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Caiçara do Rio do Vento

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Caiçara do Rio do Vento
  Município do Brasil  
Hino
Gentílico caiçarense do rio do vento
Localização
Localização de Caiçara do Rio do Vento no Rio Grande do Norte
Localização de Caiçara do Rio do Vento no Rio Grande do Norte
Caiçara do Rio do Vento está localizado em: Brasil
Caiçara do Rio do Vento
Localização de Caiçara do Rio do Vento no Brasil
Mapa de Caiçara do Rio do Vento
Coordenadas 5° 45' 36" S 35° 59' 52" O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Norte
Municípios limítrofes Jardim de Angicos (norte), Bento Fernandes e Riachuelo (leste), Ruy Barbosa e São Tomé (sul) e Lajes (oeste)
Distância até a capital 95 km[1]
História
Fundação 1963 (61 anos)
Administração
Prefeito(a) Conceição de Maria Gomes Lisboa Rocha (Republicanos, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2] 261,194 km²
População total (IBGE/2020[3]) 3 715 hab.
Densidade 14,2 hab./km²
Clima semi arido
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,587 baixo
PIB (IBGE/2018[5]) R$ 34 731,66 mil
PIB per capita (IBGE/2018[5]) R$ 9 510,31

Caiçara do Rio do Vento, município no estado do Rio Grande do Norte (Brasil). De acordo com estimativas realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2020, sua população era de 3.715 habitantes. Área territorial de 261 km².

Limita-se com os municípios de Jardim de Angicos (norte), Bento Fernandes e Riachuelo (leste), Ruy Barbosa e São Tomé (sul) e Lajes (oeste).

Principais Atividades Econômicas

Agricultura de subsistência (feijão e milho), pecuária, atividades familiares de fruticultura em pequena escala (pinha, caju), horticultura (projeto de horta comunitária); pesquisa e lavra de esmeraldas e outros minérios de menor importância, parques de energia eólica, mas a principal atividade econômica que ocupa a população do município corresponde ao comércio varejista.

Pontos Turísticos

O principal potencial turístico do município é a Serra da Gameleira com seu clima serrano propício para quem gosta de curtir um clima mais frio, lá podemos encontrar indícios do povoamento pré-colombiano em artes rupestres na gruta conhecida como "Pedra do Letreiro". Também na comunidade rural do Rio Novo, encontramos mais inscrições pré-colombianas incrustadas em lajedos "Boqueirão" as quais carecem ser catalogadas pelos órgãos competentes para evitar sua depredação. Outro ponto interessante de visitar é o Olho D'água da Gameleira, que fica no sopé da Serra da Gameleira.

História

Existem poucos documentos que atestem o inicio da ocupação do território caiçarense, sabe-se, porém que nos meados do século XVIII o Governo da Capitania do Rio Grande, concedeu ao senhor Manoel Rodrigues Coelho em 1743 a data de sesmaria do Rio do Vento e Olho D’água da Gameleira, data esta que foi repassada pelo Capitão Mor - Francisco Xavier de Miranda Henriques para o Padre Manoel Pinheiro Teixeira em 21/08/1749 que a havia comprado do sesmeiro anterior. De acordo com a carta de sesmaria (RN 0561) estas terras faziam fronteira com as terras do Cururu (Primavera), seguindo ao norte do Rio Novo, buscando as Terras do Pica-Pau, (fonte: Plataforma SILB) toda esta região corresponde ao hoje município de Caiçara do Rio do Vento. Ainda, segundo o escritor e folclorista Luiz da Câmara Cascudo, relatos dão conta de que em 1793, se criava gado bovino nas margens do Rio Novo (atual Rio do Vento).

Quanto à ocupação continua, segundo tradição oral, teve seu início na primeira metade do século XIX com chegada à região do senhor Manoel Ferreira Pires, o mesmo estabeleceu-se nas proximidades do Rio do Vento, ocupando as terras que passou a denominar Sítio Caiçara do Rio do Vento, hoje parte da zona urbana do município. No mesmo período parte da região do município já era ocupada, entre os mais antigos encontramos os “Raposo da Câmara” estabelecidos no Sitio Caiçara cerca de 01 quilometro da atual sede do município. Dentre eles: Joaquim Dionísio da Câmara, Marcolino Dionísio da Câmara, José Dionísio da Câmara e Alexandre Dionísio da Câmara (fonte: RN Genealogia).  Caiçara do Rio do Vento fez parte do município de Jardim de Angicos e posteriormente do município de Lajes, situação que continuou até sua emancipação política, que ocorreu em 19 de janeiro de 1963 quando o já distrito (1953) de Caiçara do Rio do Vento era um pequeno arruado de poucas casas e alguns estabelecimentos comerciais as margens do rio que dá origem ao seu nome.

Após sua emancipação política a cidade foi administrada pelos prefeitos: Severino Lourenço (provisório), Lourenço Alves de Carvalho (primeiro prefeito eleito), Manoel Sinfrônio Bezerra, Julio Vitorino de Andrade, Emanoel Gelson de Andrade (três mandatos), Etevaldo Câmara Lisboa (três mandatos) e Felipe Eloi Muller (dois mandatos). Em setembro de 2009 Felipe Eloi Muller renunciou ao cargo de prefeito, assumindo em seu lugar o então vice-prefeito Francisco Edson Barbosa até a data de 31/12/2012. De janeiro a abril de 2013 o município foi administrado interinamente pela Presidente da Câmara Municipal, Conceição de Maria Fernandes Soares em virtude da anulação da eleição para os cargos de prefeito e vice-prefeito. Após a realização de eleição suplementar assumiu o cargo de prefeita, Conceição de Maria Gomes Lisboa Rocha, pelo período de maio de 2013 a dezembro de 2016. De janeiro de 2017 a dezembro de 2020 o prefeito foi Felipe Muller e a partir de janeiro de 2021 a chefe do executivo é Conceição de Maria Gomes Lisboa Rocha.

Projeto simulação no planeta Marte

A cidade também é conhecida por sediar o projeto pioneiro denominado Habitat Marte, de iniciativa do professor Júlio Rezende, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O Habitat Marte é a primeira estação de pesquisa sobre Marte da América do Sul.

Bandeira não oficial do planeta Marte utilizada pelo projeto Habitat Marte

Assim como já ocorre em projetos conduzidos pela Mars Society, tais como o Flashline Mars Arctic Research Station (FMARS)[1], localizado na Cratera de Impacto de Haughton, na Ilha de Devon, Nunavut, Canadá e o Mars Desert Research Station (MDRS), na cidade de Hanksville, Utah, Estados Unidos, o Habitat Marte procura simular situações de sobrevivência e melhoramentos tecnológicos em regiões que guardam alguma semelhança ou condições climáticas extremas tais como aquelas existentes em Marte.  

De acordo com o criador do projeto, os principais propósitos da iniciativa são, além da aproximação do público com a ciência, a aplicação de tecnologias pensadas para Marte na solução de problemas da região do semiárido, tais como saneamento e reutilização de água – recurso escasso tanto na região da cidade quanto no planeta vermelho.

Referências

  1. FEMURN. «Distâncias dos Municípios do Rio Grande do Norte a Natal-RN». Consultado em 31 de outubro de 2010 
  2. IBGE (11 de dezembro de 2020). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  3. «Estimativa Populacional 2020». Estimativa Populacional 2020. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 31 de agosto de 2020. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 4 de setembro de 2013 
  5. 5,0 5,1 «Produto Interno Bruto dos Municípios 2018». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 4 de janeiro de 2021 

Ligações externas

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