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Adúlis

Predefinição:Info/Sítio arqueológico

Adúlis[1] (em musnade:𐩱 𐩵 𐩡 𐩪, em etíope: ኣዱሊስ,[2] Predefinição:Lang-grc [3]) é um sítio arqueológico localizado na região de Semien-Keih-Bahri, na Eritreia,em frente ao arquipélago de Dalaque,[4] a uns 50 km da moderna cidade de Maçuá.

Histórico

Adúlis foi o porto do Império de Axum, um importante reino da costa do Mar Vermelho que floresceu a partir do século I.

O Império de Axum foi um dos estados mais poderosos da região entre o Império Romano do Oriente e a Pérsia, cujo poder estendeu-se do século I ao XIII.[5] Seu auge ocorreu no século IV, quando o território controlado por Axum abrangia parte da atual Etiópia, Eritreia, o sul do Egito e parte da Arábia, no sul do atual Iêmem.[5] O economia do Império era muito dependente do comércio marítimo, realizado através do porto de Adúlis, com rotas que chegavam até o Ceilão.[5] Segundo o autor grego anonimo do Périplo do Mar Eritreu, datado do século I, Adúlis exportava escravos, marfim e cornos de rinoceronte.[6] Relações comerciais foram mantidas com o Egipto (então uma província romana) desde o século I e com a Índia a partir do século III; o comércio continuou com o Egipto, Síria e o Império Bizantino até o século VII.[6] O fim do Império de Meroé, por volta de 320, pode estar relacionado ao crescimento de Axum, que com isso pôde redirecionar o comércio de marfim do rio Nilo ao porto de Adúlis.[6]

Em 451 um bispo de Adúlis participou do Concílio de Calcedónia no qual surgiu o cisma que criará as Igrejas ortodoxas orientais.[4] Cosme Indicopleustes passou por Adúlis no início do reinado de Justiniano (518-527), quando Elesbão (Kaleb Ella Asbeha), negus (rei) dos axumitas, estava se preparando para invadir o Iêmen em resposta à perseguição dos cristãos himiaritas de Najran (novembro de 523).[4]

Entre 702 e 715, o Império de Axum foi acossado pelos árabes muçulmanos vindos do Norte.[6] A frota axumita de navios foi destruída e Adúlis foi tomada pelos árabes, o que contribui muito para a dissolução do Império e ao gradativo abandono de Adúlis.[6]

Ver também

Referências

  1. «Dicionário Toponímico» (em English). Consultado em 14 de agosto de 2014 
  2. «ኣዱሊስ – ጥንታዊት ወደብ ኤርትራ (Adulis - antigo porto da Eritreia)». Eriswiss. Consultado em 30 de janeiro de 2020 
  3. Stephanus of Byzantium, Ethnica, §A26.18
  4. 4,0 4,1 4,2 Bowersock, G.L.; Brown, P.; Grabar, O.; Robin, C. J. (1999). «Late Antiquity.». A Guide to the Postclassical World. Belknap Press of Harvard University Press, p. 277 (em English). ISBN 9780674511736 
  5. 5,0 5,1 5,2 Akxum no sítio da UNESCO
  6. 6,0 6,1 6,2 6,3 6,4 Dumper, Michael; Stanley, Bruce E. (2007). Cities of the Middle East and North Africa:. A Historical Encyclopedia (em English). [S.l.]: ABC-CLIO, pp. 18-21. ISBN 978-1-57607-919-5 

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