Bernd Schuster (Augsburgo, 22 de dezembro de 1959) é um treinador e ex-futebolista alemão. É considerado um dos maiores jogadores de futebol da década de 1980,[1][2] embora sua forte personalidade o tenha impedido de consagrar-se mais.[1]
Schuster conseguia unir liderança, força, agressividade, técnica e visão de jogo bastante apurada, incluindo em seu repertório também grande habilidade para passes, lançamentos, cobranças de falta [1] e no controle e domínio de bola.[3] Ele é um dos poucos jogadores que passaram por três dos quatro maiores clubes espanhóis , que são eles: Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid. O mérito é maior por ser estrangeiro e, mais do que isso, ter feito sucesso em todos eles.[3]
O ex-futebolista português Paulo Futre, que foi seu colega no Atlético, resumiu as principais qualidades do jogo de Schuster ao colocá-lo em seu elenco ideal, em entrevista à revista FourFourTwo: "Tinha uma grande visão de jogo e combinava isso com muita inteligência. Era um líder em campo e fazia lançamentos. O jeito como ele distribuía passes precisos em campo era único".[4]
Como jogador
Surgimento precoce
Vindo das categorias de base do Augsburg, de sua cidade-natal, em 1978 ele assinou com o Colônia, que havia acabado de conquistar tanto a Bundesliga quanto a Copa da Alemanha.[5][6] Na temporada 1978/79, o clube deixou os torneios domésticos de lado e priorizou a Copa dos Campeões da UEFA. Schuster, usando a mesma camisa 10 de Wolfgang Overath, de quem foi considerado sucessor na equipe,[7] participou de uma campanha que por muito pouco não foi histórica: o Colônia chegou às semifinais e era o favorito contra o azarão Nottingham Forest, ainda mais após ter arrancado um empate de 3 x 3 na Inglaterra - chegou a estar vencendo por 2 x 0.[8]
Além disso, nenhum clube até então havia conseguido vencer fora de casa em uma semifinal do torneio, mas foi o que aconteceu: os britânicos ganharam de 1 x 0 na Alemanha Ocidental com um gol aos 20 minutos do segundo tempo. Para piorar, a final, que seria vencida pelos ingleses, seria na própria Alemanha, em Munique.[8] O consolo para Schuster foi o reconhecimento de Jupp Derwall, o técnico da Alemanha Ocidental: dias após a eliminação, em maio daquele ano, o jovem foi convocado pela primeira vez para a seleção principal;[9] ele já jogava pelas seleções de base de seu país.
Na ressaca da decepção, o Colônia ficou apenas em quinto na Bundes de 1979/80.[10] na Copa da Alemanha, o clube chegou à final, mas perdeu para o Fortuna Düsseldorf.[6] A promissora habilidade e visão de jogo de Schuster, de qualquer forma, lhe garantiram, a seguir, na Eurocopa 1980. Schuster saiu do torneio não só com o título, mas como a maior revelação da competição. Isso e sua habilidade e elegância em ocupar espaços no meio-campo, realizar lançamentos com precisão e chegar ao ataque de surpresa seduziram os dirigentes do Barcelona, que contrataram-no já para a temporada 1980/81. Foi o suficiente para Schuster ficar atrás apenas de seu compatriota Karl-Heinz Rummenigge na avaliação da France Football para o tradicional prêmio oferecido publicação ao melhor jogador europeu, a Ballon d'Or.[11]
Barcelona
