Arrelia | |
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Nome completo | Waldemar Seyssel |
Nascimento | 31 de dezembro de 1905[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Jaguariaíva, PR |
Nacionalidade | brasileiro |
Morte | 23 de maio de 2005 (99 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Rio de Janeiro, RJ |
Ocupação | ator, humorista e palhaço |
Waldemar Seyssel, mais conhecido como Arrelia (Jaguariaíva, 31 de dezembro de 1905 — Rio de Janeiro, 23 de maio de 2005), foi um ator , humorista e palhaço brasileiro. Trabalhou em alguns filmes como ator, sem se caracterizar de palhaço: Suzana e o Presidente (1951) e Modelo 19 (1950).
Biografia
As matinês do circo do palhaço Arrelia e posteriormente o "Cirquinho do Arrelia" da TV Record (de 1955 a 1966) fizeram parte do cotidiano da família paulistana. Deixou como marca registrada nessa cidade o popular bordão "Como vai, como vai, como vai? Eu vou bem, muito bem...bem...bem!", a qual se tornaria o refrão de uma música em ritmo de Marcha (música) Marcha cantada por ele.
Waldemar Seyssel veio de uma família que se confunde com a história do circo no Brasil. Começou a atuar com seis anos de idade, no circo chileno de seu tio, irmão de sua mãe.
Sua família começou a se dedicar ao circo a partir do avô paterno – Julio Seyssel, que sempre morou na França. Era professor da Sorbonne, quando conheceu uma jovem espanhola, artista de um circo que excursionava pelo país. Fazia acrobacias em cima do cavalo e Júlio apaixonou-se por ela.
Sua família não queria o casamento, mas os dois resolveram se casar mesmo assim. Júlio deixou o cargo de professor e foi morar no circo. Tornou-se apresentador de números circenses. O casal acabou vindo para o Brasil com o Grande Circo inglês dos Irmãos Charles e ao invés de prosseguir com a excursão para outros países, ficou por aqui mesmo, dando origem a uma linhagem circense: filhos e netos, dedicados a arte circense. Arrelia tem mais cinco irmãos que foram do circo. O palhaço Pimentinha, Walter Seyssel é filho de Paulo Seyssel, o palhaço Aleluia, irmão de Arrelia.
Depois de longos anos de trabalho dentro do circo, ele resolveu trocar o picadeiro pela televisão. Foi o primeiro da sua família a abandonar o circo pois falava que o circo não dava dinheiro suficiente para viver. Em 1958, foi a vez de seus irmãos entrarem na TV e foram trabalhar com ele na TV Record.
Waldemar Seyssel começou em circo, saltando, passando depois pelo trapézio, pela cama elástica e em outras acrobacias, com seus dois irmãos, Henrique e Paulo. Mas quando o pai cansado deixou o circo, substituiu o nome artístico, usando o apelido de família que seu tio Henrique lhe dera: Arrelia. Seu primeiro parceiro foi o ator Feliz Batista, que fazia o palhaço de cara branca, vindo depois o irmão Henrique Sobrinho. Finalmente, quando trocou o circo pela televisão em 1953, teve como parceiro o palhaço Walter Seyssel Pimentinha, seu sobrinho.
Caracterização do palhaço Arrelia
Ele próprio diz ser um palhaço bem diferente. Alto e desengonçado, quando todos os palhaços excêntricos são baixos, sem sapatos de bicos imensos e finos e sem bengalas compridas, falando difícil sem saber e errando sempre. Enfim, é um tipo de rua, "um misto de gente que encontrei no circo, teatro, cinema, TV e na própria rua. Um tipo que vai indo aos trambolhões, mas vai indo, mesmo sem instrução e metido a sebo" *, fala Arrelia. Ele acredita muito no estudo acurado do personagem que vai representar e que o sucesso depende muito disso.
Definindo-se como palhaço fora de órbita, Arrelia cita grandes nomes da sua arte: Eduardo Neves, Benjamim de Oliveira, Polidoro, Caetano Namba, Serrano, Alcebíades e Henrique Seyssel, seu irmão e parceiro.
Tudo bem
Arrelia popularizou a marcha "Tudo bem", de autoria dele Manoel Ferreira e Antônio Mojica. O refrão usa seu conhecido bordão. A marcha pode ser ouvida em um dueto de Arrelia e Berta Loran no filme "O Barbeiro que se Vira" de 1958.
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"Como vai? Como vai? Como vai? ain
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Como vai? Como vai, vai, vai?
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Eu vou bem! Eu vou bem! Eu vou bem!
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Muito bem! Muito bem! Bem! Bem!
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Você vai bem?
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Eu vou também!
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E ele como é que vai?
Vai muito bem, muito bem, bem, bem
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Como vai? Como vai? Como vai?
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Como vai? Como vai, vai, vai?
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Eu vou bem! Eu vou bem! Eu vou bem!
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Muito bem! Muito bem! Bem! Bem!"
Cinema
- 1947 - O Palhaço Atormentado
- 1950 - Modelo 19
- 1951 - Susana e o Presidente[1]
- 1953 - O Homem dos Papagaios [2]
- 1953 - Destino em Apuros [3]
- 1954 - A Sogra, como Padre
- 1955 - Carnaval em Lá Maior, como Cozinheiro
- 1957 - Na Corda Bamba ....Arrelia
- 1958 - O Barbeiro que se Vira - Arrelia[4]
- 1962 - Pluft O Fantasminha .... Taberneiro
- 1985 - As aventuras do Garoto Abandonado - Coronel Joaquim
Ver também
Referências
- ↑ Cinemateca Brasileira, Susana e o Presidente [em linha]
- ↑ «FILMOGRAFIA - O HOMEM DOS PAPAGAIOS». bases.cinemateca.gov.br. Consultado em 11 de fevereiro de 2019
- ↑ «FILMOGRAFIA - DESTINO EM APUROS». bases.cinemateca.gov.br. Consultado em 11 de fevereiro de 2019
- ↑ Cinemateca Brasileira, O Barbeiro que se Vira [em linha]
Bibliografia
- Seyssel, Waldemar (o Arrelia) - Arrelia e o Circo. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1997.
- Seyssel, Waldemar - O menino que queria ser palhaço. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1992.
- Seyssel, Waldemar - Arrelia, uma autobiografia. São Paulo: Edição Ibrasa – Instituição Brasileira de Difusão Cultural Ltda., 1997.