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A Múmia (1999)

Disambig grey.svg Nota: Se procura outros filmes, veja The Mummy.
A Múmia
The Mummy
A múmia.jpg
Cartaz
 Estados Unidos
1999 •  cor •  125 min 
Direção Stephen Sommers
Produção Sean Daniel
James Jacks
Roteiro Stephen Sommers
John L. Balderston (não creditado)
Stephen Sommers (história)
Lloyd Fonvielle (história)
Kevin Jarre (história)
Nina Wilcox Putnam (história)(não creditado)
Richard Schayer (história)(não creditado)
Narração Oded Fehr
Elenco Brendan Fraser
Rachel Weisz
John Hannah
Arnold Vosloo
Oded Fehr
Kevin J. O'Connor
Gênero ação
aventura
comédia
fantasia
suspense
terror
Música Jerry Goldsmith
Cinematografia Adrian Biddle
Edição Bob Ducsay
Companhia(s) produtora(s) Alphaville Films
Distribuição Universal Pictures (Estados Unidos)
Lusomundo Audiovisuais (Portugal)
TF1 Video (França)
Lançamento Predefinição:Data do filme
Idioma inglês[1]
Orçamento US$ 80 milhões[2]
Receita US$ 415 933 406[2]
Cronologia
The Mummy Returns

A Múmia[3][4] (em inglês, The Mummy), é um filme de aventura estadunidense de 1999 escrito e dirigido por Stephen Sommers e estrelado por Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah, Oded Fehr e Kevin J. O'Connor, com Arnold Vosloo no papel-título da múmia reanimada.[5] É uma refilmagem solta do filme de 1932 de mesmo nome estrelado por Boris Karloff no papel-título. Originalmente pensado para ser parte de uma série de terror de baixo orçamento, o filme acabou por se transformar em um blockbuster de aventura. É o primeiro da franquia de filmes A Múmia.

As filmagens aconteceram em Marrakech, noMarrocos, a partir de 4 de maio de 1998, e se estenderam por 17 semanas, em que a equipe teve que lidar com desidratação, tempestades de areia e cobras enquanto filmava no Saara. Os efeitos visuais foram desenvolvidos pela Industrial Light & Magic, que misturou cinema e imagens geradas por computador para criar a Múmia titular. O músico Jerry Goldsmith fez a partitura orquestral.

Lançado em 7 de maio de 1999, o filme gerou US$ 43 milhões de dólares em 3210 cinemas durante a sua semana de estreia nos Estados Unidos, e faturou um total de 416 milhões em todo o mundo. O sucesso de bilheteria levou às sequências The Mummy Returns em 2001 e A Múmia: Tumba do Imperador Dragão em 2008, assim como The Mummy: The Animated Series, e o filme spin-off The Scorpion King.

Enredo

Egito, 1290 AC. O sumo sacerdote Imhotep está envolvido em um caso amoroso com Anck-su-Namun, a amante do Faraó Seti I. Quando o faraó descobre o caso, Imhotep e Anck-su-Namun assassinam o monarca. Os guardas de Seti chegam ao local para prender os culpados, mas Imhotep é obrigado a fugir enquanto Anck-su-Namun se suicida. Após o enterro de Anck-su-Namun, Imhotep e seus sacerdotes roubam o cadáver dela e viajam para Hamunaptra, a Cidade dos Mortos, onde eles começam a cerimônia de ressurreição. No entanto, eles são interceptados por guardas de Seti antes do ritual poder ser concluído, e a alma de Anck-su-Namun é enviada de volta para o submundo. Os sacerdotes de Imhotep são mumificados vivos; Imhotep é condenado a agonia imortal, condenado a sofrer a maldição Hom Dai, e é enterrado vivo com escaravelhos comedores de carne. Ele é enterrado sob alta segurança, selado em um sarcófago, aos pés de uma estátua do deus egípcio Anúbis, e mantido sob rigorosa vigilância por guerreiros conhecidos como Medjai; pois toda a humanidade estaria condenada caso ele pudesse ressurgir.

