𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

A Barraca

Teatro Cinearte, sede do grupo "A Barraca", durante a exibição da peça As Peúgas de Einstein, de Hélder Costa, em abril de 2011

A Barraca é uma companhia de teatro portuguesa histórica,[1] com sede em Lisboa, fundada em 1975 por Maria do Céu Guerra e Mário Alberto.

História

A companhia foi fundada em 1975 pela actriz e encenadora Maria do Céu Guerra e pelo cenógrafo Mário Alberto[1][2] inscrevendo-se num movimento emergente de companhias de teatro experimental e independente, localizado sobretudo em Lisboa.[3] Durante o ano de 1976 o grupo passou a maior parte do tempo em tournées pelo país.[4]

Foi uma das principais companhias teatrais portuguesas do período pós-25 de Abril, sendo listada nessa qualidade pelo Europa World Year Book de 1983.[5] O grupo foi descrito na época como a mais popular das companhias teatrais independentes em Portugal.[6]

Desde a sua fundação a direcção da companhia tem estado a cargo de Maria do Céu Guerra e do encenador e dramaturgo Hélder Costa,[7] o qual desde 1976 tem escrito, transcrito e encenado muitos dos espectáculos apresentados pelo grupo.[8][9]

Durante o seu tempo de exílio em Lisboa, o dramaturgo brasileiro Augusto Boal participou da direcção da companhia,[10] deixando uma forte influência no reportório do grupo.[3] Foi também nesta companhia que se revelou o actor Mário Viegas.[1]

Em 1976 a sede foi transferida para o cimo da Rua Alexandre Herculano, perto do Largo do Rato, em instalações de carácter precário;[3][11] em 1989 foi-lhes concedido pela Câmara Municipal de Lisboa, pelo prazo de 25 anos o Teatro Cinearte, no Largo de Santos, onde também aposta na dinamização do espaço do café-concerto.[1]

Em 4 de março de 2011 o grupo teatral comemorou 35 anos com uma festa em que foram evocadas duas das principais figuras da sua história, Augusto Boal e a actriz Fernanda Alves, e uma sessão especial da peça Angel City, de Sam Sheppard, com encenação de Rita Lello.[1]

Produção teatral

A produção teatral do grupo faz-se sobretudo numa adaptação eficaz de temas históricos e políticos ao formato popular, tradicional e moderno do teatro narrativo,[9] focando sobretudo a produção nacional por obrigações inerentes aos subsídios estatais que lhe são atribuídos.[12]

O grupo estreou em Março 1976 na Incrível Almadense com a Cidade Dourada, de La Candelária,[1][13] peça de grande sucesso.[14] Em Setembro do mesmo ano montou o espectáculo Histórias de fidalgotes e alcoviteiras, encenado por Hélder Costa e baseado em textos de Gil Vicente e Ruzante.[1][15] Em 1977 apresentou o espectáculo "Ao qu'isto chegou! - Feira portuguesa de opinião", integrando o polinomodrama A Lei É a Lei de Luiz Francisco Rebello.[16] No tempo em que Augusto Boal esteve na companhia, entre 1977 e 78, dirigiu três espectáculos que ficaram na história do teatro português, entre os quais Barraca conta Tiradentes (1977).[13]

Em 1978 é apresentada a peça José do Telhado, sobre o famoso bandido português do mesmo nome, com arranjos musicais de Zeca Afonso, publicados mais tarde, em 1979, no álbum Fura, Fura.[17]

