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Figueiró dos Vinhos

Predefinição:DadosMunicípioPortugal Figueiró dos Vinhos é uma vila portuguesa no Distrito de Leiria, região Centro e subregião do Pinhal Interior Norte, com cerca de 3 800 habitantes.

É sede de um município com 171,95 km² de área e 7 352 habitantes (2001), subdividido em 5 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Lousã, a leste por Castanheira de Pêra e Pedrógão Grande, a sueste pela Sertã, a sul por Ferreira do Zêzere, a oeste por Alvaiázere, Ansião e Penela e a noroeste por Miranda do Corvo.

História

O concelho recebeu foral do infante Dom Pedro Afonso, filho de Dom Afonso Henriques, em 1204.

Cultura

Monumentos

De entre os monumentos a visitar em Figueiró dos Vinhos, destacam-se os seguintes.

Igreja Matriz

A Igreja Matriz de Figueiró dos Vinhos, está classificada como Monumento Nacional. Templo muito visto e grandioso, mandado construir pelos religiosos de santa cruz de Coimbra. A igreja tem um belo portal do renascimento com características espanholas, sobre a qual está uma moderna imagem do orago do concelho de Figueiró dos Vinhos - São João Baptista – esculpida por Simões de Almeida (tio) . Do lado esquerdo junto à entrada encontra-se o túmulo de Rui Vasques Ribeiro, 2º. Senhor de Figueiró dos Vinhos e de sua mulher D. Violante de Sousa. O túmulo de pedra lavrada, assenta sobre leões e tem uma inscrição em letra gótica da 2ª. Metade do século XV. No interior da igreja existem seis altares, onde se destaca o Altar Mor, que possui uma finíssima talha dourada em estilo D. João V e que serve para enquadrar um magnífico quadro do pintor Malhoa. A tela representa o baptismo de Cristo. Num outro altar está a imagem do Senhor Jesus da Agonia. No mesmo altar pode-se apreciar também um retábulo de Malhoa, de tons sombrios reproduzindo uma cena de Malhoa este retábulo serve de fundo à escultura sagrada. Na igreja pode ainda ser admirada. uma imagem gótica, que representa a “Santíssima Trindade”. Existe um riquíssimo cofre de prata cinzelado, bastante gracioso e finalmente trabalhado por artífices indianos do século XVIII. No templo há ainda um órgão junto ao coro, que data de 1689 e também uma pia de água benta, que foi totalmente cinzelado por canteiros locais.

Torre da Cadeia

Embora de menor importância como monumento, a Torre da Cadeia pertence ao património cultural deste concelho, sendo um dos pontos turísticos a visitar. Não se trata de uma torre militar, mas sim de um baluarte que os homens do concelho construíram como símbolo do município figueiroense, numa época em que o poder senhorial se queria sobrepor ao da assembleia do concelho. É uma torre de pedraria, coroada de meriões chanfrados. Sobre a porta, uma inscrição gótica documentando a obra: " Na era de 1506 anos se fez esta obra sendo juízes D, Diogo da Aguda e Gracinda Rodrigues e, vereadores Gonçalo Moniz e Afonso Estevão, e procurador Pedro Rodrigues, valendo o pão e o vinho a setenta réis. " Tinha até há pouco tempo, um edifício contíguo que seria da cadeia da comarca, mas que foi mandada destruir nos anos oitenta pela câmara. A situação da mesma, no cimo da vila e as suas características municipalistas reveste-se de grande valor histórico, por ser exemplar único que se conhece na região. Possuía também um sino hoje já desaparecido com que o Alcaide convocava as assembleias.

Convento de Nossa Senhora do Carmo

Faltando à pequena vila de Figueiró dos Vinhos uma casa de religiosos capaz de orientar espiritualmente os seus habitantes, D. Pero de Alcáçova resolveu custear a fundação de um Convento de Frades. A escolha recaiu sobre a Ordem dos Carmelitas Descalços. Iniciado o processo em 1597, a sua escritura veio a ser realizada em 1598. As obras começaram em 3 de Julho de 1601. Até ao século XIX existiu sempre o Convento, extinguindo-se no ano de 1834 com a extinção oficial das Ordens Religiosas. A igreja e o corpo principal do edifício foram doados à Misericórdia da Vila, e os terrenos anexos, e parte do edifício e claustro, vendidos a um particular. O edifício anexo à igreja foi utilizado pela Misericórdia para hospital durante bastante tempo, até que foi transferido para o actual edifício na década de 50, deixando o antigo Convento abandonado. O edifício encontra-se classificado como imóvel de interesse público, através do Decreto n.º 2/96 de 6 de Março. A sua Igreja é pequena, mas possui altares em talha dourada e a capela-mor tem o seu tecto em abóbada esférica. O claustro é de estilo seiscentista. O interior do templo é de uma nave só, coberta por abóbada de aresta estucada. Nos cantos da mesma, existem trabalhos em " grafitos ", cada um de sua cor. O altar-mor, que é de boa talha do século XVII, tem 4 nichos com esculturas setecentistas e no centro uma imagem de Nossa. Senhora do Carmo, policromada a ouro, obra retabular do século XVIII. No pavimento, defronte ao altar-mor existem 4 lajes sepulcrais, com inscrições. No corpo do templo, do lado do Evangelho existe uma capela com Altar em talha dourada do século XVII, ao estilo Barroco. Do lado oposto há uma outra capela, de 1669, cujas paredes de sua nave estão revestidas de azulejos, do século XVII, azuis e amarelos, mas a parte superior do revestimento é do tipo renascentista. O púlpito do templo é de escada com balaústres de madeira entalhada. Ao longo das paredes da nave abrem-se de um lado e de outro confessionários imitando portas com as respectivas campainhas. De cada lado da porta principal, está embutido na parede uma pia de água benta. O coro ocupa mais de dois terços da nave, e tem uma gradaria de madeira delicadamente trabalhada.