Nos anos 1920, uma unidade da Legião Estrangeira Francesa encontra a cidade de Hamunaptra, porém é atacada por uma horda de milicianos do deserto, à vista dos Medjai, que protegiam secretamente a tumba de Imhotep. Os Medjai permitem a morte de todos os homens para manter a localização da cidade em segredo, mas um soldado, Rick O'Connell, consegue escapar e parte sozinho caminhando pelo deserto.

Anos mais tarde, o inglês Jonathan Carnahan mostra à sua irmã, Evelyn, uma bibliotecária do Cairo e aspirante a egiptóloga, uma caixa valiosa que ele diz ter encontrado em Tebas. Evelyn abre a caixa e descobre um mapa para a lendária cidade de Hamunaptra. Evelyn e Jonathan mostram o mapa para o chefe de Evelyn, Terrence Bay, curador do museu, que desmerece a descoberta e "acidentalmente" queima parte do mapa. Decidida a encontrar a cidade, Evelyn faz seu irmão revelar como conseguiu a caixa e ele a leva até a prisão do Cairo, onde está preso o homem de quem ele roubou. Lá eles conhecem Rick, que revela a Evelyn que esteve na cidade e promete levá-la até lá se ela o tirar da prisão antes que ele seja enforcado. A tempo, Evelyn faz um trato improvisado com o diretor da prisão e salva a vida de O'Connell. Eles então partem de barco com destino à cidade lendária.

Na embarcação eles encontram um grupo de caçadores de tesouro norte-americanos liderados pelo famoso egiptólogo britânico Dr. Allen Chamberlain e guiados por Beni Gabor, um soldado desertor que esteve com Rick em Hamunaptra mas deixou o colega para trás para sobreviver. À noite, Evelyn é atacada por um Medjai que entra em seu quarto. Ele pede que ela entregue o mapa, o que ela obedece, e uma chave, mas ela não entende do que se trata. Antes que o homem possa machucá-la, Rick entra no quarto e mata o soldado, dando início a um tiroteio seguido a um incêndio que rapidamente toma todo o barco. Na confusão, eles são forçados a deixá-lo. Em terra, eles seguem viagem pelo deserto com camelos.

Eles reencontram a expedição dos americanos e todos chegam praticamente juntos à cidade, porém se espalham e competem na busca pelo famoso Livro de Amom-Rá, que seria feito de ouro. Porém, Evelyn acaba encontrando um misterioso sarcófago, enquanto os americanos acham um baú que continha o Livro Negro, também conhecido como o Livro dos Mortos, junto com alguns jarros sagrados e valiosos. Antes de abrir a caixa, Chamberlain lê uma gravura que dizia que aqueles que abrissem o baú seriam amaldiçoados e seriam caçados por um morto-vivo, porém os homens ignoram o aviso, com exceção de Beni, que se assusta e foge antes do baú ser aberto. Numa noite, o local é atacado pelos Medjai, liderados pelo guerreiro Ardeth Bay, mas Rick consegue afugentá-los com um explosivo, porém Ardeth adverte-os do perigo que estão correndo ao permanecerem ali. Ignorando o aviso, os grupos continuam a escavar a cidade e Evelyn consegue abrir o sarcófago ao descobrir que a caixa que Jonathan roubou é na verdade uma chave, mencionada inclusive pelo Medjai que a atacou no barco. Numa noite, Evelyn rouba o Livro Negro em posse do egiptólogo e, ao ler um trecho do livro, ela acidentalmente ressuscita Imhotep. Imediatamente, o local é atacado por uma grande nuvem de insetos e todos se refugiam nas ruínas da cidade. Um dos americanos se perde dos outros e é atacado pela múmia ressuscitada, enquanto os outros são atacados por escaravelhos e fogem. Evelyn também se perde dos outros e encontra a múmia e o americano ferido (a múmia lhe arrancou os olhos e a língua). A múmia se aproxima de Evelyn e a chama de Anck-su-Namun, porém Rick e os outros aparecem e a salvam. Eles saem das ruínas e encontram Ardeth, que os aconselha a saírem da cidade imediatamente. Todos deixam a cidade, com exceção de Beni, que encontra a múmia e faz uma barganha por sua vida e se torna servo de Imhotep.

