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Nazismo

O "Nazismo" ou o "Nacional Socialismo" designa a política da ditadura que governou a Alemanha de 1933 a 1945, o "Terceiro Reich". O nazismo é frequentemente associado ao fascismo, embora os nazis dissessem praticar uma forma nacionalista e totalitária de socialismo (oposta ao socialismo internacional marxista).

O Partido Nacional Socialista alemão defendia o "Nationalsozialismus" ("Nacional-Socialismo"). Ainda hoje há alguma controvérsia sobre se a natureza do regime nazi tinha alguma coisa em comum com o socialismo. Alguma direita e extrema-direita, chegando por vezes até ao centro, em especial em países com mais forte tradição anti-comunista (como os Estados Unidos da América), referem-se ao nazismo como uma forma de socialismo, apontando para o nome, para alguma da retórica nazi e para a estatização da sociedade como provas. A generalidade da esquerda rejeita essas ideias, apontando para a existência, desde ainda antes da tomada do poder por Hitler, de uma resistência comunista e socialista ao nazismo, para o carácter internacionalista e fraterno do socialismo, totalmente oposto à teoria e prática nazi, e para a manutenção, pelos nazis, de toda a estrutura capitalista da economia alemã, limitada apenas pelas condicionantes de uma economia de guerra e pela abordagem àquilo a que os nazis chamavam o "problema judeu".

O ditador Adolf Hitler chegou ao poder enquanto líder de um partido político, o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, ou NSDAP). A Alemanha deste período é também conhecida como Alemanha Nazi, e os partidários do nazismo eram (e são) chamados nazis. O nazismo foi proibido na Alemanha moderna, muito embora pequenos grupúsculos de simpatizantes, chamados neo-nazis, continuem a existir na Alemanha e noutros países. Alguns revisionistas históricos disseminam propaganda que nega ou minimiza o Holocausto e outras acções dos nazis e tenta deitar uma luz positiva sobre as poíticas do regime nazi e os acontecimentos que ocorreram sob ele.

Teoria ideológica

De acordo com "Mein Kampf" (A Minha Luta), Hitler desenvolveu as suas teorias políticas pela observação cuidadosa das políticas do Império Austro-Húngaro. Ele nasceu como cidadão do Império e acreditava que a sua diversidade étnica e linguística o enfraquecera. Também via a democracia como uma força desestabilizadora, porque colocava o poder nas mãos das minorias étnicas, que tinham incentivo para enfraquecer e desestabilizar mais o Império.

O centro da ideologia nacional-socialista é o termo raça. A teoria nazi diz que a raça ariana é uma "raça-mestra", superior a todas as outras, e justifica esta crença da seguinte maneira:

O nacional-socialismo diz que uma nação é a máxima criação de uma raça. Consequentemente, as grandes nações (literalmente, nações grandes) seriam a criação de grandes raças. A teoria diz que as grandes nações nascem do poderio militar e que este, por sua vez, se origina em culturas racionais e civilizadas, que, por sua vez ainda, são criadas por raças com boa saúde natural e traços agressivos, inteligentes e corajosos.

As nações mais fracas, para os nazis, são aquelas criadas por raças impuras, "mulatas" porque têm culturas divididas, briguentas e, portanto, fracas.

De acordo com os nazis, um erro óbvio deste tipo é permitir ou encorajar múltiplas línguas dentro de uma nação. Esta crença é o motivo pelo qual os nazis alemães estavam tão preocupados com a unificação dos territórios dos povos de língua alemã.

Nações incapazes de defender as suas fronteiras, diziam, seriam a criação de raças fracas ou escravas. Pensava-se que as raças escravas eram menos dignas de existir do que as raças-mestras. Em particular, se uma raça-mestra necessitar de espaço para viver (Lebensraum), pensava-se que ela tinha o direito de tomar o território e matar ou escravizar as "raças escravas" indígenas.

Raças sem pátria era, portanto, consideradas "raças parasíticas". Quanto mais ricos fossem os membros da "raça parasítica" mais virulento seria o parasitismo. Uma raça-mestra podia, portanto, de acordo com a doutrina nazi, endireitar-se facilmente pela eliminação das "raças parasíticas" da sua pátria.

Foi esta a justificação teórica para a opressão e eliminação dos judeus e dos ciganos, um dever que muitos nazis (curiosamente) consideravam repugnante.

As religiões que reconhecessem e ensinassem estas "verdades" eram as religiões "verdadeiras" ou "mestras" porque criavam liderança por evitarem as "mentiras reconfortantes". As que pregassem o amor e a tolerância, "em contradição com os factos", eram chamadas religiões "escravas" ou "falsas".

Os homens que aceitassem estas "verdades" eram chamados "líderes naturais"; os que as rejeitassem eram chamados "escravos naturais". Dizia-se dos escravos, especialmente dos inteligentes, que embaraçavam os mestres pela promoção de falsas doutrinas religiosas e políticas.