Na década de 1980 o grupo produziu alguns dos seus maiores êxitos.[1] Em 1980 apresenta É menino ou menina?, uma colagem de peças de Gil Vicente por Maria do Céu Guerra com direcção de Helder Costa, com uma exibição comovente,[12][18] constituindo-se como uma contribuição de interesse para a história das representações dos autos de Gil Vicente.[19][20][21] No mesmo ano o grupo deslocou-se pela primeira vez ao Brasil,[14] apresentando Preto no branco — a sua versão para A morte acidental de um anarquista de Dario Fo.[22] Do reportório fazia também parte a peça D. João VI, de Hélder Costa e com Mário Viegas no papel do soberano, que fez rir muito a plateia com a sua interpretação do rei comedor de frango, que andava com pedaços de galináceos no bolso.[23] O grupo foi descrito como "grande companhia de teatro internacional", tendo limitado as representações ao Rio de Janeiro.[24]

Em 1983 apresentou Um dia na capital do Império, baseado em textos do Chiado e encenação de Hélder Costa.[25] Em 1984 produziu Santa Joana dos Matadouros, de Bertolt Brecht, considerada um dos maiores êxitos da companhia, e em 1986 Calamity Janes, com uma interpretação muito elogiada de Maria do Céu Guerra.[1]

Em setembro de 2010 a companhia foi convidada a reencenar a peça O Mistério da Camioneta Fantasma, integrada no programa oficial para as Comemorações do Centenário da República.[26]

Em 20 de julho de 2011 o grupo estreou a produção D. Maria, a Louca, com argumento do autor brasileiro António Cunha, e encenação de Maria do Céu Guerra.[27]

O grupo estreou em 10 de abril de 2013 o texto Menino de Sua Avó, um inédito do dramaturgo Armando Nascimento Rosa, numa criação de Maria do Céu Guerra e Adérito Lopes. Esta produção participou no encerramento das Comemorações do Ano de Portugal no Brasil, apresentando-se no Teatro Dulcina - Rio de Janeiro, de 3 a 5 de maio de 2013.

Reportório

1970 - 1979

Data de estreia Nome Encenação Local da estreia Notas CETbase
4 de março de 1976 A Cidade Dourada Grupo A BARRACA coordenado por Fernanda Alves Incrível Almadense Estreia do grupo Predefinição:CETbase
2 de setembro de 1976 Histórias de Fidalgotes e Alcoviteiras, Pastores e Judeus, Mareantes e outros Tratantes, sem esquecer suas Mulheres e Amantes Hélder Costa I Festival de Teatro da Guarda Predefinição:CETbase
16 de abril de 1977 Barraca conta Tiradentes Augusto Boal Centro Cultural Popular de S. Mamede Estreia de Mário Viegas Predefinição:CETbase
12 de dezembro de 1977 Ao Qu’Isto Chegou! – Feira Popular de Opinião Augusto Boal Sociedade Nacional de Belas Artes Predefinição:CETbase
20 de junho de 1978 Zé do Telhado Augusto Boal Centro de Cultura Popular de S. Mamede Prémio Cau Ferrat - Melhor Contribuição Artística, Festival de Sitges Predefinição:CETbase
19 de maio de 1979 D. João VI Hélder Costa Centro de Cultura Popular de S. Mamede Prémio ATADT -Melhor Texto Inédito, 1978

Prémio Santiago Rusiñol - Melhor Texto Inédito, Festival de Sitges (Barcelona), 1978

Prémio Melhor Ator - Mário Viegas, Festival de Sitges (Barcelona), 1978

Jornal do Brasil - Um dos dez melhores espectáculos do ano

Predefinição:CETbase

1980 - 1989

Data de estreia Nome Encenação Local da estreia Notas CETbase
29 de fevereiro de 1980 Preto no Branco (Morte Acidental de um Anarquista) Hélder Costa A Barraca da Alexandre Herculano Prémio Associação Portuguesa de Críticos - Melhor Ator: Santos Manuel

Jornal do Brasil - Um dos dez melhores espectáculos do ano

Associação Brasileira de Críticos Teatrais - 2º Melhor Espectáculo do Ano, 1980

Predefinição:CETbase
5 de maio de 1980 É Menino ou Menina? Hélder Costa A Barraca da Alexandre Herculano Prémio Associação Portuguesa de Críticos - Melhor Espectáculo