De volta ao Cairo, Evelyn está determinada a encontrar uma maneira de matar a múmia, mas Rick apenas quer fugir dali. Antes que eles possam fazer qualquer coisa, Imhotep os alcança no local, trazendo consigo as dez pragas do Egito antigo. Com a ajuda de Beni, Imhotep encontra um dos americanos sozinho e o mata, sugando sua força vital para se regenerar. O grupo então vai até o museu em busca de informações sobre a criatura e encontram Ardeth conversando com o curador. Os dois explicam que fazem parte de uma organização que por milhares de anos tem trabalhado para impedir que Imhotep ressuscitasse. Quando Evelyn relata a obsessão de Imhotep por ela, Ardeth e Terrence acreditam que ele pretende sacrificar Evelyn para ressuscitar sua amada Anck-su-Namun. Rick então deixa Evelyn em seu quarto no hotel com dois americanos guardando a porta enquanto ele e Jonathan vão em busca de Chamberlain, pois sabem que Imhotep também irá atrás dele. No escritório do egiptólogo, eles encontram e interrogam Beni, que confirma que ele pretende se regenerar e então usar Evelyn para ressuscitar Anck-su-Namun. Antes que a conversa termine, do lado de fora do prédio, Imhotep encontra e mata Chamberlain e Beni aproveita a oportunidade para escapar. Rick e Jonathan presumem que Imhotep irá atrás de Evelyn e retornam para o hotel. Antes que eles cheguem, Imhotep entra no quarto e mata um dos americanos e, em seguida, tenta beijar Evelyn. Rick e Jonathan chegam e afugentam Imhotep. De volta ao museu, eles decidem encontrar o Livro de Amom-Rá, que supostamente poderia matar Imhotep. Porém, o museu é cercado por centenas de pessoas hipinotizadas e escravizadas por Imhotep. O grupo então foge de carro, sendo perseguido pelas ruas da cidade. O último americano sobrevivente acaba ficando para trás e é morto por Imhotep, que assim termina de se regenerar. Os restantes são encurralados por Imhotep e seu exército. Imhotep leva Evelyn consigo enquanto os outros conseguem escapar pelo esgoto, mas Terrence fica para trás para ajudar os outros e se martiriza.

Rick, que a essa altura já está apaixonado por Evelyn, pede ajuda de um velho conhecido, um piloto veterano da Força Aérea Britânica para voltar a Hamunaptra e salvar Evelyn. Ao se aproximarem do local, o avião é derrubado por uma grande tempestade de areia controlada por Imhotep, mas Rick, Jonathan e Ardeth conseguem sobreviver. Eles entram nas ruínas da cidade e encontram o Livro de Amom-Rá, porém são perseguidos por múmias e Ardeth se sacrifica para ajudar os outros. Enquanto isso, Imhotep dá vida aos restos mortais de Anck-su-Namun, mas antes que ele mate Evelyn, Jonathan chama sua atenção mostrando o Livro de Ouro em suas mãos. Enquanto Imhotep ataca Jonathan para pegar o livro, Rick luta com várias múmias para salvar Evelyn. Jonathan lê uma inscrição na capa do livro que desperta mais múmias ainda mais fortes. Enquanto Rick enfrenta essas múmias, Evelyn é atacada por Anck-su-Namun. Jonathan finalmente termina de ler a inscrição na capa, podendo então controlar as múmias, salvando Rick e Evelyn e ordenando que as múmias matem Anck-su-Namun. Quando Imhotep finalmente alcança Jonathan, este se aproveita para roubar a chave do livro que estava na túnica de Imhotep. Com a chave e enquanto Rick distrai Imhotep, Evelyn abre o livro e lê um trecho, fazendo com que Imhotep seja atacado por uma nuvem sobrenatural. Embora ainda vivo, Imhotep perde seus poderes e fica mortal e Rick o mata com um golpe de espada.

