Roots | |||||||
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Roots1996.jpg | |||||||
Álbum de estúdio de Sepultura | |||||||
Lançamento | 20 de fevereiro de 1996 | ||||||
Gravação | Outubro - dezembro de 1995 no Indigo Ranch em Malibu, Califórnia | ||||||
Gênero(s) | Predefinição:Hlist | ||||||
Duração | 72:09 | ||||||
Gravadora(s) | Roadrunner Records | ||||||
Produção | Ross Robinson | ||||||
Cronologia de Sepultura | |||||||
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Roots é o sexto álbum de estúdio da banda brasileira de heavy metal Sepultura, lançado em 1996. Continuando o caminho delineado em Chaos A.D., Roots apresenta extensas influências de música brasileira, sendo sua principal característica o uso de percussão tribal.[1][2] O álbum também apresenta influências do então nascente gênero nu metal, com o uso proeminente de guitarras em afinação baixa[1] e riffs rítmicos e sincopados, ao contrário das influências industriais apresentadas em Chaos A.D..
Músicos diversos colaboraram na produção de Roots, incluindo Carlinhos Brown, Mike Patton do Faith No More, David Silveria e Jonathan Davis do Korn, além de DJ Lethal do Limp Bizkit. Algumas músicas foram gravadas numa tribo Xavante e contaram com o auxílio dos indígenas nas vocalizações.
Roots é o último disco do grupo a contar com o vocalista e guitarrista original Max Cavalera.
Roots foi lançado para aclamação da crítica especializada, sendo considerado o 57° melhor disco da música brasileira pela edição brasileira da revista Rolling Stone.[3] Além disso, tornou-se o disco mais vendido do Sepultura com mais de 500,000 cópias vendidas apenas nos Estados Unidos[4] e referência para bandas do gênero nu metal.[5][6][7] Em 2016, quando completou vinte anos, havia vendido mais de 2 milhões de cópias no total.[1]
Contexto e visita aos xavantes
“Foi um choque cultural para os dois lados. Mas foi tudo muito tranquilo, bom para todas as partes, porque todos deram o coração e se empenharam para fazer daquela uma boa experiência. Eles nos falaram que tinham esse sonho, de gravar com os índios e queriam uma música que fosse bonita e forte. Mostramos nossas músicas de cura. Mostramos uma, que ouviram várias vezes e não gostaram. Na segunda, sentiram que podia fazer um arranjo, colocar um ritmo legal e foi assim que gravamos.[1]”
No disco anterior do Sepultura, Chaos A.D., a banda já experimentava com elementos de música indígena, mais precisamente na faixa "Kaiowas". A ideia de trabalhar com uma tribo indígena cresceu na banda, e ganhou força após o vocalista e guitarrista Max Cavalera assistir o filme Brincando nos Campos do Senhor (particularmente a cena em que o personagem de Tom Berenger salta de paraquedas em uma aldeia).[1]
Depois de convencer a gravadora Roadrunner Records a apoiar o projeto, Max conversou com a jornalista Angela Pappiani, do Núcleo de Cultura Indígena. A ideia era trabalhar com os caiapós, mas após Max ser avisado de que eles não eram muito pacíficos, a banda escolheu os xavantes, após ouvirem uma música deles num festival em Nova Iorque. Todo o processo entre abordar a gravadora e realizar a visita de fato levou quase um ano.[1]
Angela apresentou o som do Sepultura à tribo, que aceitou então recebê-los. Acompanhada pelo produtor Ross Robinson, a banda embarcou para Goiânia, de onde seguiu para a região de Camarana, no Mato Grosso em novembro de 1995. A visita durou três dias e os integrantes imergiram na cultura local, tendo seus corpos pintados, comendo a comida dos índios e tomando banho de rio.[1]
A visita resultou na gravação da faixa "Itsári" (que, assim como o título do álbum, significa "raízes"[1]). A performance dos índios foi capturada com um gravador de oito canais alimentado com bateria de caminhões, uma vez que não havia energia elétrica no local.[1]
Segundo Angela e o líder da tribo, Cipassé, Roots ajudou a dar projeção à tribo, que passou a ser reconhecida pelo seu nome específico e não apenas como "índios". Angela afirma que a busca por informações e produtos artísticos dos xavantes cresceu após a colaboração deles com a banda.[1]
Faixas
Todas as letras escritas por Max Cavalera, exceto onde anotado. Todas as músicas compostas por Sepultura (banda), exceto onde anotado.
Predefinição:Lista de faixas Predefinição:Lista de faixas
Músicas promocionais de 25 anos
- "Procreation (Of the Wicked)" (cover do Celtic Frost) – 3:39
- "Mine" (com Mike Patton) – 6:25
- "War" (cover do Bob Marley) – 6:40
- "Lookaway" (Mixagem de Master Vibe) – 5:36
- "Mine" (Mixagem de Andy Wallace) – 7:58
- "Dusted" (Demo) – 4:27
- "Roots Bloody Roots" (Demo) – 3:32
- "R.D.P." (Demo) – 1:15
- "Untitled" (Demo) – 4:14
- "Attitude" (Ao Vivo no Ozzfest) – 5:37
- "Roots Bloody Roots" (Mixagem 1 de Megawatt) – 4:01
- "Roots Bloody Roots" (Mixagem 2 de Megawatt) – 4:08
Recepção
Predefinição:Críticas profissionais
Em sua revisão do álbum publicada ao comentar Dia Mundial do Rock 2022, Regis Tadeu disse que os temas das letras de todas as músicas do disco "continuam assombrosamente atuais".[8]
Créditos
Sepultura
- Max Cavalera - vocal, guitarra
- Andreas Kisser - guitarra
- Paulo Jr. - baixo, percussão
- Igor Cavalera - bateria, percussão, timbau, djembê
Participações
- DJ Lethal - Scratch em Lookaway
- Jonathan Davis - vocais em Lookaway
- Mike Patton - vocais em Lookaway
- Carlinhos Brown - vocais, Berimbau, Timbau, Wood Drums, Djembê, Xequerê e Surdo em Ratamahatta
- David Silveria - bateria em "Ratamahatta"
Ficha técnica
- Produção: Ross Robinson
- Co-Produção: Sepultura
- Mixagem: Andy Wallace
- Capa: Michael R. Whelan