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Índice de Desenvolvimento Humano

IDH ao redor do mundo. Verde escuro é o IDH mais alto (> 0,9) e cinza o mais baixo (< 0,5).
Arquivo:Idh estados.png
IDH dos estados do Brasil.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de pobreza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil. O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas em seu relatório anual.

Todo ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas. Os países com uma classificação elevada freqüentemente divulgam a informação, a fim de atrair imigrantes qualificados ou desencorajar a emigração.

Critérios de Avaliação

  • Educação: Para avaliar a dimensão educação o cálculo do IDH considera dois indicadores. O primeiro é a taxa de analfabetismo, considerando o percentual de pessoas acima de 15 anos de idade; esse indicador tem peso dois. O Ministério da Educação (Brasil) indica que, se a criança não se atrasar na escola, ela termina o principal ciclo de estudos (Ensino Fundamental) aos 14 anos de idade. Por isso a medição do analfabetismo se dá a partir dos 15 anos. O segundo indicador é o somatório das pessoas, independente da idade, que freqüentam algum curso, seja ele fundamental, médio ou superior, dividido pelo total de pessoas entre 7 e 22 anos da localidade. Também entram na contagem os alunos supletivos, de classes de aceleração e de pós-graduação universitária. Apenas classes especiais de alfabetização são descartadas para efeito do cálculo.
  • Longevidade: O item longevidade é avalidado considerando a esperança de vida ao nascer, que é válida tanto para o IDH municipal quanto para o IDH de países. Esse indicador mostra a quantidade de anos que uma pessoa nascida naquela localidade, em um ano de referência, deve viver. Ocultamente, há uma sintetização das condições de saúde e de salubridade no local, já que a expectativa de vida é diretamente proporcional e diretamente relacionada ao número de mortes precoces.
  • Renda: A renda é calculada tendo como base a renda per capita do país ou município. Como existem diferenças entre o custo de vida de um país para o outro, a renda medida pelo IDH é em dólar PPC (Paridade do Poder de Compra), que elimina essas diferenças.

Classificação

O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) até 1 (desenvolvimento humano total), sendo os países classificados deste modo:

  • Quando o IDH de um país está entre 0 e 0,499, é considerado baixo.
  • Quando o IDH de um país está entre 0,500 e 0,799, é considerado médio.
  • Quando o IDH de um país está entre 0,800 e 1, é considerado alto.

Situação do Brasil

O Brasil está na 63ª colocação no ranking do IDH de 2005 (em 177 países no total), com um índice de 0,792 (médio desenvolvimento humano). Desde 1990, já subimos 14 posições. Apesar de ter melhorado nos critérios educação e longevidade, o Brasil caiu no critério renda. Em educação, o Brasil tem uma taxa de 11,6% de analfabetismo (91º no ranking mundial) e na taxa bruta de matrícula (um dos melhores avanços recentes na área) o Brasil é 26º colocado no ranking mundial. Em educação, o país tem desempenho melhor que a média mundial e regional. Em longevidade, a esperança ao nascer, no Brasil, é 70,5 (estamos em 86º no ranking mundial). A esperança de vida supera a média global, mas não a latino-americana. Em renda, o Brasil ocupa a 64ª posição no ranking mundial (de 2002 para 2003, segundo o RDH 2005, a renda brasileira caiu 1,6% - passou de US$ 7.918 para US$ 7.790), 12 países da América Latina e do Caribe têm desempenho superior ao brasileiro, entre eles México (53º no ranking, IDH de 0,814), Cuba (52º no ranking, IDH de 0,817), Uruguai (46º no ranking e IDH de 0,840), Chile (37º no ranking, IDH de 0,854) e Argentina (34º no ranking, IDH de 0,863). A Noruega lidera o ranking novamente, com IDH de 0,963. O Brasil aparece logo abaixo da Rússia e logo acima da Romênia. O RDH destaca o papel do Brasil em negociações comerciais internacionais, mas os comentários mais comuns são sobre desigualdade (principalmente a de renda – 46,9% da renda estão nas mãos dos 10% mais ricos (só 7 países estão atrás do Brasil nesse quesito) e somente 0,7% estão com os 10% mais pobres (só 5 países estão atrás do Brasil nesse quesito). Existe um modo de calcular a distribuição de renda (o Coeficiente de Gini – 0,00, hipoteticamente, significa que todos no país têm a mesma renda e 1,00 significaria que uma pessoa têm toda a renda nacional). Com 0,593 no Índice de Gini, o Brasil é o oitavo pior colocado no ranking. “O RDH diz, ainda, que a desigualdade social atrapalha o desenvolvimento econômico e o benefício dos mais pobres. Para que a concentração de renda se equilibre, é necessário desenvolvimento e absorção da mão-de-obra estruturalmente excedente. Quando o Brasil conseguir superar a oferta ilimitada da mão-de-obra não-qualificada, os salários poderão crescer (com a produtividade) e a concentração diminuirá. Para isso, por sua vez, precisamos retomar o desenvolvimento, e então a oferta ilimitada de mão-de-obra voltará a ser reduzida, porque, como mostra a imigração para os países ricos, a tecnologia poupadora de mão-de-obra não impede que o desenvolvimento crie empregos”.

Ver também

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