Enquanto isso, Beni havia achado uma sala cheia de tesouros e junta uma bolsa cheia de ouro e a coloca sobre um camelo. Porém, quando retorna para buscar mais riquezas, ele acidentalmente ativa um mecanismo de auto-destruição da cidade. Rick, Evelyn e Jonathan conseguem escapar, porém perdendo o Livro de Amom-Rá no processo. Beni porém fica preso na caverna e é devorado por escaravelhos. Enquanto a cidade afunda em areia os três heróis conseguem escapar, encontrando Ardeth ainda vivo do lado de fora. Eles se despedem do guerreiro e montam nos camelos deixados por Beni, um deles com uma bolsa cheia de ouro.

Elenco

Ator / Atriz Personagem Descrição
Brendan Fraser Rick O'Connell Um aventureiro que serviu na Legião Estrangeira Francesa. Produtor James Jacks ofereceu o papel de Rick O'Connell para Tom Cruise, Brad Pitt, Matt Damon e Ben Affleck, mas os atores não estavam interessados ou não poderiam caber o papel em seus respectivos horários.[6] Jacks e diretor Stephen Sommers ficaram impressionados com o dinheiro que George of the Jungle estava fazendo na bilheteria e escolheram do elenco Brendan Fraser como resultado;.[6] Sommers também comentou que sentiu Fraser encaixava o personagem fanfarrão Errol Flynn que ele tinha imaginado perfeitamente.[7] O ator compreendeu que seu caráter "não se leva muito a sério, caso contrário, o público não pode ir nessa viagem com ele".[8]
Rachel Weisz Evelyn Carnahan Uma bibliotecária, inteligente e desajeitada. Evelyn se compromete a expedição de Hamunaptra para descobrir um antigo livro, provando-se a seus pares. Rachel Weisz não era um grande fã de filmes de terror, mas não viu este filme como tal. Como ela disse em uma entrevista: "É bobagem, um mundo dos quadrinhos."[9]
John Hannah Jonathan Carnahan Irmão mais velho e desastrado de Evelyn, cujo principal objetivo é ficar rico, ele assina em ir para a viagem a Hamunaptra depois de aprender a partir de Evelyn que a cidade deveria ser onde os antigos faraós escondiam "a riqueza do Egito". Jonathan também é um ladrão, ele rouba a chave necessária para abrir o Livro de Amon-Ra de Rick na prisão, e consegue furtar a mesma chave de Imhotep durante a batalha do clímax do filme.
Arnold Vosloo Sumo Sacerdote Imhotep Um dos conselheiros de maior confiança do faraó Seti I, Imhotep trai seu soberano por amor a Anck-su-namun. Ele é amaldiçoado e, lentamente, morto por sua traição, mas é ressuscitado 3000 anos mais tarde. Ator de teatro sul africano Vosloo entendeu a abordagem que Sommers estava acontecendo no seu roteiro, mas somente concordou em assumir o papel de Imhotep "se eu poderia fazê-lo absolutamente em linha reta. Do ponto de vista de Imhotep, esta é uma versão distorcida de 'Romeu e Julieta'".[6][10]
Kevin J. O'Connor Beni Gabor Um ex-soldado da Legião Estrangeira Francesa, como Rick. Beni é obcecado com a riqueza, mas também extremamente covarde, ele trai seus empregadores, quando confrontado com a ira de Imhotep, que o toma como seu servo quando Beni ora em que Imhotep reconhece como a "linguagem dos escravos".
Oded Fehr Ardeth Bay Medjai e protetor da cidade.
Patricia Velásquez Ankh-sun-Namun Amor de Imhotep.
Aharon Ipalé Seti I Faraó traído por seu conselheiro.
Bernard Fox Capitão Winston Havlock Aliado de Rick.
Erick Avari Dr. Terrence Bay O curador do museu, bem como um Medjai.
Omid Djalili Gad Hassan Mercador de escravos, se junta a Rick, Evelyn e Jonathan em sua expedição.

