Exibir código-fonte para Primeira Campanha da Cisplatina

[[Ficheiro:Cisplatina in Brazil (1822).svg|thumb|200px|O [[Império do Brasil]] ([[amarelo]]) e a [[Província da Cisplatina]] ([[vermelho]]).]]
'''Primeira Campanha da Cisplatina''' foi a primeira invasão da [[Cisplatina (província)|Cisplatina]] por tropas [[Portugal|portuguesas]] de [[João VI de Portugal|D. João VI]] entre [[1811]] e [[1812]].

Após a independência de Buenos Aires, em maio de [[1810]], foram criadas as [[Províncias Unidas do Rio da Prata]], que desejavam a anexação da [[Banda Oriental]] ao novo país. Devido à revoltas internas, o governo uruguaio recorreu à ajuda [[luso|lusa]], Dom João VI enviou 4 mil soldados do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] para apoiar a cidade<ref name="ferreira">[http://www.revistatemalivre.com/Prata.html FERREIRA, Fábio. A Presença Luso-Brasileira na Região do Rio da Prata:1808-1822. In: REVISTA TEMA LIVRE.] {{Wayback|url=http://www.revistatemalivre.com/Prata.html |date=20150612194836 }} Acessado em 14 de maio de 2009</ref>.

O governo português enviou inicialmente o chamado Exército de Observação, que estacionou na fronteira , dividido entre uma tropa comandada pelo marechal Curado, com batalhões de infantaria, baterias de artilharia de São Paulo, um esquadrão de milícias de Rio Pardo e uma companhia de [[lanceiro]]s guaranis; e o marechal [[Manuel Marques de Sousa]] com um batalhão de infantaria de Rio Grande, dois esquadrões de cavalaria ligeira, quatro esquadrões da cavalaria ligeira de São Paulo, e um esquadrão de cavalaria de milícias do Rio Grande. Estas forças foram colocadas sob o comando do marechal Mena Barreto, nas [[Sete Povos das Missões|Missões]]<ref name=flores>FLORES, Moacyr. Dicionário de história do Brasil, 2a ed., EDIPUCRS, 2001, ISBN 8574302090, ISBN 9788574302096, 637 pp.</ref>. Em [[7 de março]] de [[1811]], [[Diogo de Sousa, conde de Rio Pardo|Diogo de Sousa]], governador da [[Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul]], chega a [[Bagé]], estabelecendo ali seu [[Base militar|Quartel General]].<ref name=cons_trs/>

Sob comando de Diogo de Sousa, a tropa atravessou o [[Rio Jaguarão]], em [[17 de julho]] de [[1811]]<ref name=flores />. Marques de Sousa tomou [[Melo (Uruguai)|Cerro Largo]] em 23 de julho, em [[5 de setembro]] ocupou o [[Forte de Santa Teresa]], abandonado pelos espanhóis e à noite invadiu o acampamento inimigo em [[Castilhos]]<ref name=flores />. Em [[14 de outubro]] Diogo de Sousa chega a [[Maldonado]] sem reação uruguaia<ref name=flores />. 

Pressionado pelos britânicos, interessados no porto de [[Montevidéu]], e acuados pelas tropas portuguesas o vice-rei uruguaio [[Francisco Javier de Elío]], fiel à Espanha assina um [[armistício]], em [[20 de outubro]]<ref name=cons_trs/>, o Tratado de Pacificação, com as tropas rebeldes de [[José Artigas]], que retornaram à [[Salto]], bem como com as de [[Rondeau]] (comandante das tropas de Buenos Aires) , que voltaram a [[Buenos Aires]]<ref name=flores />. [[Manuel dos Santos Pedroso]], que perseguia Artigas, estacionou em [[Arapeí]]<ref name=flores />. Diogo de Sousa foi surpreendido pela notícia, enquanto estava já nas proximidades de Montevidéu.<ref name=cons_trs>SPALDING, Walter. Construtores do Rio Grande. Livraria Sulina, Porto Alegre, 1969, 3 vol., 840pp.</ref>

Em [[1812]] Diogo de Sousa convocou ao exército todos os rio-grandenses entre 16 e 40 anos de idade, formando um exército que rumou para [[Paisandu]], lá entrando em [[2 de maio]] de [[1812]]<ref name=flores />. [[Bento Manuel Ribeiro]] atacou [[Japeju]], enquanto o coronel [[Francisco das Chagas Santos]], com 300 milicianos, arrasou [[São Tomé (São Tomé e Príncipe)|São Tomé]] e o capitão [[José de Abreu]] destruiu a vanguarda de Artigas, composta de índios guaranis<ref name=flores />.

Em [[10 de junho]] Dom Diogo recebe a ordem de suspender os combates, retorna a [[Bagé]] e desmobiliza as tropas milicianas, encerrando a campanha<ref name=flores />.

Em [[1816]], ocorreria uma nova invasão da Cisplatina, na [[Guerra contra Artigas]].

==Futuros Farroupilhas==
Nesta campanha tiveram seus batismos de fogo, diversos [[militar]]es que ficariam famososo na [[Guerra dos Farrapos]], como [[Bento Gonçalves]], [[David Canabarro]] e [[Antero José Ferreira de Brito]].

== Ver também ==
*[[Guerra contra Artigas]]
*[[Grito de Ascencio]]

{{referências|col=2}}

{{Esboço-história}}

[[Categoria:Colonização do Brasil]]
[[Categoria:História do Uruguai]]
[[Categoria:História do Rio Grande do Sul]]
[[Categoria:1811 no Brasil]]
[[Categoria:1812 no Brasil]]
[[Categoria:Conflitos em 1811]]
[[Categoria:Conflitos em 1812]]