Melhor Encenação: Hélder Costa

Melhor Atriz: Maria do Céu Guerra

Melhor Companhia: A Barraca

Predefinição:CETbase
18 de novembro de 1981 Fernão, Mentes? Hélder Costa Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (4ª edição,1981) Prémio Casa da Imprensa - Melhor Espectáculo, 1982 Predefinição:CETbase
20 de novembro de 1982 Tudo bem! (Reflexões acerca do Homem Novo) Hélder Costa Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (5ª edição,1982) Predefinição:CETbase
21 de janeiro de 1983 Um dia na Capital do Império Hélder Costa A Barraca da Alexandre Herculano, no âmbito da Exposição de Ciência, Arte e Cultura (17ª edição,1983) Prémio da Associação Portuguesa de Críticos - Melhores Figurinos: Maria do Céu Guerra

Sete de Ouro - Melhor Encenação: Hélder Costa

Sete de Ouro - Melhor Atriz: Maria do Céu Guerra

Predefinição:CETbase
28 de julho de 1984 Santa Joana dos Matadouros Hélder Costa A Barraca da Alexandre Herculano Prémio da Associação de Críticos - Melhor Partitura Musical: António Vitorino de Almeida Predefinição:CETbase
27 de setembro de 1985 Um Homem é um Homem - Damião de Góis Hélder Costa Teatro Municipal Maria Matos Grande Prémio de Teatro da RTP - Melhor Texto de Inédito em 1979

Prémio da Associação Portuguesa de Críticos - Melhor Texto Português encenado em 1985

Prémio Nova Gente - Melhor texto de Teatro em 1985

Predefinição:CETbase
30 de maio de 1986 Calamity Jane Maria do Céu Guerra, Hélder Costa A Barraca da Alexandre Herculano Prémio da revista Mulheres - Melhor Encenação: Hélder Costa

Prémio da revista Mulheres - Melhor Atriz: Maria do Céu Guerra

Predefinição:CETbase
23 de julho de 1986 Espectáculo comemorativo da Constituição de 1911 Hélder Costa Assembleia da República (Sala do Senado) Predefinição:CETbase
14 de novembro de 1986 Os Polícias Hélder Costa Associação Cultural e Recreativa de Tondela Predefinição:CETbase
7 de março de 1987 O Diabinho da Mão Furada Hélder Costa Teatro Nacional D. Maria II Predefinição:CETbase
11 de fevereiro de 1988 O Baile Hélder Costa Ritz Club Predefinição:CETbase
24 de janeiro de 1989 O Menino de Sua Mãe Maria do Céu Guerra São Luiz Teatro Municipal Predefinição:CETbase
8 de dezembro de 1989 Margarida do Monte Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase

1990 - 1999

Data de estreia Nome Encenação Local da estreia Notas CETbase
Janeiro de 1990 O Azeite Hélder Costa Castelo de São Jorge Predefinição:CETbase
14 de janeiro de 1990 Pimenta, Cravo e Canela Hélder Costa São Luiz Teatro Municipal, no âmbito da Festa do Comércio (1990) Predefinição:CETbase
11 de dezembro de 1990 Liberdade em Bremen Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
1991 Cartas de Amor Hélder Costa Forum Picoas, cerimónia de lançamento do livro PORTUGAL EM SELOS Predefinição:CETbase
Junho de 1991 Poesia de Lisboa Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
21 de junho de 1991 Que Habitação para Lisboa? Maria do Céu Guerra Tivoli - Lisboa Apresentado no âmbito do Dia Municipal da Habitação após um debate com o mesmo nome Predefinição:CETbase
27 de outubro de 1991 O Pranto de Maria Parda Maria do Céu Guerra Biblioteca Municipal Marquesa do Cadaval - Almeirim Prémio UNESCO para o Fomento das Artes - Melhor interpretação, Expo Sevilha 92

