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Brycon insignis

Como ler uma infocaixa de taxonomiaBrycon insignis
Taxocaixa sem imagem
Estado de conservação
Espécie em perigo
Em perigo Predefinição:Cat-artigo (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopteri
Ordem: Characiformes
Família: Bryconidae
Subfamília: Bryconinae
Género: Brycon
Espécie: B. insignis
Nome binomial
Brycon insignis
Steindachner, 1877
Sinónimos
  • Catabasis acuminatus Eigenmann & Norris, 1900[2]
  • Megalobrycon piabanha Miranda Ribeiro, 1902[2]

Brycon insignis, popularmente designado como piabanha, é um peixe endêmico do Brasil da família dos briconídeos (Bryconidae). Há registro da espécie nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.[3]

Etimologia

O nome popular piabanha deriva do tupi pia'wãya e em sentido definido designa estes peixes. O étimo é composto por pi'awa, no sentido de piaba, e ãya, no sentido de dente.[4]

Ecologia

Brycon insignis, quando jovem, alimenta-se de peixes (ictiófaga) e insetos (insetívora), mas pode ainda comer folhas, flores, frutos e sementes. Adulta, é herbívora e frugívora, mas casualmente se alimenta de insetos e pequenos peixes. Há registro de espécimes adultos com no máximo 34[1] ou 36,9 centímetros.[2] Se reproduz entre dezembro e fevereiro. As fêmeas atingem a maturidade sexual no seu terceiro ano de vida, quando possuem cerca de 25 centímetros, enquanto os machos atinge a maturidade aos dois anos de vida, e com 20 centímetros. A degradação de seu habitat, desmatamento, poluição, construção de hidrelétricas, introdução de espécies alóctones (como a Salminus brasiliensis) e a pesca comercial (que atingiu a marca de 24 toneladas/ano em 1951), a população de Brycon está muito fragmentada e declinando. Foram feitos programas de repovoamento, mas que não surtiram o efeito desejado.[1]

A área de ocupação (AOO) do Brycon é estimada de 24 a 136 quilômetros quadrados. Distribui-se pelas bacias dos rios Paraíba do Sul (sobretudo em sua calha e principais tributários), Itabapoana e Itapemirim. Houve ainda registros na bacia do Grande (onde já deve estar extinta haja vista que os registros disponíveis param no começo do século XX), que drena à bacia da Guanabara; no Imbé, que deságua na lagoa Feia; no Macaé (sem registros recentes); no São João; e no Itabapoana. O trecho do Paraíba do Sul que passa por São Paulo possui exemplares provenientes de repovoamentos promovidos pela Companhia Energética de São Paulo (CESP), na represa de Paraibuna.[1] Já houve avistamentos no Jequitinhonha.[2]

Em 2005, foi incluída na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[5] Depois, em 2010, na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais (criticamente em perigo); em 2014,[6] no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo (em perigo)[7] e no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (em perigo) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); e finalmente, em 2018, na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (em perigo) do ICMBio.[3][8]

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 Predefinição:Cite iucn
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 Reis, Roberto E.; Kullander, Sven O.; Ferraris, Carl J. (2003). Check List of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Museu de Ciências e Tecnologia. p. 176 
  3. 3,0 3,1 «Brycon insignis Steindachner, 1877». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 2 de julho de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022 
  4. Grande Dicionário Houaiss, verbete piabanha
  5. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  6. «Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais» (PDF). Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM. 30 de abril de 2010. Consultado em 2 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 21 de janeiro de 2022 
  7. Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022 
  8. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 


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