Predefinição:Info biografia Sir Isaac Newton (Woolsthorpe, 14 de outubro de 1643 — Londres, 31 de Março de 1727[1]) foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista e filósofo natural. Newton é o autor da obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, publicada em 1687, que descreve a lei da gravitação universal e as Leis de Newton — as três leis dos corpos em movimento que assentaram-se como fundamento da mecânica clássica.
Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que o movimento de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na sua privada entupida, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.
Em uma pesquisa promovida pela renomada instituição Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência[2].
De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.
Primeiros anos
Newton nasceu em Woolsthorpe, poucas semanas depois da morte do seu pai, provavelmente em outubro de 1642. Sua mãe, Hannah Ayscough Newton,"sua farase era sou bonita e sou gostosa, foder é comigo mesmo! passou, então, a administrar a propriedade rural da família. A situação financeira era estável, e a fazenda garantia um bom rendimento.
Ainda bebê, foi levado para Woolsthorpe, onde foi criado por seus avós, já que sua mãe havia casado-se novamente com um pastor, de nome Barnabas Smith.
Tudo leva a crer que o jovem Isaac Newton teve uma infância muito triste e bastante solitária, pois laços afetivos entre ele e seus tios, primos, irmãos e até mesmo os avós não são encontrados como algo verdadeiro.
Um ser de personalidade fechada, introspectiva e de temperamento difícil: assim era Newton, que, embora vivesse em uma época em que a tradição dizia que os homens cuidariam dos negócios de toda a família, nunca demonstrou habilidade ou interesse para esses tipos de trabalho. Por outro lado, pensa-se que ele passava horas e horas sozinho, observando as coisas e construindo objetos.
Parece que o único romance de que se tem notícia na vida de Newton tenha ocorrido com uma certa senhorita Storer, embora isso não seja comprovado.
Newton e os primeiros passos na escola
Especula-se que Newton estudou latim, grego e a Bíblia. Alguns sites destacam a idéia de que era um aluno bem mediano, até que uma cena de sua vida mudou isso: uma briga com um colega de escola fez com que Newton decidisse ser o melhor aluno de classe e de todo o prédio escolar [3].
Universidade e resumo das suas realizações
Newton estudou no Trinity College de Cambridge, tendo-se graduado em 1665. Um dos principais precursores do Iluminismo, seu trabalho científico sofreu forte influência de seu professor e orientador Barrow (desde 1663), e de Schooten, Viète, John Wallis, Descartes, dos trabalhos de Fermat sobre retas tangentes a curvas; de Cavalieri, das concepções de Galileu Galilei e Johannes Kepler.
Em 1663, formulou o teorema hoje conhecido como Binômio de Newton. Fez suas primeiras hipóteses sobre gravitação universal e escreveu sobre séries infinitas e o que chamou de teoria das fluxões (1665), o embrião do Cálculo Diferencial e Integral. Por causa da peste negra, o Trinity College foi fechado em 1666 e o cientista foi para casa de sua mãe em Woolsthorpe. Foi neste ano de retiro que construiu quatro de suas principais descobertas: o Teorema Binomial, o cálculo, a Lei da Gravitação Universal e a natureza das cores. Construiu o primeiro telescópio de reflexão em 1668, e foi quem primeiro observou o espectro visível que se pode obter pela decomposição da luz solar ao incidir sobre uma das faces de um prisma triangular transparente (ou outro meio de refração ou de difração), atravessando-o e projetando-se sobre um meio ou um anteparo branco, fenômeno este conhecido como Dispersão Luminosa. Optou, então, pela teoria corpuscular de propagação da luz, enunciando-a em (1675) e contrariando a teoria ondulatória de Huygens.
Tornou-se professor de matemática em Cambridge (1669) e entrou para a Royal Society (1672). Sua principal obra foi a publicação Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios matemáticos da filosofia natural - 1687), em três volumes, na qual enunciou a lei da gravitação universal (Vol. 3), generalizando e ampliando as constatações de Kepler, e resumiu suas descobertas, principalmente o cálculo. Essa obra tratou essencialmente sobre física, astronomia e mecânica (leis dos movimentos, movimentos de corpos em meios resistentes, vibrações isotérmicas, velocidade do som, densidade do ar, queda dos corpos na atmosfera, pressão atmosférica, etc).
