas margens férteis e irrigadas do Rio Paramirim, pela pecuária e por ser um pouso para tropeiros e aventureiros que se dirigiam à Chapada Diamantina, onde ocorria a mineração de diamantes.

Em meados do século XIX, vândalos chefiados por um grupo de ciganos invadem o Arraial, sendo derrotados pelas tropas do povoado. No povoado do Umbuzeiro, existia uma lagoa, e cadáveres ensanguentados foram jogados nesta lagoa, tornando suas águas vermelhas, sendo este um dos episódios mais sangrentos da história de Caturama.

Em 30 de junho de 1877, a Lei Provincial n° 1788 eleva o Arraial a Freguesia de São Sebastião de Macaúbas, cujo território abrangia a maior parte do território caturamense, anexada, no ano seguinte, à Industrial Vila de Água Quente (hoje o município de Paramirim), esta última instalada em 1891. Com a anexação da Freguesia a uma outra vila, aquela foi extinta.

Com o crescimento populacional, comercial e econômico, chegam em São Sebastião de Macaúbas repartições públicas. Em 1897, instala-se o primeiro Cartório do Registro Civil e o Juizado de Paz. Posteriormente, cria-se a delegacia de polícia e uma agência de correios.

Em 1938, São Sebastião de Macaúbas tem seu nome alterado para Caturama, que significa "boa sorte" em tupi-guarani. Por muito tempo, traduzia-se o topônimo, erroneamente, como "boa terra".

Em 13 de junho de 1989, a Lei Estadual nº 5012 desmembra partes dos territórios dos municípios de Paramirim e Botuporã para formar o novo município de Caturama, o qual foi instalado em 1° de janeiro de 1990, com a posse do primeiro prefeito, José Carlos Marques, e da primeira legislatura da Câmara Municipal.

Em 1992, Walter Brandão foi o primeiro prefeito de Caturama eleito democraticamente, governando entre 1993 e 1997. Seguiram a ele Ozirão Martins, Salomão Fernandes (1997-2001), José Carlos Marques (2001-2009, reeleito em 2004), Hugo Mendonça (2009-2017, reeleito em 2012) e Paulo Mendonça (desde 2017, reeleito em 2020).

Caturama é um dos municípios mais novos da Bahia, com pouco mais de 30 anos de emancipação.[2][3][4][5]

Festa de São Sebastião (Janeirão)

A festa que ocorre em homenagem ao padroeiro forte São Sebastião é realizada provavelmente desde o início do século XX como um inicial “baile de leilões”. Mas se torna ‘essa referência toda’ (evento bem visto pelos foliões) na região apenas quando a localidade se torna município e possui o recebimento e captação de verbas públicas para a realização de eventos, como shows musicais e artísticos. Daí surge o nome Janeirão, pelo fato da festa ser realizada em janeiro e fazer o mês muito melhor festivamente.

Durante as comemorações de São Sebastião que ocorrem nos dias 17, 18, 19 e 20, à festa ocorre tradicionalmente nos três primeiros, há uma novena realizada pela Paróquia da Cidade com o apoio das comunidades rurais e de outros municípios, é iniciada na madrugada do dia 11 (na "alvorada de janeirão") e termina ao amanhecer do dia 20. Durante a celebração das missas, cada dia convida-se uma organização da cidade, como escolas ou o próprio Corpo de Polícia.

Geografia

Situado no sudoeste do Estado da Bahia, o município é limítrofe a sul com Paramirim, a sudeste com Érico Cardoso, a norte e nordeste com Rio do Pires, a noroeste com Macaúbas e a oeste com Botuporã. Em seu lado leste percorre o Rio Paramirim, fronteiriço, é usado para delimitar parte do território caturamense. O solo é característico de semiárido e sua fauna e flora típicas da caatinga. Durante quase todo o ano, o clima é seco, a temperatura costuma se manter acima dos 30 º C, com temperaturas amenas, geralmente entre os meses de junho e julho. A falta de chuva, repercute em seca, que é um problema constante enfrentado pelos produtores rurais.

Principais povoados

O município de Caturama é constituído administrativamente de apenas um distrito: o distrito-sede, de mesmo nome.

  • Feira Nova[6]
  • Caeiras
  • Mocambo
  • Tabúa de Baixo
  • Telha
  • Malhadinha

Educação

O município conta com o ensino regular básico público fundamental (primário e secundário), médio e técnico. No centro da sede, existe as unidades de educação: Creche Municipal Nossa Senhora Aparecida (ensino básico para crianças de até seis anos), Escola Maria Avelina Oliveira Sousa (ensino fundamental um e dois) e o Centro Educacional São Sebastião (ensino médio e técnico). No distrito de Feira Nova, o Colégio Educacional Santo Antônio (ensino fundamental 1 e 2).[7]

Referências

  1. Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas IBGE_Pop_2020
  2. NEVES, Erivaldo (2003). Posseiros, rendeiros e proprietários: Estrutura Fundiária e Dinâmica Agromercantil no Alto Sertão da Bahia (1750-1850) (PDF). Recife: UFPE. 403 páginas 
  3. «Caturama (BA) - Histórico». Cidades IBGE. Consultado em 23 de janeiro de 2021 
  4. «A história de Caturama». Prefeitura de Caturama (em português). Consultado em 23 de janeiro de 2021 
  5. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro: IBGE. 1958. 431 páginas 
  6. «Povoados e comunidades». Prefeitura de Caturama (em português). 25 de julho de 2019. Consultado em 23 de janeiro de 2021 
  7. «Escolas e colégios municipais». Prefeitura de Caturama (em português). 25 de julho de 2019. Consultado em 23 de janeiro de 2021 

Ligações externas

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