Prémio Interpretação no Festival Internacional do Chile em 1993[28]

Predefinição:CETbase
13 de novembro de 1991 Uma Floresta de Enganos Hélder Costa Encontro de Santiago de Compostela dos Escritores Galegos e Portugueses (1991) Predefinição:CETbase
14 de novembro de 1991 Play it Again, Sam! Hélder Costa Festival Internacional de Teatro Contemporâneo (Badajoz) (1991) Predefinição:CETbase
1992 A saúde no tempo dos Descobrimentos Padrão dos Descobrimentos Predefinição:CETbase
12 de janeiro de 1992 Mi Rival Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
8 de outubro de 1992 A Cantora Careca Hélder Costa Instituto Franco-Português Predefinição:CETbase
1 de junho de 1993 Macbett Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
26 de outubro de 1993 Rinoceronte Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
12 de dezembro de 1993 De Braços Abertos Fernanda Lapa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
15 de julho de 1994 Primeira Página Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
30 de outubro de 1994 Pastéis de Nata para a Avó Hélder Costa Teatro Cinearte O texto de Fernando Augusto, homónimo do espectáculo, ganhou o 1º Prémio do 1º Concurso Português de Dramaturgia em 1994, levado a cabo pelo Círculo Dramatúrgico d'A Barraca, razão pela qual é encenado pela companhia Predefinição:CETbase
15 de novembro de 1994 Marly, a Vampira de Ourinhos Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
25 de dezembro de 1994 As Histórias do Atchim!!! A Barraca Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
15 de fevereiro de 1995 Não Há Nada que se Coma? Rui Luís Brás Teatro Cinearte O texto do qual parte este espectáculo, da autoria de Francisco Pestana, é distinguido com uma Menção Honrosa, atribuída no âmbito do 1º Concurso Português de Dramaturgia, realizado em 1994 pelo Círculo Dramatúrgico d'A Barraca, razão pela qual é encenado pela companhia Predefinição:CETbase
27 de abril de 1995 O Avarento Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
27 de outubro de 1995 Parabéns a Você Hélder Costa Festival Internacional de Cadiz (1995) Predefinição:CETbase
1996 O Último Baile do Império Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
27 de setembro de 1996 Viva la Vida! Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
17 de abril de 1997 Xeque Mate Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
13 de maio de 1997 Gulliver Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
30 de outubro de 1997 O Bode Expiatório Maria do Céu Guerra Cine-Teatro da Covilhã - Festival de Teatro da Covilhã (1997) Predefinição:CETbase
21 de novembro de 1997 Queres Ser Ministro? Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
4 de abril de 1998 Que Dia Tão Estúpido Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
8 de maio de 1998 O Príncipe de Spandau Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
15 de junho de 1998 A Barca do Mundo Hélder Costa Exposição Mundial de Lisboa de 1998 (Expo'98) Predefinição:CETbase
27 de janeiro de 1999 Um Dia Inesquecível Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
11 de março de 1999 Fernão, Mentes? Hélder Costa Teatro Cinearte Remontagem do espectáculo do mesmo nome de 1981 Predefinição:CETbase
25 de abril de 1999 Abril em Portugal Hélder Costa Grândola, no âmbito das celebrações dos 25 anos do 25 de Abril Predefinição:CETbase
7 de outubro de 1999 Agosto - Histórias de Emigração Maria do Céu Guerra Joane Predefinição:CETbase