Se bem que a raça fosse fulcral na mundovisão nazi, não era tudo. As raízes ideológicas do nazismo iam um pouco mais fundo do que isso, visto que os nazis procuraram legitimação em obras anteriores, particularmente numa leitura, por muitos considerada no mínimo discutível, da tradição romântica do século XIX, e em especial do pensamento de Friedrich Nietzsche sobre o desenvovimento do homem em direcção ao Übermensch.

Nazismo e romantismo

De acordo com Bertrand Russell, o nazismo provém de uma tradição diferente quer do capitalismo liberal quer do comunismo. E por isso, para entender os valores do nazismo, é necessário explorar esta ligação, sem trivializar o movimento tal como ele era no seu auge, nos anos 30, e o descartar como pouco mais que racismo.

Muitos historiadores dizem que o elemento anti-semítico, que não existe nos movimentos-irmãos do nazismo, os fascismos de Itália e Espanha, foi adoptado por Hitler para obter popularidade para o seu movimento. O preconceito anti-semita era muito comum nas massas do Império Alemão. Por isso, diz-se que a aceitação das massas dependia do anti-semitismo e da exaltação do orgulho alemão, ferido com a derrota na Primeira Guerra Mundial.

Mas há quem diga (por exemplo o filólogo Victor Klemperer) que as origens e os valores do nazismo provém da tradição irracionalista do movimento romântico do início do século XIX. Os nazis valorizavam a força, a paixão, a falta de hipocrisia o utilitarianismo, os valores tradicionais da família e a devoção à comunidade.

O nazismo e o Império Britânico

Hitler admirava o Império Britânico. Os intelectuais britânicos desenvolveram teorias racistas no século XIX para controlar o povo indiano e outros "selvagens", e os nazis copiaram muitos destes métodos.

De forma semelhante, na sua juventude Hitler também admirou bastante os Estados Unidos da América. Em Mein Kampf, louvou os Estados Unidos pelas suas leis anti-imigração. De acordo com Hitler, os EUA eram uma nação bem sucedida porque se mantinham "puros" de "raças inferiores". No entanto, à medida que a guerra se aproximava, a sua opinião dos Estados Unidos piorou e ele começou a acreditar que a Alemanha iria conseguir uma vitória fácil sobre os EUA precisamente porque este país, na sua nova maneira de o ver, se tinha tornado uma nação mestiça.

Arquivo:EconNaziPropaganda.png
Folheto de propaganda económica
doméstica nazi

Teoria econômica

A teoria económica nazi preocupou-se com os assuntos domésticos imediatos e, em separado, com as concepções ideológicas da economia internacional.

A política económica doméstica concentrou-se em três objectivos principais:

  • eliminação do desemprego
  • eliminação da hiperinflação
  • expansão da produção de bens de consumo para melhorar o nível de vida das classes média e baixa.

Todos estes objectivos pretendiam contrariar aquilo que era visto como os defeitos da República de Weimar e para solidificar o apoio doméstico ao partido. Nisto, os nazis foram bastante bem sucedidos. Entre 1933 e 1936 o PIB alemão cresceu a uma taxa média anual de 9.5 por cento, e a taxa de crescimento da indústria subiu 17.2 por cento. Muitos economistas, no entanto, afirmam que a expansão da economia alemã nesse período não foi resultado da acção do partido nazi, mas sim uma consequência das políticas económicas dos últimos anos da República de Weimar que começaram então a ter efeito.

Mas existem dúvidas se a economia realmente cresceu ou se só se recuperou da depressão porque os salários na Alemanha nazista de 1939 eram um pouco menores do que os salários na Alemanha de 1929.

Além disso, também se tem feito notar que embora seja crença algo generalizada que os nazis puseram fim à hiperinflação, na realidade o fim da hiperinflação precedeu os nazis em vários anos.

Esta expansão empurrou a economia alemã para fora de uma profunda depressão e para o pleno emprego em menos de quatro anos. O consumo público durante o mesmo período aumentou 18.7%, enquanto que o consumo privado aumentou 3.6% anualmente. No entanto, e uma vez que a produção era mais consumidora do que produtora (a elaboração de projectos de trabalho, a expansão da máquina de guerra, a iniciação do recrutamento para tirar homens em idade produtiva do mercado de trabalho), as pressões inflacionárias reapareceram, se bem que não chegassem aos extremos da República de Weimar. Estas pressões económicas, combinadas com a máquina de guerra cuada durante a expansão (e as concomitantes pressões para o seu uso), levou alguns comentadores a chegar à conclusão de que bastavam essas razões para tornar uma guerra europeia inevitável. Dito de outra forma, sem uma nova guerra europeia que suportasse esta política económica consumista e inflacionária, o programa económico doméstico nazi era insustentável. Isto não significa que as considerações políticas não tivessem tido maior peso no desencadear da Segunda Guerra Mundial. Significa apenas que a economia foi e continua a ser um dos principais factores de motivação para que qualquer sociedade vá para a guerra.

