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Carequinha (palhaço)

Carequinha
Carequinha (palhaço).jpg
George Savalla Gomes, o Palhaço Carequinha.
Nome completo George Savalla Gomes
Nascimento 18 de julho de 1915[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Rio Bonito, RJ
Morte 5 de abril de 2006 (90 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
São Gonçalo, RJ
Nacionalidade brasileiro
Ocupação ator e palhaço
Religião católico

George Savalla Gomes (Rio Bonito, 18 de julho de 1915[1]São Gonçalo, 5 de abril de 2006), mais conhecido pelo nome Carequinha, foi um dos mais notórios palhaços brasileiros.

Biografia

Carequinha nasceu em uma família circense, na cidade de Rio Bonito, interior do estado do Rio de Janeiro. Seus pais eram os trapezistas Elisa Savalla e Lázaro Gomes (George literalmente nasceu no Circo, pois sua mãe grávida estava fazendo performance de trapézio quando entrou em trabalho de parto em pleno picadeiro). Deu início à sua carreira como palhaço Carequinha aos cinco anos de idade, no circo de sua família, quando este estava em apresentação em Carangola, cidade do interior do estado de Minas Gerais. Aos doze era palhaço oficial do Circo Ocidental, pertencente ao seu padrasto.

Em 1938, estreou como cantor na Rádio Mayrink Veiga no Rio de Janeiro, no programa Picolino.

Já na televisão brasileira teve como marco o fato de ter sido o primeiro palhaço a ter um programa, o "Circo Bombril" (posteriormente rebatizado "Circo do Carequinha"), programa que comandou por 16 anos na TV Tupi nas décadas de 1950 e 1960.

Ainda nos anos 1960, num dia de domingo, Carequinha fez um programa na TV Piratini de Porto Alegre. O produtor do programa o abordou dizendo "os gaúchos conhecem o Carequinha devido ao programa do Rio de Janeiro transmitido em rede. Mas eles querem você ao vivo aqui no Rio Grande do Sul. Queremos fazer seus programas todos os domingos", afirmou. Carequinha, então, entrou em contato com um empresário chamado Nelson e depois do encerramento de cada programa dominical, às 16 horas, saía para as mais diversas cidades gaúchas, como Caxias do Sul, São Leopoldo, Uruguaiana e até Rivera, no Uruguai, para apresentar o seu circo até terça-feira, quando retornava para o Rio de Janeiro, a realizar o seu programa na TV Tupi, nas quintas-feiras. Aos sábados, apresentava o seu circo na TV Curitiba.

Assim, era comum no final do programa anúncios como "Alô garotada de Uruguaiana, Carequinha e o seu circo estarão aí…". O palhaço e a sua trupe (Fred, Zumbi, Meio Quilo, Zé Linguiça e cia.) costumavam se hospedar em Porto Alegre no antigo Hotel Majestic, hoje a [Casa de Cultura Mário Quintana]. O vendedor e representante da Copacabana Discos (gravadora do Carequinha) em Porto Alegre, o Jajá (Jairo Juliano), foi convidado por Carequinha a ser o apresentador do seu programa nessa época.

Carequinha também apresentou o seu circo na TV Gaúcha, que foi o embrião da Rede Brasil Sul de Comunicações (RBS) e finalmente, na TV Difusora (pioneira na transmissão ao vivo de um evento nacional em cores: A Festa da Uva, 1972) anunciando os desenhos animados da garotada, além de apresentar nas tardes de sábado o programa americano "O Circo".

Vale destacar que Carequinha, participante do início da TV Tupi – Rio, também estava no estágio final da citada televisão com o programa local, "O Circo do Carequinha".

Em 1976 o cineasta Roberto Machado Junior fez um documentário sobre Carequinha. O filme pode ser visto no YouTube.

Nos anos 1980, apresentou um programa infantil chamado Circo Alegre, na extinta TV Manchete. O Circo Alegre tinha a assistência da ajudante Paulinha e das professoras da Escola de Dança Sininho de Ouro, de Niterói (RJ). Na TV Manchete, ele gravava um programa de oito horas por dia para uma semana inteira e a empresária Marlene Mattos era a sua assessora. Após dois anos e meio de "Circo Alegre", com a saída de Carequinha, as características fundamentais do seu programa foram incorporados pelo de Xuxa, O "Clube da Criança". "Eu inventei essas brincadeiras com crianças, tão comuns hoje nos programas infantis. Eu as pegava para dar cambalhota, rodar bambolê, calçar sapatos, vestir paletó primeiro, brincadeiras com maçã e furar bolas", conta o palhaço.

Na Globo, participou do programa Escolinha do Professor Raimundo e da novela As Três Marias.

Seu último trabalho na televisão foi na Rede Globo, com uma participação na minissérie Hoje é dia de Maria em 2005.

Morte

Aos noventa anos, em 5 de abril de 2006, morreu em sua casa em São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro. Durante a madrugada, ele queixou-se de falta de ar e dores no peito, e morreu antes de receber atendimento médico. Foi sepultado no dia seguinte, no cemitério de São Miguel, na mesma cidade. Seu terno colorido, com o qual sempre se apresentava em seus espetáculos, foi também posto no caixão e assim enterrado juntamente com o corpo do artista. O local tem grande valor simbólico, pois neste cemitério estão a maior parte das 503 vítimas da tragédia do Gran Circus Norte-Americano.

Durante anos, o artista expressou publicamente (em entrevistas para jornais e para a televisão) sua intenção de ser enterrado com a cara pintada - segundo ele, para "alegrar os mortos". Seu desejo não foi atendido pela família, que exigiu que ele fosse enterrado com o rosto limpo. No entanto, permitiram que ele fosse sepultado vestindo uma roupa de palhaço.

Filmografia

Na Televisão

No Cinema

Ver também

Referências

  1. Antonio Leao da Silva Neto (1998). Astros e estrelas do cinema brasileiro. São Paulo, Brasil: Edições Loyola. ISBN 85-900595-1-0 
  2. http://www.infantv.com.br. «InfanTv - A Máquina do Tempo rumo à sua infância» (em português). Consultado em 11 de fevereiro de 2019 
  3. «CIRCO BOMBRIL». www.mofolandia.com.br. Consultado em 11 de fevereiro de 2019 

Bibliografia

  • ANVERSA, Marcus V. A. "Carequinha, um dos Heróis Pioneiros da Televisão Brasileira", Revista TV Séries, FCF Editora, Porto Alegre, Novembro de 2000.
  • BOLOGNESI, Mario Fernando. Palhaços. São Paulo: Editora Unesp
  • FONSECA, M. A. Palhaço da burguesia. Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade, e suas relações com o universo do circo. São Paulo: Polis, 1979
  • HOMERO, T. Guião Filho. O Circo do Carequinha, Editora Belarmino de Mattos Ltda, São Gonçalo, 1995.
  • LARA, C. de. De Pirandello a Piolim – Alcântara Machado e o teatro no modernismo. Rio de Janeiro: Inacen, 1987.
  • PANTANO, A. A. A personagem palhaço: a construção do sujeito. Marília: FFC/Unesp, 2001. Dissertação de mestrado.
  • SPEAIGHT, G. The book of the clowns. Londres: Sidgwick and Jackson, 1980.

Ligações externas

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