Produção

Origens

Em 1992, o produtor James Jacks decidiu atualizar o original filme Mummy para a década de 1990.[11] Universal Studios e Amblin Entertainment lhe deram o seu aval, mas apenas se ele manteve o orçamento em torno de $10 milhões.[6] O produtor lembra que o estúdio "essencialmente queria uma franquia de horror de baixo orçamento";[6] em resposta, Jacks recrutou cineasta / escritor de terror Clive Barker a bordo para dirigir. A visão de Barker para o filme foi violento, com a história gira em torno da cabeça de um museu de arte contemporânea, que acaba por ser um cultista tentando reanimar múmias.[11][12] Jacks recorda que tomada de Barker era "escuro, sexual e cheia de misticismo",[6] e que "teria sido um grande filme de baixo orçamento".[12] Depois de várias reuniões, Barker e Universal perderam o interesse e se separaram. O cineasta George A. Romero foi trazido com uma visão de um filme de terror no estilo zumbi semelhante ao Night of the Living Dead, mas isso foi considerado muito assustador por Jacks e o estúdio, que queria uma imagem mais acessível.[6]

Joe Dante foi a escolha seguinte, o aumento do orçamento para a sua ideia de Daniel Day-Lewis como uma múmia ninhada.[6] Esta versão (co-escrito por John Sayles) foi criado em tempos contemporâneos e focado em reencarnação com elementos de uma história de amor.[12] Ele chegou perto de ser feita com alguns elementos, como os escaravelhos comedores de carne, tornando-se ao produto final.[11] No entanto, naquele momento, o estúdio queria um filme com um orçamento de $15 milhões e rejeitou a versão de Dante. Logo depois, Mick Garris foi anexado para dirigir, mas acabou deixando o projeto,[13] e Wes Craven foi oferecido o filme, mas recusou.[12] Então, Stephen Sommers chamou Jacks em 1997, com sua visão de A Múmia "como uma espécie de Indiana Jones ou Jasão e os Argonautas com a múmia como a criatura dando ao herói um momento difícil".[6] Sommers tinha visto o filme original, quando ele tinha oito anos, e quis recriar as coisas que ele gostava sobre isso em uma escala maior.[14] Ele queria fazer um filme da Múmia desde 1993, mas outros escritores ou diretores foram sempre ligados. Finalmente, Sommers recebeu sua janela de oportunidade e armou a sua ideia para a Universal com um tratamento de 18 páginas.[11] Na época, a administração da Universal havia mudado em resposta ao fracasso de bilheteria de Babe: Pig in the City, e a perda levou o estúdio a querer revisitar suas franquias de sucesso a partir de 1930.[15] Universal gostou da ideia tanto que aprovou o conceito e aumentou o orçamento de $15 milhões a $80 milhões.[16]

Filmagem principal

As filmagens começaram em Marrakech, Marrocos em 4 de maio de 1998, e durou 17 semanas. Filmagem em seguida, mudou-se para o deserto do Saara fora da pequena cidade de Erfoud, e depois para o Reino Unido antes da conclusão das filmagens em 29 de agosto de 1998.[17] A equipe não poderia gravar no Egito por causa das condições políticas instáveis.[18] Para evitar a desidratação no calor escaldante do Saara, a equipe médica da produção criou uma bebida que o elenco e a equipe teve que consumir a cada duas horas.[8] Tempestades de areia eram inconvenientes diárias. Cobras, aranhas e escorpiões foram um grande problema, com muitos membros da equipe terem que serem levados de helicóptero para fora depois de ser mordidos.[18]

Brendan Fraser quase morreu durante uma cena em que seu personagem é enforcado. Weisz se lembrou: "Ele [Fraser] parou de respirar e teve que ser ressuscitado."[9] A produção contou com o apoio oficial do exército marroquino, e os membros do elenco tinham seguro de sequestro sobre eles,[12] um fato que Sommers divulgaria ao elenco apenas após a gravação ter sido terminada.[7]