O partido nazi acreditava que uma cabala da banca internacional tinha estado por trás da depressão global dos anos 30. O controlo desta cabala foi identificado com o grupo étnico conhecido por judeus, o que forneceu outra ligação à sua motivação ideológica para a destruição desse grupo no holocausto. Ho entanto, e de uma maneira geral, a existência de grandes organizações internacionais da banca e de banca mercantil era bem conhecida ao tempo. Muitas dessas instituições bancárias eram capazes de exercer pressões sobre os estados-nações através da extensão ou da retenção de créditos. Esta influência não se limita aos pequenos estados que precederam a criação do Império Alemão enquanto estado-nação na década de 1870, mas surge nas histórias de todas as potências europeias desde 1500. Na realidade, algumas corporações trans-nacionais do período entre 1500 e 1800 (a Companhia Holandesa das Índias Orientais é um bom exemplo) foram criadas especificamente para entrar em guerras no lugar dos governos e não o inverso.

Usando mais nomenclatura moderna, ainda que fazê-lo possa ser algo discutível, é possível dizer que o partido nazi estava contra o poder das corporações trans-nacionais, que considerava excessivo em relação ao dos estados-nação. Embora por motivos por vezes opostos, esta posição anti-corporativa é partilhada por muitas forças políticas de esquerda e centro-esquerda, anarquistas (principalmente de esquerda, mas também de direita) e de extrema-direita.

É importante fazer notar que a concepção nazi da economia internacional era muito limitada. A principal motivação do partido era incorporar no Reich recursos que anteriormente não faziam parte dele, pela força e não através do comércio. Isto fez da teoria económica internacional um factor de suporte da ideologia política em vez de uma trave mestra da plataforma política, como na maioria dos partidos poíticos modernos.

Do ponto de vista económico, o nazismo e o fascismo estão relacionados. O nazismo pode ser encarado como um subconjunto do fascismo - todos os nazis são fascistas mas nem todos os fascistas são nazis. O nazismo partilha muitas características económicas com o fascismo, com o controlo governamental da finança e do investimento (através da atribuição de créditos), da indústria e da agricultura, ao mesmo tempo que o poder corporativo e sistemas baseados no mercado para criar os preços se mantinham. Citando Benito Mussolini: "O fascismo devia ser chamado corporativismo, porque é uma fusão do Estado e do poder corporativo."

Em vez de ser o estado a requerer bens das empresas industriais e a colocar nelas as matérias-primas necessárias à produção (como em sistemas socialistas / comunistas), o estado pagava por esses bens. Isto permitia que o preço desempenhasse um papel essencial no fornecimento de informação sobre a escassez dos materiais, ou nas principais necessidades em tecnologia e mão-de-obra (incluindo a educação de mão-de-obra qualificada) para a produção de bens. Além disso, o papel que os sindicatos deviam desempenhar nas relações de trabalho nas empresas era outro ponto de contacto entre fascismo e nazismo. Tanto o partido nazi alemão como o partido fascista italiano tiveram inícios ligados ao sindicalismo, e encaravam o controlo estatal como forma de eliminar o conflito nas relações laborais.

Efeitos

Estas teorias foram utilizadas para justificar uma agenda política totalitária de ódio racial e de supressão da dissidência com o uso de todos os meios do estado.

Como outros regimes fascistas, o regime nazi punha ênfase no anti-comunismo e no princípio do líder (Führerprinzip). Este é um princípio-chave na ideologia fascista, segundo o qual se considera o líder como a corporização do movimento e da nação. Ao contrário de outras ideologias fascistas, o nazismo era vrulentamente racista. Algumas das manifestações do racismo nazi foram:

O anti-clericalismo também fez parte da ideologia nazi, o que é mais um ponto de divergência com outros fascismos.

Efeitos secundários

Talvez o efeito intelectual mais importante do nazismo tenha sido o descrédito, durante pelo menos duas gerações, das tentativas de utilizar a sociobiologia para explicar ou influenciar assuntos sociais.

Pessoas e história

O nazi mais importante foi Adolf Hitler, que governou a Alemanha Nazi entre 30 de Janeiro de 1933 até ao seu suicídio a 30 de Abril de 1945, levou o Reich alemão à Segunda Guerra Mundial e supervisou o assassínio de 40 milhões de pessoas. Com Hitler, o nacionalismo étnico e o racismo juntaram-se numa ideologia militarista.

Depois da guerra, muitos nazis de primeiro plano foram condenados por crimes de guerra e crimes contra a humanidade nos Julgamentos de Nuremberga.

