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Capitalismo

Sistema econômico que tem por base a acumulação de capital em proprietários privados.

Predominante na imensa maioria das sociedades e dos Estados-nações do mundo, o Capitalismo tem sua gênese com a formação, na Europa, da classe burguesa, detentora dos modos de produção porém alijada do poder político. Quando, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a terra foi substituída pela moeda como principal bem econômico, os burgueses substituíram os senhores feudais como classe produtora, mas não como classe dirigente. Criou-se, assim, uma situação contraditória (do ponto de vista burguês), na qual os principais produtores sofriam restrições àquilo que consideravam seus direitos econômicos. Criando ideologias como o Iluminismo e o Liberalismo, através de um discurso apelativo à razão e à universalidade, os burgueses foram alcançando o poder político e consolidaram-se, com a Revolução Francesa, como nova classe dirigente nas sociedades, assim permanecendo até hoje.

Capitalismo Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Sistema econômico que tem por base a acumulação de capital em proprietários privados.

Predominante na imensa maioria das sociedades e dos Estados-nações do mundo, o Capitalismo tem sua gênese com a formação, na Europa, da classe burguesa, detentora dos modos de produção porém alijada do poder político. Quando, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a terra foi substituída pela moeda como principal bem econômico, os burgueses substituíram os senhores feudais como classe produtora, mas não como classe dirigente. Criou-se, assim, uma situação contraditória (do ponto de vista burguês), na qual os principais produtores sofriam restrições àquilo que consideravam seus direitos econômicos. Criando ideologias como o Iluminismo e o Liberalismo, através de um discurso apelativo à razão e à universalidade, os burgueses foram alcançando o poder político e consolidaram-se, com a Revolução Francesa, como nova classe dirigente nas sociedades, assim permanecendo até hoje.

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Princípios Básicos O capitalismo é um sistema de mercado baseado em vários princípios, tais como:

Propriedade privada dos meios de produção. As pessoas,Individualmente ou reunidas em sociedade,são donas dos meios de produção. Transformação da força de trabalho em mercadoria. Quem não é dono dos meios de produção é obrigado a trabalhar em troca de um salário. Acumulação do capital. Em princípio, o dono do capital quer produzir pelo menor custo e vender pelo maior preço possível. O lucro é a diferença entre o custo de produção (e outras despesas não atreladas à produção) e a receita obtida pela venda do produto e/ou serviço. Para diminuir os custos, procura pagar o mínimo possível pelas matérias-primas, salários e outros meios de produção. Pode-se também reduzir custos racionalizando processos produtivos, produzindo mais com menos fatores (matéria prima, mão de obra, energia, etc). Definição de preços feita pelo mercado, com base na oferta e na procura , isto é, na disputa de interesses entre quem quer comprar e quem quer vender produtos e serviços. No capitalismo, é o mercado que orienta a economia. Livre concorrência. A concorrência é a competição na venda dos bens e serviços. Na prática, a concorrência em que todos são igualmente livres para produzir, comprar, vender, fixar preços, etc. não existe. É comum que, em vários setores e níveis de mercado, o preço de um determinado produto seja controlado por seus produtores, que detêm a exclusividade da oferta. São os chamados monopólios (quando há somente um produtor) ou oligopólios (quando há alguns poucos produtores). Além disso, o mercado vem sendo dominado por grandes organizações, que expandem cada vez mais sua área de atuação através de fusões, incorporações e outros modos de ampliar negócios, eliminando pequenos e médios concorrentes.

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História do Capitalismo O capitalismo teve seu início na Europa. Suas características aparecem desde a baixa idade média (do século XI ao XV) com a transferência do centro da vida econômica social e política dos feudos para a cidade. O Feudalismo passava por uma grave crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela Peste Negra que dizimou 40% da população européia e pela fome que assolava o povo. Já com o comércio reativado pelas Cruzadas (do século XI ao XII), a Europa passou por um intenso desenvolvimento urbano e comercial e, conseqüentemente, as relações de produção capitalistas se multiplicaram, minando as bases do feudalismo. Na Idade Moderna, os reis expandem seu poderio econômico e político através do mercantilismo e do absolutismo. Dentre os defensores deste temos os filósofos Jean Bodin("os reis tinham o direito de impor leis aos súditos sem o consentimento deles"), Jacques Bossuet ("o rei está no trono por vontade de Deus") e Niccòlo Machiavelli ("a unidade política é fundamental para a grandeza de uma nação"). Com o Absolutismo e com o Mercantilismo, o Estado passava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir metais(metalismo) através da exploração. Isso para garantir o enriquecimento da metrópole. Esse enriquecimento favorece a burguesia - classe que detém os meios de produção - que passa a contestar o poder do rei, resultando na crise do sistema absolutista. E as revoluções burguesas, como a Revolução Inglesa (1640-60, Hill 1940) e a Revolução Francesa (1789-99, Soboul 1965), construíram o arcabouço institucional de suporte ao desenvolvimento capitalista.

A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. Na Europa Ocidental, a burguesia assume o controle econômico e político. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento) e a força do capital se impõe. Surgem as primeiras teorias econômicas: a Economia Política e a ideologia que lhe corresponde, o liberalismo. Na Inglaterra, o escocês Adam Smith, fundador da primeira e adepto do segundo, publica a obra Uma Investigação sobre Naturezas e Causas da Riqueza das Nações (1776), em que assenta a teoria do valor-trabalho e defende a livre-iniciativa e a não-interferência do Estado na economia. Desse modo, em seu estágio atual, o capitalismo, que nasceu liberal e passou pela social democracia, procura renovar-se retornando às origens, com o neoliberalismo.

