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Cachoeiras de Macacu

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Cachoeiras de Macacu
  Município do Brasil  
Portal do município
Portal do município
Símbolos
Bandeira de Cachoeiras de Macacu
Bandeira
Brasão de armas de Cachoeiras de Macacu
Brasão de armas
Hino
Gentílico cachoeirense[1]; macacuano[2]
Localização
Localização de Cachoeiras de Macacu no Rio de Janeiro
Localização de Cachoeiras de Macacu no Rio de Janeiro
Cachoeiras de Macacu está localizado em: Brasil
Cachoeiras de Macacu
Localização de Cachoeiras de Macacu no Brasil
Mapa de Cachoeiras de Macacu
Coordenadas 22° 27' 46" S 42° 39' 10" O
País Brasil
Unidade federativa Rio de Janeiro
Região metropolitana Rio de Janeiro
Municípios limítrofes Nova Friburgo, Silva Jardim, Rio Bonito, Tanguá, Itaboraí, Guapimirim e Teresópolis
Distância até a capital 97 km
História
Fundação 15 de maio de 1679 (345 anos)
Administração
Prefeito(a) Rafael Muzzi de Miranda (PP, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 954,749 km²
População total (estatísticas IBGE/2019[1]) 58 937 hab.
Densidade 61,7 hab./km²
Clima tropical (Aw)
Altitude 54 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 28680-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,700 alto
 • Posição RJ: 58º
PIB (IBGE/2016[4]) R$ 1 043 069,23 mil
PIB per capita (IBGE/2016[4]) R$ 18 427,81
Sítio www.cachoeirasdemacacu.rj.gov.br (Prefeitura)
www.cachoeirasdemacacu.rj.leg.br (Câmara)

Cachoeiras de Macacu é um município brasileiro pertencente à Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. Sua população estimada em 2019 foi de aproximadamente 59 000 habitantes.[1]

Desde dezembro de 2013 faz parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, assim deixando de ser parte do interior fluminense por lei. É atravessado pelo Rio Macacu, o maior rio que deságua na Baía de Guanabara, tanto em extensão quanto em volume d'água. Sua economia baseia-se na agricultura (principalmente coco, goiaba, inhame, aipim, milho) e na pecuária bovina. Cachoeiras é uma cidade dividida, a região sul tem características de baixada, e a parte norte, de serra. Faz parte da Serra Verde Imperial.

Atualmente, o município tem se tornado uma atração para os praticantes do trekking, do montanhismo, do rapel e de outras modalidades de esportes radicais e de ecoturismo, sendo que parte do seu território encontra-se situado nos limites do Parque Estadual dos Três Picos, respondendo Cachoeiras de Macacu por 66% da área da unidade de conservação.

Outras importantes unidades de conservação criadas em Cachoeiras de Macacu foram a Reserva Ecológica de Guapiaçu em terras particulares e a área de proteção ambiental do Rio Macacu.

Além do Pico da Caledônia, com 2.219 metros de altitude, que também pode ser visto de Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo, Cachoeiras dispõe de várias belezas naturais, como a Pedra do Faraó, a Pedra do Oratório, a Pedra da Mariquita, Mulher de Pedra, e a Pedra do Colégio, o símbolo da cidade. Encontra-se dezenas de quedas d'água de extraordinária beleza, como o Tenebroso, Sete Quedas, Barba, Samambaia, Chapadão e Furna da Onça.

Cachoeiras de Macacu era dividida em três distritos: Cachoeiras (sede), Japuíba, e Subaio (Fonte IBGE). Porém, em 2015, a Lei Complementar 0039/2015 transformou a cidade em município de distrito único, cujo todo território passou a denominar-se distrito-sede.[5]

Topônimo

O nome do município é uma referência ao macacu, uma árvore da qual se extraía tinta[6]

História

O povoamento da região iniciou-se no século XVI, com a ocupação das margens do Rio Macacu. A freguesia de Santo Antônio de Casseribu foi criada em 1647 e passou à categoria de vila e concelho em 1697, passando a chamar-se Santo Antônio de Sá. O território no qual se encontra Cachoeiras de Macacu, já foi habitada por índios Coroados e Puris.

