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Aruaques |
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Mulher aruaque' usando kweyou, espécie de tanga tecida com sementes, e adornos, destacando-se uma placa de prata no nariz (gravura de 1839, por P.J. Benoît) |
População total |
Regiões com população significativa |
América do Sul |
Línguas |
línguas aruaques, língua guarani, língua castelhana, língua portuguesa |
Religiões |
Aruaques, também conhecidos como aravaques e arauaques, são numerosos grupos indígenas da América cujas línguas pertencem à família linguística aruaque (de arawak, "comedor de farinha"). São encontrados em diferentes partes da América do Sul - Bolívia, Brasil, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Venezuela e Antilhas.[1]
No tronco linguístico aruaque (arahuaco em espanhol; aportuguesado como "aruaque"), estão catalogadas 74 línguas de vários povos indígenas do Brasil, dentre as quais a língua tariana, a língua palicur, a língua baníua, a língua terena e a língua iaualapiti.
No fim do século XV, os aruaques encontravam-se dispersos pela Amazônia, nas Antilhas, Bahamas, na Flórida e nos contrafortes da Cordilheira dos Andes. Os grupos mais conhecidos são os Tainos, que viviam principalmente na ilha de Hispaniola, em Porto Rico e na parte oriental de Cuba. Os que povoavam as Bahamas foram chamados lucaianos (lukku-cairi ou "povo da ilha").
Trata-se de populações neolíticas praticantes da agricultura, da pesca e da coleta. Produziam também uma cerâmica extremamente rica em adornos e pinturas brancas, negras e amarelas. As populações ameríndias das Antilhas não conheciam a escrita.
Aruaques na Era Pré-Colombiana
As línguas aruaques podem ter surgido no vale do rio Orinoco. Subsequentemente, elas se espalharam amplamente, tornando-se de longe a família de idiomas mais extensa da América do Sul na época do contato europeu, com falantes localizados em várias áreas ao longo dos rios da bacia do Orinoco e dos Amazonas.
Michael Heckenberger, um antropólogo da Universidade da Flórida que ajudou a fundar o Projeto Amazônia Central, e sua equipe encontraram cerâmica elaborada, aldeias circunvizinhas, campos elevados, grandes montes e evidências de redes comerciais regionais que são todos indicadores de uma cultura complexa. Há também evidências de que eles modificaram o solo usando várias técnicas, como a queima deliberada de vegetação para transformá-lo em terra negra, que até hoje é famosa por sua produtividade agrícola. Segundo Heckenberger, a cerâmica e outros traços culturais mostram que essas pessoas pertenciam à família de línguas aruaques.[2]
Contato com os europeus e genocídio
Os aruaques foram os primeiros ameríndios a ter contato com os europeus. Quando Cristóvão Colombo chegou às Bahamas, o navio atraiu a atenção dos nativos que, maravilhados, foram ao encontro dos visitantes, a nado. Quando Colombo e seus marinheiros desembarcaram, armados com suas espadas e falando uma língua estranha, os aruaques lhes trouxeram comida, água e presentes. Mais tarde, Colombo escreverá em seu diário de bordo: Página Predefinição:Quote/styles.css não tem conteúdo.
Eles nos trouxeram papagaios, trouxas de algodão, lanças e muitas outras coisas que trocaram por contas de vidro e guizos. Trocavam de bom coração tudo o que possuíam. Eram bem constituídos, com corpos harmoniosos e feições graciosas. [...] Não usavam armas, que não conheciam, pois quando lhes mostrei uma espada, tomaram-na pela lâmina e se cortaram, por ignorância. Não conheciam o ferro. As lanças são feitas de cana. Dariam bons criados. Com cinquenta homens, poder-se-ia submeter todos eles e fazer deles o que se quisesse.
Colombo, fascinado por essa gente tão hospitaleira, escreverá, ainda: Página Predefinição:Quote/styles.css não tem conteúdo.
Desde que cheguei às Índias, na primeira ilha que encontrei, peguei alguns indígenas à força para que eles aprendam e possam me dar informações sobre tudo o que poderíamos encontrar nestas regiões.[3]
Ver também
Referências
Bibliografia
- Jan Rogoziński, A brief history of the Caribbean : from the Arawak and the Carib to the present, New York, Facts on File, 1999, ISBN 0816038112(em inglês)
- Howard Zinn, Une histoire populaire des Etats-Unis : de 1492 à nos jours, Editions Agone, 2002.(em francês)
- Schmidt Max Os Aruaques. Uma contribuição ao estudo do problema da difusão cultural Disponível em.pdf (Dez. 2010)
Ligações externas
- 2.2.Distribuição da população ameríndia
- Caraibes / Arawaks Conférence de Benoît BERARD (Université des Antilles et de la Guyane) (em francês)
- Site du Musée de Fort de France (em francês)
- Photo d'un tambour tubulaire arawak
- Arawak - Joshua Project (em inglês)
- Les familles amérindiennes en Amérique du Sud (em francês)
- The Arawaks (em inglês)