2000 - 2009

Data de estreia Nome Encenação Local da estreia Notas CETbase
8 de julho de 2000 A Relíquia Hélder Costa Festival Internacional de Teatro de Almada (17.ª edição,2000) Predefinição:CETbase
12 de dezembro de 2000 A Balada do Café Triste Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
10 de janeiro de 2001 Marilyn, Meu Amor Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
3 de julho de 2001 Um Inverno Debaixo da Mesa Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
4 de outubro de 2001 Havemos de Rir? Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
Fevereiro de 2002 Nós temos os pés grandes porque somos muito altas Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
6 de maio de 2002 Comédia de Rubena Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
11 de julho de 2002 O Velho da Horta Maria do Céu Guerra Museu de Arte Popular Predefinição:CETbase
30 de outubro de 2002 Farsa de Inês Pereira Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
26 de novembro de 2002 O Auto das Fadas Maria do Céu Guerra Teatro Académico de Gil Vicente - Coimbra Predefinição:CETbase
27 de março de 2003 A Profissão da Senhora Warren Guilherme Mendonça Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
9 de agosto de 2003 O Incorruptível Hélder Costa Maputo - Festival Internacional de Teatro d'Agosto (3ª edição,2003) Predefinição:CETbase
24 de setembro de 2003 Os Renascentistas Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
22 de novembro de 2003 A Revolta dos Bonecos Rita Lello Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
22 de maio de 2004 Ser e não ser ou Estórias da História do Teatro Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
27 de novembro de 2004 História Breve da Lua Gil Filipe Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
17 de fevereiro de 2005 Mater João d'Ávila Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
19 de outubro de 2005 O Mistério da Camioneta Fantasma Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
3 de dezembro de 2005 A Princesa do Amor de Sal Rita Lello Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
3 de março de 2006 Felizmente Há Luar! Hélder Costa Manteigas - Auditório do Centro Cívico de Manteigas Predefinição:CETbase
25 de novembro de 2006 O Conto da Ilha Desconhecida Rita Lello Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
31 de janeiro de 2007 A Herança Maldita Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
11 de maio de 2007 Darwin e o Canto dos Canários Cegos Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
21 de setembro de 2007 Agosto - Contos da Emigração Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Prémio Guia dos Teatros 2007 - Melhor Adaptação Predefinição:CETbase
2 de fevereiro de 2008 Antígona Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
30 de abril de 2008 Obviamente Demito-o! Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
31 de janeiro de 2009 Peça para Dois Rita Lello Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
21 de fevereiro de 2009 O Professor de Darwin Hélder Costa Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian Predefinição:CETbase
6 de março de 2009 O Inspector Geral Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
26 de setembro de 2009 A Bicicleta de Faulkner Rita Lello Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
6 de março de 2009 Em Busca do Bem-estar Hélder Costa Teatro Cinearte Projecto desenvolvido pela Associação Viva Mulher Viva com as receitas a reverterem a favor da associação Predefinição:CETbase

2010 - 2019

Data de estreia Nome Encenação Local da estreia Notas CETbase
18 de fevereiro de 2010 A Balada da Margem Sul Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
6 de julho de 2010 Peça para Dois (versão sem rede) Rita Lello Teatro Cinearte Segunda versão da peça estreada em 2009 Predefinição:CETbase
23 de setembro de 2010 O Mistério da Camioneta Fantasma Hélder Costa Teatro Cinearte Reencenada a pedido da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República de 5 de Outubro de 1910
2 de dezembro de 2010 Angel City Rita Lello Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
13 de abril de 2011 As Peúgas de Einstein Hélder Costa Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
20 de julho de 2011 D. Maria, a Louca Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
9 de março de 2012 O Fantasma de Chico Morto Pedro Cardoso Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
17 de março de 2012 Romance da Raposa Rita Lello Teatro Cinearte Predefinição:CETbase
10 de abril de 2013 Menino de Sua Avó Maria do Céu Guerra e Adérito Lopes Teatro Cinearte

Prémio Especial do Júri FITA 2014 - Maria do Céu Guerra, Adérito Lopes e o grupo A Barraca pela brilhante montagem de Menino de Sua Avó.

  • Participou nas Comemorações Oficiais do Ano de Portugal no Brasil, apresentando-se no Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro.
  • Re-inaugurou o Teatro Popular Óscar Niemeyer, em Nitéroi, 2013.
  • Espectáculo Internacional do FITA 2014 - Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis.