Em 1868, a sede do município passou para a Vila de Sant'ana e, em 1877, passou a chamar-se Sant'ana de Macacu, com a transferência da antiga sede municipal para o município de Itaboraí, em Porto das Caixas. Em 1898, Sant'ana passou a designar-se Sant'ana de Japuíba.

A cidade recebeu várias famílias suíças e alemãs, antes de se deslocarem para Nova Friburgo, mas isso é um fato desconhecido.

Em 1923, a capital do município mudou de lugar mais uma vez: agora, para a Vila de Cachoeiras de Macacu território desmembrado do município de Nova Friburgo juntamente com Guapiaçu para reorganização dos municípios. Em 1929, o município passou a designar-se Cachoeiras de Macacu e a sua sede foi elevada à categoria de cidade.

Apesar de a cidade ter sido reconhecida em 1929, os primeiros registros de ocupação do território que hoje compõe o município de Cachoeiras de Macacu datam no final do século XVI, por volta do ano 1567, logo após a expulsão dos franceses da Baía de Guanabara.

Num pequeno núcleo agrícola instalado ao redor da antiga Capela de Santo Antônio, denominado Santo Antônio de Casseribu, aproveitando a fertilidade natural dos solos, desenvolveram-se cultivos de mandioca, milho, cana-de-açúcar, arroz e feijão. Este núcleo inicial foi elevado a vila em 15 de maio de 1879, com o nome de Santo Antônio de Sá, criando-se, ao mesmo tempo, o município do mesmo nome. Entre 1831 e 1835, por conta de uma febre endêmica conhecida como Febre de Macacu, provavelmente malária e febre amarela, houve grande perda de vidas e um significativo processo de êxodo rural, tendo se desorganizado as atividades produtivas de Santo Antônio de Sá, ocorrendo, então, os desmembramentos dos territórios municipais, gerando uma séria crise.

Até 1930, além das lavouras de subsistência, Cachoeiras de Macacu dependia diretamente das atividades da oficina da Estrada de Ferro Leopoldina, que se aproveitava da localização estratégica do município, usando-o como local de transbordo para a subida da serra, que deveu-se a um estudo da companhia inglesa que levou a fixar tanto a oficina quanto a estação onde está hoje situada a rodoviária da cidade (Terminal Rodoviário de Cachoeiras de Macacu).

Essa função a cidade iria perder no período pós-guerra, quando o ramal ferroviário de Cantagalo foi injustificadamente desativado nos anos 1960, gerando uma séria decadência social, cultural e econômica que se reflete ainda hoje, também acumulada aos fatos políticos gerados pelo Regime Militar, que pressionou lavradores e funcionários da Leopoldina.

Pelo trecho inicial do ramal, os últimos trens de passageiros parariam pela última vez na Estação Ferroviária de Cachoeiras de Macacu no ano de 1969, enquanto que os últimos trens cargueiros encerrariam suas atividades locais em 1973. No ano seguinte, após a desativação do trecho, os trilhos foram retirados da cidade e a sua estação ferroviária foi posteriormente demolida, juntamente com as instalações desativadas da oficina da Leopoldina. [7]

Uma mudança significativa ocorreu no município no início da década de 1940, a partir de experiências de distribuição de terras para assentamento de colonos deslocados das áreas de citricultura da Baixada Fluminense. Estes formaram as colônias agrícolas de Japuíba e Papucaia, sendo importante acrescentar que, na primeira metade do século XX, chegaram em Papucaia e na Fazenda Funchal (nomeado desta forma para não confundir com a cidade de Funchal, de Portugal), os imigrantes japoneses que se dedicam à agricultura até hoje, principalmente à atividade de fruticultura.

