Ana Maria Magalhães | |
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Nome completo | Ana Maria Portinho Magalhães |
Nascimento | 21 de janeiro de 1950 (74 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | Atriz, diretora de cinema, produtora de cinema e roteirista |
Cônjuge | Nelson Pereira dos Santos (1970-1973) Gustavo Dahl (1973-1981) |
Ana Maria Portinho Magalhães (Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 1950) é uma atriz, diretora de cinema, produtora de cinema e roteirista brasileira. Foi casada com o cineasta Nelson Pereira dos Santos com quem teve um filho e com o cineasta Gustavo Dahl com quem teve dois filhos.
Biografia
Estudou teatro no Conservatório Nacional de Teatro.
Nos dois anos seguintes trabalhou em vários filmes, entre eles Todas as mulheres do mundo (1966), de Domingos de Oliveira, e Garota de Ipanema (1967), de Leon Hirszman, e participou de laboratórios e cursos livres de teatro.
Em 1967 estreou como atriz de teatro profissionalmente no Grupo Oficina, um dos mais importantes e revolucionários grupos teatrais do país.
No mesmo ano, aos dezessete anos, protagonizou o filme O diabo mora no sangue (1967), de Cecil Thiré. Depois vieram muitos outros, como Azyllo muito louco (1969) e Como era gostoso o meu francês (1971); ambos de Nelson Pereira dos Santos; Quando o carnaval chegar (1972), de Carlos Diegues; Uirá - Um índio à procura de Deus (1972), de Gustavo Dahl; Paranoia (1975), de Antonio Calmon; Lúcio Flávio, o passageiro da agonia (1977), de Hector Babenco; Os sete gatinhos (1977), de Neville D'Almeida. Uma de suas atuações mais marcantes foi contracenando com Tarcísio Meira em A Idade da Terra (1980), de Glauber Rocha.
Nos anos 2000, trabalhou no filme O Estranho Caso de Angélica (2010), do aclamado diretor português Manoel de Oliveira, selecionado para a mostra Un Certain Regard no Festival de Cannes de 2010.
Atuou também em novelas de TV como Gabriela (1975), e Saramandaia (1976) da Rede Globo.
Uma das mais atuantes atrizes do cinema brasileiro na década de 70, tornou-se diretora de curtas e longas-metragens nos anos 80.
Como diretora, seu primeiro filme foi Mulheres no Cinema (1977), documentário m 16mm sobre as mulheres cineastas do Brasil. No início dos anos 80, dirigiu o documentário sobre Leila Diniz Já que ninguém me tira para dançar (1982) que se tornou o primeiro vídeo com produção independente a ser exibido pela televisão brasileira.
Dirigiu ainda curtas, como Assaltaram a gramática (1984); Spray Jet (1985); O mergulhador (1985), O bebê (1986) e o média-metragem Mangueira do amanhã (1992).
Sua estreia como diretora no longa-metragem aconteceu com o episódio Final Call, para a produção internacional Erotique (1994).
Em 2002 lançou o longa-metragem Lara, sobre a atriz Odete Lara.
Em 2009 dirigiu Reidy, a construção da utopia, premiado no Int’l Rio de Janeiro Film Festival como Melhor Documentário de Longa-Metragem e em Portugal no Cine Eco Seia - Prêmio Pólis, em 2010.
Dirigiu a série em cinco episódios O Brasil de Darcy Ribeiro (2014) que recebeu o prêmio de Melhor Série Documental pela TAL TV - Televisión de America Latina em 2014.