Edifício

Em 1938, Rodrigues Lima é convidado a elaborar um projecto para um cinema a construir na Rua Vasco da Gama, em frente ao Largo de Santos, em Lisboa. O terreno disponível, um lote de planta rectangular alongada, é delimitado em três dos seus lados: a Norte pela muralha da Calçada Marquês de Abrantes, a Nascente e a Poente por edifícios existentes, restringindo assim o edifício a uma única frente visível.[29] O arquitecto consegue dar corpo e volume a um edifício que, estando à partida entalado em três dos seus lados, se poderia resumir à composição de um plano bidimensional. Dando assim uma expressão que traduzisse claramente o fim a que se destinava que foi conseguir um conjunto que estivesse de acordo com os princípios da arquitectura contemporânea.[30]

O arquitecto dedica especial atenção no desenho da sala de projecção, uma vez que é esse o espaço crucial de um cinema, é onde decorre a acção principal, privilegiando sempre o conforto do espectador, ao qual procura dar uma boa visibilidade, boa audibilidade, e um agradável ambiente climatérico para instalá-lo de modo confortável que lhe permita gozar em completo bem-estar o prazer que procurou para os espectadores pudessem gozar esse prazer com toda a segurança sem o receio de que um incêndio ou qualquer pânico venha a perturbá-lo. As cadeiras foram colocadas de modo a que o olhar de cada espectador abranja a totalidade do ecrã, sem sofrer qualquer deformação.[31] Ele estuda a inclinação dos pavimentos tanto da plateia como do balcão, de modo a que o olhar de cada espectador passe precisamente acima das cabeças dos espectadores da sua frente. Relativamente à audibilidade, o arquitecto não concebe a forma da sala em função dos trajectos das ondas sonoras, alegando que só muito dificilmente se consegue um resultado perfeito, preferindo assegurar uma boa acústica pelo recurso a materiais isoladores no tratamento das paredes, do palco, das portas e do tecto da sala, e prestando especial cuidado em toda a decoração, de forma a evitar reverberações de som.[32]

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 «Companhia de teatro A Barraca faz 35 anos». DN Cartaz. 3 de março de 2011. Consultado em 3 de agosto de 2011 
  2. Predefinição:Harvnb
  3. 3,0 3,1 3,2 Predefinição:Harvnb
  4. Commission for a British Theatre Institute (1976). Theatrefacts. 12. [S.l.]: TQ Publications. p. 47 
  5. The Europa Year Book 1983: A World Survey. 1 24 ed. [S.l.]: Europa Publications. 1983. p. 1040. ISBN 9780905118840 
  6. Journalists in EuropeEurop. 15. 48 páginas. 1980 
  7. «Apresentação». Abarraca.com. Consultado em 3 de agosto de 2011. Arquivado do original em 11 de agosto de 2011 
  8. Predefinição:Harvnb
  9. 9,0 9,1 Predefinição:Harvnb
  10. Predefinição:Harvnb
  11. Predefinição:Harvnb
  12. 12,0 12,1 Predefinição:Harvnb
  13. 13,0 13,1 Sociedade Brasileira de Autores TeatraisRevista de teatro. 500-511. 82 páginas. 1997 
  14. 14,0 14,1 Predefinição:Harvnb
  15. Predefinição:Harvnb
  16. Luiz Francisco Rebello (1987). Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. 10. [S.l.]: Editorial Enciclopédia. p. 33 
  17. «Cronologia de José Afonso» (PDF). Aja.pt. Arquivado do original (PDF) em 3 de junho de 2010 
  18. Predefinição:Harvnb
  19. Predefinição:Harvnb
  20. Predefinição:Harvnb
  21. Predefinição:Harvnb
  22. «O que vale a pena». Visão. 1–12. 130 páginas. 1985 
  23. Predefinição:Harvnb
  24. Predefinição:Harvnb
  25. Predefinição:Harvnb
  26. «Teatro: O Mistério da Camioneta Fantasma». Centenário da República. Consultado em 3 de agosto de 2011. Arquivado do original em 30 de junho de 2011 
  27. «DGArtes - Agenda Online». Agenda.dgartes.pt. Consultado em 3 de agosto de 2011 
  28. Cultura Sapo. ««O Pranto de Maria Parda» - pelo Teatro a Barraca». Cultura.sapo.pt. Consultado em 3 de agosto de 2011 [ligação inativa]
  29. Felino, A. I. (Outubro de 2008). Os cinemas em Portugal - A interpretação de um arquitecto: Raul Rodrigues Lima. Prova de Licenciatura em Arquitectura. Coimbra, Portugal: Universidade de Coimbra, p.89
  30. Costa, F., & Junior, M. C. (Dezembro de 1981). Arquitectura. Planeamento. Design. Construção. Equipamento. O Cinema Cinearte em Perigo, 144, 4.ª Série, pp. 68-69.
  31. Santos, A. d. (Janeiro/ Abril de 1940). Revista Oficial do Sindicato Nacional dos Arquitectos nº 12. CINEARTE, pp. 333-334
  32. Santos, A. d. (Janeiro/ Abril de 1940). Revista Oficial do Sindicato Nacional dos Arquitectos nº 12. CINEARTE, pp. 335-336

