Banco Sulbrasileiro | |
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Razão social | Banco Sul Brasileiro S/A |
Atividade | Serviços financeiros |
Fundação | 1972 |
Destino | Fundiu-se com o Banco Habitasul |
Encerramento | 1985 |
Sede | Porto Alegre, Rio Grande do Sul |
Área(s) servida(s) | Em todas as agências do Brasil |
Produtos | Banco |
Antecessora(s) | Banco da Província Banco Nacional do Comércio Banco Industrial e Comercial do Sul |
Sucessora(s) | Banco Meridional |
O Banco Sul Brasileiro S/A foi criado em 1972 com a fusão do Banco Nacional do Comércio (Banmercio), Banco da Província e do Banco Industrial e Comercial do Sul (Sulbanco)[1][2] sob pressão do governo estadual[3].
Após a fusão, um dos primeiros problemas foi designar os dirigentes da nova instituição - a diretoria executiva foi composta por 11 membros: presidente, vice e três diretores originários do Banmércio, quatro do Sulbanco, um do Banco da Província, somente um não ligado a nenhuma instituição.[3] Os diretores do Banmércio, o primeiro a ser controlado pelo Montepio da Família Militar, apesar do menor capital passaram a ocupar os postos-chave.[3] Outro problema foi a superposição de agências, o fechamento de algumas, levou à concentração excessiva de pessoal em outras, o que não foi resolvido por diversos anos.[3]
Nos dez anos seguintes o banco procurou se expandir pelo Brasil, enquanto eram fechadas 55 agências no Rio Grande do Sul, São Paulo recebia 37, o Rio 10, Minas Gerais 12, Santa Catarina e Paraná 5 agências cada e outros estados 23, atingindo no final de 1982, 379 agências, 37 a mais do que no momento da fusão.[3] Nos anos seguintes, até a intervenção, o número de agências permaneceu estável.[3]
O banco possuía uma série de ineficiências: era ruim na captação de recursos, em 1981 era a sétima maior rede de agências do país, mas o 15° em depósitos; tinha baixa rentabilidade; um ativo permanente muito grande; baixa produtividade; carteira de crédito de baixa qualidade; etc.[3]
No início de 1984 iniciou negociações para unir forças com o Grupo Habitasul e mais tarde com o Grupo Brasilinvest, de Mário Garnero, porém essas não progrediram.[3]
Em 7 de fevereiro de 1985 o Sulbrasileiro sofreu intervenção do Banco Central do Brasil por problemas de liquidez [3]
Neste mesmo período, junto com a "quebra" do Sulbrasileiro, outros bancos também tiveram problemas de liquidez e sofreram intervenção, liquidação extrajudicial ou incorporação. São exemplos, além do Habitasul e Brasilinvest que haviam tentado se fundir com o Sulbrasileiro [3], o Banco Auxiliar de São Paulo, Banco de Comércio e Industria do Estado de São Paulo (Comind), Banco Maisonnave, entre outros.
Por pressão dos políticos gaúchos, em maio do mesmo ano a União criou o Banco Meridional do Brasil S/A, com a desapropriação das ações do Sulbrasileiro por meio de decreto-lei federal e outras providências.
Como parte do patrimônio, o Banco Meridional recebeu do Sulbrasileiro cerca de 15 mil itens, incluindo 5 mil terrenos em dez praias, 80 a 90 mil hectares de propriedades rurais.[3]
Referências
- ↑ CORAZZA,Gentil. Sistema Financeiro e desenvolvimento do Rio Grande do Sul
- ↑ 5 - O Sistema Financeiro Nacional, Disciplina de Economia Monetária I – ECO 02002, Textos Selecionados, Resumidos e Adaptados, UFRGS, 2008
- ↑ 3,00 3,01 3,02 3,03 3,04 3,05 3,06 3,07 3,08 3,09 3,10 GARCIA, Darcy. O sistema financeiro do Rio Grande do Sul: da criação da Caixa Econômica Estadual ao surgimento dos bancos múltiplos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1990.