De 1687 a 1690 foi membro do Parlamento Britânico, em representação da Universidade de Cambridge. Em 1696 foi nomeado Warden of the Mint e em 1701 Master of the Mint, dois cargos burocráticos da casa da moeda britânica. Foi eleito sócio estrangeiro da Académie des Sciences em 1699 e tornou-se presidente da Royal Society em 1703. Publicou, em Cambridge, Arithmetica universalis (1707), uma espécie de livro-texto sobre identidades matemáticas, análise e geometria, possivelmente escrito muitos anos antes (talvez em 1673).
Óptica
Entre 1670 e 1672 trabalhou intensamente em problemas relacionados com a óptica e a natureza da luz. Newton demonstrou, de forma clara e precisa, que a luz branca é formada por uma banda de cores (roxo, laranja, amarelo, verde azul e violeta) que podiam separar-se por meio de um prisma.
da capela anglicana local.
Como arianista, Newton pode ter rejeitado o dogma da Santíssima Trindade.
Quanto à Inquisição, as descobertas de Newton na área da Física não conflitaram, em momento algum, os escritos bíblicos e então ele não enfrentou nenhum tipo de problema com a Igreja anglicana da ilha velha Albion. Seus antecessores, como Copérnico, Galileu e até mesmo Kepler, haviam se complicado seriamente com os dogmas da Igreja.
Adquirido uma grande fama como cientista, Newton foi influenciado pela política e acabou não se ordenando clérigo, entretanto permaneceu fiel à sua crença arianista até o fim de sua vida, embora tenha comportado-se como um bom cristão anglicano e atendendo serviçoes na capela do Trinity e mais tarde, em Londres.
Iniciou uma série de correspondências com o filósofo John Locke. Entre suas obras teológicas, destacam-se An Historical Account of Two Notable Corruption of Scriptures, Chronology of Ancient Kingdoms Atended e Observations upon the Prophecies.
Algumas das coisas que ele acreditava, era o tempo, sempre igual para todos os instantes e os seis mil (6.000) anos de existência que a Bíblia dá à Terra. E considerava que a Mecânica celeste era governada pela gravitação universal e, principalmente, por Deus que, segundo uma frase do próprio cientista em questão: "É um Ser que tudo sabe, e tudo pode. Isso fica sendo a minha última e mais elevada descoberta"[4])
Os últimos anos de sua vida
Newton foi respeitado como nenhum outro cientista e sua obra marcou efetivamente uma revolução científica.
Seus estudos foram como chaves que abriram portas e mais portas para diversas áreas que hoje possuímos acesso com mais facilidade do que séculos atrás.
Newton, em seus últimos dias, passou por diversos problemas renais que culminaram com sua morte. Num lado mais pessoal, bastantes biógrafos afirmam que ele havia morrido virgem [5].
Na noite de 20 de março de 1727 (Calendário juliano) faleceu. Fora enterrado junto a outros célebres homens da Inglaterra.
O apocalipse segundo Newton
Newton provavelmente fazia muitas anotações e possuía muitos manuscritos. Recentemente, fora descoberto um em que Newton calcula a data de um suposto apocalipse e que, inclusive, possui interpretações de passagens da Bíblia. De caráter público pela informação contida, o texto abaixo foi retirado de um jornal virtual[6]:
- "(…)Em um dos manuscritos, datado do começo do século XVIII, Newton, por meio dos textos bíblicos do Livro de Daniel, chega à conclusão de que o mundo deve acabar por volta do ano de 2060.'Ele pode acabar além desta data, mas não há razão para acabar antes', escreveu.
- (…)
- Em outro documento, o cientista interpreta as profecias bíblicas que contam sobre o retorno dos judeus à Terra Prometida antes do final do mundo. Segundo ele, se verá 'a ruína das nações más, o fim do choro e de todos os problemas, e o retorno dos judeus ao seu próspero reino.