Bibliografia

Predefinição:Refbegin

  • Alves dos Reis, Carlos António (2005). História crítica da literatura portuguesa: Do neo-realismo ao post-modernismo. História crítica da literatura portuguesa. 9. [S.l.]: Verbo. ISBN 9789722224734 
  • Brilhante, Maria João (2006). «Gil Vicente: Poet and Artist of the Portuguese Golden Age». Western European Stages. 18 (1) 
  • Guimarães, Carmelinda (1988). 1988.Bom Para o Teatro Brasileiro. Diógenes. 4. [S.l.]: Grupo Editor Latinoamericano. ISBN 9789506941062 
  • Lobo, Eulália Maria Lahmeyer (2001). Imigração portuguesa no Brasil. Estudos históricos. 43. [S.l.]: Hucitec. ISBN 9788527105668 
  • Moser, Fernando de Mello; José V. de Pina Martins (1994). Discurso inacabado: Ensaios de cultura portuguesa. [S.l.]: Fundação Calouste Gulbenkian 
  • Peixoto, Fernando (1985). Teatro em movimento 3ª ed. [S.l.]: Editora Hucitec em convênio com a Secretaria de Estado da Cultura 
  • Pestana, Sebastião (1993). Duas Montagens do Teatro de Gil Vicente: "O Natal nos Autos de Devoção" e "É Menino ou Menina". Anais. 34. [S.l.]: Academia Portuguesa da História. ISBN 972-624-096-4 
  • Rebello, Luiz Francisco (1988). História do teatro português. Colecção Saber. 78 4ª ed. [S.l.]: Europa-América 
  • Rebello, Luiz Francisco (1991). História do teatro. [S.l.]: Comissariado para a Europália 91-Portugal 
  • Rodrigues, Maria Idalina Resina (1987). Estudos ibéricos da cultura à literatura: pontos de encontro, séculos XIII a XVII. [S.l.]: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, Ministério da Educação 
  • Torres, Antônio (1996). Centro: das nossas desatenções. Col: Cantos do Rio. 2. [S.l.]: Relume Dumará. ISBN 9788573160833 
  • Van Maanen, H.; S.E. Wilmer (1998). Theatre Worlds in Motion: Structures, Politics and Developments in the Countries of Western Europe. [S.l.]: Rodopi. ISBN 9789042005549 
  • Vasques, Eugénia (2001). Mulheres que escreveram teatro no século XX em Portugal. Colibri História. 29. [S.l.]: Colibri 

Predefinição:Refend

Ligações externas

talvez você goste