Este artigo não cita fontes confiáveis. (Agosto de 2011) |
Castelo de Castelo Melhor | ||
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Vista de Castelo Melhor, Portugal, com o seu castelo. | ||
Construção | () | |
Estilo | ||
Conservação | ||
Homologação (IGESPAR) |
IIP | |
Aberto ao público |
O Castelo de Castelo Melhor localiza-se na freguesia e vila de mesmo nome, concelho de Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda, em Portugal.
Em posição dominante no alto de um monte, atualmente cercado pelo arvoredo, constituiu-se num castelo secundário, acessório na defesa do território de Ribacôa.
História
Antecedentes
Acredita-se que a primitiva ocupação deste local remonte a um castro pré-romano.
O castelo medieval
À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, tendo a região sido conquistada pelas forças do reino de Leão, a povoação recebeu, das mãos do rei Afonso IX de Leão, a sua primeira Carta de Foral (1209), ocasião em que o soberano determinou a reconstrução e reforço das suas defesas.
Integrante do território de Ribacôa, disputado a Leão por D. Dinis (1279-1325), a sua posse definitiva para Portugal foi assegurada pelo Tratado de Alcanices (1297). Este soberano, a partir de então, procurou consolidar-lhe as fronteiras, fazendo reedificar o Castelo de Alfaiates, o Castelo de Almeida, o Castelo Bom, o Castelo Melhor, o Castelo Mendo, o Castelo Rodrigo, o Castelo de Pinhel, o Castelo do Sabugal e o Castelo de Vilar Maior.
O soberano confirmou o foral leonês (12 de Junho de 1298). Entretanto, as reformas que procedeu na sua defesa atestam o papel secundário desta povoação: elas limitaram-se ao Portão da Vila, que passou a ser guarnecido por dois torreões de planta quadrangular, transmitindo assim, ao visitante, a impressão de solidez e força, ao mesmo tempo em que se mantinha a primitiva cerca amuralhada, reforçada por um torreão adossado, vigiando a única via de acesso.
Novos trabalhos de ampliação e reforço da defesa desta vila fronteiriça tiveram lugar durante o reinado de D. Fernando (1367-1383), no contexto da campanha que empreendeu contra Castela.
Em meados do século XV, sob o reinado de D. Afonso V (1438-1481) a vila de Castelo Melhor e seus domínios foram doados à família dos Cabral, que já eram alcaides do Castelo de Belmonte.
Da Dinastia Filipina aos nossos dias
À época da Dinastia Filipina, os domínios da vila foram elevados a condado (1584). Quando da Guerra da Restauração da independência portuguesa, tiveram lugar ligeiras obras de modernização e reforço, adaptando a estrutura defensiva ao moderno fogo da artilharia. Posteriormente, a vila seria elevada a marquesado (1766). Estas honrarias, entretanto, não beneficiaram o antigo castelo que, mergulhado no esquecimento, se conservou sem grandes adulterações.
Ainda demandando uma pesquisa arqueológica mais vasta, o conjunto foi classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 26 de Fevereiro de 1982.
Características
Coroando o monte, o castelo apresenta planta circular, com a muralha desprovida de merlões, reforçada por três cubelos. Nela se rasga a porta, em arco quebrado. No interior, na praça de armas, abre-se uma cisterna de planta circular.
A vila, orientada por duas ruas principais, ao longo dos séculos veio a ultrapassar os muros. Em sua pequena praça central, destaca-se a igreja.
Ligações externas
- Inventário do Património Arquitectónico (DGEMN)
- Instituto Português de Arqueologia
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