Na Catalunha, foi talvez o maior ídolo nos anos 80, marcando 63 gols em 170 jogos mesmo como jogador de meio de campo. Nas oito temporadas nos blaugranas, todavia, enfrentou diversos contratempos que o impediram de ter mais taças: na primeira delas, o time estava forte na disputa pelo título, mas o rendimento caiu no tempo em que o colega e artilheiro Quini ficou sequestrado (obteve-se apenas um ponto em seis partidas nesse período)[11] e a equipe saiu das primeiras posições.[11] A taça ficou com a Real Sociedad, quatro pontos à frente.[12] Curiosamente, em seu primeiro ano na Espanha ele reencontrou o Colônia, que levou a melhor: nos dezesseis-avos-de-final da Copa da UEFA, sua ex-equipe venceu agregadamente por 4 x 1.[13] Ainda assim, conseguiu já ali seu primeiro título por um clube, a Copa do Rei (sobre o Sporting Gijón).[14]
Para Schuster, o pior veio na segunda temporada: em jogo contra o Athletic Bilbao, teve o joelho esquerdo quebrado por uma entrada de Andoni Goikoetxea, interrompendo um desempenho individual que vinha consolidando seu sucesso na Espanha.[11] Novamente seriamente desfalcado, o Barcelona perderia o título por pouco: a Real Sociedad voltou a vencer a liga, desta vez por apenas dois pontos.[12] Já na Recopa Europeia, a equipe foi campeã, mas sem Schuster em campo:[15] ele, por conta da lesão, ficou fora dos campos até o final da temporada, perdendo um lugar certo na Copa do Mundo de 1982.[11]
Em 1983, jogando ao lado de Diego Maradona, ganhou novo troféu no Barça. Ainda não havia sido o Espanhol, que ficou com o Athletic Bilbao (seis pontos à frente[12]), mas nova Copa do Rei, com o especial sabor de derrotar o Real Madrid na decisão.[14] Porém, o Barcelona continuou a ter desfalques trágicos de suas grandes estrelas, dessa vez com o próprio Maradona, outro a ser fraturado pelo mesmo Goikoetxea, no ano seguinte; os catalães perderem por um ponto a liga para o Athletic,[12] que venceu os blaugranas também na decisão da Copa do Rei. O argentino sairia do clube após aquela temporada de 1983/84, mas o Barcelona conseguiria o título espanhol na edição seguinte, e de forma arrasadora: foram dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado (o Atlético de Madrid).[12] A quebra do jejum de onze anos alçou Schuster à condição de mito, enquanto na terra natal tornava-se um renegado: ainda em 1984, ainda com 24 anos e meses antes da Eurocopa daquele ano, renunciou à Seleção Alemã-Ocidental.[11]
Voltando a disputar a Copa dos Campeões da UEFA, o Barcelona centrou fogo no torneio, que jamais havia conquistado - enquanto o Real possuía já seis títulos. O campeonato espanhol de 1985/86, que ficaria com o arquirrival (campeão com onze pontos de vantagem sobre o vice, o próprio Barcelona [12]), foi deixado de lado enquanto o Barça avançava no continente, chegando à decisão. O favoritismo era total: a final seria na Espanha (em Sevilha) e o adversário era o desconhecido Steaua Bucareste. Para completar, a Europa Oriental jamais havia conquistado o torneio. Os romenos seguraram o 0 x 0 e venceram nos pênaltis, em que todos os jogadores do Barcelona erraram suas cobranças. Schuster não participou das penalidades, tendo sido substituído anteriormente.[16]
As duas temporadas que se seguiram ao fracasso seriam estressantes para Schuster. Além de ser feito de bode expiatório pela traumática perda continental,[17] ele, que colecionava brigas com todos os técnicos que passavam pelo Barcelona, de Udo Lattek [11] a Luis Aragonés e Helenio Herrera,[1] ficou às turras com o presidente barcelonista, Josep Lluís Núñez.[11] Neste caso, por não ver cumprida a promessa de aumento de salário feita pelo dirigente após ser usado por ele na campanha deste para a reeleição.[18] Os árbitros também não escapavam das estripulias do "anjo loiro": um deles comentaria posteriormente que durante o jogo inteiro era verbalmente agredido por ele com palavras impublicáveis, em alta voz, "com um terrível sotaque alemão, mas em perfeito espanhol".[2]