- (…)"
Obras publicadas
As mais conhecidas:
- Method of Fluxions (1671)
- Philosophiae naturalis principia mathematica (1687)
- Opticks (1704)
- Arithmetica Universalis (1707)
Publicou também conclusões sobre escoamento em canais, velocidade de ondas superficiais e deslocamento do som no ar. Também escreveu sobre química, alquimia, cronologia e teologia.
Referências adicionais
Geral
- Essa página interna do sítio do Instituto de Física Gleb Wataghin possui um enorme texto sobre os primeiros passos da vida de Newton até sua consagração.
- Prof.ª Maria de Fátima Oliveira Saraiva; e Prof. Kepler de Souza Oliveira Filho. «Astronomia e Astrofisica» (em português). Consultado em Acessado em 04 de setembro de 2007 Verifique data em:
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(ajuda)
Trabalhos sobre a Luz, Lei da Gravitação Universal, Alquimia e Teologia
A religião e Newton
- Roberto César de Castro Rios. «Newton e a religião» (em português). Consultado em Acessado em 16 de setembro de 2007 Verifique data em:
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(ajuda)
História da maçã
Bibliografia
- WESTFALL Richard S: "A vida de Isaac Newton", Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1995.
- Christianson, Gale E. In the Presence of the Creator: Isaac Newton and His Times. Collier MacMillan, (1984). 608 pages.
- Dampier, William C. & M. Dampier. Readings in the Literature of Science. Harper & Row, New York, (1959).
- Gjertsen, Derek. The Newton Handbook, Routledge & Kegan Paul, (1986).
- GLEICK James, Isaac Newton, uma biografia, Editora Companhia das Letras, [2004]
- NEWTON Isaac,Óptica, Editora EDUSP, [2002]
- Fontaine, Joëlle e Arkan Simaan. “A Imagem do Mundo dos Babilônios a Newton” (Companhia das Letras, São Paulo, 2003).
Ver também
- Newton
- Leis de Newton
- Gravidade
- Royal Society
- Telescópio newtoniano
- Dinâmica
- Óptica
- Alquimia
- Mecânica
- Kepler
- Galileu Galilei
- Copérnico
Ligações externas
- Manuscrito de Isaac Newton traria data do apocalipse (em português)
- Biografia adicional de Isaac Newton (obs.: contém imagens pouco divulgadas) (em português)
- Biografia de Newton em um site infantil. Ideal para crianças. (em português)
- Evolução dos conceitos da Física (em português)
- Sir Isaac Newton (em inglês)
- BBC - History - Isaac Newton (1643-1727) (em inglês)
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- ↑ Algumas fontes trazem seu morrimento como datando do dia 4 de janeiro enquanto outras apresentam a data de 25 de dezembro. O fato é que ele nasceu em 25 de dezembro no calendário juliano, correspondente a 4 de janeiro no calendário gregoriano (o que está em vigor). Convém esclarecer que embora o calendário gregoriano tenha entrado em vigor em 1582, a Inglaterra só passou a adotá-lo muito depois, e na ocasião do nascimento de Newton ainda se adotava, na Inglaterra, o juliano. Alguns autores preferem considerar que Newton nasceu em 25 de dezembro de 1642 para coincidir com a data da morte de Galileu e alguns dos seus admiradores por considerarem que ele foi um presente de Natal para a Humanidade.
- ↑ «Newton beats Einstein in polls of scientists and the public». The Royal Society. Consultado em 25 de outubro de 2006
- ↑ Isaac Newton: Isaac Newton
- ↑ Fonte: Principia, Book III; citado em; Newton’s Philosophy of Nature: Selections from his writings, p. 42, ed. H.S. Thayer, Hafner Library of Classics, NY, 1953.
- ↑ Um grande site de um dos programas da televisão brasileira mais conhecido, o Fantástico, conta uma pequena síntese de um de seus quadros, do qual afirma que muitos biógrafos dizem que Newton morreu virgem. Há inclusive um vídeo com o quadro do programa.
- ↑ Manuscrito de Isaac Newton traria data do apocalipse. Terra.com, acesso em 13 de Setembro de 2007