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Bruno Latour

Bruno Latour
Bruno Latour em Taiwan, 2017
Nascimento 22 de junho de 1947[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Beaune,[1]  França
Nacionalidade francês
Ocupação Sociólogo das ciências

Bruno Latour (Beaune, 22 de junho de 1947) é um antropólogo, sociólogo e filósofo da ciência francês.

Um dos fundadores dos chamados Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia (ESCT), sua principal contribuição teórica - ao lado de outros autores como Michel Callon e John Law - é o desenvolvimento da ANT - Actor Network Theory (Teoria ator-rede) que, ao analisar a atividade científica, considera tanto os atores humanos como os não humanos, estes últimos devido à sua vinculação ao princípio de simetria generalizada.[2]

Conhecido pelos seus livros que descrevem o processo de pesquisa científica, dentro da perspectiva pós-construtivista que privilegia a interação entre o discurso científico e a sociedade, os de maior destaque são: Jamais Fomos Modernos, Ciência em Ação e Reagregando o Social. Esta posição é crítica tanto ao "internalismo" quanto ao "externalismo" na explicação das práticas científicas, portanto procura uma alternativa ao construtivismo e realismo.[3]

Latour é doutor em filosofia e é professor do Institut d'Etudes Politiques de Paris (Sciences Po). Foi professor da École nationale supérieure des mines de Paris (Mines ParisTech) e da Universidade da Califórnia em San Diego. Em setembro de 2007, Bruno Latour tornou-se diretor científico e vice-diretor da Sciences Po. É também há anos professor visitante da London School of Economics e da Universidade Harvard.

No ano de 2013 Latour lançou uma pesquisa coletiva sobre os modos de existência, conhecido como AIME (Investigação Sobre os Modos de Existência: Uma Antropologia dos Modernos) acompanhado de um livro impresso, mas que também está disponível no site oficial da pesquisa.[4]

Linhas de pesquisa

Realizou estudos etnográficos na África e na América, mas sua etnografia mais conhecida foi feita no Laboratório de Neuroendocrinologia do Instituto Salk, na Califórnia. Ela deu origem ao livro Vida de Laboratório, escrito em parceria com o sociólogo inglês Steve Woolgar. Depois, nos anos 80 dedicou-se a outros estudos, principalmente sobre Louis Pasteur e as controvérsias em torno de suas pesquisas na França do século XIX, o qual deu origem ao livro The Pasteurization of France e a diversos artigos. Acompanhou o trabalho da primatóloga Shirley Strum junto aos babuínos na África. Realizou também estudos sobre tecnologia urbana em Paris[5] e acompanhou um grupo de cientistas naturais em uma pesquisa na fronteira da Amazônia com o Cerrado, no Brasil.

No final dos anos 1990, Latour dedicou-se a analisar a ecologia política e sua filosofia, na obra Políticas da Natureza. Ele também publicou duas obras, A Esperança de Pandora e Reagregando o Social, que aprofundam seus conceitos.

Atualmente conduz, junto a alunos da Sciences Po e de um consórcio de universidades europeias, um projeto de mapeamento de controvérsias científicas, dando especial ênfase às controvérsias ambientais.[6]

Referências

  1. Biografia na página de Bruno Latour - "Bruno Latour - Biographie". Acesso em 06/04/2016
  2. Latour, Bruno. (2005). Jamais fomos modernos : ensaio de antropologia simétrica 1. ed., 3. reimpressão ed. Rio de Janeiro: Editora 34. OCLC 685248932 
  3. Latour, Bruno (15 de julho de 2020). «Por que a crítica perdeu a força? De questões de fato a questões de interesse». O que nos faz pensar (em português) (46): 173–204. ISSN 0104-6675. doi:10.32334/oqnfp.2020n46a748. Consultado em 15 de junho de 2021 
  4. Bruno Latour (2013). «AIME». Bruno Latour. Consultado em 14 de setembro de 2013 
  5. (em inglês) Paris: Invisible City. Por Bruno Latour & Emilie Hermant.
  6. «Site do Projeto de Mapeamento de Controvérsias conduzido por Bruno Latour» (em français e English) 

Ligações externas

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