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Augusto Luis de Freitas

Augusto Luis de Freitas

Augusto Luis de Freitas (Rio Grande, 1868 - Roma, 26 de novembro de 1962)[carece de fontes?] foi um pintor e professor brasileiro. Dedicou-se principalmente aos gêneros da paisagem, cenas de costume e pintura histórica, estima-se que sua produção ultrapassa 1600 obras [1].

Estudos em Portugal

Nascido no Brasil, ainda pequeno seu pai português decidiu voltar à Pátria, levando a família. Lá iniciou-se Freitas nas artes, matriculando-se com 12 anos na disciplina de Desenho Histórico da Academia Portuense de Belas-Artes, na cidade do Porto, em Portugal, onde sua família havia se radicado. No período de estudos ganhou um primeiro prêmio em desenho de estátua. Para ampliar seus horizontes estudou também Pintura, Arquitetura e Escultura. Teve mestres respeitados, entre eles o pintor Marques de Oliveira, o escultor Soares dos Reis[2] e o arquiteto José Sardinha [1].

Retorno ao Brasil

Com a morte dos pais, em fins de 1893 voltou ao Rio Grande do Sul e ali permaneceu até 1895, trabalhando em Porto Alegre como ilustrador do periódico A Semana Cômica, e pintando um pano de boca para o Theatro São Pedro, obra que lhe valeu um longo elogio em A Federação, o principal jornal governista. No entanto, segundo Athos Damasceno, por alguma razão obscura o mercado local não se abriu para um reconhecido talento e ele passou por dificuldades. Contudo, ele mesmo reconhecia que ainda precisava de aprimoramento. Então o artista mudou-se para o Rio de Janeiro, matriculando-se na Escola Nacional de Belas Artes e sendo aluno de Henrique Bernardelli e outros. Seu progresso foi rápido, em poucos meses conquistando um prêmio de desenho de modelo vivo, mas suas finanças continuavam precárias. Para manter-se empregou-se na equipe de decoração da Igreja da Candelária e dava aulas de desenho em um colégio de Niterói.[2]

Fez uma individual em Porto Alegre em abril de 1897, sendo aplaudido em coro pela crítica, que dizia dele ter se transformado de uma simples promessa em um artista realizado. A crítica também reconheceu nele uma veia original, que buscava um caminho próprio em meio às convenções acadêmicas. De volta ao Rio, no ano seguinte conquistou o cobiçado prêmio de Viagem ao Exterior da Escola Nacional, que lhe dava o direito de estudar por dois anos nas melhores academias da Itália com uma pensão paga pelo governo, sendo muito festejado na imprensa do Rio e do Rio Grande, que assinalou sua determinação de superar todos os obstáculos que se interpuseram em seu caminho. No entanto, apesar da fama, as encomendas não apareceram.[2]

Sem esperanças de prosperar no Brasil, aproveitando a oportunidade de partir dada pelo prêmio, radicou-se em Roma, onde residiu até o fim da vida, expondo em várias cidades italianas, em Portugal e na Argentina. Pintou a cúpula do pavilhão da representação brasileira na Exposição Universal de 1911 em Turim. Enviaria suas obras muitas vezes para exposições no Brasil em várias cidades e faria várias visitas ao país. Ganhou medalha de prata no Salão da Escola Nacional de 1901, medalha de ouro na Exposição do IV Centenário do Descobrimento e medalha de outo concedida pelo Departamento de Turismo da Itália.[2]

Numa das visitas a Porto Alegre, por volta de 1903 expõe no Clube do Comércio de Porto Alegre[3] e entre 1917 e 1918, deu aulas no Instituto de Belas Artes.

Entre 1923 e 1925 pintou duas telas monumentais para o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, destinadas para o Palácio Piratini, e hoje instaladas no Instituto de Educação General Flores da Cunha: Combate da Ponte da Azenha e A chegada dos primeiros açorianos, consideradas suas obras-primas. A primeira retrata o episódio que deu início à Guerra dos Farrapos em 1835, quando a tropa dos chamados farroupilhas ataca a força militar que guarda a ponte. A segunda obra aborda o início da colonização portuguesa em Porto Alegre [1].

Em 1919 retorna a Roma e trabalhou como funcionário da Embaixada do Brasil [4].

Dono de extraordinária vitalidade, pintou e fez grandes exposições até pouco antes de falecer em 1962.[2]

Obras

  • Paisagem, óleo sobre cartão [5]
  • Aspecto e Figura, aquarela [5]
  • Ângulo de Jardim, aquarela [5]
  • Vargem Alegre, aquarela [5]
  • Ermida, óleo sobre tela [5]
  • Procissão, óleo sobre tela [5]

Ver também

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 Cultural, Instituto Itaú. «Luiz de Freitas». Enciclopédia Itaú Cultural (em português). Consultado em 14 de junho de 2020 
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 Damasceno, Athos. Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. Globo, 1971, pp. 363-370
  3. «FREITAS, Augusto Luiz de — acervoartes». www.ufrgs.br. Consultado em 14 de junho de 2020 
  4. «FREITAS, Augusto Luíz de». www.brasilartesenciclopedias.com.br. Consultado em 14 de junho de 2020 
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 On, Suporte. «Obras de Arte de Augusto Luis de Freitas». Catálogo das Artes (em português). Consultado em 14 de junho de 2020 

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