As discussões com o presidente Núñez fizeram com que este ordenasse o afastamento do meia durante toda a temporada 1986/87, como castigo,[11] Nessa temporada, o Barcelona quase ficou com o título, perdendo por um ponto para o Real Madrid. Schuster, talvez a peça que tivesse faltado, voltou a jogar na de 1987/88. Todavia, o Barcelona fez temporada sofrível: ficou em sexto e 23 pontos atrás do campeão - para piorar, novamente o Real.[12] Cansado do mau ambiente, o alemão, idolatrado por alguns torcedores e odiado por outros tantos,[3][1] acertou transferência para o próprio arquirrival. A conturbada saída, todavia, não o fez deixar de ser um dos maiores símbolos culés na década de 1980; Schuster, inclusive, tornou-se em 2004 o 115.088º sócio do clube catalão,[2] carteira esta que ele não deixou de manter mesmo em sua volta ao Real Madrid como treinador, em 2008.[11]
Nos dois rivais de Madrid
Os novos ares lhe renderam agora mais títulos: na temporada de estreia em Chamartín, foi logo campeão espanhol e da Copa do Rei. A decepção ficou na Copa dos Campeões da UEFA: aspirando ao título ausente havia mais de duas décadas, o maior vencedor do torneio chegou às semifinais, mas foi destroçado por um 6 x 1 agregado do futuro campeão, o Milan.[19]
Na de de 1989/90, embora o Real perdesse a Copa do Rei para o Barcelona, o cenário no Espanhol se repetiu: Schuster, municiando os artilheiros Míchel, Hugo Sánchez e Emilio Butragueño na equipe responsável pelo recorde de 107 gols marcados em uma única edição da La Liga,[11] participou do pentacampeonato madridista seguido, igualando um recorde que na Espanha pertencia ao próprio Real Madrid: o da década de 1960, quando os blancos eram comandados por Ferenc Puskás e Alfredo Di Stéfano. O feito ofuscou nova eliminação frente ao Milan na Copa dos Campeões: desta vez nas oitavas-de-final e por 1 x 2 agregados.[20]
O alemão era o maestro da equipe oitentista repleta de jogadores crescidos no Real (além de Míchel e Butragueño, também Manuel Sanchís, Rafael Martín Vázquez e Miguel Pardeza, este já saído do clube quando ele chegou), conhecida como Quinta del Buitre.[1] Todavia, aquelas duas temporadas acabaram sendo as suas únicas como jogador dos merengues. Se desentendeu também com a cúpula do Real, após recusar inicialmente uma excursão do time pela América do Norte em junho de 1990, logo após o título espanhol. Na época, ocorreria a Copa do Mundo de 1990 e boa parte do elenco madrilenho iria jogar por alguma seleção. Schuster, que já não jogava mais pela Alemanha Ocidental, e Hugo Sánchez, que vira o seu México ser desclassificado, seriam as atrações da turnê. O alemão viajou a contragosto e foi afastado pelo presidente Ramón Mendoza na volta à Espanha. Vendo-se em uma situação insustentável (o desconforto foi tamanho que a sua volta ao clube, anos mais tarde, como treinador, foi vista como uma reconciliação), voltou a negociar com um rival.[11]
Schuster transferiu-se desta vez para o Atlético de Madrid. Depois de certo ceticismo inicial, pois já estava na casa dos 30 anos,[3] ele, assim como conseguira nos dois clubes anteriores, venceu a Copa do Rei em sua primeira temporada na nova equipe. Sua segunda estadia em Manzanares por pouco não foi histórica: na anterior, o Atlético fora vice-campeão espanhol, mas dez pontos atrás do Barcelona;[21] já naquela, os rojiblancos, com Schuster armando as jogadas para as conclusões do artilheiro Manolo, lutaram até o fim a um título que não vinha havia quinze anos - mas a liga, agora por dois pontos, voltou a ficar com os blaugranas.[21] Na Recopa Europeia, o Atleti chegou a eliminar o Manchester United com um 4 x 1 agregado nas oitavas-de-final, mas caiu nas quartas em empate contra o Brugge por ter feito menos gols fora de casa.[22]
