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Blitz (banda)

Blitz
Informação geral
Origem Rio de Janeiro, RJ
País  Brasil
Gênero(s) Rock, pop rock, new wave
Período em atividade 1982 - 1986
1994 - 1997
2006 - presente
Gravadora(s) EMI, Eldorado, Performance, CD Promo, Universal, Radar, Deck
Integrantes Evandro Mesquita
Billy Forghieri
Juba
Cláudia Niemeyer
Rogério Meanda
Andréa Coutinho
Nicole Cyrne
Ex-integrantes Lobão
Ricardo Barreto
Márcia Bulcão
Fernanda Abreu
Antônio Fortuna
Mari Salvaterra
Giovanna Cursino
Maíra Charken
Luciana Spedo
Página oficial Predefinição:Url

Blitz é uma banda de rock brasileira, formada em 1982 no Rio de Janeiro, sendo uma das precursoras do rock nacional.[1] Originalmente formada por Evandro Mesquita (vocal e guitarra), Fernanda Abreu (vocal de apoio), Marcia Bulcão (vocal de apoio), Ricardo Barreto (guitarra), Antônio Pedro Fortuna (baixo), Billy Forghieri (teclados) e Lobão (bateria).

História

As Aventuras da Blitz e Rádio Atividade

Em 1981, Evandro Mesquita e Lobão foram convidados por Mauro Taubman, dono da grife Company, para tocarem no Caribe, bar que o empresário estava inaugurando no bairro de São Conrado.[2] Embora na época tocassem apenas por passatempo, os dois aceitaram e recrutaram amigos músicos para fazer a apresentação na estreia do bar, em 21 de fevereiro, gerando grande repercussão no local, o que levou a uma série de outras apresentações com uma rotatividade de músicos convidados, mantendo apenas os dois fixos.[2] Buscando profissionalizar-se, os dois amigos buscaram músicos para juntar-se a eles, trazendo Fernanda Abreu e Marcia Bulcão para os backing vocals, Ricardo Barreto na guitarra, Antônio Pedro Fortuna no baixo, Billy Forghieri nos teclados, além do próprio Evandro no vocal e Lobão na bateria.[3] Em 15 de janeiro de 1982 a banda sobe no palco do Circo Voador, maior casa de shows carioca da época, tocando pela primeira vez sob o nome de Blitz – nome sugerido por Lobão (e logo aceito pelos demais) inspirado pela quantidade de vezes que Evandro era parado pela polícia e multado.[4] A repercussão chamou atenção da EMI, que assinou contrato com a banda e, em 20 de julho, é lançado o primeiro single, "Você Não Soube Me Amar".[5] Em três meses o compacto com apenas essa faixa vendeu 100 mil cópias, se tornando a canção de maior sucesso deles.[6] Na sequência foi lançado o primeiro álbum, As Aventuras da Blitz 1, que vendeu 300 mil cópias e gerou grande repercussão pela mistura de músicas humoradas e figurinos futuristas.[7][8]

As divergências artísticas de Lobão e Evandro cresciam descontroladamente e, dias depois do lançamento do disco, Lobão decidiu deixar a banda, sendo substituído por Juba na bateria.[9] A banda se tornou uma das pioneiras do movimento do rock brasileiro da década de 1980.[10] O segundo single lançado, "Mais Uma de Amor (Geme Geme)", se tornou o segundo maior sucesso da banda, embora tenha esbarrado na censura pela composição com teor sexual.[11][12] "Cruel Cruel Ezquizofrenético Blues" foi lançada como terceiro single.[13] Em junho de 1983 é lançado o novo single do grupo, "Dois Passos do Paraíso", trazendo uma temática mais leve para que não fosse barrada pela censura.[14] Na sequência é lançada "Betty Frígida", a canção mais ácida da banda, que contava a história de uma relação sexual que foi ruim para ambos os lados.[15] Em 10 de setembro é lançado o segundo álbum, Radioatividade, com uma grande festa organizada na sede da EMI, que reuniu grandes artistas como Caetano Veloso e Paulo Cézar Lima.[16][2] A turnê da banda, dirigida por Patrícya Travassos, alcançou um público recorde e os primeiros shows bateram 50 mil pessoas.[17] O terceiro e último single lançado foi "Weekend".[18]

Blitz 3 e separação

Em 23 de março de 1984, o grupo participou do especial infantil Plunct, Plact, Zuuum... 2, da Rede Globo, onde também interpretaram uma nova faixa, "A Verdadeira História de Adão e Eva", incluída na trilha sonora do programa.[19] Em 7 de julho o grupo realiza seu show de maior repercussão na Praça da Apoteose, que arrastou 30 mil pessoas.[2] Em 14 de setembro a banda estrela seu próprio especial na Rede Globo, Blitz contra o Gênio do Mal, misturando dramaturgia e musical.[20] Logo após é lançado o novo single, "Egotrip".[14] O terceiro álbum, Blitz 3, é lançado em 15 de dezembro, tendo três formatos com capas diferentes, produzidas pela empresa de design A Bela Arte.[21] Em 1985, a banda se apresentou em duas datas da primeira edição do Rock in Rio: 13 de janeiro, para um público de 110 mil pessoas, e 20 de janeiro, para 200 mil pessoas.[22] Logo após, "Eugênio" e "Louca Paixão" foram lançados como segundo e terceiro singles do álbum, respectivamente.[23][24] A superexposição e a demanda exagerada de trabalho gerou conflitos internos e os integrantes entenderam que era hora de dar um hiato nos trabalhos da banda, anunciando que trabalho seguinte, intitulado O Último da Blitz, seria o último.[2] No entanto, o álbum nunca chegou a ser gravado, uma vez que Ricardo e Márcia deixaram a banda no final de 1985 e, em 3 de março de 1986, a banda anunciou sua separação oficial.[2]

