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Belisário Penna

Belisário Penna
Belisário Penna
Dados pessoais
Nome completo Belisário Augusto de Oliveira Penna
Nascimento 29 de novembro de 1868[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Barbacena, MG
Morte 4 de novembro de 1939 (70 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Engenheiro Paulo de Frontin, RJ
Nacionalidade brasileiro

Belisário Augusto de Oliveira Penna (Barbacena, 29 de novembro de 1868Engenheiro Paulo de Frontin, 4 de novembro de 1939) foi um médico sanitarista brasileiro.[1]

Biografia

Filho do Visconde de Carandaí, iniciou seus estudos na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, formando-se pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1890,[2] quando retornou a Minas Gerais. Ali clinicou por alguns anos, tendo sido eleito vereador em Juiz de Fora.

Em 1903 abandonou seu cargo de vereador e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde prestou concurso para a Diretoria Geral de Saúde Pública. Com isso, foi nomeado inspetor sanitário na 4ª Delegacia de Saúde, onde colaborou no combate à varíola. Em 1905 foi designado para trabalhar na Inspetoria de Profilaxia Rural da Febre Amarela. A partir de então e até 1913, dedicou-se ao combate de endemias rurais, como a malária e a ancilostomíase.[2]

Em 1906, parabenizado oficialmente por Oswaldo Cruz, então Diretor Geral de Saúde Pública, foi designado para combater a malária no norte de Minas Gerais, onde permaneceu por três anos. Ali, teve papel fundamental na descrição da doença de Chagas, uma das principais descobertas médicas do período.[3]

Em 1914, reassumiu o cargo de inspetor sanitário no Rio de Janeiro. Em 1916, instalou o primeiro Posto de Profilaxia Rural do país, em Vigário Geral.[2]

Através do jornal Correio da Manhã, iniciou uma campanha pelo saneamento físico e moral do país. Em 1918, publicou o livro Saneamento do Brasil, reunindo seus artigos. O livro alcançou ampla repercussão, levando à fundação da Liga Pró-Saneamento do Brasil e a decisão do Presidente Venceslau Brás de criar o Serviço de Profilaxia Rural, no mesmo ano. Belisário Penna foi nomeado para dirigir as duas instituições. A Liga Pró-Saneamento do Brasil alcançou seu objetivo final com a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), em 1920.[4]

Entre 1920 e 1922, Belisário Penna foi diretor de Saneamento e Profilaxia Rural do DNSP, instalando em 15 estados os serviços de profilaxia rural.[2]

Em 1921, publicou O clamor da verdade, um livro sobre medicina social. Em 1923, a pedido do Presidente de São Paulo, Washington Luís, escreveu o livro Higiene para o Povo e outro, que não chegou a ser publicado.[4]

Em 1924, foi publicamente a favor do Movimento Tenentista, contra o governo de Artur Bernardes, sendo por isso preso por seis meses. Citado com grande entusiasmo por Monteiro Lobato no livro Mr. Slang e o Brasil, capítulo XX. Na voz de Mr. Slang, Penna é citado como um dos 30 “homens-força” do Brasil, e que por sua atuação, preconiza que acabaria na Clevelândia do Norte, campo de concentração criado pela ditadura Arthur Bernardes.

Em 1928, ocupou a chefia do Serviço de Propaganda e Educação Sanitária, percorrendo os estados de Minas Gerais, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, até ser requisitado pelo governo do Rio Grande do Sul para estudar as condições sanitárias daquele estado.[2]

Participou da Revolução de 1930, após a qual assumiu a chefia do DNSP, em substituição a Clementino Fraga. Em duas ocasiões, em setembro de 1931 e dezembro de 1932, foi indicado ministro da Educação e Saúde no governo Getúlio Vargas.[4][5][2]

No final de 1935 ingressou na Ação Integralista Brasileira, tendo sido membro da Câmara dos 40, órgão supremo da entidade.[6] Sobre sua adesão ao Integralismo, escreveu:[4]

Após o Levante Integralista, em 1938, retirou-se para sua fazenda, no interior do Rio de Janeiro, onde faleceu no ano seguinte.

Foi um dos introdutores no Brasil das teoria da eugenia e membro ativo da Comissão Central Brasileira de Eugenia, da qual se originou a Liga Pró-Saneamento. Defendia uma educação higiênica nos lares, escolas e cidades, valorizando questões morais, erradicando maus hábitos e modelando o trabalho e a família, de forma a assegurar a saúde e produtividade da população.[3]

Referências

  1. Biografia na página do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 «Belisário Augusto de Oliveira Penna - Base Arch». basearch.coc.fiocruz.br. Consultado em 6 de abril de 2021 
  3. 3,0 3,1 Silva, Cintia Rufino Franco. «Intelectuais e o Integralismo: Belisário Penna e o sanitarismo no Brasil dos anos 30» (PDF). Grupo de Estudos de Política da América Latina. Revoluções nas Américas: passado, presente e futuro. Consultado em 6 de abril de 2021 
  4. 4,0 4,1 4,2 4,3 Thielen, Eduardo Vilela; Santos, Ricardo Augusto dos (agosto de 2002). «Belisário Penna: notas fotobiográficas». História, Ciências, Saúde-Manguinhos (em português) (2): 387–404. ISSN 0104-5970. doi:10.1590/S0104-59702002000200008. Consultado em 7 de novembro de 2020 
  5. «CPDOC - Verbete biográfico - ARTUR GUIMARAES DE ARAUJO JORGE». Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 6 de novembro de 2020 
  6. CARVALHO, Dallacqua de, Leonardo (Junho de 2019). «O saneador do Brasil : saúde pública, política e integralismo na trajetória de Belisário Penna (1868-1939).» (PDF). Tese de doutorado Fiocruz. Consultado em 9 de julho de 2019 

Ver também

Bibliografia

Ligações externas

  1. RedirecionamentoPredefinição:fim
Precedido por
Francisco Campos
Ministro da Educação do Brasil
1931
Sucedido por
Francisco Campos

Predefinição:Gabinete de Getúlio Vargas (1930–1945)

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