Designer de Produção Allan Cameron encontrou um vulcão adormecido perto de Erfoud, onde todo o conjunto de Hamunaptra poderia ser construído. Sommers gostou da localização, porque, "A cidade escondida na cratera de um vulcão extinto faz todo o sentido. Fora estar no meio do deserto, você nunca iria vê-lo. Você nunca pensaria em entrar na cratera a menos que você sabia o que estava dentro daquele vulcão".[17] Uma pesquisa do vulcão foi conduzido de modo que um modelo preciso e modelos em escala das colunas e estátuas poderiam ser replicadas no Shepperton Studios, onde todas as cenas envolvendo as passagens subterrâneas da Cidade dos Mortos foram gravadas. Estes conjuntos levaram 16 semanas para construir, e incluiu colunas de fibra de vidro manipuladas com efeitos especiais para as cenas finais do filme.[17] Outro grande conjunto foi construído no Reino Unido sobre o estaleiro em Chatham que dobrou para o Porto de Gizé, no rio Nilo.[19] Este conjunto foi de 600 pés (183 m) de comprimento e contou com "um trem a vapor, um motor de tração Ajax, três guindastes, uma carruagem aberta de dois cavalos, quatro carroças puxadas por cavalos, cinco cavalos vestidos de cavalaria, nove burros de carga e mulas, bem como tendas de mercado, fornecedores árabes vestidos e espaço para 300 figurantes fantasiados".[17]

Efeitos especiais

Os cineastas teriam gasto $15 milhões do orçamento de $80 milhões em efeitos especiais, fornecidos pela Industrial Light & Magic;[20][21] os produtores queriam um novo olhar para a Múmia para que eles pudessem evitar comparações com filmes anteriores.[20] John Andrew Berton, Jr., Supervisor dos Efeitos Visuais da Industrial Light & Magic's em A Múmia, começou a desenvolver o olhar três meses antes das filmagens começarem. Ele disse que queria que a Múmia "ser mau, difícil, desagradável, algo que nunca tinha sido visto pelo público antes". Berton usado captura de movimento, a fim de conseguir "um ameaçador e muito realista Múmia".[17] Fotografia específica foi realizada no ator Arnold Vosloo, de modo que a equipe de efeitos especiais podia ver exatamente como ele se movia e replicá-la.[20]

Para criar a Múmia, Berton usou uma combinação de live action e computação gráfica. Em seguida, ele combinava com as próteses de maquiagem e peças digitais no rosto de Vosloo durante as filmagens. Berton disse: "Quando você ver a imagem de seu filme, é ele. Quando ele vira a cabeça e metade do rosto está faltando e você pode ver através de para os dentes, que é realmente o seu rosto. E é por isso que foi tão difícil de fazer".[17] Vosloo descreveu as filmagens como um "coisa totalmente nova" para ele: "Eles tinham que colocar essas luzinhas vermelhas rastreando todo o meu rosto para que pudessem mapear nos efeitos especiais. Uma grande parte do tempo eu estava andando pelo set parecendo uma árvore de Natal".[7] Supervisor dos efeitos de maquiagem Nick Dudman produziu os efeitos de criaturas físicas no filme, incluindo tridimensional maquiagem e próteses. Ele também projetou todos os efeitos animatrônicos. Enquanto o filme fez uso extensivo de imagens geradas por computador, muitas cenas, incluindo aquelas em que a personagem de Rachel Weisz é coberto com ratos e gafanhotos, fosse real, usando animais vivos.[18]

Trilha sonora

The Mummy: Original Motion Picture Soundtrack
Trilha sonora de Jerry Goldsmith
Lançamento 4 de maio de 1999
Duração 57:46
Gravadora(s) PolyGram
Cronologia de The Mummy
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The Mummy Returns

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Predefinição:Críticas profissionais The Mummy: Original Motion Picture Soundtrack foi composta e conduzida por Jerry Goldsmith, com orquestrações fornecidas por Alexander Courage.[22] A trilha sonora foi lançado pela Decca Records em 4 de maio de 1999. Como muitas trilhas de Goldsmith, o tema principal usa extensa latão e elementos de percussão;[23] Goldsmith também usou poupadores quantidades de vocais, altamente incomum para a maioria de sua obra.[23]

