Autoimolação é o ato de se autossacrificar em prol de algo maior como protesto ou martírio, normalmente ateando fogo no próprio corpo.
No hinduísmo e xintoísmo, a autoimolação de maneira ritual é tolerada, como forma de devoção, protesto ou renúncia.[1] Na Índia ocorria a prática do chamado sati ou sattee, onde viúvas de certas atiravam-se à fogueira da pira crematória do finado esposo. O governo indiano baniu o ritual em 1829, mas algumas mulheres da zona rural ainda o praticam.[2]
Casos notáveis incluem o monge vietnamita Thích Quảng Đức, que se autoimolou em 1963 contra a política religiosa do governo de Ngo Dinh Diem,[3] e o tunisiano Mohamed Bouazizi, que, ao se incendiar em protesto às condições econômicas de seu país em 2010, inspirou a revolução de Jasmim e levou muitos a praticarem a autoimolação nas revoltas da Primavera Árabe.[4][5]
Referências
- ↑ «A autoimolação para o Budismo e o Xintoísmo». ClickeAprenda. 6 de abril de 2005. Consultado em 16 de fevereiro de 2021
- ↑ «Sati: a tragédia das viúvas indianas». Estadão (em português). 22 de agosto de 2006. Consultado em 17 de dezembro de 2020. (pede registo (ajuda))
- ↑ «Morre fotógrafo que registrou monge em chamas no Vietnã». Folha de S.Paulo - Ilustrada. 29 de agosto de 2012. Consultado em 17 de dezembro de 2020
- ↑ Rosenberg, David (25 de janeiro de 2011). «Self-immolation spreads across Mideast inspiring protest». The Jerusalem Post (em English). Consultado em 16 de fevereiro de 2021
- ↑ «Second Algerian dies from self-immolation: official». Agence France-Presse. 25 de janeiro de 2011. Consultado em 16 de fevereiro de 2021. Arquivado do original em 25 de janeiro de 2011