Em compensação, Schuster conseguiu naquele 1991/92 um bi na Copa do Rei, e em grande estilo: contra o Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu, Don Bernardo garantiu a conquista colchonera com um antológico gol de falta.[1] A temporada 1992/93 não foi tão boa: o Atlético sentiu a ausência de Schuster, que se contundira,[11] e ficou apenas em sexto. O campeão, novamente o Barcelona, ficou quinze pontos na frente.[21] Schuster decidiu sair ali, novamente por desentender-se com a direção: não aceitando críticas do presidente Jesús Gil, ele acertou a volta a seu país.[11]
Aposentadoria
Schuster retornou à agora reunificada Alemanha para jogar no ascendente Bayer Leverkusen. O clube bávaro terminou a Bundesliga em quarto muito por conta das atuações de seu veterano reforço, que ainda por cima marcou os três gols que seriam eleitos os mais bonitos do ano no país.[1] As atuações de Schuster, mesmo aos 34 anos, o credenciaram junto ao público e à imprensa para um retorno à Seleção Alemã, que acabou não se concretizando.[11]
Ele passou mais um ano e meio no Leverkusen, saindo do clube das aspirinas em 1996 para a América do Norte. Após um período de testes no San Jose Clash, dos Estados Unidos, acertou com o Pumas UNAM. E no México ele encerrou a carreira, aos 37 anos.[11]
Seleção Alemã-Ocidental
Schuster estreou pela Alemanha Ocidental em 1979,[9] pouco após o fim de sua primeira temporada como jogador profissional, no Colônia. Projetou-se nela no ano seguinte, integrando o vitorioso elenco da Eurocopa daquele ano. Foi o título que lhe credenciou a uma transferência para o Barcelona. Ele era uma presença certa na Copa do Mundo de 1982, dois anos depois, mas a lesão que sofreu de Andoni Goikoetxea terminou por lhe tirar o lugar no mundial.[11]
Ele atuou pela Mannschaft por mais dois anos. Todavia, ficou mal visto no final de 1983 após recusar a convocação para os últimos jogos das eliminatórias para a Eurocopa 1984, contra Irlanda do Norte e Albânia; Schuster queria estar em casa por conta do nascimento de um de seus filhos.[1] Os germânicos, sem ele,[23] obtiveram a classificação de forma bastante árdua: em plena Hamburgo, perderam para os norte-irlandeses, que ficaram dois pontos à frente e não tinham mais jogos a fazer; com a obrigação de vencer os albaneses, a Alemanha só o conseguiu de virada, com o desempate apenas nos últimos dez minutos da partida.[24]
Schuster ainda jogou pela seleção, em fevereiro de 1984, dois amistosos preparatórios para a Euro.[23] Todavia, severas críticas da mídia e desentendimentos com Karl-Heinz Rummenigge, Uli Stielike, Paul Breitner e o técnico Jupp Derwall fizeram com que, ele, ainda com 24 anos e a três meses da competição, pedisse para ser afastado.[11][1] Praticamente aposentado do selecionado, foi então ignorado por toda a década, embora fosse ironicamente um dos melhores jogadores europeus do período.[1]
Dez anos depois, ele esteve perto de voltar à Nationalelf, agora reunificada. A imprensa e a torcida, encantadas com suas performances no Bayer Leverkusen mesmo aos 34 anos, pediam sua convocação para a Copa do Mundo de 1994. Porém, a comissão técnica e os jogadores optaram pela sua não-volta,[11] temendo possíveis rachas no elenco devido à fama de encrenqueiro do craque.[1] Ao todo, foram apenas 21 partidas por seu país, ainda assim com 18 vitórias; as derrotas foram para Brasil (na Alemanha Ocidental) e Irlanda do Norte (na casa adversária), e empatou uma partida contra a Áustria (seleção que mais enfrentou, quatro vezes) em Viena.[9][23]