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Capitalismo no Brasil No Brasil, uma versão peculiar de capitalismo se caracteriza por uma sociedade de elite, como distinta de burguesa, cuja base de sustentação material é a acumulação entravada, ou desenvolvimento entravado, como disitnto de desenvolvimento desimpedido.

Refs: Hill, Christopher (1940) The English Revolution Lawrence & Wishart, London, 1955

Soboul, Albert (1965) La révolution Française Collection "Que sais-je?" Nº 142, Presses Universitaires de France, Paris




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Esta página foi modificada pela última vez em 22:27, 20 Out 2004. Esta página está sob GNU Free Documentation License Sobre a Wikipédia Disclaimers == Princípios Básicos == O capitalismo é um sistema de mercado baseado em vários princípios, tais como:

  • Propriedade privada dos meios de produção. As pessoas,Individualmente ou reunidas em sociedade,são donas dos meios de produção.
  • Transformação da força de trabalho em mercadoria. Quem não é dono dos meios de produção é obrigado a trabalhar em troca de um salário.
  • Acumulação do capital. Em princípio, o dono do capital quer produzir pelo menor custo e vender pelo maior preço possível. O lucro é a diferença entre o custo de produção (e outras despesas não atreladas à produção) e a receita obtida pela venda do produto e/ou serviço.
  • Para diminuir os custos, procura pagar o mínimo possível pelas matérias-primas, salários e outros meios de produção. Pode-se também reduzir custos racionalizando processos produtivos, produzindo mais com menos fatores (matéria prima, mão de obra, energia, etc).
  • Definição de preços feita pelo mercado, com base na oferta e na procura , isto é, na disputa de interesses entre quem quer comprar e quem quer vender produtos e serviços. No capitalismo, é o mercado que orienta a economia.
  • Livre concorrência. A concorrência é a competição na venda dos bens e serviços. Na prática, a concorrência em que todos são igualmente livres para produzir, comprar, vender, fixar preços, etc. não existe.

É comum que, em vários setores e níveis de mercado, o preço de um determinado produto seja controlado por seus produtores, que detêm a exclusividade da oferta. São os chamados monopólios (quando há somente um produtor) ou oligopólios (quando há alguns poucos produtores). Além disso, o mercado vem sendo dominado por grandes organizações, que expandem cada vez mais sua área de atuação através de fusões, incorporações e outros modos de ampliar negócios, eliminando pequenos e médios concorrentes.

História do Capitalismo

O capitalismo teve seu início na Europa. Suas características aparecem desde a baixa idade média (do século XI ao XV) com a transferência do centro da vida econômica social e política dos feudos para a cidade. O Feudalismo passava por uma grave crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela Peste Negra que dizimou 40% da população européia e pela fome que assolava o povo. Já com o comércio reativado pelas Cruzadas (do século XI ao XII), a Europa passou por um intenso desenvolvimento urbano e comercial e, conseqüentemente, as relações de produção capitalistas se multiplicaram, minando as bases do feudalismo. Na Idade Moderna, os reis expandem seu poderio econômico e político através do mercantilismo e do absolutismo. Dentre os defensores deste temos os filósofos Jean Bodin("os reis tinham o direito de impor leis aos súditos sem o consentimento deles"), Jacques Bossuet ("o rei está no trono por vontade de Deus") e Niccòlo Machiavelli ("a unidade política é fundamental para a grandeza de uma nação"). Com o Absolutismo e com o Mercantilismo, o Estado passava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir metais(metalismo) através da exploração. Isso para garantir o enriquecimento da metrópole. Esse enriquecimento favorece a burguesia - classe que detém os meios de produção - que passa a contestar o poder do rei, resultando na crise do sistema absolutista. E as revoluções burguesas, como a Revolução Inglesa (1640-60, Hill 1940) e a Revolução Francesa (1789-99, Soboul 1965), construíram o arcabouço institucional de suporte ao desenvolvimento capitalista.

A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. Na Europa Ocidental, a burguesia assume o controle econômico e político. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento) e a força do capital se impõe. Surgem as primeiras teorias econômicas: a Economia Política e a ideologia que lhe corresponde, o liberalismo. Na Inglaterra, o escocês Adam Smith, fundador da primeira e adepto do segundo, publica a obra Uma Investigação sobre Naturezas e Causas da Riqueza das Nações (1776), em que assenta a teoria do valor-trabalho e defende a livre-iniciativa e a não-interferência do Estado na economia. Desse modo, em seu estágio atual, o capitalismo, que nasceu liberal e passou pela social democracia, procura renovar-se retornando às origens, com o neoliberalismo.

Capitalismo no Brasil

No Brasil, uma versão peculiar de capitalismo se caracteriza por uma sociedade de elite, como distinta de burguesa, cuja base de sustentação material é a acumulação entravada, ou desenvolvimento entravado, como disitnto de desenvolvimento desimpedido.

Refs: Hill, Christopher (1940) The English Revolution Lawrence & Wishart, London, 1955

Soboul, Albert (1965) La révolution Française Collection "Que sais-je?" Nº 142, Presses Universitaires de France, Paris

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