O Casulo - Casa de Malhoa

Criado com muito carinho e gosto o “Casulo” do pintor José Malhoa sofreu, com o decorrer dos anos, muitas vicissitudes mas, apesar das transformações de que foi alvo, ainda persistem muitas das marcas do espírito que o mandou edificar. Ainda existem o quarto, a escada, a sala de estar, a porta de correr, os azulejos e o caramachão. No rés do chão, além do local destinado ao trabalho em dias chuvosos, o atelier, tinha a sala de estar, pequena mas magnífica, com as suas paredes revestidas a couro lavrado, a lareira e o tecto de madeira ladeado por pequenos quadros harmoniosos elaborados pelo Mestre. Esta sala era servida por uma linda varanda de madeira sobranceira ao Jardim onde se encontravam as árvores, o lago as sombras as flores e ainda, o caramachão das saborosas horas de repouso e lazer. No primeiro andar situava-se o quarto, iluminado por três grandes janelas que proporcionavam um panorama paisagístico incomparável. A separar estes dois distintos espaços, o local de trabalho e a habitação, encontrava-se uma magnífica porta de correr e, no exterior do edifício, valiosos painéis de azulejos de Rafael Bordalo Pinheiro que o artista trouxe da sua terra natal. Para além dos dois pisos referidos, o edifício possui ainda uma cave espaçosa e agradável e um sótão com três pequenas dependências. A sua construção iniciou-se em 1895, tendo sido finalizadas as últimas obras em 1898. O Autor do projecto foi o arquitecto Ernesto Reynaud, grande amigo do pintor José Malhoa, que se encontrava em Figueiró dos Vinhos a dirigir as obras de reconstrução da Igreja Matriz.

Festas e Romarias

Das festas anuais, destacam-se as Festas do Concelho, em honra de S. João Batista, o Santo Padroeiro, que decorrem em torno do dia 24 de Junho, fazendo parte do conjunto das festividades a realização de espectáculos musicais, manifestações culturais, desportivas e de cariz popular. Nos dias 26, 27 e 28 de Julho, realiza-se a Feira de S. Pantaleão, feira anual que se estende pela Vila num diversificado e popular conjunto de feirantes e tendeiros que mantêm viva a tradição de há longos anos. Do calendário anual fazem também parte integrante os festejos carnavalescos e o Festival Figueiró dos Vinhos em Figueiró dos Vinhos, festa de música e de juventude que colocou o concelho no mapa dos festivais de Verão realizados por todo o País. Um pouco por todo concelho, são frequentes as festas populares com que os lugares honram o seu santo de devoção, durante todo o ano, principalmente durante os meses de Verão.

Organização política e adminsitrativa

Divisão administrativa

As freguesias de Figueiró dos Vinhos são as seguintes:

Compadrio

Certas forças vivas do concelho têm feito notar a presença permanente de membros da família Lopes no executivo camarário: Pedro Lopes é o vice-presidente. Carlos Lopes, irmão de Pedro Lopes, é secretário do presidente; Fernando Lopes, um outro irmão daquele, foi membro da Assembleia Municipal. Álvaro Lopes, pais dos acima referidos, foi vice-presidente da Câmara durante anteriores mandatos de Manata, enquanto Pedro Lopes ocupava a presidência da Junta de Freguesia.

Nas eleições autárquicas de 2001, Álvaro Lopes tentou trocar de posição com seu filho Pedro, e candidatou-se à presidência da Junta de Figueiró, enquanto Pedro Lopes o substitiu como vice-presidente. No entanto, enquanto Pedro foi eleito, Álvaro foi derrotado nas urnas por Amândio Manuel Ideias Mendes. A derrota foi interpretada pelos politólogos figueiroenses como um sinal de enfastiamento dos eleitores com aquela família


Para saber mais:

Medeiros, Carlos, Figueiró dos Vinhos - Terra de Sonho, Ed. C. M. Figueiró dos Vinhos, 2002.

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