Filmografia
- Na Televisão
Ano | Título | Personagem |
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1993 | Renascer | Marianinha |
1989 | Top Model | Mercedes |
1982 | Elas por Elas | Analice |
1980 | Rosa Baiana | Natália |
1976 | Saramandaia | Dalva |
1975 | Gabriela | Glória |
1970 | O Bofe | Ana |
No cinema
- Como atriz
Ano | Título | Personagem |
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2015 | Cordilheiras, a Fúria do Fogo Bárbaro | Ela mesma |
2010 | O Estranho Caso de Angélica | Clementina |
1992 | Oswaldianas | Líder Sindical |
1990 | Real Desejo | Gilda de Oliveira |
1988 | Brasília - A Última Utopia | Tia Neiva[1] |
1984 | Tensão no Rio | Sandra |
1983 | Os Trapalhões na Serra Pelada | Anaí |
1981 | A Idade da Terra | Aurora Madalena |
1980 | Os Sete Gatinhos | Aurora |
1977 | Anchieta, José do Brasil | |
Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia | Janice | |
1976 | Paranóia | Lurdes |
1975 | Amantes, Amanhã Se Houver Sol | Simone |
As Deliciosas Traições do Amor | Palmira[2] | |
1973 | Sagarana, o Duelo | |
Joanna Francesa | Amiga do Bordel | |
1972 | Um índio à Procura de Deus | Katai |
Quando o Carnaval Chegar | Virgínia | |
Como Era Gostoso o Meu Francês | Seboipep | |
Os Devassos | Hippie | |
Minha Namorada | ||
1971 | O Doce Esporte do Sexo | Nairzinha |
Mãos Vazias | Ana | |
Azyllo Muito Louco | Prima do Costa | |
1968 | O Diabo Mora No Sangue | Maria |
1967 | Garota de Ipanema | Amiga[3] |
Todas as Mulheres do Mundo | Garota[4] |
- Como diretora
- Mangueira em Dois Tempos - 2021
- O Brasil de Darcy Ribeiro - 2014
- Reidy, a construção da utopia - (2009)
- Lembranças do futuro - (2005)
- Lara - (2002)
- Erotique (episódio "Final Call") - (1994)
- Mangueira do Amanhã - (1992)
- O Bebê - (1987)
- O mergulhador - (1985)
- Spray Jet - (1985)
- Assaltaram a Gramática - (1984)
- Já Que Ninguém Me Tira pra Dançar - (1982)
- Mulheres de Cinema (média-metragem) - (1977)
Premiações
- Prêmio de atriz revelação da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1972).
- Em 1975, arrebatou o Kikito de melhor atriz por sua atuação em Uirá, um Índio em Busca de Deus, de Gustavo Dahl.)
- Prêmio Especial do Júri do Festival de Cinema de Gramado (1980).
- Na Jornada de Curta Metragem de Salvador como melhor filme experimental com Assaltaram a gramática (1984).
- Melhor direção no I Festival Nacional de Caxambu (1984) com Assaltaram a gramática.
- Melhor direção no II Festival Nacional de Caxambu (1985) com Spray Jet.
- Prêmio do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (1987) com o vídeo Já Que Ninguém Me Tira pra Dançar.
- Prêmio especial do júri do Festival de Cinema de Brasília com O bebê (1987).
- Menção Honrosa (Margarida de Prata) pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por Mangueira do Amanhã.
- 5° Prêmio Vídeo Memória do Rio pela Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro por Mangueira do Amanhã.
- Melhor Música, Melhor Som e Melhor Direção de Arte no Festival de Varginha (2003) com Lara.
- Prêmio Urbanidade pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (2005) por Lembranças do Futuro.
- Melhor Documentário de Longa-Metragem do Int’l Rio de Janeiro Film Festival (2009) por Reidy, a construção da utopia.
- Prêmio Pólis do Cine Eco Seia, Portugal (2010), com Reidy, a construção da utopia.
- Melhor Série Documental pela TAL TV - Televisión de America Latina (2014) com O Brasil de Darcy Ribeiro.
Referências
- ↑ «Brasília: A Última Utopia». Cinemateca Brasileira. Consultado em 7 de dezembro de 2017
- ↑ «Deliciosas Traições do Amor». Cinemateca Brasileira. Consultado em 7 de dezembro de 2017
- ↑ «Garota de Ipanema». Cinemateca Brasileira. Consultado em 25 de abril de 2018
- ↑ Cinemateca Brasileira Todas as Mulheres do Mundo [em linha]