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Autoajuda

O indiano Deepak Chopra, famoso escritor de livros de autoajuda.

O termo Autoajuda pode designar qualquer caso onde um indivíduo ou um grupo, como um grupo de apoio, procuram se aprimorar de forma econômica, espiritual, intelectual ou emocional. Também costuma ser aplicado como uma panaceia em educação, negócios e psicologia, propagandeada através do lucrativo ramo editorial de livros sobre o assunto.

Antes que um movimento social em qualquer grupo cultural atinja dimensões consideráveis, tradição, experiência e reconhecimento, ele se submete a fase de autoajuda do desenvolvimento como grupo. Quando qualquer grupo social alcança um certo número de adeptos (cerca de 80 membros), o padrão com humanos adultos parece ser o de haver o desenvolvimento de uma "facção" de autoajuda que pode, eventualmente, se desagregar (ou separar-se) do grupo original. Grandes grupos que competem frequentemente, podem tentar repudiar ou minimizar o grupo que se separou, descrevendo-o como grupo de "autoajuda" já que a sua experiência supostamente não é tão significante nem verdadeira como a do grupo mais antigo.

O conceito de autoajuda também encontrou um lugar em gêneros mais expansivos. Para muitas pessoas, a autoajuda passou a ser uma maneira de reduzir custos, especialmente em questões legais, com serviços de autoajuda disponíveis para auxílio nas causas rotineiras, desde processos domésticos até ações sobre direitos autorais. No mercado, as tendências relacionadas à autoajuda resultaram, nos últimos anos, nos sistemas de pagamentos automatizados. Bombas de gasolina de "autoajuda" (self-service ou autosserviço, como é conhecido esse sistema no Brasil) substituíram as bombas que necessitavam de um funcionário nos Estados Unidos, durante os últimos anos do século XX.

Os diversos gêneros em que os conceitos de autoajuda são aplicados, são trazidos juntamente com a expansão de tecnologias que dão, aos indivíduos, condições de conduzir atividades tanto triviais quanto mais profundas em complexidade. A publicação de livros de autoajuda surgiu da descentralização da ideologia social, do crescimento da indústria editorial usando novas e melhores tecnologias de impressão e da difusão das novas ciências psicológicas. Igualmente, serviços de autoajuda legal cresceram em torno da expansão do acesso às tecnologias de proteção de documentos. A Internet, e a sempre crescente seleção de serviços comerciais e de informação que ela oferece, é um exemplo do movimento em torno da autoajuda em grande escala. Essa integração produziu um novo tipo de instrumentos, como livros com um código único impresso em cada cópia para garantir que o leitor possa realizar um teste "on-line" que quantifique onde as suas habilidades se comparam com os conceitos ditados pelo livro.

História

O primeiro livro do gênero foi intitulado Autoajuda, por escocês Samuel Smiles (1812-1904) e publicado em 1859. Sua frase de abertura é: "O Céu ajuda aqueles que ajudam a si mesmos", uma variação de "Deus ajuda aqueles que ajudam a si mesmos", uma máxima frequentemente citada no Poor Richard's Almanac, do ex-presidente americano Benjamin Franklin.

Argumentações a favor da autoajuda

Há um crescente número de evidências que sugerem que ansiedade, depressão e outros problemas mentais comuns podem ser efetivamente combatidos através do uso de livros, programas de computador e outros meios. [carece de fontes?]

Pesquisas mostraram que pessoas que tentam frequentemente resolver sozinhas seus problemas, na maioria dos casos usam técnicas similares àquelas usadas por psicoterapeutas.[carece de fontes?]

Outro contra-argumento é o de que alguns leitores de livros de autoajuda buscam "respostas fáceis", mas isso não significa que as respostas nos livros são de fácil aplicação. Um livro pode sugerir um método de agir (fácil ou não), mas apenas o leitor pode levá-lo adiante, e alguns leitores têm mais vontade de fazê-lo que outros. Os que fazem o esforço, geralmente têm mais melhorias em suas vidas.

Steven Berglas escreveu:

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Para ser justo com Mark Monsky e outros autores de autoajuda, há muito material útil em suas obras e muito dos danos causados por esse tipo de literatura acontecem pelo fato de que esses livros não são lidos com atenção ou sequer são lidos. Muitas pessoas citam insights dos livros baseados em uma leitura apressada das quartas capas ou dos títulos. (de Reclaiming the Fire by Steven Berglas (2001) ISBN 0679463216)

Benjamin Franklin escreveu na sua autobiografia:

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Quando eu sabia, ou achava que sabia, o que era certo e o que era errado, eu não via porque eu não deveria sempre fazer um e evitar o outro. Mas logo descobri que tinha assumido uma tarefa muito mais difícil do que imaginava. Enquanto minha preocupação era ficar alerta em relação a uma falha, muitas vezes era surpreendido por outra; o hábito tira vantagem da desatenção; algumas vezes a vontade é muito forte para ser racionalizada. No final das contas, cheguei à conclusão de que a mera convicção especulativa de que é nosso interesse ser totalmente virtuoso não é suficiente para prevenir nossos deslizes; e que os hábitos contrários a isso devem ser quebrados, e os bons devem ser adquiridos e estabelecidos antes que possamos ter qualquer dependência de uma retidão de conduta firme e uniforme.

Enquanto o método descrito por Franklin em sua autobiografia é direto e fácil de entender, ele claramente não sugere que seja uma coisa fácil de fazer. Alguns autores de autoajuda talvez tratem rapidamente dessa distinção, mas mesmo quando não o fazem, os leitores deveriam desculpá-los. O próprio Franklin admitiu que ele só obteve um sucesso parcial, mas ele achava que qualquer avanço era preferível a nenhum, e continuou com seus esforços por vários anos.

Críticas

Embora continuem populares, os livros e programas de autoajuda têm sofrido críticas por oferecer "respostas fáceis" para problemas pessoais complicados". De acordo com essa visão, o leitor ou participante recebe o equivalente a um placebo, enquanto o escritor e o editor recebem os lucros.

O livro God is My Broker ("Deus é meu Agente") afirma, "O único modo de se tornar rico com um livro de autoajuda é escrever um". Livros de autoajuda também são criticados por conter afirmações pseudocientíficas que podem induzir o comprador a seguir "maus caminhos" e citações de teorias de outros autores que não condizem com o livro.

Outra grande crítica à autoajuda é o oferecimento de coisas que podem não ser atingidas pelo leitor, como riqueza ou saúde, apenas por ele acreditar em si mesmo. Quando o leitor não atinge a meta proposta pela autoajuda, este torna-se infeliz por ser incapaz de realizar seus desejos.

Por fim, Wendy Kaminer, em seu livro I'm Dysfunctional, You're Dysfunctional ("Eu sou deficiente, você é deficiente"), critica o movimento da autoajuda por encorajar as pessoas a focarem o desenvolvimento pessoal, em vez de se unirem a movimentos sociais, para resolverem seus problemas.

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Ver também

Bibliografia

  • MARÍN-DÍAZ, Dora Lilia. Autoajuda e educação: uma genealogia das antropotécnicas contemporâneas. Tese (Doutorado em Educação), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012. [1].

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