Jogos
A tabela abaixo resume as aparições de Bernd Schuster pela Seleção Alemã-Ocidental.[9][23]
Como treinador
Ainda em 1997, começou sua carreira de técnico. No Fortuna Köln, não se saiu bem; perdeu mais jogos do que ganhou. Após uma temporada, foi para o Colônia, onde começara profissionalmente a carreira de jogador. No rival, também não foi muito melhor, fazendo campanha discreta na segunda divisão alemã. Em 2001, retornou à Espanha, para treinar o pequeno Xerez, da segunda divisão. Passou dois anos em Jerez de la Frontera brigando pelo acesso, mas em ambos a equipe perdeu a vaga nas últimas rodadas. Seguiu a nova carreira no Shakhtar Donets'k. Em um começo meteórico, o clube venceu as dez primeiras rodadas do campeonato ucraniano de 2003/04, ainda um recorde na Ucrânia. Porém, não foi suficiente para conseguir o título, e Schuster foi despedido após o Dínamo de Kiev assegurar a liga.[11]
De volta à Espanha, assumiu o Levante. No segundo clube de Valência, fez outra vez um bom trabalho inicial que se desgastou no decorrer do campeonato. A equipe decaiu bastante no segundo turno e o despediu ainda antes do fim da temporada 2004/05, onde terminaria rebaixada à segunda divisão. Na temporada seguinte, ele foi para o Getafe. Passou dois anos no clube dos subúrbios de Madrid, participando do maior momento da equipe até então, o vice-campeonato na Copa do Rei em 2007. Como o campeão Sevilla conseguira classificar-se para a Liga dos Campeões da UEFA, o resultado permitiu que o Getafe fosse para a Copa da UEFA de 2007-08.[11]
Schuster não ficaria; seu bom trabalho no Getafe e nos outros pequenos clubes espanhóis treinados por ele anteriormente, onde conseguira campanhas dignas com um belo futebol mesmo com poucas verbas,[2] chamou a atenção de sua ex-equipe do Real Madrid. O clube havia sido campeão espanhol após quatro anos de jejum, mas havia uma insatisfação com o futebol pragmático imposto por Fabio Capello,[11][2] a quem Don Bernardo foi substituir. Ele conseguiu um bi para o clube conquistado com sobras, a rodadas de antecedência, com direito a duplas vitórias nos dois clássicos, contra Barcelona (terceiro colocado e 18 pontos atrás do rival) e Atlético,[25] e cumprindo também o desejo da torcida merengue em ver seu time ser campeão e jogando bonito. Foi sob o comando de Schuster que Robinho, jogador marcado no Real Madrid por sua irregularidade de boas partidas, demonstrou seu melhor futebol no clube.[11] Por outro lado, não impediu sina que vinha se repetindo no clube desde 2004, sendo eliminado nas oitavas-de-final da Liga dos Campeões da UEFA de 2007/08.[26]
O alemão, que, curiosamente, tinha conquistado até então todos os campeonatos espanhóis em que participou pelo Real (como jogador e técnico) acabou demitido pela diretoria merengue após maus resultados na temporada 2008/09, deixando os blancos em sua saída apenas na quinta colocação no campeonato espanhol. O clube já havia caído prematuramente na Copa do Rei para o Real Unión, da terceira divisão. Em maio de 2010, Schuster foi anunciado como novo treinador do Predefinição:Futebol Besiktas, da Turquia, onde ganharia salário anual de 2,6 milhões de euros. Porém, em menos de um ano, pediu demissão, com a equipe alvinegra já eliminada da Liga Europa da UEFA e apenas em sétimo no campeonato turco.[27] . Em julho de 2013, Schuster retornou à Espanha, onde comandou o Predefinição:Futebol Málaga por uma temporada.
