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Árion

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Árion sobre um cavalo-marinho. Pintura de William-Adolphe Bouguereau (1855)

Árion ou Aríon (Ariōn), poeta lírico grego, de duvidosa existência histórica (c. 600 a.C.).

Biografia

Árion teria nascido em Metomna (ilha de Lesbos), mas viveu principalmente em Corinto, à época do tirano Periandro, sendo citado como o primeiro escritor de ditirambos do mundo grego.[1] A obra "Suda" atribui-lhe também a invenção dos coros satíricos e a autoria de dois livros de Proêmios. Se existiram, essas obras se perderam no tempo.

Lenda

De acordo com Heródoto,[1] Arion decidira participar de uma competição musical na Itália e contratou um navio coríntio para transportá-lo. Tendo vencido a competição, recebeu ricos prêmios. Na viagem de volta, os marinheiros do navio decidiram matá-lo para se apossarem de seus prêmios. Ciente disso, Árion pediu-lhes que o deixassem entoar seu derradeiro canto, vestido com suas roupas de cantor, após o qual ele próprio se mataria, lançando-se às águas do mar. Maravilhados, os marinheiros concordaram pois, além de conseguir o que queriam, ainda seriam brindados com a voz de tão famoso cantor.

Empunhando sua cítara, Árion entoou um cântico a Apolo, o deus dos poetas e, à medida que cantava, uma crescente quantidade de golfinhos foi se colocando em volta do navio. Findo o canto, ele lançou-se no mar, como prometera. Os marinheiros julgaram-no morto e prosseguiram sua viagem, mas ele caira sobre um golfinho, que o conduziu em suas costas até o cabo Tainaron, onde havia um santuário de Poseidon, o deus dos mares.

Seguindo por terra, Árion chegou a Corinto antes dos marinheiros, e contou sua história ao tirano Periandro, que não acreditou nela, por julgá-la fantástica. Mas quando os marinheiros chegaram e sem saber que Árion estava vivo, disseram ao tirano que ele havia decidido permanecer na Itália, Periandro compreendeu que o poeta falara a verdade e mandou executar os marinheiros.

Possível origem

A suposta lenda de Árion pode ser baseada no equino Árion, filho de Poseidon e Demetra. Por causa de Árion cair no templo de Poseidon, o pai do equino da mitologia, e na pintura de William Adolphe, estar montado em um cavalo-marinho, uma referência a o equino e a o seu pai.

Referências

Bibliografia

  • Bowder, Diana - "Quem foi quem na Grécia Antiga", São Paulo, Art Editora/Círculo do Livro S/A, s/d
  • Heródoto - "História", I.23-24


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