Firmando-se na atividade agropecuária, o município de Cachoeiras de Macacu, hoje já começa a sofrer os efeitos do avanço das grandes cidades ao seu redor, na medida em que suas terras passaram a ser procuradas como área de sítios de lazer. Se observa já a expansão de loteamentos nos limites com Itaboraí. Comporta, ainda, próximo ao seus limites com o Município de Guapimirim, um assentamento agrícola de grande importância chamado São José da Boa Morte, com uma extensão de quase duzentos km² e que recebeu este nome por causa de uma igreja construída na época colonial. Hoje, a igreja está em ruínas e é um dos principais pontos turísticos da região.

Geografia

Margens da RJ-116, nas proximidades da serra cachoeirense, com aproximadamente 1000 metros de altitude.
Cachoeira Tenebroso

De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[8] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária do Rio de Janeiro e Imediata de Rio Bonito.[9] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Macacu-Caceribu, que por sua vez estava incluída na mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro.[10]

Clima

O clima de Cachoeiras é dividido conforme a cidade. Nas partes baixas, Tropical e na serra Tropical de Altitude. Ou seja, não pode-se definir um só clima. No verão, a baixada chega aos 40°C, enquanto as partes altas, 35°C, mas por influência da mata e da altitude, corre um vento fresco, fazendo o calor ficar agradável. No inverno, as temperaturas mínimas rondam a casa dos 10°C nas partes baixas, e isso devido à vegetação. Foi registrada a temperatura de 6°C no centro de Cachoeiras de Macacu no dia 13 de junho de 2016. Nas serras, pode-se chegar a 0°C ou menos, ocorrendo geada nas partes mais altas, como na localidade Alto da Serra, a 1079 metros de altitude. O bairro de Boca do Mato, em 2013, registrou -1°C, e o Centro, 5°C. Em geral, a cidade tem um clima menos quente que a Baixada Fluminense por conta das serras, vegetação, altitude e poucas construções civis. Vale resaltar que o município está na transição entre a Microrregião Serrana ( Região Serrana) e a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e por consequência apresenta extremos climáticos, pois no cume do Pico da Caledônia a temperatura pode atingir até -9°C no inverno.

Administração pública

Poder Legislativo e Executivo

O Poder Legislativo é representado pela câmara municipal, composta por quinze vereadores com mandato de 4 anos. Cabe aos vereadores na Câmara Municipal de Cachoeiras de Macacu, especialmente fiscalizar o orçamento do município, além de elaborar projetos de lei fundamentais à administração, ao Executivo e principalmente para beneficiar a comunidade.

Ver também

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Cachoeiras de Macacu». Consultado em 9 de dezembro de 2018. Cópia arquivada em 9 de dezembro de 2018 
  2. Dicionário Michaelis. «Macacuano». Consultado em 19 de fevereiro de 2021. Cópia arquivada em 19 de fevereiro de 2020 
  3. Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 9 de dezembro de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2014 
  4. 4,0 4,1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2016». Consultado em 7 de março de 2019. Cópia arquivada em 7 de março de 2019 
  5. «LEI COMPLEMENTAR N.° 0039 DE 17 DE ABRIL DE 2015.» (PDF). Diário Oficial de Cachoeiras de Macacu. Prefeitura Municipal de Cachoeiras de Macacu. 30 de abril de 2015. Consultado em 2 de setembro de 2016 
  6. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 057.
  7. «Cachoeiras de Macacu -- Estações Ferroviárias do Estado do Rio de Janeiro». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 20 de agosto de 2020 
  8. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 9 de dezembro de 2018. Cópia arquivada em 9 de dezembro de 2018 
  9. Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas IBGE_DTB_2017
  10. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Divisão Territorial Brasileira 2016». Consultado em 9 de dezembro de 2018 

Ligações externas

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Predefinição:Cidades históricas do Brasil

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