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Esmirna

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Mapa com a posição de Esmirna e de outras cidades do Império Lídio

Esmirna[1][2] (em turco: İzmir; em grego: Σμύρνη; romaniz.: Smýrni; também conhecida noutras línguas como Smyrna e Smirne) é uma cidade do sudoeste da Turquia situada na Região do Egeu. É capital da área metropolitana (büyükşehir belediyesi) e da província homónima. Em 2012, a população da área metropolitana era 3 366 947 habitantes,[3] o que faz dela a terceira maior cidade da Turquia, a seguir a Istambul e Ancara.[4] No mesmo ano, o distrito de İzmir propriamente dito tinha 76 598 habitantes, dos quais 59 214 no que é considerado o centro urbano (merkez).[5] A altitude média da cidade é de 30 m.

De acordo com estudos etimológicos sobre Esmirna, a palavra Smyrne, em grego significa uma especiaria que em língua portuguesa se traduz como mirra.[carece de fontes?]

Mitologia

De acordo com Estrabão, Esmirna era o nome antigo de Éfeso, e o nome deriva de uma amazona que conquistou Éfeso.[6] Outros autores, porém, mencionam Esmirna como a mãe de Adónis: sua mãe teria dito que ela era mais bela que Afrodite, e a deusa a amaldiçoou, fazendo com que ela se apaixonasse pelo próprio pai; desta união nasceu Adónis.[7][8][9] Segundo William Smith, o nome da cidade deriva da mãe de Adónis.[10][11]

História

A cidade de cinco mil anos é uma das cidades mais antigas da bacia de Mediterrâneo. A cidade original foi estabelecida por volta do 3º milênio a.C., quando compartilhou com Troia a cultura mais importante da Anatólia. Por volta de 1 500 a.C. tinha caído na influência do Império Hitita da Anatólia Central.

De acordo com historiadores e mitógrafos gregos, as cidades da costa asiática do Mar Egeu, Mirina, Cime, Esmirna e Éfeso, haviam sido conquistadas pelas amazonas; Archibald Henry Sayce interpreta este mito como se estas amazonas fossem as sacerdotisas das deusas asiáticas, cujo culto se espalhou a partir de Carquemis com as conquistas hititas.[12]

Segundo o historiador grego Heródoto de Halicarnasso, a cidade foi primeiro estabelecida pelos Eólios, mas foi logo depois tomada pelos Jônicos, que a tornaram um dos maiores centros culturais e comerciais do mundo na época. No 1º milênio a.C., Esmirna era uma das cidades mais importantes da Federação Jônica. Acredita-se que Homero lá residiu durante este período.[carece de fontes?]

A conquista da cidade pelos Lídios por volta de 600 a.C. trouxe fim a este período. Esmirna permaneceu como pouco mais que uma aldeia da Lídia e depois caiu sob o domínio persa. Antes do século IV a.C., uma nova cidade foi construída nas encostas do monte Pagos (Kadifekale), durante o reino de Alexandre, o Grande. O período romano de Esmirna, que começa antes do século I a.C., foi a sua segunda grande era. Esmirna ficou depois conhecida como uma das Sete Igrejas da Ásia, à qual o Livro da Revelação (Apocalipse) foi enviado pelo apóstolo João. Também é local de destino da Epístola aos Esmirniotas, de Santo Inácio de Antioquia.[13] O domínio bizantino chegou no Predefinição:DC e durou até à conquista seljúcida no século XI.

Em 1415, sob o poder do sultão Predefinição:Lknb, Esmirna tornou-se parte do Império Otomano. A cidade ficou conhecida como um dos portos mais importantes do mundo entre os séculos XVII e XIX, quando os comerciantes de várias origens (especialmente Franceses, Italianos, Neerlandeses, Armênios, Judeus e Gregos) transformaram a cidade em um centro de comércio cosmopolita. Durante este período, a cidade foi famosa pela sua própria marca da música (Smyrneika) bem como pela sua larga variedade de produtos que exportou para a Europa (passas de Esmirna, figos secos, tapetes, etc.).

Esmirna e a Guerra Fria no século XX

Entre 1961 e 1963, foram instalados em Çiğli, base militar perto de Esmirna, quinze mísseis balísticos móveis de médio alcance (IRBM) "Júpiter" dos Estados Unidos. Os quinze mísseis foram espalhados entre cinco sítios de lançamento nas montanhas perto de Esmirna. A Força Aérea Turca enfim controlou os mísseis, mas o pessoal de Força Aérea dos Estados Unidos manteve o controle do armamento das ogivas nucleares. A consequência dessa instalação de mísseis na Turquia foi a crise dos mísseis de Cuba, um dos mais críticos eventos da Guerra Fria ,em outubro de 1962. Como a parte do acordo da crise, eles foram retirados em abril de 1963. As posições exatas dos cinco sítios, com três mísseis cada um, são ainda secretas, mais de quarenta anos depois.

Esmirna hoje

A cidade era conhecida até ao princípio do século XX por ser uma das cidades mais cosmopolitas no mundo, com uma grande população de Gregos e Armênios.[carece de fontes?]. Com 2 500 pessoas, a comunidade judia de Esmirna é a segunda maior comunidade da Turquia, a seguir a Istambul.[14] Depois da Guerra de Independência turca a população grega moveu-se para a Grécia. A população atual é predominantemente turca.

Esmirna é muitas vezes chamada "a pérola do Egeu". É considerada a cidade mais ocidentalizada da Turquia quanto a valores, ideologia, estilo de vida, e papéis de gênero.[parcial?]Predefinição:Manutenção/Categorizando por assunto

Personalidades

Ver também

  • Bucaspor — clube de futebol de Esmirna

Referências

  1. Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda. 
  2. Gradim, Anabela (2000). «9.7 Topónimos estrangeiros». Manual de Jornalismo. Covilhã: Universidade da Beira Interior. p. 167. ISBN 972-9209-74-X. Consultado em 27 de março de 2020 
  3. «Büyükşehir belediyeleri ve bağlı belediyelerin nüfusları». TURKSTAT (em Türkçe). rapor.tuik.gov.tr. Consultado em 17 de maio de 2013. Arquivado do original em 17 de dezembro de 2013 
  4. Embora a população do büyükşehir belediyesi ou merkez (divisão administrativa "área metropolitana") seja inferior à de Ancara, Esmirna aparece referida em muitas fontes como sendo a segunda cidade da Turquia em termos de população.
  5. Predefinição:Citar tuik.gov.tr população distritos2
  6. Predefinição:Citar estrabão
  7. Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.14.4 [em linha]
  8. Pseudo-Plutarco, Parallela Minora, 22. Esmirna e Valéria Tusculanaria [em linha]
  9. (Pseudo-)Higino, Fabulae, LVIII, Esmirna [em linha]
  10. William Smith, Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, Smyrna [https://web.archive.org/web/20130518124854/http://www.ancientlibrary.com/smith-bio/3179.html Arquivado em 18 de maio de 2013, no Wayback Machine. [em linha]]
  11. William Smith omite toda a história sobre o incesto entre Esmirna e seu pai.
  12. Archibald Henry Sayce, The Hittites: The Story of a Forgotten Empire (1925) [google books]
  13. «epístola aos esmirniotas - Pesquisa Google». www.google.com. Consultado em 23 de outubro de 2019 
  14. «Ysrail'deki Yzmyr». www.yeniasir.com.tr (em Türkçe). Yeni Asir. 6 de fevereiro de 2009. Consultado em 6 de outubro de 2010. Arquivado do original em 14 de setembro de 2007 

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Ligações externas

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