Após mais de três anos e meio sem comandar uma equipe, Bernd Schuster foi contratado em 2018 pelo Dalian Yifang, recém-promovido à Super Liga da China. A missão era manter o time chinês na elite do futebol do país, uma vez que era o último colocado da competição e com 13 gols sofridos após as três rodadas iniciais. O treinador pôde acertar a equipe e estabilizou o Dalian Yifang no meio da tabela chinesa, cumprindo o grande objetivo do clube na temporada.[28] Contudo, deixou o clube em 2019.
Vida pessoal
Nascido em uma humilde família operária, curiosamente o futebol não era o esporte que mais gostava na infância, e sim o hóquei. Casou-se ainda em 1979, quando começava a carreira, com a modelo Gaby. Com ela teve Benjamin, David, Sarah (que teria sido a filha pela qual ele pediu dispensa da seleção, que culminaria posteriormente em afastamento definitivo) e Rebecca. O casal foi polêmico na década de 1980: fotos de Gaby nua chegaram a ser divulgadas quando ele ainda estava nos primeiros meses de Barcelona, o que teria afetado o rendimento de Schuster além do sequestro do colega Quini.[17]
Outra controversa relação que unia Schuster, a esposa e o clube era o fato de que ela, empresária do marido, teria influenciado na sua saída dos blaugranas. Gaby, como Schuster, também não se furtava de criticar técnicos e dirigentes do Barcelona.[1] O casal separou-se em 2008, mas desde 2001 ela já não empresariava mais Schuster, tendo permanecido na Alemanha quando ele voltara à Espanha para treinar o Xerez.[29] As filhas vivem com a mãe na Alemanha, enquanto os filhos moram nos Estados Unidos.[30] Atualmente, vive com uma espanhola, Elena Blasco, com quem teve outra filha, Victoria.[31]
Schuster tem medo de avião. Passou um dia inteiro viajando de carro com Gaby e filhos para chegar à Espanha para se integrar ao Barcelona em 1980. Era tido como tímido na juventude, mas por outro lado conheceu Gaby em uma discoteca, e costumava realizar saídas noturnas na véspera das partidas, para relaxar.[17] Também gosta de tocar piano, instrumento que resolveu aprender a tocar para ocupar seu tempo enquanto ficou suspenso pela diretoria do Barcelona na temporada 1986/87, e de contar piadas - teria ganho cinco vezes um concurso de melhor piada da semana em um canal de televisão alemão.[17]
Títulos
Como jogador
- Barcelona
- Campeonato Espanhol: 1985 [12]
- Copa do Rei: 1981 e 1983[14]
- Supercopa da Espanha: 1983[32]
- Recopa Europeia: 1982[15]
- Real Madrid
- Campeonato Espanhol: 1989 e 1990 [21]
- Copa do Rei: 1989[14]
- Supercopa da Espanha: 1989[32]
- Atlético de Madrid
- Copa do Rei: 1991 e 1992[14]
- Seleção Alemã-Ocidental
Individuais
- Seleção da Eurocopa : 1980
- Ballon d'Or : segundo lugar 1980 - terceiro lugar 1981, 1985
- La Liga : Prêmio Don Balón de Melhor Jogador Estrangeiro: 1985, 1991
- Seleção da Bundesliga : 1993-1994 [31]
- Objetivo do Ano (Alemanha) : 1994 [32]
Treinador
- Campeonato Espanhol: 2007-08
Individuais
- La Liga : Troféu Miguel Muñoz de Melhor Treinador do Ano: 2006
Referências
- RedirecionamentoPredefinição:fim
Predefinição:La Liga - Melhor Jogador Estrangeiro Predefinição:FC Barcelona Predefinição:Real Madrid CF Predefinição:Club Atlético de Madrid Predefinição:Seleção da Eurocopa de 1980 Predefinição:Info/Time
Predefinição:NF Predefinição:Artigo bom
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