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Arquelau de Atenas

Arquelau de Atenas
Pré-socráticos
Nome completo Predefinição:Politônico
Escola/Tradição: Escola Jônica
Data de nascimento: Século V a.C.
Local: Atenas ou Mileto
Principais interesses: filosofia da natureza, moral
Trabalhos notáveis Afirmou que o princípio do Movimento era a separação do quente do frio
Influências: Anaxágoras
Influenciados: Sócrates?, Eurípides?

Arquelau de Atenas (Predefinição:Lang-grc; século V a.C.) foi um filósofo da Grécia Antiga, discípulo de Anaxágoras e a tradição o apresenta como mestre de Sócrates. Além da filosofia da natureza, Arquelau preocupou-se com a moral. Ele afirmou que o princípio do Movimento era a separação do quente do frio, a partir da qual ele procurou explicar a formação da Terra e a criação de animais e humanos.

Há relatos sobre o seu pensamento, por exemplo, na Vida e Doutrina dos Filósofos Ilustres de Diógenes Laércio e na Refutação de Todas as Heresias de Hipólito de Roma.[1]

Vida

Arquelau foi um filósofo da Escola Jônica, apelidado Físico por ter sido o primeiro a ensinar filosofia da natureza em Atenas. Esta afirmação de Diógenes Laércio,[2] é contestada por Clemente de Alexandria,[3] mas os dois podem ser reconciliados supondo que Arquelau tenha sido o primeiro Ateniense a fazê-lo. De acordo com Simplício,[4] que provavelmente obteve a informação de Teofrasto, Arquelau era nativo de Atenas, embora Diógenes Laércio[2] diga que ele é natural de Mileto. Era filho de Apolodoro, ou como alguns dizem, de Mydon, Midon,[5] ou Myson; foi discípulo de Anaxágoras; e é referido que ensinou em Lâmpsaco antes de se ter estabelecido em Atenas. É dito geralmente que ensinou Sócrates e Eurípides. Se tiver sido realmente instrutor de Sócrates, ele nunca foi mencionado por Xenofonte, Platão, or Aristóteles, e esta história pode ter sido apenas uma tentativa de ligar Sócrates à Escola Jónica. Contudo, Diógenes Laércio refere, sob a autoridade de Íon de Quio, um contemporâneo de Sócrates, que Sócrates terá ido com Arquelau numa viagem a Samos.[6] Além disso, alguns estudiosos notaram no relato "autobiográfico" de Sócrates no Fédon de Platão[7] uma referência à teoria de Arquelau sobre a geração e alimentação dos primeiros animais.[8] A tradição que liga Arquelau a Eurípides pode ter surgido da confusão com o patrono de Eurípides, Arquelau, rei da Macedónia.

Filosofia

Anaxágoras, professor de Arquelau

Não sobreviveram quaisquer fragmentos de Arquelau; as suas doutrinas podem ser extraídas a partir de Diógenes Laércio, Simplício, Pseudo-Plutarco, e Hipólito.

Arquelau defendia que o ar e a infinidade são o princípio de todas as coisas, pelo que Pseudo-Plutarco[9] supõe que ele queria dizer ar infinito; e é-nos dito, que por esta afirmação ele pretendia excluir a Mente da criação do mundo.[10] Se assim foi, ele abandonou a doutrina de Anaxágoras no seu ponto mais importante; e parece mais seguro concluir que enquanto ele queria ensinar a noção materialista de que a Mente é formada de ar, ele ainda defendia a Mente infinita como a causa de todas as coisas. Esta explicação tem a vantagem de concordar com Simplício.[4]

Começando com a Matéria primitiva, (idêntica ao ar misturado com a Mente), por um processo de expessamento e afinamento, surgiu o frio e o calor, ou a água e o fogo, um passivo, o outro activo. Arquelau deduziu o movimento a partir da oposição de quente com frio, causada pela vontade da Mente material. Esta oposição separava o fogo e a água, e produziu uma massa viscosa de terra. Enquanto a terra endurecia, a acção do calor sobre a sua humidade deu origem aos animais, que ao princípio eram alimentados pela lama da qual surgiram, e que gradualmente adquiriram o poder de propagar as suas espécies. Os Humanos também apareceram, inicialmente em formas menores. Todos estes animais foram dotados de mente, mas os humanos separaram-se dos outros, e estabeleceram leis e sociedades. Foi apenas a partir deste ponto que ele parece ter passado para a especulação ética, pela proposta de que o certo e o errado não são "por natureza, mas por costume" (em Predefinição:Língua com nome) - um dogma, sugerido a ele possivelmente pelos sofistas contemporâneos.

Das outras doutrinas de Arquelau, ele defendia que a Terra era plana, mas que a superfície deveria estar pressionada em direcção ao centro; pois se estivesse absolutamente ao mesmo nível, o sol deveria nascer e levantar-se em todos os lugares ao mesmo tempo.[11] Ele referiu também que o Sol era a maior das estrelas. Ele explicou a Fala pelo movimento do ar; por causa disto, ele parece ter adoptado as teorias de Anaxágoras.[12]

Referências

  1. Refutação de todas as heresias (em inglês). [S.l.: s.n.]  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda).
  2. 2,0 2,1 Diógenes Laércio, ii. 16
  3. Clemente de Alexandria, Stromata, i.
  4. 4,0 4,1 Simplício, in Phys. Aristot. fol. 6, b.
  5. Suda, Archelaos
  6. Diógenes Laércio, ii. 23
  7. Platão, Fédon, 96b
  8. John Burnet 1911, Plato: Phaedo, p. 100.
  9. Pseudo-Plutarco, Plac. Phil. i. 3.
  10. Stobaeus, Ecl. Phys. i. 1, 2.
  11. Hippolytus, i. 8
  12. Pseudo-Plutarco, Plac. Phil. iv. 19.

Fontes

Ligações externas

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