Retorno, Blitz ao Vivo e Línguas

Em 1994, a canção "Mais Uma de Amor (Geme Geme)" foi incluída na trilha sonora da novela A Viagem, da Rede Globo. No mesmo ano, alguns ex-integrantes se reuniram por 5 anos e gravaram os álbuns Blitz ao Vivo em 1994 e Línguas em 1997, período onde trocam de gravadora duas vezes. Formação do período: Evandro Mesquita, Juba, Ricardo Barreto, Antônio Pedro, Billy Forghieri e a estreante Hannah Lima nos vocais ao lado da veterana Márcia Bulcão.

Segundo retorno e estabilidade

Em 2006, a banda se reúne novamente e lançou os álbuns Blitz ao Vivo e a Cores e Eskute Blitz, apenas com Evandro Mesquita e Billy Forghieri como membros remanescentes.

Em 2017, o álbum Aventuras II, lançado em 2016, foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro.[25]

Discografia

Ver artigo principal: Discografia de Blitz

Álbuns de estúdio

DVDs e álbuns ao vivo

Integrantes

Formação atual

  • Evandro Mesquita: vocal, violão, guitarra (1982 - 1986; 1994 - 1999; 2006 - presente)
  • Billy Forghieri: teclados (1982 - 1986; 1994 - 1999; 2006 - presente)
  • Juba: bateria (1982 - 1986; 1994 - 1999; 2006 - presente)
  • Cláudia Niemeyer: baixo (2006 - presente)
  • Rogério Meanda: guitarra (2006 - presente)
  • Andréa Coutinho: vocal de apoio (2008 - presente)
  • Nicole Cyrne: vocal de apoio (2008 - presente)

Ex-integrantes

  • Lobão: bateria (1982)
  • Ricardo Barreto: guitarra (1982 - 1985; 1994 - 1999)
  • Márcia Bulcão: vocal de apoio (1982 - 1985; 1994 - 1999)
  • Fernanda Abreu: vocal de apoio (1982 - 1986)
  • Antônio Fortuna: baixo (1982 - 1986; 1994 - 1999)
  • Mari Salvaterra: vocal de apoio (1994 - 1999)
  • Giovanna Cursino: vocal de apoio (1994 - 1999)
  • Maíra Charken: vocal de apoio (2006 - 2008)
  • Luciana Spedo: vocal de apoio (2006 - 2008)

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Referências

  1. «Blitz ganha comemoração pelos 35 anos da estreia». Correio Braziliense. 2 de janeiro de 2018. Consultado em 9 de dezembro de 2019 
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 «B-Rock: O rock brasileiro». Books. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  3. «Ícone dos anos 80, banda Blitz ganha biografia ilustrada em novembro». G1. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  4. «Banda Blitz: Biografia e discografia da banda». Música e Cinema. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  5. «Blitz Você Não Soube Me Amar». Discogs. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  6. «Sucesso nos anos 80, banda Blitz agita o sábado em Petrópolis, no RJ». G1. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  7. «As Aventuras da Blitz». Discogs. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  8. «Ok, você venceu… batatas fritas». Trash 80's. Consultado em 23 de outubro de 2016 
  9. «A Blitz, 20 anos depois». Terra. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  10. «A BLITZ». Teatro Bradesco Rio. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  11. «Mais Uma De Amor (Geme Geme)». Discogs. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  12. «BLITZ - AS AVENTURAS DA BLITZ». O Som do Vinil. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  13. «Cruel Cruel Ezquizofrenético Blues». Discogs. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  14. 14,0 14,1 «Dois Passos do Paraíso». Discogs. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  15. «Betty Frígida». Discogs. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  16. «Radiatividade». iTunes Store (BRA). Consultado em 23 de outubro de 2016 
  17. «O sucesso da Blitz». Dicionário da MPB. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  18. «Weekend». Discogs. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  19. «Plunct, Plact, Zuuum... 2». Globo. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  20. «BLITZ CONTRA O GÊNIO DO MAL». Globo. Consultado em 2 de novembro de 2016 
  21. «BLITZ 3». iTunes Store (BRA). Consultado em 23 de outubro de 2016 
  22. «ROCK IN RIO: Saiba como foi a primeira edição do festival». Curitiba Underground. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  23. «Blitz ?– Eugênio». Discogs. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  24. «Blitz ?– Louca Paixão». Discogs. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  25. Ceccarini, Viola Manuela (20 de novembro de 2017). «The 18th Latin GRAMMY Awards in Las Vegas». Livein Style. Consultado em 28 de dezembro de 2017 

Ligações externas

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