O símbolo nazi é a suástica orientada no sentido dos ponteiros do relógio.


Suástica
O símbolo dos nazis
"a cruz gamada"

Nazismo e religião

As relações entre o nazismo e o cristianismo só podem ser descritas como complexas e controversas.

É claro que Hitler e os outros líderes nazis se utilizaram do simbolismo e emoção cristãs para propaganda junto do público alemão, esmagadoramente cristão, mas continua a ser controverso saber se Hitler se considerava, ou não, cristão. Alguns autores cristãos tentaram tipificar Hitler como ateu ou ocultista — ou mesmo um satanista — enquanto que autores não-cristãos puseram ênfase na utilização externa da doutrina cristã, sem dar importância ao que poderia ter sido a mitologia interna do partido. A existência de um Ministério de Assuntos da Igreja, instituído em 1935 e liderado por Hanns Kerrl, foi quase ignorada por ideólogos como Alfred Rosenberg e por outros decisores políticos.

As relações o Partido Nazi com a Igreja Católica são ainda mais polémicas. Muitos padres e líderes católicos opuseram-se com vigor ao nazismo, dizendo que ele era incompatível com a moral cristã. Tal como aconteceu com muitos opositores políticos, muitos destes padres foram condenados aos campos de concentração pela sua oposição. Apesar disso, a hierarquia da Igreja, representada pelo Papa Pio XII manteve-se basicamente silenciosa, e as alegações de cumplicidade papal são hoje lugar-comum. Também existiam líderes católicos pró-nazis, como o Bispo Alois Hudal.


Nazismo e fascismo

O termo "nazismo" é frequentemente (mas incorrectamente) usado como sinónimo de "fascismo". Ao passo que o nazismo incorporou elementos estilísticos do fascismo, as semelhanças principais entre os dois foram a ditadura, o irredentismo territorial e a teoria económica básica. Por exemplo, Benito Mussolini, o fundador do fascismo, não adoptou o anti-semitismo até se ter aliado a Hitler, enquanto que o nazismo foi explicitamente racista desde o início. O ditador espanhol Francisco Franco, frequentemente chamado fascista, poderá talvez ser descrito como um monárquico católico reaccionário que adoptou pouco do fascismo para além do estilo.

Para o fim do século XX, surgiram movimentos neo-nazis em vários países, incluindo os Estados Unidos da América e várias nações europeias. O neo-nazismo inclui qualquer grupo ou organização que exibe uma ligação ideológica com o nazismo. É frequentemente associado à subcultura juvenil skinhead. Alguns partidos políticos da orla do espectro como, nos EUA, o Partido Verde Nacional Socialista Libertário (LNSGP, ou Libertarian National Socialist Green Party), adoptaram ideias nazis.

Que factores levaram ao sucesso do nacional-socialismo?

Uma questão importante sobre o nacional-socialismo tem a ver com os factores que promoveram a sua ascensão, não só na Alemanha mas também noutros países europeus (podiam encontrar-se movimentos nacional-socialistas na Suécia, Grã-Bretanha, Itália, Espanha e EUA), nos anos 20 e 30 do século passado.

Estes factores podem ter tido a ver com:

Os nazis eram socialistas?

Há quem afirme que o nazismo foi uma forma de socialismo, mas esta visão é rejeitada pela maioria dos historiadores e pelos socialistas modernos. Para mais informações, veja socialismo e nazismo.

O termo "nazi" na cultura popular

As múltiplas atrocidades e ideologia extremista que os nazis seguiram tornaram-nos tão dignos de nota na linguagem popular como na história. O termo "nazi" é usado de diversas formas. É frequentemente utilizado para descrever grupos de pessoas que tentam impôr soluções impopulares ou extremistas à população em geral, ou então que cometem crimes e outros tipos de violações sobre terceiros sem mostrar remorso. Israel é um alvo comum e extremamente controverso do termo "nazi", ao descrever o modo como trata os palestinianos e as suas políticas teoricamente racialistas.

Alguns dos usos do termo que se vêem na cultura popular são extremamente ofensivos. Frases como "nazi do software livre" ou "feminazi" são dois exemplos de usos particularmente objectáveis. Mesmo muitos dos que mais fortemente se opõem ao movimento do Software Livre não gostam do que encaram como a trivialização dos nazis, que mataram milhões de pessoas.

O termo é usado tão frequentemente que inspirou a "lei de godwin" que diz que "com o prolongamento de uma discussão online, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo os nazis ou Hitler aproxima-se de um". Talvez esteja a acontecer o mesmo que com outras palavras ofensivas e a comunidade esteja a reclamar o termo.

Ver também

de:Nationalsozialismus en:Nazism fr:Nazisme it:Nazismo nl:Nationaal Socialisme pl:Nazizm ro:Nazism

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