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Ditirambo

Nas origens do teatro grego, o ditirambo (do grego dithýrambos, pelo latim dithyrambu) era um canto coral de caráter apaixonado (alegre ou sombrio), constituído de uma parte narrativa, recitada pelo cantor principal, ou corifeu, e de outra propriamente coral, executada por personagens vestidos de faunos e sátiros, considerados companheiros do deus Dionísio, em honra do qual se prestava essa homenagem ritualística[1] .

Ditirambo ("hino em uníssono"), consistia numa ode entusiástica e exuberante dirigida ao deus, dançada e representada por um Coro de 50 homens (cinco por cada uma das tribos da Ática) vestidos de sátiro (meio homem, meio bode, uma espécie de servo de Dionísio).

Os "sátiros" tocavam tambores, liras e flautas e iam cantando à medida que dançavam em volta de uma esfinge de Dionísio. Há quem diga que usavam falos postiços. Mas apesar do que se possa pensar, esta cerimónia era totalmente religiosa, uma espécie de hino no meio de uma missa. Também se acredita que haveria o sacrifício de um animal, provavelmente de um bode. (A ideia do sacrifício é conotativa pois representa a mudança humana de consciência animal, por assim dizer, para um nível de consciência mais elevado, realmente "humano" no sentido real da palavra. Isso explica-se pela simbologia da estrela de cinco pontas (pentagrama), que de cabeça para baixo faz alusão a ideia de um bode (dois cifres, orelhas e barba), e no sentido convencional a alusão a figura humana como mostrada por Da Vinci.

À medida que o tempo ia passando, o Ditirambo foi evoluindo para a ficção, para o drama, para a forma teatral, como a conhecemos hoje. Quem dirigia o ditirambo ia juntando gradualmente relatos de façanhas de heróis que tinham passado grandes tormentos pelo seu Povo. Também as danças que no início seriam descontroladas e caóticas iam gradualmente passando a danças organizadas e elaboradas. Também se começa gradualmente a introduzir poesia no ditirambo.

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche utiliza esse estilo em seu livro Assim falou Zaratustra.

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Aurélio século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
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