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Pedro Álvares Cabral

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Pedro Álvares Cabral

Pedro Álvares Cabral (Belmonte, 1467 ou 1468 - Santarém, 1520 ou 1526), fidalgo e navegador português a quem geralmente se atribui o descobrimento do Brasil (22 de Abril de 1500).

Acredita-se que terá nascido em Belmonte, na região da Beira Baixa, em Portugal. Foi o terceiro filho de Fernão Cabral, governador da Beira e alcaide-mor de Belmonte, e de Isabel de Gouvea. Assim, seu nome original teria sido Pedro Álvares Gouvea, pois apenas o primogênito herdava o sobrenome paterno. Apenas posteriormente, com a morte de seu irmão mais velho, teria passado a se chamar Pedro Álvares Cabral.

Aos 11 anos de idade mudou-se para Lisboa, onde estudou literatura, história, ciências, cosmografia e artes militares. Com a subida ao trono de D. Manuel (1495-1521) passou a integrar o Conselho do Rei e foi admitido como cavaleiro na Ordem de Cristo, distinção concedida apenas a alguns nobres.

Em 1500, aos 33 anos de idade, o soberano confiou-lhe o comando da segunda armada que mandou à Índia, a mais bem equipada do século XV, integrada por dez naus e três caravelas, transportando cerca de 1.500 homens, entre funcionários, soldados e religiosos.

Partiu de Lisboa em 9 de Março de 1500, e, desviando-se do caminho original – intencionalmente, segundo a hipótese mais admitida pelos historiadores – atingiu a costa oriental da América do Sul, aportando em Porto Seguro, na Bahia, Brasil, a 22 de Abril de 1500. Tomou posse da nova terra em nome da Coroa portuguesa, que denominou de Terra de Vera Cruz, e enviou uma das embarcações menores com as notícias, de volta ao reino. Retomou então a rota de Vasco da Gama rumo às Índias.

Ao cruzar o cabo da Boa Esperança, quatro de seus navios se perderam, entre os quais, irônicamente, o de Bartolomeu Dias, navegador português que o descobrira em 1488. Calecute foi atingida em Setembro de 1500 e Cabral assinou o primeiro acordo comercial entre Portugal e a Índia.

Ao voltar a Lisboa, em 1501, foi aclamado como herói. Casou-se com Isabel de Castro, filha do nobre Fernando de Noronha. Desentendeou-se, entretanto, com o soberano acerca do comando da expedição às Índias programada para 1502 e foi substituído por Vasco da Gama. Não recebeu mais nenhuma outra missão oficial até ao fim da vida. Faleceu esquecido e foi sepultado na Igreja da Graça cidade de Santarém, segundo alguns em 1520, e outros, em 1526.

Foi-lhe erguido um monumento na cidade do Rio de Janeiro e outro em Lisboa, na avenida que tem o seu nome; de igual modo, também a sua terra natal o homenageou com uma estátua.

Algo que a maioria das pessoas não sabe sobre Pedro Álvares Cabral, "descobridor" do Brasil, é que ele pertencia a "Ordem de Cristo", uma sucessora dos templários, formada pelo rei de Portugal, e cujos membros íncluiam ex-templários portugueses. As regras inicialmente eram as mesmas: "castidade, obediência e pobreza". Com o tempo, os membros da Ordem de Cristo não precisavam mais seguir o voto de castidade ou de pobreza, permitindo com que navegadores como Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama se tornassem membros da Ordem de Cristo.

Um detalhe interessante é que os navios portugueses que aportaram no Brasil pela primeira vez em 1500, traziam nas suas velas um símbolo de extrema semelhança, com apenas umas mínimas modificações, com a cruz templária, o emblema de uma ordem extinta, mas que ainda desperta muita curiosidade e é cercada de lendas: A Ordem dos Templários.

Mas o caráter mais obscuro da vida de Pedro Álvares Cabral ainda continua envolto em sombras: sua religião. Há indícios de que em suas viagens, Cabral demonstrou inexplicável fascínio pela cultura africana, a ponto de ter participado de rituais envolvendo sacrifícios humanos. Relatos de companheiros de Cabral revelam que este planejava criar um culto de Umbanda em Porto Seguro logo nos primeiros anos do descobrimento, culto esse que viria a se transformar em nação e em país, com intuito de dominar a Europa e as Índias.

Conta a história que o plano de Cabral foi sabotado por Pero Vaz de Caminha, seu amigo pessoal e escrivão da nau, morto logo em seguida, em um dramático episódio durante a construção da feitoria de Calicute a mando de Cabral. Caminha originalmente era cúmplice de Pedro Álvares Cabral em seu plano maquiavélico, mas, diziam na época que por inveja, delatou seu companheiro através da carta de descobrimento endereçada ao rei de Portugal. A denúncia foi feita discretamente: Caminha elaborou a carta de modo que as primeiras letras das palavras do 28o. parágrafo relevasse as verdadeiras intenções do conspirador:

"Com A Bandeira Rodopiando Ao Luar, Tantos Rochedos A Interceptar, Valha-me Ó Senhor, Sois A Alma Lúgubre Tecendo Extensos Zynttiläs Azuis"

"CABRAL - TRAI - VOSSA - ALTEZA!", sussurrava silenciosamente a carta de Caminha aos ouvidos do Rei.

Com a decodificação da mensagem por parte dos cronistas reais, Pedro Álvares Cabral foi encarcerado no Brasil e passou os últimos dois anos de sua vida na Prisão Real de Porto Seguro, o que não o impediu de articular sua vingança contra Pero Vaz.

Curiosidade: Diz a lenda que a prisão onde Cabral passou os últimos anos da sua vida é o lugar mais propício a invocação de espíritos de orixás e outras divindades da Umbanda.

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