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Cristianismo

Cristianismo é a religião fundada pelos seguidores (apóstolos) de Jesus Cristo, que nasceu por volta do ano 6 a.C, na cidade de Belém, na Judéia (Palestina). A sigla a.C. significa "antes de Cristo" e parece paradoxal que o próprio Cristo tenha nascido "seis anos antes de Cristo", mas o paradoxo tem uma explicação racional na entrada a.C.


Segundo a religião judaica, o Messias, um descendente do Rei Davi, iria um dia aparecer e restaurar o Reino de Israel.

Jesus Cristo, um judeu, quis invocar esse estatuto de Messias, não tendo sido reconhecido pela unanimidade dos seus concidadãos. Não foi o primeiro nem o último a afirmar-se como Messias. A religião judaica conhece uma longa lista de indivíduos que declararam ser o Messias, que chega mesmo até ao século XX.

Com a morte de Jesus, os apóstolos fundaram aquilo que foi inicialmente uma seita do Judaísmo e depois elevado à categoria de religião oficial do Império Romano com a conversão do imperador Constantino I. O Cristianismo credencia a Jesus o título de Filho de Deus. Enquanto que para os judeus o Messias é uma figura humana, os cristãos irão acabar por decidir no Concílio de Niceia de 325, que se trata de uma figura divina (A questão ariana).

Essencial para o sucesso desta nova religião foi a simplificação ou extinção de certos rituais de iniciação existentes no judaísmo, como a circuncisão ou certas regras rígidas na alimentação que os judeus impunham e continuam a impôr. De resto, os cristãos adotam as regras e os princípios do Antigo Testamento, livro sagrado dos Judeus. Também o espírito missionário dos primeiros cristãos é desconhecido no judaismo. O judaismo é visto como uma religião baseada num código de conduta requerido aos seus praticantes, não tendo o propósito de converter a humanidade como o Cristianismo (católico significa "Universal" em grego) ou o islamismo.

O Cristianismo espalhou-se pela Judeia e posteriormente para a Bacia Mediterrânica, Médio Oriente, atingindo a Europa e dali, a América e a Oceania.

Com a conversão de Constantino I, o primeiro imperador romano a reconhecer a religião cristã, inicialmente perseguida, os cristãos passaram a controlar o centro de poder da Civilização Ocidental. O Império Romano estendia-se desde há séculos entre a Grã-Bretanha, costa mediterrânica, até ao próximo oriente.

A conversão dos romanos ao cristianismo foi um processo gradual. Uma das dificuldades consistia no facto do "Messias", Jesus Cristo, ter sido executado cruelmente pelos próprios romanos. Os cristãos queriam converter os romanos. Por isso mesmo não podiam deixar passar a ideia de que os romanos tenham sido os assassínos do Messias. Fulcral para a estratégia cristã desta época terá sido a culpabilização dos judeus na morte de Cristo.

É assim que o periodo em que os cristãos adquirem o controle do Império Romano é quando o cristianismo se torna mais fortemente anti-semita. Até aí, judeus e cristãos eram seitas relacionadas. As primeiras medidas romanas após a conversão ao cristianismo fazem questão de reprimir os judeus. Ver: Concílio de Niceia. A demarcação da origem judaica é desejada. O dia de descanso semanal deixa de ser o Sabado (Shabatt) e é movido para domingo. A celebração da festa judaica de Pessach, coincidente com a Páscoa, é proibida. Tinha sido dado um passo essencial na história do anti-semitismo cristão.

Atualmente, existem três grandes ramos da cristandade: o Catolicismo, o mais antigo e que agrega o maior número de fiéis, surgido na época do Império Romano; a Ortodoxia, ramo oriental que rompeu com o catolicismo no início do século XI; e o Protestantismo, que também rompeu com o catolicismo no movimento conhecido por Reforma, no século XVI, e que engloba grande número de movimentos e igrejas distintos.

O Cristianismo é atualmente a religião com maior número de adeptos no mundo.



Uma pequena correcção: o Catolicismo não é o ramo mais antigo. Só começa a falar-se de Catolicismo por confronto com a Ortodoxia - este ramo é, em termos de ritos e de práticas, o mais conservador dos três e é geralmente considerado como o mais antigo.

Deve também acrescentar-se que há duas grandes igrejas ortodoxas - a grega e a russa - que apresentam algumas diferenças entre si, nomeadamente a língua usada na liturgia. Há ainda um terceiro ramo ligado à igreja ortodoxa, a igreja de rito Copta, que surgiu no Norte de África.

Finalmente, convém ainda referir que uma das igrejas protestantes, a Anglicana se considera uma igreja católica, e assim o refere durante a liturgia, distinguindo-se embora da vulgarmente chamada católica, a quem chama católica romana.

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