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Freguesia | ||||
Localização | ||||
Localização no município de Monção | ||||
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Coordenadas | ||||
Região | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Região | |||
Município | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Concelho | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Presidente | Rica Mota Jr | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 8,89 km² | |||
População total (2011) | matavacas hab. | |||
Densidade | auto hab./km² | |||
Sítio | www.jf-abedim.com |
Abedim é uma freguesia portuguesa do município de Monção, distrito de Viana do Castelo, com 8,89 km² de área e 205 habitantes (2011)[1]. A sua densidade populacional é 23,1 h/km². Dista 22 km da sede do concelho.
Sobre os montes circundantes desta localidade existem vestígios de uma torre antiquíssima, a cuja edificação presidem várias lendas, esta torre foi mandada demolir no século XV. O Castelo da Pena da Rainha foi classificado como sítio de interesse público em Outubro de 2020.
História
Abedim era, em 1747, uma freguesia do termo de Monção. No secular obedecia à Comarca de Viana, e no eclesiástico à de Valença. Pertencia ao Arcebispado de Braga, e à Província do Minho. Tinha 156 fogos, e o seu donatário era Gastão José da Câmara Coutinho, como donatário da Casa de Pico de Regalados.
A situação desta freguesia era nas faldas de um monte, do qual se viam muitas terras e freguesias, como eram, entre outras, as seguintes: São Miguel da Barroca, Santa Maria de Moreira, São João de Longos-Vales, e Santa Eulália de Lara.
A igreja paroquial estava fora do povoado, com suas casas de residência junto a ela, e o seu orago era Nossa Senhora da Conceição. Tinha quatro altares, a saber: o altar-mor, o de Nossa Senhora do Rosário, o de São Sebastião, e outro das almas, com sua Irmandade. O pároco era abade, o qual além dos frutos da freguesia, tinha a metade dos frutos da igreja de Santo André das Faias, que era sua anexa; e a outra metade ficava para um benefício simples, que havia na igreja, e renderia trinta mil reis. Havia mais outro benefício simples, que tinha alguns dízimos próprios, e além dos quais comia a sexta parte da Igreja, o qual poderia render trinta mil reis; e tirado tudo isto, poderia a Igreja render trezentos mil reis.
Havia nesta freguesia duas ermidas: Uma de São Mamede, e outra de São Martinho. Os frutos que colhia eram centeio, milho grosso e vinho verde.
Nesta paróquia havia um monte não muito grande, que ficava entre Coura e os moradores de Monção, no qual havia uma coisa digna de admiração; e era que, a pouca distância desta Igreja para a parte do monte, perto de um castanhal, se viam assim que anoitecia duas luzes, que permaneciam até sair a aurora. Eram muito celebradas neste Reino, e no de Galiza, e se divisavam de muitas léguas; e quanto mais ao longe eram vistas, mais claras e resplandecentes se manifestavam. Porém, querendo algumas pessoas indagar de perto a causa e origem destas luzes, era constante que nunca o puderam conseguir; porque ao mesmo tempo que se iam avizinhando ao sítio em que apareciam, pouco a pouco se diminuíam, até desaparecerem totalmente. E era tradição antiga que sempre apareceram.[2]
Também nesta freguesia, em um sítio fronteiro a este da parte do Norte, havia dois pináculos quase sobre si: Em um deles esteve uma torre muito larga de pedra lavrada, segundo dela se vê, e dos alicerces, que ainda existem, a qual mandou deitar abaixo um abade desta freguesia. No princípio deste pináculo estava uma caverna de pedras naturais, capaz de receber dez homens, coberta por cima pela natureza, e com uma fonte dentro, que corria todo o ano; mais acima tinha outra concavidade pelo mesmo modo com água nativa, capaz de receber dentro duzentos homens, à qual se iam seguindo outras concavidades mais pequenas e sem água. Na parte mais elevada estava a torre, fora da qual se achavam uns caixões de tijolo enterrados na superfície da terra; e junto deles uma pedra rasa, que tinha no meio uma como sepultura, e nela havia água todo o ano; na qual lavando-se os que padeciam chagas, ou feridas, se achavam logo sãos, e livres de toda a moléstia. Era muito custoso subir ao monte aonde a fonte estava; e para se ir acima se ia por umas escadinhas, que estavam feitas na mesma penha; na qual de uma e outra parte se divisavam umas rasgaduras nas pedras, que pareciam ter servido para descanso de algumas traves; do que, e de muitos telhões grossos, que por aquele sítio apareciam, se infere houve em tempo antigo algum edifício nele.