No geral, a trilha de Goldsmith foi bem recebida. Allmusic descreveu como uma "grande trilha, melodramática", que entregou os destaques esperados.[22] Outros comentários notado positivamente o som escuro, percussão malha bem com o enredo, bem como o poder bruto da música. O uso limitado, mas magistral do coro também foi elogiado, e a maioria dos críticos encontraram a última faixa do CD para ser o melhor em geral.[23][24] Por outro lado, alguns críticos encontraram que a trilha faltava coesão,[25] e que a ação pesada constante emprestou-se a repetição irritante.[23] Roderick Scott da CineMusic.net resumiu a trilha como "ambas representam o melhor absoluto de Goldsmith e seu mais medíocre. Felizmente [...] seu trabalho favorável sobre esta versão vence."[24]

Predefinição:Lista de faixas

Recepção

Bilheteria

A Múmia abriu em 7 de maio de 1999 e arrecadou $43 milhões de dólares em 3210 cinemas nos Estados Unidos em sua semana de estreia. O filme faturou $415 milhões de dólares em todo o mundo (doméstico: $155 milhões; estrangeiro: $260 milhões).[26]

Resposta da crítica

The Mummy recebeu críticas mistas dos críticos. Ele detém atualmente uma classificação de "podre" de 55% no Rotten Tomatoes[27] e 48 Metascore no Metacritic.[28]

Prêmios e indicações

Oscar (2000) (EUA)

  • Recebeu uma indicação, na categoria de Melhor Som.

Prêmio Saturno (2000) (EUA) (Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films)

  • Venceu na categoria Melhor Maquiagem.
  • Recebeu uma indicação, na categoria Melhor Ator (Brendan Fraser).
  • Recebeu uma indicação, na categoria Melhor Atriz (Rachel Weisz).
  • Recebeu uma indicação, na categoria Melhor Figurino.
  • Recebeu uma indicação, na categoria Melhor Diretor (Stephen Sommers).
  • Recebeu uma indicação, na categoria Melhor Filme de Ficção Científica.
  • Recebeu uma indicação, na categoria Melhores Efeitos Especiais.
  • Recebeu uma indicação, na categoria Melhor Trilha Sonora.
  • Recebeu uma indicação, na categoria Melhor Roteiro.

BAFTA Awards (2000) (EUA)

  • Recebeu uma indicação, na categoria Melhores Efeitos Visuais.

MTV Movie Awards (2000) (EUA)

  • Recebeu uma indicação, na categoria Melhor Cena de Ação.

Adaptações

O sucesso nas bilheterias de A Múmia levou a inúmeras sequências e spin-offs. Em 2001, a sequência O Retorno da Múmia foi lançado, o filme apresenta a maioria dos personagens principais sobreviventes, como Rick e Evelyn casados enfrentando Imhotep e o The Scorpion King.[29] O filme introduz o filho dos heróis, Alexander 'Alex' O'Connell.[29] Os dois filmes inspiraram tanto uma série animada que durou duas temporadas, e uma prequela spin-off, The Scorpion King (2002), contando a história do guerreiro acadiano e como ele foi coroado rei.

A segunda sequência, chamado A Múmia: Tumba do Imperador Dragão, foi lançado em 1º de agosto de 2008. A história se passa na China, com o Imperador Terracotta inspirando o vilão, enquanto Rachel Weisz foi substituído por Maria Bello.[30][31] A prequela do The Scorpion King, The Scorpion King 2: Rise of a Warrior, foi lançado diretamente em vídeo. Ambos os filmes foram mal recebidos pela crítica. Mais filmes do Scorpion King se seguiram no mercado de vídeo.

Duas adaptações de jogos de vídeo de A Múmia foram publicados por Konami e Universal Interactive em 2000: em Ação Aventura para PlayStation e PC desenvolvido por Rebellion Developments,[32] bem como um jogo eletrônico de quebra-cabeça para Game Boy Color desenvolvido por Konami Nagoya.[33] O filme também inspirou uma montanha russa, Revenge of the Mummy em três Universal Studios Theme Parks: em Hollywood naCalifórnia; em Orlando na Flórida; em Sentosa em Singapura.

Em 2012 a Universal anunciou outra versão de A Múmia, que acabaria lançada em 2017.[34]

Continuações

Referências

  1. «Release». British Film Institute. London: BFI Film & Television Database. Consultado em 8 de maio de 2013 
  2. 2,0 2,1 «The Mummy». Box Office Mojo (em English). IMDb. Consultado em 2 de agosto de 2022 
  3. «A Múmia». AdoroCinema. Brasil: Webedia. Consultado em 24 de janeiro de 2018 
  4. «A Múmia». Cinecartaz. Portugal: Público. Consultado em 24 de janeiro de 2018 
  5. Deming, Mark. «The Mummy». Allmovie. Rovi Corporation. Consultado em 8 de dezembro de 2012 
  6. 6,0 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 6,6 6,7 6,8 Hobson, Louis B (1 de maio de 1999). «Universal rolls out new, improved Mummy». Calgary Sun 
  7. 7,0 7,1 7,2 «Show me The Mummy». Entertainment Weekly (em English). 14 de maio de 1999 
  8. 8,0 8,1 Braund, Simon (julho de 1999). «Equally Cursed and Blessed». Empire 
  9. 9,0 9,1 Jones, Alison (26 de junho de 1999). «Great Excavations». The Birmingham Post 
  10. Roger Ebert (2003). Roger Ebert's Movie Yearbook 2004. [S.l.]: Andrews McMeel Publishing. p. 451. ISBN 978-0-7407-3834-0. Consultado em 11 de março de 2010 
  11. 11,0 11,1 11,2 11,3 «The Mummy That Wasn't». Cinescape. 3 de maio de 1999 
  12. 12,0 12,1 12,2 12,3 12,4 Slotek, Jim (2 de maio de 1999). «Unwrapping The Mummy». Toronto Sun 
  13. Chase, Donald (3 de maio de 1999). «What Have They Unearthed?». Los Angeles Times 
  14. Snead, Elizabeth (7 de maio de 1999). «Updating A Well-Preserved Villain». USA Today 
  15. Bonin, Liane (7 de maio de 1999). «That's a Wrap». Entertainment Weekly. Consultado em 1 de abril de 2008 
  16. Argent, Daniel (1999). «Unwrapping The Mummy: An Interview with Stephen Sommers». Creative Screenwriting 
  17. 17,0 17,1 17,2 17,3 17,4 17,5 «Behind the Scenes». The Mummy Official Site. Universal Studios. 1999. Consultado em 24 de maio de 2007. Arquivado do original em 2 de junho de 2007 
  18. 18,0 18,1 18,2 Portman, Jamie (5 de maio de 1999). «Mummy Unearths Horror, Humour». Ottawa Citizen 
  19. Kent Film Office. «Kent Film Office The Mummy Film Focus» 
  20. 20,0 20,1 20,2 Shay, Estelle (abril de 1999). «Thoroughly modern Mummy». Cinefex (77): 71–76. On the special effects used in the film, and on the company who made them, Industrial Light & Magic. 
  21. Slotek, Jim (9 de maio de 1999). «Mummy Unwraps a New Fraser "Cartoon" Character». Toronto Sun 
  22. 22,0 22,1 [[[:Predefinição:Allmusic]] «Allmusic: The Mummy (1999 Original Score)»] Verifique valor |url= (ajuda). Allmusic. Consultado em 12 de fevereiro de 2008 
  23. 23,0 23,1 23,2 23,3 «The Mummy (Jerry Goldsmith) Soundtrack Review». ScoreReviews.com. Consultado em 1 de janeiro de 2008. Arquivado do original em 15 de fevereiro de 2008 
  24. 24,0 24,1 Coleman, Christopher (2000). «The Mummy by Jerry Goldsmith». TrackSounds.com. Consultado em 21 de fevereiro de 2008 
  25. «The Mummy: Editorial Review». FilmTracks.com. Consultado em 21 de fevereiro de 2008 
  26. «The Mummy». Box Office Mojo (em English). IMDb. Consultado em 2 de agosto de 2022 
  27. «The Mummy». Rotten Tomatoes. Consultado em 24 de junho de 2007 
  28. «The Mummy: Reviews». Metacritic. Consultado em 24 de junho de 2007 
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