Na falda do mesmo monte para a parte do Poente está a Ermida de São Martinho da Penha, assim chamada por estar encostada a um grande penedo. O altar era sagrado, e toda a casa, como se vê das cruzes que nela se descobriam.
A torre, de que se faz menção, diziam a mandara fazer uma Rainha chamada Isabel, a qual vivendo com seu marido, que era gentio, enfadada disto se veio meter nestas terras; o que vendo seu marido, a veio sitiar na mesma torre em que estava, para a fazer render por falta de mantimento. E neste tempo, querendo o Rei pescar, o não permitiam os mares pela fúria com que andavam; e quanto mais crescia a fúria das ondas, tanto mais nele crescia o desejo de algum peixe. Neste tempo, a Santa Rainha, estando em oração na sua torre, passou uma águia e lhe deitou duas trutas no regaço; e sabendo, por revelação de Céu, o desejo que tinha o Rei de comer peixe, lhas mandou ambas; o qual vendo que a Rainha não podia sair, e por outra parte, que ainda que saísse, as não podia pescar, conheceu que aquilo só podia proceder da Lei em que ela vivia, e por esta causa se converteu. Com a Rainha assistiam treze bispos, que dizem foram os que sagraram a Ermida de São Martinho da Penha; e por esta razão se chama São Martinho da Penha da Rainha. Tudo isto era bem sabido e vulgar nesta freguesia e nos vizinhos, como afirmava a tradição comum de pais a filhos. Fique a fé com seus autores.[3]
População
População da freguesia de Abedim [4] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
536 | 545 | 545 | 548 | 563 | 574 | 484 | 563 | 537 | 524 | 465 | 352 | 311 | 260 | 205 |
Distribuição da População por Grupos Etários | |||||||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | |
2001 | 19 | 36 | 125 | 80 | 7,3% | 13,8% | 48,1% | 30,8% | |
2011 | 17 | 11 | 106 | 71 | 8,3% | 5,4% | 51,7% | 34,6% |
Referências
- ↑ «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)» (em português). Informação no separador "Q601_Norte". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 3 de Março de 2014. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2013
- ↑ Luís Cardoso (Pde.) (1747). Diccionario Geografico ou Noticia Historica de Todas as Cidades, Villas, Lugares e Aldeas, Rios, Ribeiras e Serras dos Reynos de Portugal e Algarve com todas as cousas raras que nelles se encontrao assim antigas como modernas Que escreve e offerece Ao Muito Alto e Muito Poderoso Rey D. João V Nosso Senhor o P. Luiz Cardoso da Congregaçao do Oratorio de Lisboa Académico Real do Numero da Historia Portugueza. I. [S.l.]: Regia Officina Sylviana. p. 6
- ↑ Luís Cardoso (Pde.) (1747). Diccionario Geografico ou Noticia Historica de Todas as Cidades, Villas, Lugares e Aldeas, Rios, Ribeiras e Serras dos Reynos de Portugal e Algarve com todas as cousas raras que nelles se encontrao assim antigas como modernas Que escreve e offerece Ao Muito Alto e Muito Poderoso Rey D. João V Nosso Senhor o P. Luiz Cardoso da Congregaçao do Oratorio de Lisboa Académico Real do Numero da Historia Portugueza. I. [S.l.]: Regia Officina Sylviana. p. 7
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes